08:00 - 10:00 Presentación de PONENCIAS
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria |
Thursday 07/12 | 08:00 - 10:00 | Fac. Derecho | 27 |
La fase de transición capitalista en tiempos de Trump: La agricultura mexicana en la encrucijada (#0515)
Blanca Aurora Rubio 11 - Instituto de Investigaciones Sociales, UNAM.
Abstract:
El objetivo de la ponencia consiste en analizar las transformaciones que tienden a ocurrir en la agricultura mexicana con el advenimiento del gobierno de Donald Trump en la presidencia de Estados Unidos. Cómo afecta la política proteccionista y de renegociación de los acuerdos comerciales a la agricultura de exportación y, en particular, a los pequeños productores de granos básicos; que consecuencias traerá el cierre de los canales migratorios y la deportación de migrantes de Estados Unidos hacia México. La política proteccionista ¿permitirá fortalecer la producción básica nacional o solamente generará obstáculos a la colocación de las exportaciones mexicanas sin frenar las exportaciones de granos básicos procedentes del país del norte? Se parte del supuesto de que, durante el primer año de gobierno, se definirán las pautas reales de política exterior del gobierno de Trump, con lo cual podrá evaluarse el impacto sobre la agricultura mexicana. Mientras ésta atraviesa por una fuerte crisis ante la caída de los precios de las materias primas de exportación y el incremento de los costos, el recorte del presupuesto y el ascenso del despojo de la tierra y de los recursos naturales ante el impulso de la reforma energética; las perspectivas del cierre de fronteras de Estados Unidos, podrían profundizar la crisis o bien, obligar al gobierno mexicano a dar un golpe de timón en las políticas internas, fortaleciendo la producción agrícola interna y la soberanía alimentaria. Esto es lo que se verá en el año 2017.
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Da modernização conservadora brasileira a geopolitica do sistema agroalimentar (#2543)
Leonardo Lins Dos Santos Paulino 1; Claudio Ubiratan Gonçalves
11 - UFPE.
Abstract:
A questão agrária no Brasil é intencionalmente invisibilizada em seu contexto sociopolítico e econômico quando tratamos os processos e formas da evolução e modernização do setor agropecuário. Um destaque se encontra na forma de uso e ocupação do solo e suas relações sociais no campo. Antes, no modo de produção camponês de base familiar referenciados nos elementos da natureza existia uma relação determinada de plantio, colheita e uso coletivo dentro das unidades de produção familiar. Logo, esta forma de relação foi sendo substituída pela produção em larga escala, surgindo os primeiros pequenos agricultores. É importante destacar que as formas de uso do poder no campo tornam o seu uso ainda mais contraditório. A relação política do campo se estabelecia pelo poder econômico de médios e grandes latifúndios. Fato é que o campo ganha uma nova forma de uso, o mercantil. A partir daí, surge a economia rural que gira em torno de investimentos em plantações, colheitas, logística dentre outras. A complexidade do campo começa a estabelecer incoerências dentro dos processos de mercado comercial e consumidor. Segundo Delgado, "no pós-guerra, liberais, desenvolvimentistas e interlocutores da "questão agrária", debateram o lugar do setor rural na economia e na sociedade, mas fortemente influenciados pelo processo de industrialização que ocorria, seja como ajustamento constrangido da economia brasileira à realidade da substituição de importações nos anos 1930 e no período da Segunda Guerra, seja como um processo explícito da política econômica no Pós-guerra." Desse modo, o processo de industrialização sobre tudo no campo começa a desenvolver novas formas de uso dos chamados recursos naturais ou commodities. Um dos desenvolvimentos mais complexos com ideologia unicamente de mercado foi a Revolução Verde. A Revolução Verde é um fato corrente no campo que está presente na vida de muitos produtores em diversas áreas do mundo, porém, para se chegar ao atual estágio, exigiu-se toda uma gama de fatores que marcaram a sociedade no instante de seu surgimento (ANDRADES e GANIMI, 2007). São sementes modificadas geneticamente e desenvolvidas em laboratórios onde possuem alta resistência a alguns tipos de pragas e doenças e são vulneráveis a outras, assim como são classificados por produtores, são pequenas espécies de fauna, onde seu plantio, aliado à utilização de agrotóxicos, fertilizantes, implementos agrícolas e máquinas, aumenta em grande escala a produção.Existem debates a nível mundial que discutem a necessidade de uma nova Revolução Verde pelo fato de existir um déficit alimentar mundial. Aos olhos das empresas e conglomerados agroalimentares torna-se indispensável a criação de novas tecnologias para o uso do campo na economia, dinamizando ainda mais o ciclo vicioso de aquecimento mercantil. Desse modo, os impactos sociais gerados pela forma de uso da terra são notadamente modificadas de acordo com os poderes econômicos e políticos. No Nordeste brasileiro temos a cidade de Petrolina, no sertão de Pernambuco onde o fator desenvolvimento agrícola assume o principal ponto econômico da região, como por exemplo os cultivos da fruticultura irrigada é um dos principais polos do país, o rio São Francisco para o mercado externo.
