10:30 - 12:30 Presentación de PONENCIAS
08. Desigualdad, Pobreza y Exclusión Social |
Wednesday 06/12 | 10:30 - 12:30 | Fac. Derecho | 22 |
Programas sociais, pobreza e desenvolvimento sustentável em Unidades de Conservação da Amazônia: o Programa Bolsa Verde na Resex São João da Ponta – PA. (#2841)
Carla Cilene Siqueira Moreira 1;
Tânia Guimarães Ribeiro
11 - Universidade Federal do Pará.
Abstract:
Verifica-se no Brasil a elaboração de uma política que pretende atender um público duplamente invisibilizado por sua condição de pobreza e por fazer parte de segmentos socialmente excluídos dos grandes centros urbanos, ou seja, as populações pobres rurais. Trata-se do Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde (PBV), integrante do Plano Brasil sem Miséria, lançado em 2011 pelo Governo Federal. Este plano foi instituído pelo Decreto nº 7.492, de 2 de junho de 2011, e tem como público prioritário cerca de 16,2 milhões de brasileiros identificados pelo Censo 2010 como em situação de extrema pobreza, com renda mensal inferior a R$ 70. O objetivo deste trabalho é analisar como a política vem se desenvolvendo a partir da experiência que ocorre no território onde é implantada, neste caso a Reserva Extrativista São João da Ponta, localizada no nordeste do estado do Pará, fazendo parte do complexo de unidades de conservação existentes na Amazônia brasileira. A partir da percepção dos moradores e usuários da Resex em destaque, visa-se demonstrar a articulação dessa política ambiental com o desenvolvimento do território da unidade de conservação, considerando-se a incidência destes recursos nas práticas econômicas e sociais desses agentes sociais. A pesquisa, de caráter qualitativo, caracterizou os aspectos específicos de implantação do Programa Bolsa Verde na Resex identificando os agentes sociais envolvidos no processo de implantação no território da Unidade de Conservação, destacando-se as questões que envolvem as exigências de condicionalidades para recebimento de benefícios, uma vez que se exige o cumprimento de regras de conservação e uso dos recursos naturais de maneira sustentável. O artigo se estrutura a partir de considerações teóricas e dados empíricos originados de entrevistas semiestruturadas realizadas entre os agentes locais envolvidos na implantação do PBV, coleta de dados e sistematização estatística da base de dados do Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento Social e pesquisa bibliográfica abordando conceitos como desenvolvimento sustentável, sustentabilidade, combate à pobreza e políticas sociais. Destaca-se também que os programas sociais com foco de atuação nas famílias pobres e no trabalho das mulheres como representante familiar, podem essencializar esses agentes sociais em categorias considerando-os como grupos homogêneos e coesos, negando-lhes a conflitualidade, dado que foi identificado nas entrevistas divergências com relação ao direito de recebimento do recurso oriundo da bolsa. Outro ponto observado é que o eixo da transferência de renda se sobrepõe ao eixo da conservação ambiental. Dessa forma, este trabalho demonstra como os programas sociais podem trazer consequências nos territórios de Unidades de Conservação de uso sustentável indicando a essencialização do termo “beneficiário”. A essencialização é entendida neste trabalho como parte do resultado das políticas sociais que generalizam e homogeneízam os pobres e a pobreza no Brasil. Portanto se analisa, criticamente, o Programa Bolsa Verde enquanto política social que alia o combate à pobreza e a conservação ambiental, o qual tem como um de seus objetivos garantir o desenvolvimento do território, através da transferência de renda e a utilização sustentável dos recursos naturais.
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Os impactos territoriais do Programa Minha Casa Minha Vida – a realidade maringaense (#2957)
Pollyana Machiavelli 1;
Ana Lúcia Rodrigues
1; Priscila De Almeida Souza
1; Caroline Pagamunici
11 - Universidade Estadual de Maringá.
