10:30 - 12:30 Presentación de PONENCIAS
12. sociología de la cultura, arte e interculturalidad | 6. Las políticas de la cultura y la democratización del arte y la cultura |
Wednesday 06/12 | 10:30 - 12:30 | Fac. Psicología | 13 |
Escrevivências negras: análise das formas literárias dos romances 'Ponciá Vicêncio', de Conceição Evaristo, e 'Um defeito de cor', de Ana Maria Gonçalves (#2370)
Fernando Matias 11 - Unicamp.
Abstract:
Esta proposta problematiza a cultura brasileira contemporânea mediante a relação literatura e sociedade, abordando-a de uma perspectiva sociológica. Nosso objetivo é discutir as relações culturais brasileiras contemporâneas a partir das formas literárias dos romances Ponciá Vicêncio (2003), de Conceição Evaristo, e Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves (2006). Estas autoras são brasileiras, negras, e compuseram romances com protagonistas mulheres e negras, fenômeno raro na história literária brasileira. Partimos da ideia de forma literária de György Lukács n’A teoria do romance, no qual a forma é o elemento organizador de elementos dispersos da realidade, constituindo uma totalidade na composição romanesca, totalidade que pode expressar um dado social mais importante do que a análise isolada dos conteúdos presentes no romance. Por isto defendemos, como método de pesquisa, a imersão sistemática no objeto para realizar uma análise imanente das formas literárias destes romances, para, a partir da análise das formas, entender a sociedade. Defendemos a hipótese de que, mesmo apresentando um passado brasileiro e africano no qual parece haver um processo de dominação social baseado na violência cotidiana contra os negros, estes romances nos mostram, a partir de suas formas literárias, um novo momento cultural brasileiro, no qual os conflitos não podem ser ocultados nem conciliados com a ordem, levando ao primeiro plano a exposição da violência para acirrar as tensões provenientes da desigualdade social. Estes elementos dialogariam diretamente com a proposta de dialética da marginalidade do professor e ensaísta brasileiro João Cézar de Castro Rocha, onde a relação entre ordem e desordem não é mais conciliada pelo polo da ordem, porquanto se deseja aprofundar este conflito, sem almejar conciliação ou superação. Esta é uma leitura que remete à dialética da malandragem proposta pelo crítico literário e sociólogo brasileiro Antonio Candido. Diante desta problemática, dividiremos sucintamente a apresentação em três pontos: o suposto processo de dominação social baseado na violência cotidiana contra os negros; o modo como Conceição Evaristo e Ana Maria Gonçalves elaboraram literariamente estas questões em seus romances; e a exposição e cotejamento da dialética da malandragem, de Antonio Candido, e da dialética da marginalidade, de João Cézar de Castro Rocha, focando em seus contextos sociais e seus fundamentos teóricos.
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Theatro José de Alencar: trajetória de usos sobre um equipamento cultural (#2391)
Erich Soares De Oliveira 11 - Universidade Federal do Ceará - UFC.
Abstract:
Este trabalho propõe-se a refletir sobre a trajetória de um equipamento cultural, o Theatro José de Alencar, localizado em Fortaleza-CE. Para tanto, delineia-se o processo histórico onde se conjugaram mobilizações, disputas e práticas de significação pelos agentes envolvidos nos campos cultural e político, buscando compreender como foram imputados sentidos e funções à primeira casa de espetáculos oficial da cidade. É observado desde o contexto sociopolítico que possibilitou seu erguimento em 1910, seguindo-se as práticas de apropriação durante seu centenário funcionamento. Nesse sentido, é focado principalmente o estabelecimento de novos significados ao equipamento no início dos anos 1990, seguindo tendências do campo artístico oriundas da década de 1970 e aprofundadas no período efervescente de redemocratização do país nos anos 1980. A reforma empreendida naquele momento buscou estabelecer o Theatro simbolicamente de acordo com novos paradigmas de acesso, produção e circulação das artes. De tal modo, é traçado um itinerário de significados forjados juntos à cidade e expressos pelas disputas em torno de seus usos por agentes dispostos historicamente entre as elites locais, poder público e classe artística. No primeiro momento do trabalho, é observada a culminância do equipamento, erguido no período conhecido como belle époque (1880-1930) fortalezense. Edificado em celebração à pujança econômica experimentada por setores sociais da elite cearense, o