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Agronegocios |
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Algunos aportes para poner la noción de "agronegocio" en discusión (#3592)
Rolando García Bernado 11 - CONICET-UNQ.
Abstract:
Desde que fue acuñado por Davis y Goldberg en 1957, el concepto de agronegocio ha penetrado profundamente nuestra manera de comprender una etapa determinada del desarrollo agropecuario, cuyo alcance es global. La noción de agribusiness hace aparición dentro de la literatura especializada para dar cuenta de una serie de cambios que sucedían en la agricultura estadounidense, y que serían conceptualizados como parte fundamental –aunque no excluyente- de la “revolución verde”. No referimos al gran salto adelante tecnológico y de gestión de la producción, iniciado por la mecanización de ciertos procesos de trabajo, reemplazando fuerza de trabajo y potenciando los rendimientos por hectárea de los cultivos tradicionales, con técnicas novedosas como el hibridaje del maíz. Ahora bien, nuestra aceptación de la noción de agronegocio ha sido en cierto aspecto acrítica, incluso cuando nos valemos de ella a manera de marco de referencia para describir los impactos negativos en términos laborales, ambientales y de sustentabilidad económica y social, las consecuencias destructivas que tiene para la ruralidad, o el daño a la sanidad humana y animal. En la siguiente ponencia proponemos recuperar el sentido original -su intencionalidad-, de la versión de Davis y Goldberg y poner en discusión algunas apropiaciones posteriores en la sociología rural argentina para discutir con las implicancias teóricas de ambas líneas.
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Relações de Gênero e Trabalho Rural no Município de Orizona, Goiás – Brasil (#4086)
Juliana Dias Moreira Furtado 11 - Universidade Federal de Goiás.
Abstract:
No meio rural as mulheres rurais brasileiras vem enfrentando uma série de obstáculos para que tenham acesso aos seus direitos básicos. O Estado brasileiro, por meio de suas políticas de desenvolvimento rural, caracterizava o trabalho das mulheres apenas como uma ajuda aos homens e não como uma atividade autônoma, capaz de gerar seus próprios recursos. A divisão sexual do trabalho no campo sempre esteve muito definida, o trabalho dos homens geralmente está ligado a atividades econômicas que geram emprego e renda e o trabalho das mulheres é associado a atividades vinculadas ao autoconsumo familiar, com baixo grau de obtenção de renda. Nesse sentido, este trabalho busca analisar os impactos da pluriatividade nas relações de trabalho, doméstica e de gênero em unidades familiares de produção, no município de Orizona, localizado no estado de Goiás, Brasil. O propósito desta pesquisa é buscar responder as seguintes questões: há uma diversificação dos meios de manutenção das unidades familiares de produção no município de Orizona? A possível prática da pluriatividade sobre as famílias rurais pode contribuir para modificações nas relações de trabalho e gênero dessas unidades familiares? A hipótese formulada a partir das referências apresentadas, que direcionará a pesquisa, baseia-se na ideia de que a inserção das mulheres na prática da pluriatividade em Orizona, colabora para que haja mudanças nas relações de gênero no que diz respeito a distribuição de papeis na unidade familiar, favorecendo a permanência da mulher no espaço rural.