Abstract:
Essa pesquisa é desenvolvida como parte do INCT/CNPq/Observatório das Metrópoles – As metrópoles e o Direito à Cidade. A função social da cidade é o princípio de todos os marcos urbanísticos vigentes atualmente no Brasil assegurando um conjunto de direitos: moradia, trabalho, lazer, convivência coletiva da rede de cidades ente outros. Observa-se em várias cidades situações de pobreza, exclusão social, segregação espacial e desigualdades sociais, como no caso da cidade de Maringá, situada no norte central do estado do Paraná. Desde sua gênese o município já possuía um projeto voltado para as classes com maior poder aquisitivo. Com o passar das décadas o planejamento estratégico voltado a essa parcela da sociedade fica cada vez mais evidente. Ou seja, fazer parte, estar incluído nesse modelo de planejamento e cidade torna-se uma tarefa árdua para uma parcela bastante significativa da sociedade, pois exige, cada vez mais, recursos econômicos. Em um Estado Democrático de Direito, onde "todo o poder emana do povo" e fundado na dignidade da pessoa humana, a existência de disparidades econômicas e sociais aliadas a condições deploráveis de vida revela a desigualdade extremada. Assim planejar cidades prósperas afim de alcançar um desenvolvimento de forma ordenada, antecipando as necessidades e coordenando esforços com o intuito de construir vida coletiva e proporcionar uma cidade em que todos os habitantes se integrem tem sido um objeto de esforço para segmentos da sociedade, comprometidos com o direito à cidade. Sobre esse aspecto o presente trabalho tem por objetivo, a análise das formas de provisão de moradia e seus impactos na reconfiguração espacial da Região Metropolitana de Maringá nos últimos cinco anos. Para tanto, esse trabalho pretende aprofundar as discussões sobre a produção empresarial realizada pelo Programa Minha Casa Minha Vida – PMCPV. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental, pesquisa de campo com a aplicação de questionários, análise e mapeamento georrefenciados. Alguns resultados parciais de uma pesquisa quantitativa realizada em diversas metrópoles brasileiras (2011) mostram elevado grau de satisfação dos mutuários, sendo o PMCMV um dos programas governamentais mais bem-sucedidos do ponto de vista do reconhecimento do público. Essa mesma pesquisa foi replicada a realidade maringaense, e assim como em outras regiões metropolitanas ela revelou diversos problemas nos novos empreendimentos, partindo da localização e dessa forma proporcionando uma discussão quanto ao direito a cidade, até problemas relacionados a infraestrutura, acessibilidade e áreas dos imóveis. As análises mostraram que programa tem impactado de forma direta na reestruturação territorial da cidade de Maringá, puxando a periferia cada vez mais para as áreas mais distantes e segregando essa população de forma que pouco ou nada consigam participar da cidade pólo.
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Uma experiência de atendimento à violação de direitos: transitando entre os espaços de (des)proteção (#3055)
Claudia Winter Da Silveira
1; Daniela Silva Champe Da Silva Champe
1; Graziela Martins De Oliveira
1; Jessica Rodrigues Fernandes Stainhausen
1; Lucas Kingeski Lemos
1; Maristela Bisognin
1; Michele Minto Norling
1; Rogério Miranda Barros
1; Rosângela Machado Moreira
1; Suellen Santos Silva
1;
Vitória Magalhães Guasque 11 - CREAS.
Abstract:
Este trabalho pretende abordar a experiência profissional da equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, do Município de Gravataí/RS, Brasil. Pretende-se apresentar um contraponto entre o que preconiza a Política de Assistência Social (PNAS, 2004) e a prática cotidiana profissional. O CREAS está inserido na Proteção Social Especial de média complexidade, ofertando trabalho social especializado às famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social em razão da violação de direitos. Para tal, a intervenção profissional ocorre nas relações sociais com centralidade na família, visando o fortalecimento e (re)construção dos vínculos familiares. O CREAS de Gravataí desenvolve os seguintes serviços: PAEFI - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos, o qual realiza atendimento a famílias de crianças e adolescentes vítimas de situações de violações de direitos; PEMSE - Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade, o qual oferece atenção socioassistencial e acompanhamento a adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto; SEAPI - Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos (as) e suas Famílias, o qual atende famílias de pessoas com deficiência e idosos em situação de violação de direitos; e SEAS – Serviço Especializado em Abordagem Social, o qual oferece atendimento a crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e famílias que utilizam espaços públicos como forma de moradia e/ou sobrevivência. O CREAS coloca-se como espaço contraditório, em que o local de proteção social pode ser também de violação de direitos. Isso porque as fragilizações e rupturas que incidem no âmbito familiar estão associadas a um contexto social mais amplo, marcado pela desigualdade e pela vivência da (des)proteção do Estado no âmbito das políticas públicas. Portanto, o desafio dos trabalhadores está em problematizar esse cotidiano profissional marcado por processos históricos e sociais que perpassam a vida dos sujeitos, numa realidade marcada pela produção e reprodução de violações e sofrimentos. Nesse contexto de conflitos, contradições, violações de direitos e desafios percebidos pelo grupo de trabalho, entende-se a relevância da (des)construção acerca das proposições da política de Assistência e o fazer cotidiano.
