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Thursday 07/12 - Fac. Derecho / Sala 28
08:00 - 10:00 Presentación de PONENCIAS
 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Genero |
Thursday 07/12 | 08:00 - 10:00 | Fac. Derecho | 28 |
O valor social do trabalho das mulheres rurais (#7119)
Herrera Karolyna 1
1 - Universidade Federal de Santa Catarina.
Abstract:
No Brasil, agricultura familiar enquanto atividade social apresenta uma estreita relação entre posição social, profissional e familiar dos agricultores e agricultoras. A cooperação entre os diversos membros da família na atividade agrícola e nas demais atividades na unidade de produção, que incluem o trabalho doméstico, de cuidado, lazer, sociabilização, dentre outras, costumeiramente indicam nos estudos da área uma harmonia e equilíbrio familiar. Isto é corroborado por pesquisas que tratam a família como uma unidade, ou seja, como um coletivo que interage e atua em prol de um objetivo comum. Isso porque na agricultura familiar, a família usualmente conta com a mão de obra dos membros que mantêm entre si laços de sangue ou de casamento, o que leva os pesquisadores a analisar a unidade familiar como um todo coeso. Pensar na família seria, nesta perspectiva, pensar no bem-estar de todas e todos que a compõem. Dificilmente encontramos na sociologia rural abordagens que tratem a organização familiar levando em consideração as desigualdades de gênero e geração na ruralidade contemporânea, as quais possibilitariam uma análise da construção histórica e social dos papéis feminino e masculino nas famílias.  Ou seja, o campo carece de estudos que considerem a unidade familiar também como um espaço de tensões, de relações hierárquicas e de dominações, dos homens sobre as mulheres e dos pais sobre as filhas e filhos. Essa situação de dominação passa pela naturalização do papel do homem e da mulher, que está vinculada à relação hierárquica dentro das famílias rurais, cuja base material se ancora na divisão sexual do trabalho. Devido à divisão sexual das atividades, usualmente cabe ao homem a participação na esfera pública, representada pela responsabilidade do trabalho produtivo e à mulher, a esfera privada, local do das atividades reprodutivas, ou seja, dos trabalhos domésticos e de cuidados. Este artigo pretende problematizar a divisão sexual do trabalho no meio rural e discorrer sobre o valor social do trabalho das mulheres por meio da análise de seus papéis no trabalho de cuidados com os filhos, idosos, pessoas do círculo de sociabilidade e também com a produção agrícola. A hipótese norteadora desta pesquisa é a de que o trabalho de cuidados realizado pelas mulheres rurais é essencial para a reprodução social e biológica das famílias, o que em última instancia está vinculada ao desenvolvimento do território em que as famílias estão inseridas. Apresentarei dados da pesquisa empírica realizada com mulheres residentes na região Oeste do Estado de Santa Catarina. Os dados foram colhidos através de entrevistas e observações de campo. O objetivo foi verificar o sentido que as mulheres rurais dão ao trabalho de cuidados, a fim de compreender em profundidade o valor social destas atividades e suas contribuições para o desenvolvimento rural.

