Abstract:
A desigualdade e a pobreza brasileiras são fenômenos cuja compreensão há tempos instiga pesquisadores. Ao longo dos anos, o Brasil se tornou conhecido por comumente figurar dentre as posições de topo em níveis de desigualdade internacional e, mesmo hoje, enfrentaria agudas assimetrias relacionadas à concentração de renda. Especialmente a partir da década de 1970, forma-se no país um arcabouço teórico de análise e interpretação dos movimentos relativos à distribuição de renda no país e à pobreza da população. Este debate, entretanto, não é uníssono e estudiosos fornecem muitas vezes respostas diferentes a um mesmo período ou fenômeno analisado. Ao se debruçar sobre a literatura concernente às duas últimas décadas, contudo, observa-se que existem posições diametralmente opostas no que se refere à trajetória da desigualdade no Brasil. Por um lado, parte da literatura aposta em um movimento de queda da desigualdade (Soares, 2010), por outro, não são isoladas as interpretações para as quais o país seria marcado pela estabilidade de seus altos níveis de desigualdade (Barros et al, 2000, Medeiros, 2015). A relação que a desigualdade manteria com a pobreza também parece não ter se mantido a mesma: ora a estrutura desigualdade determinaria os altos níveis de pobreza nacional (Barros et al., 2000), ora se verificaria que mudanças na base da distribuição conviveriam com alta e estável desigualdade (Medeiros, 2015). A pergunta que orienta este trabalho é: o que ocorreu com a desigualdade e a pobreza brasileira entre 1992 e 2012? Que diagnóstico é possível fazer a partir das diferentes interpretações sobre transformação ou permanência da desigualdade no Brasil e como se dá a relação destas com os dados sobre a pobreza? O recorte temporal realizado entre os anos 1992 e 2012 se dá pelos seguintes motivos: (i) 1992 teria sido o ano em que importantes disposições constitucionais passaram a ter vigência, produzindo novos efeitos sobre as transferências públicas; (ii) 2012 ser o último ano que as principais pesquisas consultadas abordam; (iii) neste período haver uma rica produção intelectual que discute a distribuição de renda e a pobreza nacional. Bibliografia: BARROS, Ricardo Paes de; HENRIQUES, Ricardo; MENDONÇA, Rosane (2000) “Desigualdade e Pobreza no Brasil: retrato de uma estabilidade inaceitável”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 15(42): 123-42. MEDEIROS, Marcelo; SOUZA, Pedro Herculano Guimarães Ferreira de; CASTRO, Fábio Ávila de (2015a). A estabilidade da desigualdade de renda no Brasil, 2006 a 2012: estimativa com dados do imposto de renda e pesquisas domiciliares, Ciência & Saúde Coletiva, 20(4):971-986. SOARES, Sergei S. D (2010). "O ritmo na queda da desigualdade no Brasil é aceitável?", Revista de Economia Política, v. 30, p. 364-380, 2010.

