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Friday 08/12 - Fac. Derecho / Sala 27
08:00 - 10:00 Presentación de PONENCIAS
 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Reforma Agraria |
Friday 08/12 | 08:00 - 10:00 | Fac. Derecho | 27 |
Elites e reforma agrária: uma perspectiva comparada entre Brasil e Colômbia (#7132)
juanita cuellar Benavides 1;
Afonso Henrique Menezes Fernandes 1
1 - CPDA-UFRRJ.
Abstract:
Este trabalho procura compreender a dinâmica com que as elites agrárias latino-americanas atuam em relação à pauta da Reforma Agrária dentro de contextos de transição política no período recente. Neste sentido, buscaremos realizar um exercício de comparação entre dois casos nacionais, do Brasil e da Colômbia. Considerando que os países latino-americanos caracterizam-se por altos níveis de concentração fundiária, as reformas agrárias parecem surgir como pauta dos movimentos camponeses nesses países. Diante disto, as elites agrárias têm tido protagonismo nas discussões sobre esta temática, em alguns casos opondo-se a estes processos, e em outros, agindo em defesa de políticas paralelas e disputando as legislações agrárias.  No caso brasileiro, buscaremos observar a mobilização patronal no período que ficou conhecido como Nova República (1985-1988), durante o primeiro governo civil após a ditadura militar. Em meio a este processo, o governo necessitava acenar com concessões às pressões populares que emergiam no meio rural, respondendo à crise econômica vivida pelo país e seus impactos em uma realidade agrária concentrada e transformada pela modernização conservadora da agricultura. Assim, foi proposto um plano de reforma agrária e convocada uma Assembleia Nacional Constituinte, onde esta pauta ganhou relevância dentro dos debates sobre a função social da propriedade e a formulação de uma lei agrícola defendida pelos principais representantes do patronato rural. Já no caso colombiano, tentaremos identificar como as elites agrárias se posicionaram durante o processo de paz entre o governo colombiano e a guerrilha das FARC-EP, frente à discussão sobre a Reforma Rural Integral, importante ponto do acordo de paz. Por um lado, as elites agrárias criticaram o processo de paz. Ao mesmo tempo, promoveram uma lei para impulsionar o agronegócio, através da delimitação de áreas de desenvolvimento empresarial em terras públicas, que deviam ser destinadas para fins de reforma agrária. Estas estratégias têm resultado na moderação das reformas agrárias, mantendo-se a concentração fundiária, e em alguns casos aumentando-a. Dessa forma, as políticas de distribuição fundiária acabam por promover o deslocamento das populações camponesas através de projetos de colonização em áreas distantes de fronteira, ou de baixo potencial agrícola.  Dessa forma, estabelecemos como referencial teórico um diálogo com a reflexão de Bourdieu para identificar e compreender a atuação do campo de representação política das elites agrárias nos países em questão. Enfatizaremos os seus respectivos processos de construção política na defesa de seus interesses frente à pauta da Reforma Agrária em contextos de transição da vida nacional dos dois países. Como metodologia buscaremos estabelecer uma revisão bibliográfica na perspectiva comparada dos estudos acadêmicos sobre a reforma agrária na América Latina (Carter, Chonchol, Bruno, Ianni, Fajardo). Assim, esperamos contribuir com a compreensão sobre representação de interesses das elites agrárias latino-americanas.

 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Tierra |
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Acordos de terras no Extremo Sul da Bahia – novos espaços de governança local e os desdobramentos sobre a questão agrária territorial (#0089)
Clarissa Magalhães -1
1 - Universidade Federal do ABC.