Theatro era compreendido como uma obra de aformoseamento da urbe. A frequência à casa era entendida como mecanismo de educação civilizatória à medida que aproximava seus usuários alencarinos dos hábitos culturais europeus, padrão de progresso intentado pelos setores dirigentes. Ao passo das reconfigurações territoriais do centro tradicional, onde se localiza do TJA, reelaboraram-se os sentidos sobre a função da casa de espetáculos no cotidiano da cidade. No segundo momento do trabalho, este concentra-se em torno das reinterpretações e disputas de projetos pelos agentes sociais dispostos nos campos cultural e político quando das duas principais reformas efetivadas sobre o equipamento: 1975 e 1991. Momentos privilegiados pelo debate público, essas duas reformas aprofundaram interpretações que demandaram à casa funções de centro cultural, para além de somente palco de fruição artística. Os movimentos sociais e artísticos atuantes no período pautavam a popularização do Theatro, perspectiva sob a qual o equipamento atua hoje, reproduzindo em seus projetos de programação e discurso oficial tentativas de aproximação com diversos públicos e democratização do acesso aos bens culturais. Os recursos empírico-metodológicos que serviram à construção da pesquisa foram: historiografias sobre os períodos selecionados; levantamento de crônicas e textos memorialísticos que remontam experiências e sentidos sobre o Theatro; e pesquisa hemerográfica, que baseou a reconstituição das disputas públicas de sentido sobre o equipamento à época de suas principais reformas/restaurações.
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El lugar del arte mendocino en la lucha por la transformación social durante los años ‘70 (#2416)
Maria Paula Pino Villar 11 - INCIHUSA-CONICET.
Abstract:
Nuestro trabajo se propone analizar cuáles fueron las dinámicas de circulación del arte durante la dictadura militar en Mendoza (Argentina), en un momento de suma polarización política, restricción de libertades y proscripción de toda actividad partidaria. Entendemos que las relaciones entre arte y política del período se hacen explícitas en las múltiples y variadas relaciones entre el par de agentes: artistas - instituciones del arte, que no están exentas de enfrentamientos, complicidades y deseos de transformación social, en diálogo constante con el acontecer político nacional en que convivieron inquietas juventudes de militancia de izquierda y alianzas económico-militares deseosas de restituir el “orden y las buenas costumbres”. Se espera abordar el movimiento artístico-visual desde cuatro ejes complementarios: la censura como condicionante de circulación artística, los espacios que surgen como alternativa a las acciones de censura, los debates que los artistas sostuvieron en torno a su práctica, y finalmente las trayectorias artísticas del período. La censura de los gobiernos militares se hizo visible en Mendoza en la dificultad que muchos artistas encontraron para exponer en los museos de la provincia, como también al postularse a los salones y certámenes más representativos del período. En este sentido, resulta significativo destacar que la acción de censura era pensada hacia la persona, no hacia las obras, que fueron de lo más diversas entre sí, aunque sufrieron la misma suerte. Los criterios de visibilización/censura radicaron en la ideología que profesara, o a la que públicamente se asociara, al autor de la obra. Esta situación de censura condujo a los artistas a buscar nuevos espacios de circulación alternativos a las instituciones formales tradicionales del arte mendocino. Entre ellos encontramos: por un lado galerías comerciales y algunas entidades bancarias, y por el otro la sala del Taller Nuestro Teatro y sedes sindicales (S.O.E.P; Sindicato de Prensa). Consideramos un aspecto distintivo del período la alianza que los artistas trabaron con los trabajadores. Este aspecto será analizado partiendo de los fenómenos relacionados con las particularidades de ésta época y cómo los artistas se vieron interpelados por las movilizaciones obreras que surgieron al fragor los estallidos sociales de principios de los ‘70. Estos aspectos determinan los debates que los artistas sostuvieron en torno a su práctica, principalmente el deseo de generar un acercamiento mayoritario a las artes como también de acompañar las luchas de los trabajadores desde la propia especificidad artística.
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Turismo, cultura e integración en la ciudad de Buenos Aires (#2857)
Bárbara Catalano 11 - UBA / IIGG / CONICET.