Abstract:
  Quienes habitamos la ciudad percibimos diariamente que en nuestra vida cotidiana la basura producida en las casas, los desechos que se ven en la calle o lugares de trabajo desaparecen. El problema es que la basura no desaparece. Los desechos se pasan por alto en las experiencias vividas y por esta razón la basura empieza a ser imperceptible e invisible para la mayoría de nosotros (Scanlan, 2005). Como habitantes de la ciudad establecemos un tipo de relación con los residuos, la diferencia se encuentra en que no todos tenemos el mismo tipo de relación con éstos. Botar la basura y llevarla a un “relleno sanitario” es una relación social que revela y esconde procesos.   El núcleo de este artículo se encuentra destinado a la vida cotidiana y a los relatos de vida de poblaciones y geografías en donde la basura no deja de existir. Se trata de contribuir a develar conflictos sociales que surgen por la disposición final de desechos. Explorar la posición de quienes conviven con ella, quienes no han podido evadirla, a quienes se les ha impuesto la basura de toda una ciudad, abre debates a discusiones de marginalidad espacial y social, dimensiona cómo la ubicación del basurero es reflejo de las formas cómo se organiza y cómo se distribuye el espacio en la ciudad, lo cual debe ser objeto de interés para gobiernos, organismos internacionales y sectores académicos que conciben el crecimiento de la ciudad bajo modelos de vida sostenibles y equitativos, siendo ahora la problemática ambiental un factor que contribuye en la reproducción de la desigualdad social.   El basurero de Doña Juana ha estado ubicado en el sur de la ciudad de Bogotá, en el sector de Mochuelo durante 27 años y ha sido durante este tiempo el único basurero de la capital. El análisis de esta investigación se fundamenta sobre categorías teóricas de los sociólogos Javier Auyero, Pierre Bourdieu, el geógrafo David Harvey, la antropóloga Débora Swistun y la filósofa Agnes Heller. Sin embargo, en algunos momentos las reconstrucciones históricas de las experiencias de vida pondrán en tela de juicio, ratificarán o complementarán el cuerpo teórico utilizado.  La metodología empleada se desarrolla desde enfoque cualitativo, que utiliza como técnica de investigación los llamados relatos de vida, la cual ha sido ampliamente estudiada y aplicada por el sociólogo francés Daniel Bertaux, quien sitúa esta técnica bajo el nombre perspectiva biográfica y etnosociológica.

Abstract:
Como consecuencia del modelo económico seguido por México desde la década de los ochentas, el medio rural enfrenta una crisis de grandes proporciones. Los niveles de marginación y pobreza en el medio rural son alarmantes y se agudizan más en la población indígena. Esta investigación tiene como objetivo conocer las condiciones de pobreza, de desarrollo de la actividad agrícola y las posibilidades de empleo para los habitantes del municipio indígena de Huehuetla, ubicada en la Sierra Nororiental del estado de Puebla, México. Este municipio es uno de los más marginados y pobres del estado, donde se seleccionó una muestra de 57 jefes de familia. El 82.5% de los entrevistados fueron varones. El promedio de edad de los entrevistados fue de 55.91 años (s= 12.72) y con un bajo nivel de escolaridad de 2.47 años (s= 1.78), donde lo más terrible es que 29.1% no saben leer ni escribir. El 94.8% de los entrevistados hablan lengua indígena (Totonaco). En México, hablar de indígenas es hablar de pobreza y en el municipio el 75% manifestó que su familia realizaba únicamente dos comidas al día. De acuerdo a su propia autodefinición de pobreza, el 83.9% de los entrevistados manifestaron que se consideraban pobres. Ante esta situación, solamente el 6.5% de los entrevistados manifestaron que les gustaría que sus hijos continuarán laborando en el campo. El 57.9% manifestó participar en el programa estatal de combate a la pobreza. Los productores se dedican a las actividades primarias cultivan principalmente café en pequeñas parcelas con una superficie promedio de 1.32 ha, con un rendimiento de 1422 kg por hectárea de café cereza. Con esta superficie, los rendimientos obtenidos y los precios del café, los ingresos de los productores son minúsculos, y ante los escasos apoyos gubernamentales, persisten las condiciones de pobreza en las familias rurales y las oportunidades de empleo para los hijos de los productores son reducidas.