 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Genero |
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Plantas, remédios, as práticas e as mulheres: existências coletivas no rural em transformação (#7805)
Flávia Charão-Marques 1; Judit Herrera Ortuño 1; Tamara Bubanz Silva 1
1 - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Abstract:
Este trabalho busca explorar associações criativas entre práticas, agentes e materialidades emergentes da ação coletiva de mulheres rurais no Sul do Brasil. Ao reconstituir a trajetória de dois grupos organizados em torno do uso de plantas medicinais, que atuam na região Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul, revelam-se práticas, conexões e sentidos compartilhados, cuja inter-relação entre múltiplas agências amplia redes e contribui para o surgimento de uma ‘política do lugar’. Fazendo uso de vários recursos da metodologia qualitativa, a pesquisa foi realizada junto ao grupo Filhas da Luz, em Cristal do Sul, e o Projeto Saúde Alternativa, em Santo Cristo. Ambos nascem da organização das mulheres, mesclando a atuação sindical, o engajamento em movimentos da agricultura familiar, a relação com a Igreja e com os movimentos em defesa da saúde. As muçheres mantêm rádios comunitárias, além das ‘farmacinhas’, onde são realizados atendimentos e dispensados remédios por elas elaborados. A atuação localizada das mulheres está longe de representar isolamento, ao contrário, as evidências empíricas demonstram a existência de conjuntos múltiplos e entrelaçados de associações, que se desdobram no tempo para criar contextos de ação que ora aparecem nas lutas contra os agrotóxicos e o uso de transgênicos, ora se referem ao apoio às companheiras que enfrentam problemas domésticos, sempre tendo como pano de fundo a questão da saúde. Ainda, ao mesmo tempo em que atualizam determinados princípios identificados como ‘a luta das mulheres por autonomia’, se engajam em redes e projetos de caráter produtivo-econômico, contrapondo-se ao modelo hegemônico de desenvolvimento, identificado por elas como excludente. As práticas enraizadas nas redes emergem como feixes de atividades intrinsecamente especializadas e estreitamente associadas aos corpos e às materialidades, o que nos permite refletir sobre a mudança social para além dos discursos e das representações sociais. Nessa perspectiva, o adensamento das práticas pode ser percebido como resultado de associações contingentes, cujos cursos de mudança podem apresentar uma diversidade de pequenas variações, gerando encadeamentos não previsíveis e ensejando múltiplas possibilidades de ação. Assim, as práticas movidas por mulheres, que se organizam coletivamente para atuar na produção de remédios com base em plantas medicinais, alimentam um debate sobre o desenvolvimento em função das multiplicidades de atores e de configurações materiais que transformam os ‘lugares’, criando, assim, outros ‘espaços de existência’, que parecem, também, corresponder a um reposicionamento das mulheres no mundo público.

 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Genero |
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Apuntes sobre los estudios sociales de género en la escena rural Argentina: hacia una comprensión de las problemáticas de la mujer en la región patagónica (#7947)
María Guadalupe Lamaisón 1
1 - Instituto de Investigaciones Gino Germani, Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires.
Abstract:
Desde la década de 1970, impulsados por estudios denominados feministas o de género, comenzaron a analizarse con mayor profundidad desde las ciencias sociales Latinoamericanas las relaciones sociales de género en espacios rurales, con la intención de explicar las desigualdades entre hombres y mujeres atravesadas por relaciones de poder. En Argentina este campo de estudio se consolida a mediados de 1980, desarrollando múltiples perspectivas teóricas que mediante el análisis de casos de estudios particulares inscriptos en diversos contextos socio-históricos contribuyen a comprender la problemática de la mujer rural. En este sentido y en el marco de mi tesis de maestría, vinculada a la comprensión de las relaciones sociales del género en la producción de ganadería ovino lanar de la Meseta Central de Chubut en Argentina, la presente ponencia se propone realizar una revisión crítica y reflexiva de los estudios de género en la escena rural Argentina, que permita dar cuenta de las contribuciones realizadas por la disciplina de las ciencias sociales y esbozar un primer acercamiento a la problemática en la región patagónica Argentina.

 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Genero |
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Vivências e experiências femininas: um olhar que extrapola fronteiras (#8326)
Fabiana da Silva Andersson 1; Fernanda Novo da Silva 1
1 - UFPel.