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Agricultores, cultivo de eucalipto e estratégias agroindustriais: Resistir e adaptar-se ao sistema de integração produtiva (#4322)
Silvia Lima De Aquino 1;
Alex Alexandre Mengel
21 - Universidade Federal da Integração Latino-Americana - UNILA. 2 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Abstract:
A integração produtiva é um sistema baseado em um contrato de parceria entre agricultores e uma agroindústria processadora. Por meio dessa relação contratual agricultores se comprometem em produzir determinada matéria-prima para a agroindústria. No Brasil o sistema de integração produtiva é utilizado por grandes agroindústrias processadoras, sobretudo, a partir dos anos 1960 e é aplicado em diversos ramos, como na produção de suínos e aves, tabaco, flores e frutas. A partir do final de 1980 e, principalmente, nos anos 1990, indústrias dependentes de madeira de espécies exóticas, como o eucalipto, passaram a utilizar este sistema. Este trabalho objetiva analisar transformações causadas no campo pelo programa de produção integrada de eucalipto, denominado Programa Produtor Florestal, criado nos anos 1990 pela Aracruz Celulose S/A e hoje mantido pela Fibria Celulose S/A, maior produtora mundial de celulose branqueada de fibra curta. Através da participação neste programa, agricultores de base familiar no estado do Espírito Santo tem ingressado na cadeia produtiva da silvicultura, passando a produzir eucaliptos destinados à indústria fabricante de celulose. Neste trabalho objetiva-se examinar as interpretações de agricultores, integrados ou não, sobre o programa de fomento florestal e o cultivo de eucalipto, destacando temas como as transformações causadas pela produção na região onde estão inseridos, os conflitos decorridos da atividade, os motivos para ingressarem ou não nesse sistema e as estratégias de resistência e de adaptação ao mesmo. No trabalho utiliza-se da perspectiva teórica de James Scott, autor que coloca a necessidade de considerar-se as formas de agir e o sentido que os agricultores atribuem às suas ações em contextos de dominação, para assim evidenciar suas formas cotidianas de resistência. As informações que subsidiam este trabalho foram colhidas através de revisão bibliográfica; levantamento e análise de documentos da empresa sobre o programa e, sobretudo, através da realização de pesquisa de campo no município de Domingos Martins, no Espírito Santo. A escolha deste município como lócus de pesquisa empírica deve-se ao fato do mesmo concentrar o segundo maior número de contratos desse tipo no estado. A análise aqui apresentada fundamentou-se em vinte entrevistas semiestruturadas a integrados e não integrados à indústria fabricante de celulose. Entre os resultados, constatou-se que o cultivo de café atrelado a realização de outras atividades agropecuárias é estratégia utilizada pelos agricultores para resistirem ao programa. Os agricultores não integrados explicam que não se integram dada a centralidade que o café tem para sua subsistência. Por outro lado, a atividade cafeeira também é motivo para que os agricultores ingressem na integração, isto porque, a maioria dos agricultores integrados interpretam a opção pelo programa como a última saída para resistirem no campo enquanto agricultores, em um momento de crise da cafeicultura.
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Ficar, sair, voltar: uma análise da trajetória social das famílias atingidas pelas barragens do Rio Grande (Brasil) (#6112)
Jéssica Pires Cardoso 11 - Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Abstract:
Desde a década de 1950, está projetada a construção de Usinas Hidrelétricas no Rio Grande justificada pela necessidade de ampliar o fornecimento e a geração de energia em âmbito nacional. Legitimada pelas noções de desenvolvimento e progresso que as UHEs representam per si, essas barragens fizeram parte de uma política de incentivo financeiro e de um projeto nacional desenvolvimentista, adotado pelo governo ditatorial brasileiro, que tinha o setor energético como área precursora no plano de investimento estatal e privado. Frente as transformações de diversas ordens no território e na rotina social após a submersão da terra, entendida aqui não apenas como espaço de produção mas espaço de moradia e espaço de grandes referenciais identitários, muitas famílias foram deslocadas compulsoriamente e se viram diante da difícil decisão de ficar ou sair da cidade. Cientes de que essa escolha foi pautada em múltiplas variáveis externas, relações de poder e conflito, problematizamos a opção de ficar ou sair da cidade a partir das motivações e preocupações que variam de caso para caso a depender do que o agente julga ser essencial e dos projetos que formula para a vida. Soma-se a tal reflexão a categoria voltar, isto é, voltar à cidade de origem após o deslocamento compulsório. Ao mobilizar as motivações abarcamos em nossa proposta uma categoria de atingidos que, em grande medida, está ausente nas pesquisas: aqueles que se engajam e apoiam, no momento da construção da UHE, a reprodução de uma nova sociabilidade instigada pelo órgão propositor da obra. Nessa perspectiva, temos como objetivo analisar a trajetória social das famílias atingidas pela UHE de Jaguara, construída na década de 1960 no Médio Rio Grande, buscando reconhecer as motivações e justificações para ficar, sair e voltar à cidade inundada. Ao propor uma investigação de grande intervalo temporal delineamos, em especial, as transformações sociais, a reestruturação econômica e as novas temporalidades nas dinâmicas desse território metamorfoseado. A esse respeito, concluímos que o território marca a permanência das famílias atingidas e instiga a volta daqueles que saíram pelo sentimento de pertencimento e identidade com o local. A proposta apresentada resulta da pesquisa de mestrado defendida pela autora, e tem como principal suporte teórico-analítico o conceito de justificação (BOLTANSKY; CHIAPELLO, 2009) e habitus (BOURDIEU, 2007). Utilizamos a metodologia qualitativa pela técnica de história oral, além da pesquisa bibliográfica nas temáticas de barragens, sociologia rural e teoria sociológica.