Abstract:
No Brasil estudos sobre a dimensão territorial do desenvolvimento vêm contribuindo, desde a década de 2000, para o enfrentamento do desafio de aliar coesão social ao crescimento econômico. O “Território Extremo Sul da Bahia” manteve estrutura agrária fluida e populações rurais de base familiar esparsas até a década de 1970, quando uma coalizão entre Estado e empresas de papel e celulose implanta um projeto territorial apoiado no setor privado de grande porte, capital intensivo, indústrias localizadas, latifúndio e monocultura de eucalipto. As transformações nas dinâmicas territoriais são acentuadas pela implantação da BR 101 e novo ciclo extrativo de madeira (Santanna, 2009) com intenso desmatamento (Ceplac, 1994). No entanto, a partir da Constituição 1988, agentes territoriais desafiantes desse projeto, como movimentos de luta pela terra (entre eles o MST), quilombolas e indígenas, se fortalecem, intensificam formas de organização e ação coletiva e impõem pressão sobre empresas e Estado. No século XXI, diante do quadro de acentuada concentração fundiária, baixa diversidade produtiva, poucas cidades intermediárias, desempenho heterogêneo de indicadores, com contrastes entre regiões dinamizadas e estagnadas (Berdegué et al, 2012), dois novos fatores se apresentam na esfera territorial: as políticas socialdesenvolvimentistas nacionais, que provocam inédita melhoria nos indicadores socioeconômicos municipais, e a inauguração de novas instâncias de governança local, para o debate entre projetos concorrentes e a formação de coalizões sociais.  Neste artigo uma arena de negociação em torno da questão agrária, entendida como locus de interação entre movimentos sociais, empresas e Estado, é analisada sob a perspectiva do framework proposto por Elinor Ostrom (2010) a partir de casos de governança policêntrica. As ações articuladas como resultados dessa arena demonstram a capacidade desenvolvida pelas forças sociais locais para a formação de novas coalizões e alteração de parte das estruturas territoriais constituídas historicamente, contribuindo para o avanço na direção um desenvolvimento territorial mais coeso.

 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Tierra |
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Proceso de paz de La Habana, Cuba: Una aproximación al problema de la tenencia de la tierra en Colombia (#0139)
Raúl Ivan Clavijo 1;
Maria Victoria Giraldo 1;
Laura Daniela Ballén 1
1 - Universidad Santo Tomás.
Abstract:
La violencia en Colombia es un fenómeno que tiene como epicentro los campos y zonas rurales del país dado que la concentración de tierra ha sido históricamente una gran fuente de poder político, social y militar. En ese sentido y bajo el momento coyuntural que vive el país, el presente capítulo centra la atención en analizar las implicaciones del Proceso de Paz de La Habana, Cuba -partiendo de lo acordado sobre la política de desarrollo agrario integral- específicamente respecto a la estructura de la tenencia de tierra en los municipios de San Juan de Arama y Vista Hermosa, ubicados en la región del Alto Ariari (Meta). Para ello se realizó una revisión documental rigurosa y se realizaron entrevistas a individuos pertenecientes a organizaciones protagonistas en el territorio: Juan Carlos Clavijo, director del Parque Nacional Natural Tinigua, César Jerez, vocero de la Asociación Nacional de Zonas de Reserva Campesina y Luis Lozano, campesino y miembro de la Asociación Campesina Ambiental de Uribe Meta (ACATAMU).   El capítulo se estructura a partir de cuatro apartados. Para empezar, se expone una reconstrucción histórica de la colonización en el Alto Ariari y sus implicaciones sociopolíticas; posteriormente, se analiza la estructura de la tenencia de la tierra en el país y derivado de ello se examinan los sectores interesados en poseer la tierra y tener el control sobre dicho territorio (sector agroindustrial, sector de hidrocarburos, sector militar y sector turístico). Finalmente, se discute sobre las posibilidades de transformación de la estructura de la tenencia de la tierra a partir de la Reforma Rural Integral pactada en la mesa de La Habana. A partir de la investigación realizada se espera contribuir desde el quehacer sociológico y académico a la búsqueda de alternativas para solucionar los conflictos agrarios y los problemas del campo colombiano, fines planteados en la mesa de diálogos en La Habana, Cuba.  

 
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Elementos para un análisis histórico de la concentración de la tierra en la costa Ecuatoriana: la elite del norte de la provincia de Manabi y sus estrategias comerciales y de transferencia de tierra (#2935)
Sofia Espinosa 1
1 - Universidad Panthéon Sorbona.