Abstract:
O mundo rural, em grande medida, é significativamente heterogêneo. Por exemplo, o espaço rural localizado na Serra dos Tapes (municípios de Canguçu, Pelotas e São Lourenço do Sul/RS), têm peculiaridades, como a apologia às crenças “pomeranas” (imigrantes advindos da Província Pomerana da Prússia), que o distingue dos demais. Ainda assim, é possível encontrar ampla gama de elementos “comuns” aos espaços rurais, como os em prol da produção e reprodução social de seus sujeitos. Par a isto, destacam-se as semelhanças das vivências e experiências femininas. Apesar das inúmeras raças, credos e culturas que particularizam as mulheres, há peculiaridades em seus modus operandi que as aproximam significativamente. Nesta perspectiva, o trabalho em tela objetiva-se a compreender as vivências e experiências das mulheres rurais pomeranas da Serra dos Tapes/Brasil, tendo-se como pano de esclarecimento as vivências e experiência das mulheres rurais da Andaluzia/Espanha. Para tanto, utilizou-se metodologia de cunho qualitativo, com o emprego de entrevistas em profundidade, no decorrer do ano de 2013 e 2104. Todas as entrevistas foram gravadas, sendo posteriormente transcritas e analisadas. Para a apresentação dos fatos, optou-se por estruturar as discussões através de alguns pontos de convergência, como a referência às origens e o valor da terra, o trabalho e às relações interpessoais. Relativamente às origens, ambos os grupos de mulheres exaltaram seus antepassados para fundamentar suas condutas. Ora, enquanto as mulheres pomeranas afirmam suas tradições sobre a família (laços de sangue) e comunidade (do entorno), da religiosidade (espaços de devoção e esclarecimento) e da terra, com conotação tanto material (posse), quanto simbólica (pertencimento), as mulheres andaluzas as reafirmaram a partir dos mesmos elementos, mas com outras acepções. Por família e comunidade, quiçá pelas sucessivas batalhas ocorridas na região, elas vislumbram o povo andaluz. Na religiosidade, a elas era, e ainda o é, atribuída, mormente, a Igreja Católica (devido a “ordem das coisas”). Á terra, a iminência da perda é constante (além de espaços reduzidos para a produção, há àquelas que cultivam em áreas cedidas pelo governo). Quanto ao trabalho e relações interpessoais, percebe-se que nas mulheres pomeranas estes estão “naturalizados”, sendo algo que fazem de “toda a vida” (subsistência). No entanto, há que se ressaltar que para além de agricultoras, elas participam das tomadas de decisão atinentes à Cooperativa Sul Ecológica (situada no município de Pelotas/RS). Semelhantemente a elas, parcela expressiva das mulheres rurais andaluzas estão na agricultura (“mercado”), nas cooperativas e em órgãos do governo que tratam das questões de gênero. Diante do quadro, destarte as generalidades que existem entre os grupos investigados (família, terra, trabalho), há significativas disparidades que concernem, principalmente, aos processos históricos (velho e novo mundo) e de desenvolvimento engendrados nos distintos territórios.

 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Medioambiente |
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Sistema participativo de garantías para productos agroecológicos (#0233)
Rene Evaristo Oviedo 1; Carolina Almada 2; Zunilda Poggio 3; Fernando Fleitas 4; Artenio Driutti 5
1 - INTA. 2 - INTI. 3 - Asociación Ecológica de Bella Vista. 4 - INCUPO. 5 - UNNE.
Abstract:
La experiencia de agroecología en Bella Vista, provincia de Corrientes, tiene un camino de más de 15 años y los primeros pasos históricos se remontan al año 1998. Una pionera en la formación de los actores fue la ingeniera Jesús Contreras que recorría la zona y orientaba en el nuevo desafío de pensar la agroecología. Esa mirada provenía del trabajo territorial del Instituto de Cultura Popular, ONG con 40 años de trabajo en el norte argentino, promoviendo el desarrollo de comunidades rurales. Se reconoce en el camino iniciado la experiencia en el sur de Brasil, con una importancia relevante para pensar la agroecología en este lugar. También se destaca el trabajo aportado por experiencias de Uruguay, mediante la articulación con el Movimiento Agroecológico de América Latina y el Caribe. En 2007 se forma el Grupo Agroecológico “Las Tres Colonias”, integrado por agricultores de Tres de Abril, Progreso y Desmochado, justamente las colonias rurales más importantes del departamento Bella Vista. Las familias que integrantes tienen chacras de entre 3 y 15 hectáreas, con diversidad de actividades agrícolas (horticultura, frutales,  sementera), ganaderas (vacuna, aves y cerdos) y manufactura a escala familiar (harina de maíz, queso, dulces, licores, panificados).  Dos años después -2009- dicho grupo impulsa la creación del Consejo de Garantía Participativo del departamento Bella Vista, con el propósito de asegurar la calidad de los productos ofrecidos a los consumidores, promoviendo la participación directa de consumidores, pequeños productores y otros actores en el control de calidad. Las organizaciones e instituciones que conforman dicho Consejo son: Grupo Agroecológico Las Tres Colonias; Asociación Ecológica de Bella Vista; INCUPO - Instituto de Cultura Popular; INTA - Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria; INTI - Instituto Nacional de Tecnología Industrial; Municipalidad de Bella Vista; SENASA - Servicio de Sanidad y Calidad Agroalimentaria; Subsecretaría de Agricultura Familiar - Delegación Corrientes;  UNNE - Facultad de Ciencias Agrarias - Instituto Agrotécnico Pedro Fuentes Godo. La problemática para el abordaje de esta sistematización está centrada en la experiencia del Consejo de Garantía Participativo como instancia colectiva de organización y acuerdos que surge en 2009 para apoyar y fortalecer la producción agroecológica y el acompañamiento a las familias productoras. El espacio es el lugar previsto para las mediaciones en múltiples direcciones, tanto con lo netamente productivo como lo político e institucional en el territorio.