Abstract:
Retomando el interrogante que plantea el GT sobre el rol de la cultura en los procesos de transformación actual, y ante el escenario regional en el que prima la diversidad cultural en América Latina, en esta ponencia se plantean ciertas líneas de análisis que vinculan a los flujos turísticos y a la integración cultural a partir de un estudio de caso sobre los turistas regionales en la ciudad de Buenos Aires. América Latina se presenta como una región heterogénea, que constituye una multiplicidad de naciones, pueblos, y culturas y el fenómeno del turismo, que implica movilidad, desplazamiento, de personas, objetos y culturas viene a representar una lente a través de la cual nos adentramos a comprender la integración o no de la región en un contexto de globalización. Por lo anterior se impulsa la problematización del supuesto del turismo como un factor integrador y se abordan las formas de integración cultural a través de las prácticas socio culturales de los turistas según sus diferentes modalidades. La vinculación entre los viajes y el turismo y el conocimiento, saber y aprendizaje se remonta a los orígenes del turismo como el "Grand Tour" práctica inicial del turismo iniciada por las elites europeas con el fin de incrementar su bagaje cultural a través del conocimiento de las culturas más antiguas. Esta práctica tiene su representación en el turismo moderno de la sociedad actual y constituye un indicador a través del cual es posible indagar sobre los distintos niveles de integración según las formas de encarnar las prácticas turísticas. En este trabajo se evalúa el nivel de profundidad en el conocimiento a través de los distintos tipos de circuitos, tours o paseos y cuan determinante es la estructura turística en relación a lo que se divulga y promueve, abriendo una serie de paradigmas sobre los procesos cognitivos cumplimentados en los viajes. Salvando las distancias entre turista y viajero que se esgrimen en la concepción ontológica del sujeto actor protagonista que inicia un viaje hacia un destino distinto al de su origen, el conocimiento sobre aquello que se visita, sobre la novedad es de por sí un factor constitutivo del turista, por lo que comprende un objeto de estudio para profundizar en el entendimiento del fenómeno y todas sus complejidades. En relación al modo de abordaje se parte de una revisión teórica y documental para enmarcar el problema de investigación en las líneas ya arraigadas desde la sociología del turismo y de la cultura, para luego o emprender técnicas cualitativas, principalmente entrevistas semiestructuradas a sujetos actores, turistas, a informantes y nexos entre la sociedad receptora y turistas, como también observaciones en distintos paseos y circuitos turísticos que tienen lugar en la ciudad.
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Marcas do abjeto no tempo-espaço presente de textos literários da Argentina e do Brasil: alegorias do yotibenco em Washington Cucurto e do lixão em Marcelino Freire (#3123)
Paula Santana 11 - UFRPE.
Abstract:
Por meio da inspiração encontrada na hermenêutica do distanciamento, de Paul Ricouer (2008) busco refletir sobre os caminhos que aproximam e afastam a sociologia e a literatura. Assim como o limite aparentemente instransponível entre a voz de quem grita e a letra escrita pode ser convertido em ação política, o distanciamento entre literatura e sociedade também pode ser alterado. Entendo que as interpretações sociais atualmente têm muito a aprender com as artes e, do mesmo modo, as obras estudadas ganham sentido ao compreendermos os espaços sociais e as temporalidades históricas que as atravessam. Trazendo estes pressupostos sempre comigo, pretendo apresentar aqui aspectos teórico-metodológicos de minha pesquisa de doutorado, Marcas do Grotesco no Texto Literário de Washington Cucurto, Ondjaki e Marcelino Freire: Alegorias deuma Modernidade Periférica, defendida em 2015, no Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco.Neste sentido, preciso problematizar a empreitada que se inicia aqui: meditar sobre a produção artística contemporânea é sempre uma tarefa arriscada para a crítica, uma vez que a concomitância temporal pode dificultar a observação e compreensão da obra de arte em si. Surge, assim, no campo da Sociologia da Literatura, um objeto pleno de potencial, passível ainda de análises mais apuradas. Diante disto, este trabalho visa compreender cada narrativa, assim como realidades sociais de origem em toda a sua amplitude e complexidade, com a intenção de desvelar os ecos alegóricos do grotesco e do tempo-espaço presente nas narrativas. A ideia aqui é, ao adentrar na paisagem atual da produção literária no Atlântico Sul, investigar seus procedimentos de escrita e as características estéticas que, de alguma forma, dialogam com outros autores, outras tendências da arte contemporânea e outras realidades sociais. Pensar as obras literárias desses autores como objeto de estudo implica lançar luz em vários níveis de correlação, significa dar relevo às tensões e mudanças que se deram tanto no âmbito da literatura quanto no contexto social, abrindo horizonte para a reflexão acerca de uma visão contra-hegemônica da realidade social, particularidades e linhas fronteiriças.Neste sentido, o excerto que trago aqui objetiva mitigar aspectos diversos das relações entre literatura e vida, no intuito de alinhavar as idas e vindas entre o texto literário e o contexto social. Neste sentido, para lidar com realidades sociais abertas, fraturadas e obscurecidas pela história oficial (como no caso de Argentinae Brasil), fora preciso construir uma representação textual que não apague as contradições e ambivalências do mundo e que, especialmente, não reinscreva formas duradouras de opressão histórica. Para tanto, procurei articular os estudos pós-coloniais, a pesquisa de campo, entrevistas com os escritores, a fortuna crítica sobre suas obras e seus diálogos possíveis.