Abstract:
A comienzos de años 2000, la distribución de la tierra como factor de equidad, productividad y reducción de la pobreza parecía hacer consenso no solamente dentro de los movimientos de agricultores y campesinos, sino también dentro de los organismos internacionales (Banco Mundial, 2003; DFID 2004; FAO, 2005). Pese a estos argumentos, el aumento de los precios de los productos agrícolas, la financiarización de la tierra y la creciente demanda de agrocombustibles tendrán como efecto analizar la problemática de la tierra en términos de "land grabbing" o "acaparamiento de tierras” (IIED, 2009, IFRI, 2010; 2011a CDI, Banco Mundial, 2011; Borras y Franco, 2012; Van Kote, 2012, Li, 2011 ; Peluso y Lund, 2011, entre otros). En América Latina esta nueva problemática, si bien permitido retomar el debate en términos de repartición de la tierra (Zoomers y Haar, 2000; FAO, 2011; Bravo, 2011; CIT / CISEPA, 2011; CEPES, 2009; SIPAE, 2011) ha eclipsado el debate sobre las condiciones históricas de estas disparidades. En este sentido, cabe recalcar, que  la concentración de tierras América Latina es un proceso antiguo, que se asienta en estructuras locales derivadas de las instituciones coloniales y de las primeras fases de integración al mercado internacional. El caso de la estructura rural  Ecuatoriana permite estudiar en detalle este fenómeno. Partiendo del análisis de las trayectorias comerciales y de tierra de varias familias en la provincia de Manabí, este artículo analiza cómo, en  economías primario-exportadoras,  la concentración de la tierra en el campo no puede ser disociada de la formación de las élites locales. El análisis de la formación de las elites locales permite analizar de forma histórica el rol de la tierra en el proceso de integración al mercado internacional y el rol de este recurso es en la creación de alianzas sociales e institucionales que aseguraran la influencia y la posición socio-económica de las personas que lo poseen.  El estudio de caso de la élite local de Manabí permite entender como las estrategias relativas a este recurso aseguran la continuidad o discontinuidad de este grupo e inversamente como la existencia de una elite local permite la continuidad de estructuras agrarias desiguales en la actualidad

 
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La disputa por la tierra en el siglo XX. La actualidad de la cuetión agraria en México y Brasil (#3199)
Mariana Elkisch Martínez 1
1 - UACM.
Abstract:
A partir de la inflexión neoliberal se ha asentado en América Latina un modelo Agroexportador que, conducido bajo la égida y el dominio de la agroindustria transnacional, se identifica entre otros, por la marginalidad productiva del campesino y la reducción de su ingreso. De esta forma, independientemente de las particularidades regionales, asistimos a una pauperización sin precedentes de la mayor parte de la población del campo y un proceso de descampesinización. Paralelamente, en el marco del actual orden agroalimentario global, mismo que se articula sobre la base del dominio especulativo de los precios agroalimentarios y la orientación de los cereales y oleaginosas para la elaboración de agrocombustibles, la tierra agrocultivable ha sufrido un proceso de revalorización (capitalista) a partir del cual, se ha desencadenado, entre otros, un nuevo ciclo mundial de acaparamiento que, por su magnitud, se perfila ya como uno de los rasgos que definirán el carácter del nuevo siglo. Sumado a este escenario de exclusión y acaparamiento de tierras agrocultivables; derivado del incremento en la escasez de recursos naturales no renovables y del grado actual de desarrollo del patrón científico-tecnológico, asistimos a una suerte de complejización de la lógica de valorización de la naturaleza. Es decir, hoy por hoy, a la renta de la tierra no sólo se agrega una renta financiera derivada de la transformación de los productos agrícolas en commodities y agro-combustibles, sino que gran parte de los mecanismos de acumulación se han trasladado hacia la explotación de los recursos biológico-naturales y su incorporación a los circuitos de intercambio mercantil privado.   Así, en el marco del predominio de lo que Harvey ha denominado acumulación mediante desposesión, presenciamos nuevos giros y desplazamientos que no sólo colocan en el centro de la disputa internacional la cuestión de la tierra y los recursos naturales en general, sino del territorio y, de manera particular, de los territorios rurales del planeta. En este contexto, no resulta sorprendente que la lucha por la tierra se haya revitalizado, y se despliegue un nuevo ciclo de conflictividad social articulado en gran medida por movimientos sociopolíticos estrechamente relacionados con el ámbito rural, tal es el caso del MST en Brasil y el EZLN en México. Sin embargo, esta dimensión de lucha, a partir de la cual es posible reconstruir parte sustantiva de la compleja trama latinoamericana, no sólo cobra un nuevo impulso, sino que aparece reeditada.

 
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Disputas por el uso, manejo y apropiación del bosque nativo en la provincia de Chaco, Argentina (#4610)
Pablo Barbetta 1
1 - Universidad de Buenos Aires, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas, Instituto de Investigaciones Gino Germani, Facultad de Cs. Sociales, Buenos Aires, Argentina..