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COMPETITIVIDADE DO AGRONEGÓCIOS NOS PAISES DA LATINO AMERICA E O CARIBE SOB UM VIES DE SUSTENTABILIDADE
(#6576)
Mariana Planells Gutiérrez 1; Nathielli Jesus Cezario
1; Simone BERNARDES VOESE
1; Luis Panhoca
11 - UFPR.
Abstract:
Em um sistema econômico, alguns setores desempenham um papel importante de "motores de crescimento" mais do que outros. É reconhecido que o desenvolvimento do setor agrícola é particularmente importante nos países menos industrializados no apoio do crescimento econômico por diferentes razões (FAO, 2011). Já desde os anos 1960´ distintos autores como Johnston e Mellor (1961), Ranis e Fei (1961), Mellor (1976), Morrison e Thorbecke (1990), relatam as estratégias e políticas das nações que contribuem para que a agricultura seja um dos fatores de desenvolvimento da economia. Uma das grandes questões para análise de competitividade é identificar os fatores responsáveis pela sua existência. São muitas e diversas as variáveis que podem ser utilizadas na mensuração da competitividade nacional, Berger e Bristow (2009) expressam que as mesmas podem ser constatadas por meio do Quadro 1, que apresenta a estrutura métrica utilizada pelas principais instituições de pesquisa em competitividade. Apesar de não ser um índice de competitividade, Porter (1990) desenvolveu um modelo de análise para indústrias, denominado diamante. Depois disso, Krugman (1996) e Aiginger (2006) aceitaram o conceito de competitividade internacional de uma nação. No modelo diamante, o sucesso internacional da nação em uma determinada indústria é dependente de quatro atributos: Condições dos fatores, Estratégia, Estrutura e Rivalidade, industrias suporte e relacionadas, e Condições da Demanda. No presente estudo contribui na inclusão de indicadores relacionados com sustentabilidade, como índices de geração de gases efeito estufa gerados pela atividade agropecuária. No tocante a sustentabilidade, os efeitos da variabilidade do clima e da temperatura nos rendimentos da agricultura, em conjunto com os efeitos da degradação ambiental, a erosão dos solos e a redução da disponibilidade dos recursos hídricos, colocaram o eixo da sustentabilidade ambiental entre as prioridades das políticas públicas (FAO, 2015). Como consequência da exposição a eventos climatológicos, o México e outros países da América Central têm estabelecido programas pontuais para adaptação das variedades de milho e feijão às novas condições de temperatura e precipitação, principalmente, pela importância destes produtos na alimentação de sua população. Outros países das regiões Sul e Andina também contam com programas de adaptação as mudanças climáticas, não só em cultivos como também na criação de animais (FAO, 2015). Esta pesquisa tem uma abordagem qualitativa-quantitativa, onde a abordagem qualitativa complementa a quantitativa. (Martins & Theóphilo, 2007). Caracteriza-se como pesquisa descritiva Gil (2002, p. 42e transversal (Hair Jr, Babin, Money & Samouel, 2007). Também se qualifica como um estudo exploratório (Gil, 2002). Os dados foram coletados contemplam os 40 países que compõe a ALC nas bases de dados de domínio público, Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Estatística (INE), Fundo Monetário Internacional (FMI), Penta-transaction Estatísticas online e Organização das Nações Unidas (ONU) e outros sites locais de cada país.
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Agronegócio e processos de vulnerabilização: repercussões sobre a saúde das mulheres na Chapada do Apodi – Ceará (#7924)
Mayara Melo Rocha
1;
Ada Cristina Pontes Aguiar 1; Andréa Machado Camurça
1; Raquel Maria Rigotto
11 - Universidade Federal do Ceará.