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Infância e violência de gênero nos contos de Marcelino Freire (#3297)
Lidiana De Oliveira Barros 11 - Universidade Federal do Ceará.
Abstract:
A violência contra a criança é um tema marcante na literatura brasileira contemporânea. O presente trabalho propõe-se a discutir as relações de gênero e poder instaurados contra as personagens dos contos “Amigo do rei” e “Balé”, do escritor pernambucano Marcelino Freire. Os contos, que trazem traços biográficos do autor, retratam a infância e a arte em um contexto marcado pela opressão e pelas relações de poder que perpassam a discussão de gênero. “Amigo do rei” traz a indignação de um pai ao descobrir que o filho gosta de um “tal Manuel Bandeira” e não de futebol, como ele tanto sonhava. O pai então passa a forçar o garoto a jogar e a gostar de futebol, no entanto, o menino insiste: “eu quero ser poeta”. Para o pai, isso é uma afronta à masculinidade do menino e, consequentemente, uma grande decepção. A mesma temática é tratada no conto “Balé”. Um menino, morador do interior, que sonha em ser dançarino e, por isso, contesta, teimosamente, a vida precária de agricultor que o destino lhe reserva. Dessa forma, realizaremos uma análise comparativa dos contos, a fim de investigar a infância desvelada por Freire nas narrativas. Assim, pontuamos alguns olhares e discursos para ajudar na compreensão dessa temática. Michel Foucault (1985) e Guacira Lopes (2000) são autores representativos para esse estudo.
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Arrurre, arrullando con las olas del río. Ires y venires de la memoria sonora de la marimba del litoral pacífico colombiano. (#3366)
Laura Ximena Aguirre Quintero 1; Paola Andrea Garcia Gómez
11 - Independiente.
Abstract:
El presente trabajo, resulta de un proceso de investigación en curso acerca de la música del litoral pacífico colombiano. La música de Marimba caracterizada como música tradicional afrocolombiana, abarca los ritmos currulao, arrullo, alabaos y bunde. En su composición organológica está la marimba, cununos hembra y macho, Bombos golpeador y arrullador, el guasá y voz. Este estudio se centró en recopilar y hacer visible las narraciones de vida y memoria colectiva de esta música partir de los ires y venires en que se ha visto envuelto este formato. Inicialmente y desde un trabajo etnográfico se compilaron imaginarios sociales que circulan entorno a los símbolos, significados y sentidos, partiendo de percepciones y experiencias desde la comunidad afro del pacífico y la comunidad urbana de la ciudad de Bogotá quienes han trabajado con el formato tradicional de la música de marimba. En este sentido, las historias de vida, observación participante, entrevistas, diarios de campo, y demás narraciones recopiladas fueron planteadas e interpretadas a la luz de la sociología de la música y la etnomusicología. En primer lugar, la sociología de la música nos llevó a la discusión frente a la función y el uso social como propósito en la música tradicional colombiana, lo cual nos permitió llegar a dos preguntas orientadoras de la investigación: ¿En qué formas la música marimba se presta para condensar en ella asuntos y emociones extra musicales? y ¿Cómo se articula la función en términos amplios y el uso social de hechos cotidianos, comunitarios, contextuales, emociones, para ser reflejada con propósito en la música de marimba? En segunda instancia, la etnomusicología nos brindó elementos para comprender el formato de la música de marimba por sí mismo. Seleccionamos algunas canciones estudiando su base rítmica, variaciones, letras, etc. Igualmente la etnomusicología fue herramienta para estudiar las estructuras sociales y la correspondencia con normas de organización social y musical. Como resultado del procesamiento e interpretación de la información bajo la mirada del músico local, el músico urbano y la sociología de la música, se reconoce el aporte simbólico desde la memoria tradicional y la mirada urbana, dos culturas opuestas que aportan a la construcción colectiva de esta música. De otro lado encontramos hechos de condensación extra musicales que evidencian un uso y función social de la música de marimba, como elemento identitario, de resistencia, reivindicación y memoria afrocolombiana. Igualmente comprendimos que sucesos sociales como la migración, modernización, nuevas poblaciones, nuevos músicos dan lugar a movimientos culturales, hechos políticos como la ley de patrimonio, la institucionalización de los festivales, y el favoritismo de ciertas modulaciones en la voz, formas melódicas de la marimba, y el consecutivo uso de los ritmos como el currulao propio del formato para “prender el público”.