Abstract:
El objetivo general de este trabajo remite a analizar y comprender los efectos, que tuvo la implementación de la ley de Presupuestos Mínimos de Protección Ambiental de los Bosques Nativos (ley 26331) en la provincia de Chaco, respecto a la configuración de los conflictos en torno del bosque nativo, haciendo hincapié por un lado, en las formas de valoración, uso, manejo y apropiación, por parte de los sujetos involucrados, y por el otro, en las modalidades de regulación estatal efectuadas y los modelos de desarrollo implicados. En el actual escenario de avance de frontera agraria y consolidación del modelo del agronegocio en el espacio chaqueño, las disputas por el uso, manejo y apropiación del bosque nativo configuran un escenario de conflicto entre los actores subalternos de la estructura agraria y los empresarios rurales, portando cada uno de ellos diferentes racionalidades y proyectos territoriales. Entendemos que abordar los efectos de la implementación de la ley 26.331 a nivel de discursos, prácticas socio-económicas e instrumentos de regulación estatal, es relevante para explorar a modo de primera hipótesis el postulado de que la ambientalización de conflictos contiene y excede la preocupación por la protección del bosque nativo. Creemos que hay conflictos territoriales, disputas en torno a los modelos de desarrollo y las formas de apropiación y valorización de la naturaleza que encuentran un nuevo marco conflictivo en la implementación de la ley 26.331 son claves para comprender los resultados de la política.

 
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Luta pela terra no Mato Grosso do Sul: os povos indígenas e a expansão capitalista do século XIX ao início do século XXI (#5644)
David Junior De Souza Silva 1
1 - Universidade Federal do Amapá - UNIFAP.
Abstract:
Esta pesquisa consiste em uma caracterização das diversas formas de resistência dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul, especialmente os Guarani, os Kaiowá, os Terena e os Kinikinau frente à expansao capitalista sobre seu território desde o século XIX até o início do século XXI. A pesquisa trata-se de um exercício de interpretação da resistência e da luta indígena no Mato Grosso do Sul a partir da Sociologia dos Movimentos Sociais, e baseia-se em pesquisa de campo realizada em 2015. Concluímos que os diferentes povos indígenas de Mato Grosso do Sul adotaram diferentes estratégias para resistir ao avanço de relações sociais e territoriais alheias e impositivas advindas da chegada do capital. Alguns povos adotaram uma espécie de adaptação às novas relaçoes sociais, caso dos Guató, que fugiram para as ilhas do Pantanal o quanto puderam para manter-se afastados dos latifúndios agropecuários, e quando não puderam mais fugir, empregaram-se como trabalhadores nestas mesmas fazendas. Outros povos conquistaram relativo direito a algum território fazendo alguma aliança com os brancos que chegavam, caso dos Kadiwéu que lutaram do lado do Brasil na Guerra do Paraguai. Outros, diante do confinamento e da perda do território, organizaram-se especificamente na forma movimento social para reivindicar seu direito ao território, caso dos Guarani, dos Kaiowá e dos Terena. Para o caso destes últimos, a pesquisa conclui pela centralidade das assembleias nos movimentos sociais indígenas de Mato Grosso do Sul, de onde emana toda a identidade e força do grupo e onde são pensadas e decididas em conjunto todas as estratégias políticas, e das retomadas de terras, como estratégia de luta fundamental. Tais ações são acompanhadas de ações coletivas como os fechamentos de rodovias, as ocupações de assembleias legislativas, como forma de pressão política pela efetivação de direitos, a divulgação dos documentos finais das assembleias e de notas públicas, como forma de expressão pública das demandas do movimento e posicionamento frente a acontecimentos e conflitos, e a criação de redes de alianças com entidades da sociedade civil nacional e internacional, como forma de fortalecimento do movimento, maior alcance de sua expressão e elaboração de ações de maiores magnitudes para enfrentar o bloqueio sustentado por seus adversários. Na seara das alianças destacam-se as ações da Carta de anúncio de Suicídio Coletivo dos Guarani-Kaiowá, em 2012, e a Campanha de Boicote ao Agronegócio, em 2015, como confronto ao principal agente conflitante com os povos indígenas no estado, o agronegócio, lançada pelos movimentos indígenas e seus aliados no estado, e que ganharam amplitude mundial graças às redes de alianças criadas. 