Abstract:
Na conjuntura de precariedade e pobreza, fruto das políticas neoliberais, evidencia-se no Brasil e em outros países da América Latina o aumento da população que ocupa as ruas como espaço de abrigo e moradia, muitos dos quais são usuários de álcool, crack e outras drogas. Trata-se de uma população marcada por processos de exclusão social, e que vivencia experiências de desrespeito e ausência de reconhecimento social no seu cotidiano. Para ampliar o acesso dos usuários aos serviços públicos de saúde, o Ministério da Saúde fomentou, a partir de 2011, a implantação de equipes de Consultório na Rua (CnaR), as quais são responsáveis pelo atendimento dessa população e atendem em parceria com os equipamentos sociais e de saúde no território. Os objetivos da pesquisa, financiada pelo Programa Estratégico de Apoio à Pesquisa em Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, consistem em analisar as experiências de desrespeito e de reconhecimento social dos usuários de crack em situação de rua atendidos pelo CnaR em Manguinhos -  Rio de Janeiro e no Programa “De Braços Abertos” (DBA) - São Paulo. No período de 2014-2016 realizamos 17 entrevistas semi-estruturadas e dois grupos focais com os usuários de crack atendidos pelo CnaR em Manguinhos e no DBA além da Observação Participante. Experiências de desrespeito e falta de perspectiva na vida foram apontadas em diversas falas. Estigmatizados como cracudos, eles relatam a violência cotidiana que sofrem e a repulsão e o nojo das pessoas que evitam o contato e os fazem se sentir o “lixo” da sociedade. A discriminação perpassa o acesso aos bens públicos, e alguns serviços de saúde negam o atendimento por não terem documentação ou domicílio cadastrado. Em contrapartida, experiências de reconhecimento social foram relatadas a partir das interações com as equipes de CnaR e com o DBA, e os profissionais referidos como importantes fontes de apoio. Ações como cortes de cabelo, acompanhamento dos usuários quando necessitam de consultas ou exames; orientação para obter a documentação pessoal, auxílio para alimentação, entre outras, embora muitas vezes vistas como caridade, indicam ações de solidariedade relevantes para o reconhecimento social. O DBA avança nas propostas de inclusão social ao garantir moradia, alimentação e frentes de trabalho para os usuários cadastrados. O trabalho foi percebido pelos usuários como uma forma de reconhecimento do seu valor enquanto sujeito inserido em uma sociedade. Analisar as experiências de desrespeito e o reconhecimento social se torna relevante para subsidiar as políticas públicas dos usuários de crack em situação de rua. A luta por reconhecimento social visa garantir os direitos básicos de saúde, educação, moradia, lazer, entre outros constituintes da cidadania, de modo a fomentar os processos de democratização e inclusão social dessa população estigmatizada e em situação de extrema vulnerabilidade social.

Abstract:
Esta pesquisa pretendeu conhecer as Representações Sociais dos moradores circunvizinhos ao Instituto Federal de Goiás, município de Anápolis, escola parte de uma rede de quase quinhentos institutos que oferecem, gratuita e de excelente qualidade, educação técnica integrada ao ensino médio para milhares de estudantes em todo o país. Queríamos, no âmbito local, pensar sobre a estratégica implantação de grande parte dos IF's, como são chamados, em regiões "periféricas". Se eram, esses expedientes, fatores de equalização das desigualdades sociais, ou, antes, um estratagema de fornecer mão-de-obra de nível técnico para a indústria local. A precaríssima condição do bairro adjcente ao IF levanta algumas problemáticas na medida em que fica contrastado ali, de um lado (intramuros) uma escola com professores capacitados, funcionários públicos estáveis, com planos de carreira, estrutura adequada, alunos comprometidos e que gozam plenamente da cidadania e, entretanto, de outro lado, uma comunidade composta de trabalhadores informais, semi alfabetizados, contemplados, com as casas onde moram, por outro programa social de moradia subsidiada, o "minha casa minha vida", que ainda que residindo ao lado do IF e crendo no (cada vez mais utópico) poder da educação em promover a ascensão social, não estão lá matriculados e pouco sabem a respeito "daquele prédio". Problematizamos então essa disparidade para indagar se os Institutos promovem a inclusão educacional em nível local democratizando a educação no intuito de mitigar as desigualdades sociais, ou, ao contrário, perpetua a iniquidade, reproduzindo no nível da educação escolar, a estrutura industrial local, que se nutre de mão-de-obra pouco qualificada, treinada e apta ao trabalho precarizado.