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Orquestas intantiles y juveniles como agentes de transformación. Una mirada desde sus participantes. (#3417)
Constanza Escobar 1; Valentina Muñoz
11 - Asides.
Abstract:
Un estudio sobre el impacto sociocultural de las orquestas infantiles y juveniles realizado por la OEA y Banco Interamericano de Desarrollo demostró, entre otras cosas que el ejercicio de la música en niños potencia su desarrollo académico. Este dato fue el responsable del apoyo propiciado por el BID para varios de estos proyectos en diversos países (Lucchini, Cuadrado y Quiroga, 2011). En Venezuela, el modelo lleva más de 30 años y ha permitido demostrar que las orquestas sinfónicas juveniles pueden ser un aporte esencial para romper el círculo de la pobreza. Es así que el Sistema Nacional de Orquestas Infanto Juveniles (SNOJIV) cuenta con 180 orquestas que reúnen a 125.000 niños que pro vienen, de forma mayoritaria, de los estratos sociales más bajos (Lucchini, Cuadrado y Quiroga, 2011). En este país, el SNOJIV se constituye en un modelo referencial a nivel latinoamericano como europeo, por cuanto se basa en un sistema flexible motivado por una acción innovadora y articulado por una estructura en red de Orquestas Infantiles y Juveniles en todo el territorio nacional, bajo la premisa de “aprender tocando” (Carvajal & Melgarejo, 2007). Argentina también cuenta con experiencias positivas en la mejora del rendimiento escolar en los niños participantes de estas (Wald, 2015). Es por estos motivos que existe un impulso mundial para apoyar la creación de orquestas juveniles e infantiles, especialmente en las poblaciones más vulnerables. En Chile, la Fundación de Orquestas Juveniles e Infantiles de Chile es la institución que da soporte al movimiento orquestal mediante distintos programas educativos y culturales. En la actualidad son alrededor de 350 las orquestas catastradas y en funcionamiento distribuidas a nivel nacional. Recientes estudios de la Fundación han demostrado que la participación en estas orquestas mejora el rendimiento académico de sus participantes (Lucchini, Cuadrado y Quiroga, 2011). A partir de lo anterior, se observa que la literatura es enfática en detallar el aporte social y personal de la participación en orquestas, especialmente en cuanto a sus beneficios educativos. Es por esto que resulta importante ahondar en la propia percepción de los participantes respecto a los aportes sociales y culturales que tienen las orquestas y ensambles juveniles e infantiles en el país. Durante el 2016 el Consejo Nacional de la Cultura y las Artes demandó un estudio enfocado en la caracterización de las orquestas infantiles y juveniles existentes en el país, con un fuerte énfasis en la visión de los propios participantes. Esta ponencia recoge dicho aspecto a partir del análisis de la información recolectada mediante 38 focus group a niños y adolescentes participantes de una muestra de orquestas distribuidas en todo el territorio nacional.
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El otro desconocido. Estudio sobre el público de teatro independiente de Córdoba. (#3428)
María Paula Del Prato 11 - Universidad Nacional de Córdoba.