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Associação de Recicladores Rei do "PET" e Programa Brasil Alfabetizado: Principais apontamentos (#4335)
Camila Sopko 1; Reidy Rolim De Moura
1; Isabela Martins Nadal
2;
Lillian Cristina Cruvinel Torres
11 - Universidade Estadual de Ponta Grossa. 2 - Universidade Federal de Santa Catarina.
Abstract:
O presente trabalho tem como objetivos: apresentar o Programa brasileiro: Brasil Alfabetizado com os membros da Associação de Recicladores Rei do PET (ARREP) na cidade de Ponta Grossa- Paraná, identificar os aspectos positivos e negativos do Programa Brasil Alfabetizado. Este programa federal tem como objetivo: alfabetizar jovens e adultos a partidos dos 15 anos e que não tiveram acesso à alfabetização em determinado período de suas vidas, assim visa levar a alfabetização até a comunidade, facilitando assim o acesso à educação para todos. A pesquisa que será apresentada aqui é sobre a Associação de Recicladores Rei do “PET” uma associação de material reciclável que participou do programa citado. Esta associação teve seu início no ano de 2010 e conta com o apoio da Universidade Estadual de Ponta Grossa e da Prefeitura Municipal. É uma associação que tem em sua maioria mulheres, analfabetas ou semianalfabetas. Para realizar tal análise foi feita uma pesquisa de campo, composta por três entrevistas semiestruturadas com a professora voluntária, o coordenador regional e a coordenadora municipal. Para esta pesquisa foi utilizado um questionário com 15 perguntas abertas para servir como base para entrevista. Esta discussão é pertinente, uma vez que apresenta nesse trabalho a realidade de uma associação de catadores que demandava a alfabetização e traremos também a realidade do programa federal que é oferecido para a sociedade, trazendo suas conquistas e falhas, mostrando qual é a visão deste programa para os coordenadores e a professora. Neste trabalho também será feito um histórico da educação brasileira, como também sobre associação de catadores e dados principais dos sujeitos participantes. De uma forma geral, os resultados deste trabalho nos mostraram diversas dificuldades e incoerências para a realização do programa, dentre as quais a qual mais chamou nossa atenção a de que o programa tem apenas duração de oito meses podendo ser renovado apenas mais uma vez, tendo uma duração total de dezesseis meses, fazendo com que seja praticamente impossível a alfabetização de um sujeito neste curto prazo, falta de incentivo para os profissionais também se mostra presente, e a existência de regras como a de ter no mínimo 15 sujeitos analfabetos para poder se formar uma turma de alfabetização. Neste trabalho fica evidente diversas fragilidades do programa, mas ainda predomina-se como uma alternativa viável para alguns sujeitos onde estes conseguem alcançar mudanças nas suas vidas, passando a perceber situações que não percebiam antes e passam a se inserir em questões que antes não eram possíveis.
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Paradojas y ambigüedades de la apropiación tecnológica entre las familias de menores recursos en Uruguay (#5954)
Rosalía Winocur Iparraguirre 11 - FIC/UDELAR.
Abstract:
Esta ponencia trata acerca de la relación entre las políticas de inclusión digital y las familias de menores recursos. Una relación marcada por encuentros y desencuentros entre representaciones sociales diversas acerca del valor de las tecnologías digitales respecto al aprendizaje, el entretenimiento, el tiempo libre, la información y la comunicación. Una relación cargada de situaciones paradójicas y expectativas —no siempre compartidas— sobre el lugar que deben ocupar las TIC en el hogar, la escuela, el trabajo y la vida. Una relación embargada de sentimientos ambiguos y contradictorios sobre las bondades y peligros de las computadoras e Internet. Una relación sujeta a negociaciones de significados en condiciones de desigualdad cultural e informática entre familias pobres, maestros de escuela y promotores de los programas de alfabetización digital. En síntesis, una relación que alberga un desfase constitutivo entre la concepción de la política y las realidades socioculturales de apropiación de los destinatarios, y que por lo tanto requiere ser estudiada en su complejidad, con todos sus matices, quiebres y claroscuros, y no solo atendiendo a los observables mensurables de los logros y fracasos de los programas de inclusión digital (Winocur, Sánchez Vilela, 2016). Para dar cuenta del alcance y profundidad de dicho desfase constitutivo, reseñaremos los resultados principales de una investigación realizada entre junio de 2011 y diciembre de 2012, que tuvo como objetivo reconstruir la experiencia de apropiación de las computadoras portátiles XO que distribuyó el Plan Ceibal en los hogares de menores recursos de Uruguay. En esta investigación nos concentramos en comprender los imaginarios y representaciones que facilitan o entorpecen el acceso a las tecnologías digitales. En ese sentido, no fuimos a comprobar los logros o fracasos de la política de inclusión digital, sino a indagar qué había ocurrido en el encuentro entre dos racionalidades distintas respecto a la manera de concebir, valorar y proyectar la computadora e Internet hacia el futuro. Desde el punto de vista teórico-epistemológico, apostamos a superar el profundo desencuentro entre método y situación (Martín-Barbero,1993:204), particularmente evidente en la escasa preocupación de las políticas públicas por estudiar el modo en que las personas producen el sentido de su vida, se comunican y usan los medios digitales, y también asumimos que las tecnologías son: «(…) cosas sociales, impregnadas de lo simbólico y vulnerables a las eternas paradojas y contradicciones de la vida social, tanto en su creación como en su uso» (Silverstone, 2004:54).