Abstract:
La propuesta de ponencia aborda la temática de la pobreza al interior de la Región Metropolitana, principal área urbana de la ciudad de Santiago de Chile, en los últimos diez años. Gracias a la aplicación de una serie de encuestas en el plano urbano de la principal ciudad del país, la ponencia busca analizar las principales transformaciones sobre la percepción de pobreza por parte de los sectores de menores ingresos monetarios al interior de este territorio. Interesa analizar los principales cambios en torno a percepción sobre acceso a educación primaria, secundaria y terciaria, junto con las evaluaciones de la población sobre el acceso a sistemas de salud, transporte público y una evaluación sobre el papel del Estado y su tensión con el modelo neoliberal vigente desde el régimen militar. Adicionalmente, la presentación de los principales resultados de la encuesta de Pobreza en la Región Metropolitana, liderada por la Universidad Católica Silva Henríquez, perteneciente a la Congregación Salesiana, y aplicada desde el año 2002, busca dar cuenta de importantes hallazgos relacionados con los cambios demográficos de la población como el envejecimiento de esta y los desafíos como el encarecimiento en el acceso a vivienda propia y las estrategias de subsistencias ante el aumento en el costo de la vida. Finalmente, la ponencia abordará el creciente fenómeno del endeudamiento al interior de la población con menores ingresos monetarios, como una estrategia de supervivencia ante la existencia de dinámicas económicas neoliberales.   Referencias Bibliográficas. Altimir, O. (2016). Long-term trends of poverty in Latin American countries. Estudios de economía, 28(1), pp-115. Castillo, J. C., Miranda, D., & Carrasco, D. (2012). Percepción de desigualdad económica en Chile: medición, diferencias y determinantes. Psykhe (Santiago), 21(1), 99-114. Stavenhagen, R. (1998). Consideraciones sobre la pobreza en América Latina. Estudios sociológicos, 3-15. Recuperado de:  http://www.nacionmulticultural.unam.mx/pactopedregal/pdf/6.2.a.stavenhagen1.pdf Larrañaga, O., & Rodríguez, M. E. (2015). Desigualdad de ingresos y pobreza en Chile: 1990 a 2013. Las nuevas políticas sociales de protección social en chile, 251-294. Recuperado de: http://www.cl.undp.org/content/dam/chile/docs/pobreza/undp_cl_pobreza_cap_7_desiguypob.pdf Reininger, T., Castro-Serrano, B., Flotts, M., Vergara, M., & Fuentealba, A. (2016). Conditional cash transfers: Social work and eradicating poverty in Chile. International Social Work, DOI 10.1177/0020872816631601

Abstract:
La presente comunicación expone los avances de una tesis doctoral que tiene como objetivo el estudio de los procesos de subjetivación política juvenil en la Marcha de la Gorra. Esta última consiste en una acción colectiva contenciosa que cumplió recientemente una década de existencia. La Marcha es impulsada y habitada -de un modo particular- por jóvenes cordobeses, muchos de ellos y ellas provenientes de sectores populares de la ciudad. Entre la multiplicidad de demandas que la Marcha aloja, puede identificarse un fuerte componente de denuncia hacia las prácticas de violentación dirigidas a los jóvenes de sectores populares de la provincia, ejecutadas cotidianamente por la policía. Estas formas de violencia remiten a procesos de segregación espacial en los que las calles del centro de la ciudad permanecen vedadas para estos jóvenes, quienes usualmente son detenidos y requisados por la policía. De este modo, se protesta enfáticamente contra los dispositivos legales institucionalizados que habilitan la efectivización de estas prácticas, por caso, los códigos contravencionales de la Provincia de Córdoba. La más extrema de las violencias que estos jóvenes padecen es la eliminación física, que aquí es conceptualizada como procesos de juvenicidio. En este sentido, la Marcha pone en visibilidad los numerosos casos de asesinatos de jóvenes en los que se ven involucrados miembros de las fuerzas policiales (en la jerga local, casos de gatillo fácil). En un contexto de persecución y hostigamiento sistemático hacia los jóvenes de sectores populares, que parece intensificarse a partir del recrudecimiento de las políticas provinciales de seguridad, la Marcha de la Gorra se erige como un momento-espacio de protesta juvenil en el que se ponen en acto estrategias de biorresistencia, ancladas en la dimensión estética y en los repertorios corporales de los marchantes, que intervienen de manera directa en el espacio público, irrumpiendo en las calles del centro una tarde al año. Estas formas de manifestación incluyen desde intervenciones artísticas, bailes, graffitis, vestimentas, maquillajes y una diversidad de elementos performáticos que procuran desestabilizar los sentidos hegemónicos que circulan en torno a las juventudes populares y visibilizar un escenario de violación sistemática de los derechos de los jóvenes. Esta investigación parte de un enfoque cualitativo y se inscribe dentro de la “etnografía de evento”, empleando un mosaiquismo metodológico para su desarrollo que incluye entrevistas en profundidad; conversaciones en marcha; registros observacionales, fílmicos y audiovisuales; auto-registros y etnografía virtual.