 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Medioambiente |
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OPCIONES PRODUCTIVAS DE EFECTOS MÚLTIPLES: UN CULTIVO ENERGÉTICO PARA EL SURESTE MEXICANO (#0562)
Ibis Sepúlveda 1; Juan José Reyes 2
1 - Universidad Autónoma Chapingo. 2 - Consultor.
Abstract:
Ante el desinterés y la incapacidad del Estado mexicano por buscar opciones que permitan a los pobres del campo continuar viviendo de la agricultura, la migración rural continúa con un ímpetu creciente. También los campesinos venden o pagan deudas con sus tierras a precios irrisorios, para quedar luego sumidos en la desesperación y la miseria. Junto con la tierra se van identidad y cultura.   La Península de Yucatán es reservorio de la cultura maya, aunada a la de inmigrantes de distintas regiones. Por su clima cálido y suelos calizos ha tenido pocas opciones agrícolas, las que se han buscado a costa del desmonte de la selva baja subcaducifolia dominante. Así, la región más húmeda se ha dedicado a la caña, cultivo en crisis que están aprovechando los dueños de los ingenios para acaparar las tierras. Las áreas más secas han sido terreno de ensayo de varias opciones donde el cambio de uso del suelo hacia urbano y el abandono de las áreas más alejadas de las ciudades, tiene auge actualmente.   El clima y suelo de la Península parecen propicios para la plantación de una oleaginosa que, en su lugar de desarrollo, ha sido la base para generar una cooperativa multipropósito que está generando un desarrollo local muy interesante. Se trata de la Jatropha curcas, árbol nativo que puede vivir hasta 50 años produciendo semillas con 50% de aceite y cuya pasta contiene más del 23% de proteína con buena digestibilidad. En Mazatepec, Morelos, se desarrolló la jatrofa no tóxica Doña Fernanda que es base productiva de la Cooperativa Biomázatl. De las pequeñas plantaciones de jatrofa la Cooperativa produce a través de sus asociados: aceite de alta calidad que se vende a Aeropuertos y Servicios Auxiliares (ASA) como materia prima para bioturbosina; aceite para producción local de biodiesel; glicerina para varios usos; pasta proteica para alimentación pecuaria; lombricomposta como abono para aromáticas y hortalizas orgánicas de exportación. Además, en Morelos está plantada en terrenos pedregosos y de ladera, a los cuales ayuda a no erosionarse. La jatrofa es excelente secuestradora de carbono. De esta manera, la jatrofa ha sido el centro de una serie de nuevas actividades productivas que están proveyendo ingresos y alimentos a una pequeña comunidad que nunca ha contado con créditos ni apoyos.   Nuestro objetivo es probar la Jatropha en terrenos desmontados de la Península, como cultivo agroforestal intercalado con calabaza, frijol y otras especies comestibles durante los tres primeros años mientras la Jatropha crece y entra en etapa productiva completa y posteriormente utilizar un esquema silvopastoril con ovinos. Promovemos el trabajo cooperativo. Tenemos dos años de avances.