 
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Empresarios Glocalizados: Soja, tierra y poder en Anta (Salta - Argentina) (#6095)
Julieta Krapovickas 1
1 - Instituto Superior de Estudios Sociales.
Abstract:
Los actuales procesos de avance del agronegocio sojero en el departamento de Anta (provincia de Salta - Argentina) son comandados en gran medida por nuevos actores sociales, grandes empresas transnacionales que operan en la región pero que no tienen sus casas matrices en la zona. Sin embargo, operan también una multitud de actores tradicionales, los cuales se reconfiguran y se adaptan al nuevo escenario. Se trata de empresas familiares adaptadas a las nuevas prácticas agronómicas y económicas/financieras; agentes que pueden definirse como glo-calizados: su mercado es internacional, pero tienen a la vez alta presencia territorial en la localidad base de la empresa. El departamento de Anta, situado en la zona central del Chaco Salteño, se conoce también como el corazón sojero de Salta. Este trabajo se propone analizar las estrategias de dos grupos empresariales “glo-calizados”, dedicados principalmente a la siembra de soja en el departamento de Anta. Se trata de las empresas Grupo Segovia y Anta del Dorado, cuyas casas matrices se encuentran localizadas respectivamente en Las Lajitas y Coronel Mollinedo. La primera es propiedad de un ex jornalero devenido en empresario, quien, tras aprender el arte del negocio, maneja una empresa poli rubro que incluye producción de granos en miles de hectáreas y venta de maquinaria. La otra, es una empresa de larga tradición en el área, quién diseñó el plano del pueblo donde está la casa matriz de la empresa y loteó los terrenos.  Ejerce hasta la actualidad un rol patriarcal sobre la población local. Ambas tienen gran presencia territorial, contratan a población local y ejercen un poder no sólo económico y territorial sino también político y simbólico.  Metodológicamente se trata de un trabajo de naturaleza cualitativa, sostenido en el empleo de datos primarios recolectados durante trabajos de campo realizados entre 2012 y 2015, donde se entrevistaron a los directores ejecutivos de las empresas, a empleados y a vecinos no vinculados directamente con las mismas. Los principales resultados evidencian que, bajo el modelo del agronegocio, las distintas estrategias de adaptación de los actores sociales hegemónicos tradicionales y las múltiples maneras en que el modelo del agronegocio se ancla en el territorio, tienden a reproducir y reforzar viejas y enquistadas desigualdades sociales.

 
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 A elite açucareira e a luta pela terra: territoriariedades, movimentos sociais e resistências na cidade de Alagoa Grande, Brejo paraibano, Brasil. (#6697)
Erika Derquiane Cavalcante 1
1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA.
Abstract:
A Região do Brejo paraibano, localizada no Nordeste brasileiro, tem sua história marcada, desde o período colonial, pela monocultura da cana-de-açúcar, com a implantação de engenhos. Na década de 1920, além dos engenhos temos o surgimento das usinas e destilarias. Na região do Brejo foram instaladas duas usinas: a Usina Tanques (1920-1997), na cidade de Alagoa Grande, e a Usina Santa Maria (1930-1992), em Areia. Nesse artigo, destacaremos a Usina Tanques.A partir da década de 1930, o espaço agrário no Brasil passa a ter incentivos governamentais que favoreciam os usineiros e incentivava a monocultura da cana-de-açúcar. Na década de 1970, ocorre uma crise no setor. Em 1973, houve a crise do petróleo e em resposta o governo cria o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), que tinha o objetivo de solucionar a crise energética nacional. Esse incentivo governamental não priorizava o setor açucareiro de forma direta, mas foi visto pelos produtores como uma opção para sair da crise através da produção de cana-de-açúcar e venda para as destilarias e usinas. Posteriormente, houve o arrendamento das terras dos engenhos, para as usinas, levando muitos engenhos à falência. Os usineiros agrupam todo o poder, chagando a influenciar eleições estaduais. Nesse contexto, a cidade de Alagoa Grande é território de lutas e disputas de poder, terras e direitos trabalhistas no campo. Havia em Alagoa Grande um sindicato que lutava por melhores condições. A presidente era Margarida Maria Alves foi assassinada, em 1983, por estar à frente da luta. O mandante do assassinato detinha muito poder e nunca foi julgado, nem condenado. Na década de 1990, as usinas faliram e foram desativadas levando a outra crise na região: fome, desemprego e êxodo rural. Desta forma, o objetivo deste artigo é analisar de que forma a Usina Tanques, ao ser favorecida pelos programas governamentais, passou a deter um poder social, político e territorial, na Paraíba, a ponto de levar a falência muitos engenhos. Esse processo ocasionou transformações agrárias, desencadeando movimentos sociais em defesa dos direitos dos trabalhadores e, mais tarde, a luta pela reforma agrária. Podemos dizer que as políticas públicas tem um discurso voltado para o desenvolvimento, mas que nem sempre resulta em tal. Os investimentos estatais realizados nunca são questionados, mas tidos como algo que vai beneficiar a todos, quando na verdade se restringe a uma elite agrária, que goza de poder, prestigio e estão acima da lei incorrendo em ilegalidades. Os resultados dessas políticas de investimento governamental levaram a mudanças no território do Brejo paraibano que induziram a um crescente processo de desigualdades sociais no meio rural, tornando o discurso do desenvolvimento para todos vazio. As desigualdades resultantes desse processo continuam sendo sentidas ainda hoje.