Abstract:
O presente artigo resgata o debate sobre o tema da desigualdade social ao analisar a luta de movimentos sociais pelo direito à moradia. Norteado pela hipótese que os movimentos sociais são agentes de inovação e importantes atores na conquista e efetivação de direitos, tem por objetivo analisar os resultados do embate empreendido pelos atores do movimento social “Fórum de Ocupações Urbanas” (FOURM). Presente na região urbana de Porto Alegre”, capital do Rio Grande do Sul o estado situado mais ao sul do Brasil, a qual convive com um déficit habitacional de cerca de 40 mil moradias, o FOURM é formado por famílias sem condições de acesso à habitação pelas regras do mercado, as quais vem ocupando espaços vazios, tanto privados como públicos, no meio urbano da referida cidade. O embasamento teórico de nosso estudo apoia-se, em três autores: Jessé de Souza (2003), Holston (2013) e Honneth (2014). De Souza incorporou-se a tese que aponta a naturalização da desigualdade no Brasil, como fruto de um processo de modernização periférica cujo modelo, valores e instituições, importados de “fora para dentro”, aportam os elementos à institucionalização de um modo de interpretação do que é “bom”, “apropriado” e “meritório” que fornece as bases à  hierarquização do valor dos indivíduos.  De Holston (2013), trazemos a compreensão do Brasil, como um país no qual os direitos são distribuídos e negados, conforme um falso critério de meritocracia. Já Axel Honneth (2014) contribuiu com a análise do acesso ao reconhecimento social, como um direito moral devido a todo ser humano, bem como que na base dos conflitos sociais está a luta coletiva dos cidadãos por reconhecimento como sujeitos de direitos. A pesquisa empírica de suporte a nosso estudo, foi realizada através do método de observação participante desenvolvido nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2015. Para tal acompanhou-se, na qualidade de observadores, as reuniões semanais do FORUM; duas situações de protesto público conduzidos por membros do movimento, bem como o processo de despejo orquestrado pelo poder público local, de famílias de uma das ocupações estudadas.  O estudo foi complementado com a realização de dezenove entrevistas semiestruturadas com moradores e lideranças comunitárias. A análise do material de pesquisa revelou a presença de inovações sociais, como a organização coletiva para a negociação e compra de vazios urbanos em situação de ocupação, o que deu origem à instauração de um projeto-piloto, até então inédito no Brasil, que consiste na realização de audiências públicas de conciliação de interesses nos processos envolvendo reintegração de posse de áreas ocupadas. Paralelamente foi possível constatar que através de sua luta, os membros do FOURM instituíram uma nova modalidade de participação cívica e de luta pela conquista de direitos.  