Abstract:
El siguiente trabajo se encuadra en una tesis doctoral, avalada por Conicet, cuyo objeto de estudio son los espectadores de teatro independiente, abordando el caso específico de la ciudad de Córdoba en Argentina. Los estudios de público en América Latina tienen una larga tradición que está anclada fundamentalmente en el análisis y observación de los públicos y audiencias de los medios de comunicación masivos, especialmente durante los años 90, la televisión. El público de artes no es igual a cualquier público, ya que las artes son un tipo de práctica social particular que posee sus propias características, normativas, rituales. Dentro de ellas, el teatro es una actividad artística singular que conjuga una dimensión experiencial ineludible, está definido por su simultaneidad y la co-temporalidad que comparten espectadores y artistas en el presente del acto representativo. Las características de este objeto, que sólo pueden ser equiparables a las de la música en vivo o la danza, condicionan los modos de percepción y recepción de las piezas artísticas. De este modo, nos parece válido indagar respecto de los fenómenos específicos que tienen lugar al interior de la interrelación entre la obra y el espectador. Entonces el objetivo es comprender los modos de recepción de las piezas artísticas, con la aspiración a alcanzar una comprensión del rol y el lugar que ocupa el arte en nuestras sociedades. Algunas de las preguntas que guían nuestra investigación son: ¿Por qué continuamos yendo al teatro?, ¿qué le ocurre al espectador durante la obra?, ¿qué factores participan y tiene preeminencia durante los procesos de expectación teatral?, ¿cómo se desatan los procesos emotivos, psicológicos e intelectuales durante la recepción teatral?, ¿qué hacemos con lo que vemos?, ¿para qué sirve el teatro, si es que sirve para algo? Para encontrar respuestas nos detendremos en el caso de la ciudad de Córdoba que tiene una larga tradición y posee características particulares en relación con la cantidad y tipo de teatro que se produce y circula. Allí, a partir del estudio con espectadores reales de obras producidas en y para la ciudad de Córdoba, nos detendremos a pensar las imbricaciones sociales, culturales y artísticas que se dan al interior de esta práctica.
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O imaginário social durante a ditadura brasileira: a arte como contestação (#3494)
Saldanha Ana 11 - Instituto Politécnico de Macau (IPM).
Abstract:
Correspondendo a um conjunto de realidades mentais, o imaginário manifesta-se na linguagem, nas ideias, nas conceções, nas simbologias, nas crenças, sendo frequentemente considerado, nas ciências sociais e humanas, desligado da estrutura socioeconômica que a ele se encontra subjacente. Ora, considerando que estrutura mental através da qual determinado imaginário se apresenta compreende sistemas de valores e, portanto, ideologias que se expõem em determinada época, com uma determinada função, o imaginário constitui um inevitável fruto do meio material que cerca o homem, ou seja, constitui a materialização de sistemas de valores e de ideologias que predominam num dado momento socioeconômico, cujo estudo e análise implica a compreensão do meio social em que se revelam as suas representações. Com este trabalho, pretendemos analisar de que forma as artes plásticas e a música contestatária brasileiras, das décadas de 1970 e 1980, ajudaram a desconstruir o imaginário anticomunista, patriarcal, opressor e de submissão que foi imposto pela ditadura militar (1964-1985). Consideramos que a desconstrução imagética operada no Brasil, ao longo dos 20 anos de ditadura militar, foi realizada em várias frentes, incluindo no campo artístico. A conjugação das diferentes frentes de luta e de contestação permitiu que, gradualmente, se operasse uma alteração da consciência e a consequente desconstrução da ideologia imposta pela ditadura e suas representações no imaginário (social). Neste processo de contestação e consequente transformação simbólica, diferentes foram os artistas (escritores, músicos, artistas plásticos) que contribuíram para a desconstrução de um imaginário e ideologia impostos pela classe dominante, entre 1964 e 1985. No início dos anos 1970, a arte, ainda que timidamente, sai dos museus e das galerias e impõe-se no espaço público, permitindo àqueles que nunca haviam tido acesso a expressões culturais, a elas, finalmente, acedessem. Criam-se, assim, novas simbologias através de novas imagens, numa interligação cada vez mais estreita entre arte, público e política. Contudo, apesar desta tentativa de fazer chegar a arte ao maior número, o impacto social da pintura não foi tão importante como o foi a música popular. Apesar disso, não podemos omitir, nem esquecer, os artistas que pintaram a revolta e o medo, participando ativamente na desconstrução da simbologia ditatorial. Neste sentido, vários foram aqueles que, através de imagens de angústia e de desalento, contribuíram para a denúncia e transformação simbólica da barbárie imposta pelo regime ditatorial. A canção, por seu lado, foi o meio por excelência de contestação artística. As composições não conformes à ideologia e imaginário ditatoriais passaram a veicular uma nova palavra, transformando-se num importante meio de comunicação e de contestação. Pretendemos, em conclusão, compreender de que forma as imagens pintadas e cantadas durantes as décadas de 1970 e de 1980 participaram de uma transformação simbólica, participando e atuando no processo de contestação à repressão, barbárie e violência do período da ditadura militar. Propondo novas imagens e novos símbolos, a pintura e a música intervieram na sociedade, materializando uma nova forma de pensar e de ler o mundo, consubstanciando uma nova ideologia e, consequentemente, a manifestação de um novo imaginário.