 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Medioambiente |
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Código aberto, bem comum e a recuperação da soberania das sementes. (#1244)
Deberson Ferreira De Jesus 1; André Selayaran Nicoletti 2
1 - Instituto de Pesquisa em Riscos e Sustentabilidade IRIS-UFSC e Universidade Federal de Mato Grosso. 2 - Universidade Federal de Santa Catarina..
Abstract:
As sementes carregaram per si a história de compartilhamento de um bem comum para soberania alimentar da humanidade através da agricultura. No entanto, vemos nas últimas décadas um processo sistemático de apropriação corporativa dos recursos genéticos através do desenvolvimento e implantação de culturas geneticamente modificadas (GM) e a imposição global dos direitos de propriedade intelectual (DPI) das sementes. Argumentamos que embora distribuída globalmente, a oposição a tal processo de espoliação tem sido em grande parte defensivo na orientação, combativo no discurso, porém impreciso em demandar mecanismos políticos, filosóficos e de mercado para refutar a efetividade e legitimidade da espoliação da soberania das sementes. Discute-se o processo de apropriação corporativa dos recursos genéticos e fundamentamos a soberania das sementes a partir do conceito político filosófico de “bem comum” a partir da perspectiva republicana de liberdade e dos mecanismos legais e operacionais extraídos do movimento do software de código aberto (open source). Objetiva-se não só garantir certa legitimidade política normativa, mas também garantir o desenvolvimento genético e tecnocientífico e impedir os processos de espoliação, reintegrando a sociedade a posse da "soberania das sementes". Apresentamos a consolidação e a imposição oligopolista de relações mercantis capitalistas na agricultura e visualizamos tratar-se de um processo sistemático de privatização das sementes e controle da propriedade intelectual dos materiais vegetais no final do século XX e início do século XXI através do domínio oligopolista do mercado de sementes por grandes empresas transnacionais. Observa-se que estas empresas se concentram apenas em algumas espécies de plantas rentáveis, ligadas a monoculturas de grande escala (algodão, milho, soja) bem como em regiões que oferecem a infraestrutura necessária e proteção legal, o que corrobora com a crítica de que seu objetivo é somente o lucro de seus investidores e não o desenvolvimento de soluções para o sistema alimentar. Argumentamos que a concessão de privilégios de monopólio temporário para melhoradores e detentores de patentes através das ferramentas de propriedade intelectual é essencialmente defendida como um meio de recompensar e incentivar a pesquisa e inovação em melhoramento de plantas e biotecnologias. No entanto, o quadro apresentado atualmente de oligopólio, desenvolvimento guiado aos interesses capitalistas em oposição ao conhecimento público aplicado a melhoria da agricultura e afronta a liberdade republicana pela dependência dos agricultores em relação à vontade das companhias nos obriga a questionar à legitimidade deste modelo que coloca direitos individuais acima das necessidades reais dos agricultores. Assim, articulado a ideia neorrepublicana de liberdade, é possível pensar um quadro institucional que vise o interesse coletivo e tenha valor instrumental de garantir o bem comum, permitindo a legislar modelos que possam flexibilizar ou eliminar o regime normativo em vigor de propriedade intelectual no desenvolvimento de plantas.

 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Medioambiente |
Thursday 07/12 | 08:00 - 10:00 | Fac. Derecho | 28 |
¿Es la agroecología una crítica radical a la modernidad? (#2483)
Romina Cravero 1
1 - CIECS CONICET.