Abstract:
Actualmente el trabajo de los vagoneros del STC – Metro forma parte de la dinámica cotidiana en este vital medio de transporte en la Ciudad de México. Sin embargo, su presencia en los vagones del Metro se ha convertido en un problema tanto para las autoridades del STC – Metro como para el Gobierno de la Ciudad de México, en su calidad de administradores de dicho espacio público. Mientras que para los vagoneros de Metro las autoridades son los referentes principales de negociación y conflicto en el ejercicio de su derecho al trabajo. Sin embargo, la existencia y permanencia de la ocupación de vagonero se desarrolla en medio de dinámicas interacciones entre un conglomerado de actores que propician u obstaculizan el desarrollo de este fenómeno: por un lado los usuarios que se convierten en clientes, las organizaciones de vagoneros que regulan los procesos de trabajo o incluso partidos políticos. Por el otro, las autoridades del STC- Metro, las agencias de seguridad o funcionarios del Gobierno de la Ciudad de México. (Ruíz, 2009; Juárez, 2015). De esta forma, a través de un concepto ampliado de trabajo es posible pensar la ocupación del vagonero como el resultado de una construcción social. (de la Garza, 2011; 2010) La aplicación de la política de Cero Tolerancia (Broken Windows) (Kelling, 1996), como política administrativa sancionadora de las conductas que rompan con la normatividad establecida (Arroyo, 2003), endurece las estrategias administrativas las cuales están orientadas a la desaparición de la ocupación del vagonero, negando su derecho al trabajo e inscribiéndose en un proceso de deconstrucción social traducido en un esfuerzo sistemático de desaparición de los pobres del ámbito público, intentando transformar un problema político, enraizado en la desigualdad económica e inseguridad social, en un problema de criminalidad. (Wacquant, 2006; Davis, 2007). Asimismo, dicha política puede producir transformaciones en los procesos de trabajo del vagonero nacidas del desarrollo de acciones de  resistencia de los trabajadores, ya sean individuales o colectivas, mismas que potencialmente estarían en capacidad de trascender en formas de organización más amplia para la defensa de su derecho al trabajo. Así, la presente ponencia establece un análisis de los procesos de trabajo del vagonero a través de un acercamiento empírico realizado en 2012 producto de mi inserción a la Unión Única Independiente de Vagoneros del Metro A.C., en la Línea A (Pantitlan – La Paz) a través de técnicas propias de la observación participante. Este análisis permitirá establecer una aproximación a las potencialidades organizativas que pueden desarrollar los vagoneros del Metro para la defensa de su ocupación frente a las estrategias gubernamentales de desalojo operadas actualmente.

Abstract:
  El Estado Plurinacional de Bolivia incluye un modelo de Economía Social y Solidaria en sus políticas donde prima las personas y el trabajo, reciprocidad, participación democrática, solidaridad en las relaciones sociales, satisfacción de necesidades básicas, sistemas productivos sustentables y en armonía con la Madre Tierra, además de incluir políticas con enfoque de género y equidad entre otros, para un desarrollo social, económico, y productivo para el Vivir Bien.   Las Organizaciones Económicas Campesinas (OECA’s) surgen desde la década de los setenta y están orientadas a la inclusión social y una mejora en la calidad de vida de los más desfavorecidos en Bolivia mediante el sector productivo.   En esta ponencia se pretende develar la importancia de estas organizaciones para avanzar en la inclusión social de las mujeres campesinas en el sector productivo, quienes son las más desfavorecidas y analizar la manera en que las OECA’s coadyuvan a avanzar en el establecimiento de las relaciones de genero con mayor equidad.   Se contará con los resultados de una investigación que mi persona viene realizando de cuatro estudios de caso en las Organizaciones Económicas Campesinas (OECA’s) de la ciudad de Cochabamba, Bolivia en los Municipios de Tolata y Vinto, en el que se pretende responder las siguientes preguntas:   ¿ Son los emprendimientos asociativos agroecológicos una estrategia de inclusión social para que las mujeres puedan integrarse al sector productivo y tener una autonomía económica? ¿Contribuyen los emprendimientos asociativos agroecológicos a avanzar en el establecimiento de relaciones de género con equidad en los hogares, ámbito productivo y comunidad? ¿Existe equidad en las oportunidades, satisfacción de necesidades, participación, toma de decisiones, autonomía, acceso a recursos, y repartición de responsabilidades dentro del hogar entre hombres y mujeres?   El trabajo de cuidado de los hijos así como las actividades domésticas también es un elemento importante en el estudio. Se conocerá como se lleva a cabo la la conciliación del trabajo de cuidado con el trabajo productivo. La economía feminista y de cuidado, que conjuntamente con la economía solidaria se orientan hacia una equidad en las relaciones sociales, enfoca la importancia de este trabajo invisibilizado en la sociedad y muy escasamente tomado en cuenta en las cuentas de inversión pública.  El trabajo del cuidado de los hijos asegura la reproducción de la fuerza de trabajo y una formación integral de individuos debe ser responsabilidad no solo de la mujer sino compartirla entre miembros del hogar, sociedad y gobierno. Por lo que se propondrá también como parte importante y central de análisis la sostenibilidad de la vida.    