Abstract:
O estudo analisa os processos de vulnerabilização desencadeados pelo avanço da cadeia produtiva do agronegócio na região da Chapada do Apodi, Ceará, nordeste do Brasil, sobre a saúde das mulheres que vivem nesse território. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada, entre os anos de 2013 e 2015, seguindo um percurso metodológico que fez uso da observação participante, de oficinas temáticas com grupos de mulheres e profissionais de saúde da região, de entrevistas semiestruturadas e da observação do processo de trabalho de mulheres empregadas nas empresas agrícolas. Os dados foram analisados pelo referencial teórico da Análise do Discurso. Considerando as inter-relações existentes entre trabalho, ambiente e saúde, somadas à análise das desigualdades de gênero, investigou-se as formas pelas quais as transformações ocasionadas pela modernização agrícola impactam a saúde das mulheres. O avanço do agronegócio naquela região ocasionou transformações territoriais que desorganizaram os modos de viver e produzir potencializando a ampliação das desigualdades de gênero e atingindo de maneira desproporcional às mulheres. As alterações ambientais, como a escassez de água potável, a contaminação das águas e do solo pelo uso intensivo de agrotóxicos, foram amplamente relacionadas, pelas populações locais, ao surgimento de doenças e problemas de saúde, tais como: aumento de casos de câncer, desregulações endócrinas, aumento dos casos de abortamento e malformações congénitas, alterações em saúde já documentadas pela literatura científica em sua relação com o uso de agrotóxicos. Além disso, observamos que a modernização dos processos produtivos na agricultura reconfigura as relações de trabalho no campo ao promover, por meio de processos de proletarização, a inclusão subordinada das populações locais e investigamos as formas pelas quais a organização, a divisão sexual e a precarização do trabalho na cadeia produtiva do agronegócio vulnerabilizam a saúde das trabalhadoras deste setor. Entre os aspectos analisados, encontramos situações de vulnerabilização provocadas pela divisão sexual e pela subvalorização do trabalho das mulheres. Constatamos que as trabalhadoras vivenciam um cotidiano marcado pela intensificação e pela precarização de suas condições de trabalho que resultam em adoecimento e desgaste físico e mental. Concluímos que a modernização agrícola induz processos de vulnerabilização ao intensificar a exploração e a degradação ambiental, alterar os modos de viver e produzir das populações do campo e gerar externalidades negativas que se materializam em danos sociais, ambientais e culturais que repercutem de forma mais acentuada sobre a saúde das mulheres.
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Agronegocios |
Thursday 07/12 | 08:00 - 10:00 | Fac. Derecho | 27 |
Agronegócio e avicultura no Oeste do Paraná, Brasil (1990-2015) (#7951)
Vagner José Moreira 11 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE.
Abstract:
A pesquisa parte do presente vivido pelos trabalhadores rurais e perscruta, historicamente, a inserção desses sujeitos vinculados à avicultura na região Oeste do Paraná, Brasil, no período de 1970 a 2015, problematizando a organização do trabalho e relações de trabalho no campo. No final do século XX e início do século XXI, com a diversificação e tecnificação das atividades agropecuárias nas pequenas propriedades, moldados pelo “agronegócio”, o trabalho passou a não ser apenas familiar, ocorrendo a contratação de trabalhadores rurais para o trabalho em aviários, para a criação e engorda das aves para o abate em frigoríficos. A lógica do processo de integração adotado pelas agroindústrias de aves, suínos e leite constitui-se em sistema global, pois dinâmicas semelhantes são adotadas na organização das cadeias produtivas. O processo industrial da produção de frangos consistiu na organização da cadeia produtiva de aves em um mercado oligopolizado por empresas multinacionais na área do “melhoramento genético”, com a produção poedeiras avós e matrizes de pintainho de um dia para a engorda, na produção da ração industrializada a base de milho e soja, na criação de produtos veterinários diversos visando à sanidade e o controle de doenças, na industrialização de equipamentos para a instalação de aviários no campo e frigoríficos nas cidades. O fato não é isolado, pois ocorreu também em outras atividades agropecuárias hegemonizadas pelo “agronegócio”, como na produção de leite e de suínos. A relação de trabalho no campo tradicionalmente nomeada como “parceria”, que se refere juridicamente ao Estatuto da Terra de 1964, é utilizada para descrever as relações de trabalho em aviários, porém trata-se do uso da legislação para desrespeitar os direitos trabalhistas e previdenciários. A produção industrial da carne de frango reorganizou a produção de aves no Brasil e pressionou diversas alterações nas relações de trabalho no campo e na vida dos trabalhadores rurais. A versão hegemônica construída para esse processo histórico, que transforma a produção de frango do modo artesanal e familiar para produção industrial, oculta a expropriação e exploração dos trabalhadores.