 
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O TRABALHO E A OCUPAÇÃO DAS TERRAS BRASILEIRAS: HOUVE ALGUM AVANÇO NA QUESTÃO AGRÁRIA? (#6955)
Thaís Giselle Diniz Santos 1; Camila Kahlau 1
1 - Universidade Federal do Paraná.
Abstract:
Conforme dados oficiais, no Brasil a produção familiar domina o número de estabelecimentos agrários, geração de emprego rurais e produção alimentar básica, mesmo ocupando pequena extensão de terras. Em contrassenso à importância do setor para o país, na safra de 2010/2011 os bancos públicos brasileiros investiram mais de 100 milhões no agronegócio ao passo que na agricultura familiar foram investidos apenas 16 milhões. Ao lado dessas disparidades, dados do Incra e do Banco Mundial comprovam que a concentração e estrangeirização de renda e terras no campo brasileiro só aumenta. Dados como esses indicam que a questão agrária no Brasil não se resolveu e caminha ao aprofundamento de suas contradições. A partir disso, a pergunta de pesquisa é se em algum período da história do Brasil a questão agrária foi prioridade política. Portanto, o objetivo central consiste em verificar os principais avanços e retrocessos, em termos equitativos, da questão agrária brasileira e os impactos para os atores do campo, problematizando a persistência da “questão agrária” brasileira. Para tal, de início delimitou-se conceitualmente quem são os atores do campo pelos quais se fala. Definiu-se que “trabalhadores rurais”, “campesinos” e “agricultores familiares” são categorias diversas, mas correlatas quando considerado o ponto em comum que as une, isto é, a exploração pelas elites agrárias apoiadas em aparatos estatais. Estabelecida essa delimitação, foram resgatados elementos da realidade agrária no Brasil, desde a colonialidade até os anos atuais. Tal esforço demonstrou que a ocupação das terras no país foi, desde a colonização, de caráter desigual, marcada pela apropriação violenta das terras das nações indígenas e impedimento de acesso à terra aos atores do campo. Constatou-se que as sesmarias, instrumento de ocupação de terras no período colonial, deu surgimento a maioria dos latifúndios brasileiros e que a Lei de Terras impediu o acesso à terra pelos escravos libertos. No período ditatorial, verificou-se a instalação de um modelo elitista de modernização conservadora, marcado pelo constante conflito entre trabalhadores rurais e latifundiários, tendo, diante disso, consolidado importantes movimentos sociais do campo. No período pós-ditadura, observou-se que a conjuntura neoliberal provocou retrocesso equitativo nas questões agrárias que avança até os dias atuais, momento no qual os trabalhadores rurais são submetidos a um processo de expropriação de maior intensidade devido a globalização baseada no mercado capitalista.  A partir da historicidade crítica da questão agrária brasileira, o artigo finda questionando se a estrutura agrária injusta no Brasil seria resultante apenas da inabilidade política ou de longa história de apreensão desigual de riquezas, movimento este que expropria e submete grupos rurais a tratamento desumanizante, que impede o desenvolvimento de suas capacidades de trabalho e existência enquanto parte de uma realidade social, espiritual e natural.