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A midiatização do jornalismo de cultura: apontamentos sobre a transição para a versão digital da revista Bravo! (#4056)
Anna Cavalcanti 1; Silvana Dalmaso
11 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Abstract:
Buscando acionar reflexões em torno da pergunta norteadora do GT, este artigo tem como objetivo investigar os processos de midiatização que atuam no jornalismo de cultura contemporâneo tendo como objeto referencial a revista brasileira Bravo! que, em agosto de 2016, lançou-se em versão online. Ao longo de 16 anos de existência, a Bravo! atuou no mercado editorial brasileiro como um veículo de referência no campo do jornalismo cultural impresso e, ao lançar-se na internet, aponta para questionamentos importantes que propomos desenvolver e aprofundar neste trabalho: para onde os espaços de reflexão e crítica sobre a cultura estão migrando? De que forma a Bravo! fez sua própria mediação, ao transigir para o online? Tais questionamentos situam-se na perspectiva de uma sociedade atravessada pela presença das mídias que, agora, não apenas mediam, mas organizam as manifestações e as práticas do contemporâneo, entre elas o jornalismo. Dessa forma, o jornalismo cultural, acionado pela midiatização, é, também, um local referencial de estudo da cultura contemporânea e dos seus processos de transformação. Compreendemos o jornalismo como um campo inserido nas ciências sociais aplicadas capaz de construir a realidade por meio do estabelecimento de hierarquias, mediando categorias de visibilidade alicerçadas na confiança, na credibilidade e no prestígio (BOURDIEU, 2002). O jornalismo cultural, enquanto especialidade jornalística, afirma seu lugar perito (GIDDENS, 1991) a partir de um contrato com o leitor, dizendo a ele o que deve ser lido, visto e assistido, ou seja, escolhendo entre o que é relevante e o que pode ser silenciado a partir de seus critérios. Nesse processo, ficam subentendidas a justeza na seleção e hierarquização das notícias no campo, tornando o jornalismo um mapa de leitura possível do sistema artístico relativo ao tempo e espaço presentes, disseminado na imprensa de cultura contemporânea. Assim, este artigo propõe um olhar sobre a revista Bravo! como lugar de percepção de temporalidades e narrativas contemporâneas que coexistem, entre a revista digital e a impressa. Para isso, utilizaremos os aportes metodológicos da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011) a fim de mapear e identificar os entrecruzamentos dos formatos midiáticos que estão presentes na Bravo! digital. Nesse percurso, desenvolveremos de forma mais ampla a ideia de sistema perito alicerçada a um produto cultural contemporâneo, a Bravo!, juntamente às noções e relações entre jornalismo cultural (GADINI, 2004; GOLIN, 2012; 2013) e jornalismo digital de revista (BENETTI, 2013; MIELNICZUK, 2015), considerando a midiatização (BRAGA, 2008; FAUSTO NETO, 2008; FERREIRA, 2007; 2008) como pressuposto teórico e empírico. A Bravo!, veículo jornalístico de referência, apresenta-se como um objeto que vem refletir com legitimidade os aspectos teóricos a serem abordados.