Abstract:
La envergadura del fenómeno de las resistencias ciudadanas a los proyectos del modelo extractivistas  (Katz 2014; Svampa, 2013; Zibechi y Machado, 2016) han concitado el interés de las ciencias sociales en la región, y hoy contamos con profusa bibliografía e investigaciones relativas a diversos aspectos de la problemática. Existe importante cantidad de estudios sobre las implicaciones políticas y culturales de los proyectos extractivistas como la minería transnacional o la agricultura transgénica y sobre la conflictividad desencadenada (Antonelli, 2009; De Echave et. Alt, 2009; Alimonda, 2011, Carrizo y Berger, 2012, Delgado Machado Aráoz, 2010). En menor medida existen trabajos que den cuenta de las respuestas que a este modelo económico extractivista se le ha dado desde las experiencias económicas agroecológicas, en tanto resistencias socioproductivas. Las experiencias que emergieron, principalmente en el último lustro, de autogestión económica y agroecológica cuestionan las relaciones capital/trabajo, instituyendo y actualizando tanto sentidos como saberes y prácticas. Ahora bien, estas experiencias de proyectos productivos agroecológicos, con ligazones con las resistencias al modelo extractivista, además de cuestionar la relación capital-trabajo, discuten y se desplazan de algunos núcleos de la episteme moderna. Aquí proponemos revisar algunos de ellos: i) Las nociones de crecimiento, desarrollo y progreso como rector de futuro. Estas experiencias están cuestionando también los “parámetros de vida” de la organización social capitalista, tensando una parte central de la significación de la mitología del progreso. Entendido como una dimensión lineal y acumulativa definida por el desarrollo de la frontera tecnológica que da sentido a la historia y las aspiraciones a futuro. ii) La concepción de la naturaleza. Desde sus prácticas de producción agroecológica están poniendo en cuestión no sólo la supremacía de la humanidad sobre lo demás existente. Cuestionamiento que no puede entenderse desde la misma racionalidad occidental. La perspectiva ontológica de la modernidad occidental en su reificación de categorías dicotómicas alma-cuerpo, razón-pasión, supuso un ser humano escindido de la naturaleza y en radical oposición a ella, pues la racionalidad era pensada como una lucha contra los “instintos primitivos”, las pasiones, todo lo “irracional” o primigenio en las personas. iii) Quiénes y cómo producen conocimiento. Estas experiencias que surgieron de los “márgenes” y “desde abajo” también están poniendo en cuestión las jerarquías legítimas del saber. El conocimiento científico tiene la cualidad de descalificar cada vez que califica como válido un tipo de saber, porque sólo a través de la Ciencia se accede al “verdadero” conocimiento. Sin desconocer las tensiones y dificultades que atraviesan a estas experiencias, recuperaremos no sólo el qué de sus prácticas sino también el cómo, dado que es desde el hacer, del ponerse en movimiento, que se van construyendo.

 
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Medioambiente |
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O desafio da construção social de mercados agroecológicos: experiências no sul do Brasil (#2619)
Estevan Felipe Pizarro Muñoz 1; Paulo André Niederle 1
1 - UFRGS.
Abstract:
Os debates em torno das reconfigurações dos sistemas agroalimentares vêm recebendo crescente atenção pela academia, tamanha é a importância que os alimentos possuem na cotidianidade dos indivíduos, bem como na dinâmica econômica das regiões. Pesquisadores das mais diversas áreas da ciência têm discutido os limites e desafios dos processos de produção, processamento, distribuição e consumo, destacando-se as abordagens interdisciplinares que enriquem a complexidade desse fenômeno. Considerando a hegemonia dos regimes alimentares corporativos e a consequente inviabilidade da inserção dos pequenos agricultores nos modos de produção estandardizados, organizações associadas aos movimentos sociais agrários no Brasil buscam a constituição de estratégias que levem em consideração seus modos de vida e que sejam coerentes com suas realidades. Tais iniciativas estão intimamente relacionadas com os processos de desenvolvimento rural, o que em última instância impactam na questão agrária brasileira atual. Desse modo, inúmeros empreendimentos vinculados aos assentamentos de reforma agrária buscam consolidar-se nos mercados de produção de alimentos, levando em consideração temas comumente negligenciados pelas empresas alimentícias, tais como a soberania alimentar e a agroecologia. De forma concomitante, pelo lado da demanda, os consumidores têm assumido uma postura mais pró-ativa na busca de produtos e serviços, para além da variável preço: questões como denominação de origem, segurança alimentar e nutricional, impactos sociais e ecológicos, dentre outras, passam a ser valorizadas no processo de tomada de decisão sobre o que consumir. A partir desse debate como pano de fundo, o presente artigo objetiva refletir sobre as possibilidades da agroecologia dentro dos sistemas agroalimentares contemporâneos, tendo a realidade do sul do Brasil como universo empírico.   Palavras-chave: Sistemas Agroalimentares, Mercados, Movimentos Sociais, Agroecologia, Desenvolvimento Rural.