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Thursday 07/12 | 08:00 - 10:00 | Fac. Derecho | 27 |
Agronegocios y conflictos territoriales: El caso de la Unión de Trabajadores Rurales Sin Tierra (UST) y a la Organización de Trabajadores Rurales de Lavalle (OTRAL), provincia de Mendoza, Argentina.
(#8463)
Agustina Schvartz 11 - IIGG-UBA/CONICET.
Abstract:
En las últimas décadas los mundos rurales de América Latina han sufrido profundas transformaciones a partir del avance del agronegocio como forma hegemónica de producción. Por su carácter excluyente, extractivo y contaminante, la expansión de este modelo productivo se produce en un contexto de disputas materiales y de sentidos entre distintos actores sociales y económicos en torno al acceso y uso de los recursos naturales. En efecto, la contracara de este proceso ha sido la multiplicación de conflictos el surgimiento de numerosas organizaciones que rechazan al agronegocio como modelo productivo, a la vez que proponen la necesidad de desarrollar otros modelos productivos cuya orientación no se base exclusivamente en la búsqueda de rentabilidad económica. En este sentido, esta ponencia se propone analizar las distintas estrategias de acción colectiva utilizadas para resistir el avance del agronegocio en los territorios campesinos.Tomaremos como casos de estudio a la Unión de Trabajadores Rurales Sin Tierra (UST) y a la Organización de Trabajadores Rurales de Lavalle (OTRAL); principales organizaciones del departamento de Lavalle de la provincia de Mendoza En este trabajo utilizaremos un abordaje metodológico predominantemente cualitativo a través del uso de entrevistas, análisis de documentos y observaciones de campo.
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Reflexiones entorno al proceso de paz en Colombia: Farc- ep y la cuestion agraria(2012-2016) (#8638)
Diego Abelardo Cortes Aldana 11 - Universidad Nacional de Colombia.
Abstract:
¿Cómo se ha reconfigurado la noción de democracia en la América del sur y el papel de los movimientos sociales rurales en medio de las dramáticos cambios recientes? Una respuesta a ello, puede estar en uno de los hechos históricos más importantes de la historia reciente de Colombia y América latina , como lo es, la firma final del acuerdo de paz entre las Farc-ep (Fuerza armadas revolucionarias de Colombia- ejercito del pueblo) y el gobierno nacional, esta nación suramericana, por más de seis décadas ha librado en su interior una guerra civil que ha dejado a cerca de 220.000 personas asesinadas, 1.982 masacres, 25.007 desaparecidos, 8.000.000 de desplazados, 10.189 víctimas de minas anti personas[1], violencia de género en contra de las mujeres y reclutamiento forzado en menores de edad, entre otras múltiples modalidades de violencia, afectando principalmente a la población civil que habita las zonas rurales, y grupo étnicos minoritarios: indígenas y afro colombianos. Colombia es reconocida como uno de los gobiernos más democráticos de la región, con tan solo una y breve dictadura militar en los años cincuenta, de esta manera se hace necesario explicar la existencia y vigencia en pleno siglo XXI de una de las guerrillas más viejas del mundo, como lo es las Farc-ep, la cual se autoproclama con una organización insurgente de ideología Marxista-leninista, contando con cerca de 8.000 combatientes y 12.000 milicianos, conformada en su gran mayoría por campesinos y campesinas. Pero actualmente, luego de 52 años de guerra civil entre las Farc-ep y el estado colombiano, finalmente se ha logrado una firma al acuerdo de paz entre ambas partes, sancionada y aprobada por el congreso nacional de la República de Colombia, a la espera de su fase de implementación el panorama nacional y las garantizas de participación política sin armas y sin vulneración de los derechos humanos, tan necesarios para superar la época de la violencia que ha golpeado todas las estructuras e instituciones de Colombia, a lo largo del conflicto, parece no ser el mejor escenario.En los últimos días, previos a la finalización del presente texto, se han cometido varios asesinatos selectivos de dirigentes agrarios y sindicalistas en varias regiones del país, todos ellos voceros del movimiento social Marcha Patriótica, a mano de bandas criminales y grupos paramilitares, en un descarado intento por desestabilizar la tensa calma nacional, se estima según cifras de las organizaciones de derechos humanos que en el último semestre cada 5 días es asesinado un activista social. Por todo ello al interior de los movimientos sociales, activistas y académicos, se evidencia con gran preocupación un genocidio político. [1] http://www.centrodememoriahistorica.gov.co/micrositios/informeGeneral/estadisticas.html