Abstract:
No Brasil, existem 2.197 comunidades quilombolas reconhecidas oficialmente. Das 2.040 certificadas, 63% estão no Nordeste. Estima-se 1,17 milhão de quilombolas em todo o Brasil. Das 80 mil famílias quilombolas cadastradas, 74,73% estão em situação de extrema pobreza, sendo 79,78% beneficiarias pelo Programa Bolsa Família, 24,81% não sabem ler e 82,2% desenvolve atividades de agricultura, extrativismo ou pesca artesanal. 55,21% não possui água canalizada, 33,06% não possui banheiro ou sanitário e 54,07% não possui saneamento adequado. (SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL, 2013). Este artigo traz as reflexões de dois projetos, um de pesquisa e outro de extensão, desenvolvidos no Instituto Federal de Pernambuco, campus Garanhuns, para investigar e fortalecer a resiliência de comunidades quilombolas do município, contemplando as pesquisas realizadas inicialmente nas comunidades de Castainho e Timbó e posteriormente nas demais comunidades quilombolas: Caluête, Estivas, Estrela e Tigre. Para obter maior sinergia, buscou-se o diálogo entre pesquisa e extensão, de forma que o projeto de extensão subsidiasse o projeto de pesquisa e vice-versa. Buscamos investigar e analisar os aspectos da resiliência e as formas e mecanismos de resistência dessas comunidades quilombolas, por meio da escuta e registro de sua história de resistência e de luta e o modus vivendi quilombola. Apoiamos essa reflexão em autores que pesquisam resiliência individual e comunitária, como Norris et al. (2008), Melillo e Ojeda (2005) e Walsh (2005), bem como nos autores que estudam as comunidades quilombolas. Foram realizadas visitas às comunidades, participação em reuniões e entrevistas individuais para identificar as bases da resiliência e da resistência dessas comunidades quilombolas na luta pela terra e para preservar sua cultura. De forma diferenciada, as comunidades quilombolas possuem potencial de resiliência na luta e no manejo da terra, tanto na agricultura que desenvolvem, com base no plantio e beneficiamento da mandioca e no plantio de frutíferas, bem como no plantio e uso de ervas medicinais. As comunidades encontram-se em situações diferenciadas no que se refere ao reconhecimento de sua origem quilombola, à posse da terra, ao manejo e cuidado com o meio ambiente. As manifestações culturais também são particulares e cada comunidade possui características ora similares, ora distintas e peculiares a cada uma. Ainda existem expressões do côco e de danças afro, porém com grande influência da atual multiculturalidade. A dificuldade e o desinteresse que a juventude tem em dar continuidade às tradições é motivo de preocupação para os mais velhos. Esse artigo visa caracterizar as bases que impulsionam as comunidades quilombolas de Garanhuns a preservarem suas raízes e tradições, bem como as ameaças enfrentadas por essas comunidades de descaracterização, como de se manterem em suas terras.