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la construcción desigual de la ciudadanía para las mujeres en tres delegaciones de la ciudad de méxico: análisis de discurso de programas sociales que naturalizan la exclusión social (#3008)
Abstract:
Esta ponencia presenta los resultados de un proyecto de investigación enfocado a identificar y conocer el concepto de ciudadanía femenina que se construye a partir de los programas sociales destinados hacia las mujeres en tres delegaciones de la Ciudad de México. Estas tres delegaciones son, actualmente, gobernadas por tres partidos políticos distintos y con realidades y problemas sociales diferentes y diferenciados: Iztapalapa, la delegación con mayor número de habitantes mujeres y mayores recursos presupuestales asignados, Benito Juárez la delegación con el más alto índice de desarrollo humano de la Ciudad de México y Tlalpan una de las delegaciones que más programas sociales ha destinado a la mujer en los dos últimos períodos de gobierno delegacional. El proyecto hizo un estudio documental y de campo que contempló la revisión de los programas sociales y entrevistas a funcionarios delegacionales (análisis de contenido y discurso) sobre qué se ha hecho en las delegaciones en los últimos 4 años (2013-2016) con el fin de reducir las desigualdades de género y programas sociales de apoyo a las mujeres para contrastar y relacionar qué imagen se construye sobre las mujeres como ciudadanas. El proyecto permitió encontrar discursos de doble victimización de las mujeres, falta en la claridad en el diseño de políticas públicas, una visión institucional que no sólo reproduce la inequidad entre hombres y mujeres, sino que la invisibiliza y una construcción social sexista hacia las mujeres desde la percepción de la naturalización en los discursos de discriminación. El análisis discursivo evidenció el tipo de perfil de las beneficiarias de los propgramas sociales, sus limitaciones y vacíos institucionales y legales así como los presupuestales y culturales. Pero también la falta de claridad en el manejo de conceptos de género y su reducción institucional hacia las mujeres en situación de vulnerabilidad y exclusión social bajo circunstancias que reproducen patrones de dominación y roles de género.
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A economia solidária como forma de superação da pobreza: articulações políticas e efeitos multidimensionais (#3108)
Gustavo Oliveira 11 - Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS.
Abstract:
Este trabalho trata do problema da pobreza e de alternativas para seu enfrentamento e superação. A pobreza não é uma questão particular, de vontade ou caráter dos sujeitos individuais, mas resultado da distribuição desigual do expansionismo do capitalismo que se funda na consolidação dos conceitos de homo economicus e de economia de mercado. Esta visão hegemônica perdura até a atualidade, mas formas alternativas de analisar a racionalidade humana em sua dimensão econômica existem. A economia solidária é um fenômeno que expressa esta razão contra-hegemônica neste contexto. O objetivo deste estudo é analisar a economia solidária como possibilidade de superação da pobreza de mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família, considerando os efeitos multidimensionais atividade econômica e as estratégias governamentais acionadas pela política de assistência social. A economia solidária passou a fazer parte das estratégias institucionais brasileiras de enfrentamento à pobreza em 2011, com a implementação do Plano Brasil sem Miséria (BSM) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Se trata de um estudo de caso com abordagem qualitativa, desde uma perspectiva nacional até chegar ao nível municipal/local – no município de Canoas. Foram realizadas pesquisas bibliográfica e documental, em sua fase exploratória, utilizadas as estratégias de observação e entrevistas semi estruturadas para coleta de dados, na fase da pesquisa de campo, e análise de conteúdo, na fase de análise e interpretação dos dados. Foram entrevistadas um total de treze mulheres ligadas ao Programa Bolsa Família (PBF), à entidades do Terceiro Setor conveniadas à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) ou ao movimento de economia solidária de Canoas. Os resultados apontam que a gestão pública local enfrenta sérias dificuldades para se articular entre secretarias e diretorias, fato que contribui para que a economia solidária encontre grandes barreiras para se consolidar como uma alternativa estratégica para o enfrentamento da pobreza. Desta forma, a economia solidária aparece com uma função complementar no desafio da superação da pobreza multidimensional na trajetória de vida das mulheres entrevistadas nesta pesquisa.
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Fortalecimiento de la empleabilidad de personas vulneradas por su género: una mirada desde las políticas de empleo (#4238)
Silvana Mochi
1;
Guadalupe Lopez 11 - Ministerio de Trabajo, Empleo y Seguridad Social de la Nación.
Abstract:
El presente trabajo se propone reflexionar en torno al diseño e implementación de una política de empleo con enfoque de géneros que incluye a mujeres en situación de violencia doméstica, personas trans y personas en situación de vulnerabilidad por prostitución, a partir de su vinculación al Seguro de Capacitación y Empleo llevada adelante desde la Secretaría de Empleo del Ministerio de Trabajo Empleo y Seguridad Social de la Nación. El Seguro de Capacitación y Empleo entra en vigencia en el 2013, y, a partir de reconocer que las mujeres en situación de violencia doméstica suelen tener mayores niveles de desocupación, ausentismo de sus lugares de trabajo, pérdida del empleo, alejamiento de la carrera formativa/profesional por largos períodos, más el mandato de la Ley 26845 que interpela al Ministerio de Trabajo de la Nación a intervenir en el abordaje integral de las violencias hacia las mujeres, se propone fortalecer la empleabilidad de estas mujeres que suele verse obstaculizada en contextos de control permanente y encierro físico – reclusión al ámbito doméstico- y moral. La dependencia económica y falta de vivienda es el principal obstáculo para que las mujeres puedan enfrentar y salir del círculo de la violencia doméstica. Las políticas que se proponen mejorar la empleabilidad deben contemplar los múltiples ejes de diferencia que atraviesan a los sujetos destinatarios y que impactan en sus posibilidades de desarrollo laboral, entre ellos la edad, la posición social, la etnia, el género. Las políticas de empleo que promueven la inserción laboral y el desarrollo de trayectos formativos se proponen el doble desafío de contribuir a la autonomía económica de estas mujeres, a través de las ayudas monetarias y de fortalecer su empleabilidad mediante el acompañamiento y el acceso a las diversas prestaciones de orientación, formación, entrenamiento e inserción laboral. La apertura del Seguro de Capacitación y Empleo para personas vulneradas por su género propone este abordaje, de carácter integral que promueva el trabajo conjunto, articulado y multidisciplinario de la problemática. Para lo cual, además de integrar en este proceso a las instituciones y organismos estatales requiera de la sociedad civil. Mirar las políticas de empleo con enfoque de géneros, implica pensar y generar, tanto “acciones estratégicas” tendientes a sensibilizar y reflexionar sobre las relaciones de sociales de género y las prácticas institucionales que reproducen un orden social y cultural naturalizado y jerárquico entre varones y mujeres como “acciones específicas” que focalicen en las mujeres que atraviesan situaciones de violencias. En este sentido nos proponemos compartir parte de este camino recorrido tanto en sus logros y aciertos así como también con los interrogantes, consideraciones y propuestas sobre las cuales seguir profundizando en esta asignatura pendiente entre las políticas públicas y las desigualdades de géneros
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La proximidad como estrategia metodológica de acceso a la inclusión social en el proceso de reforma del Estado en Uruguay (#5155)
Carolina González Laurino
1;
Sandra Leopold Costábile 11 - DTS. FCS. Udelar.
Abstract:
Entre los analistas de la matriz de protección social uruguaya implementada a inicios del siglo XX, existe amplio consenso en describir un sistema de políticas sociales fuertemente institucionalizado, estructurado sobre una base de prestaciones de carácter universal en educación y estratificada en materia sanitaria y de seguridad social, que tiende a incorporar a la mayoría de los sectores asalariados urbanos, con una incorporación tardía de los trabajadores rurales (Filgueira, 1998). Esta estructura de protección social, que limita tanto la intervención de organizaciones privadas laicas y religiosas con fines de lucro, como la focalización en sectores vulnerables (Midaglia y Antía, 2007), logró resistir los impulsos reformistas de la dictadura (1973-1984), así como las presiones regresivas en materia de gasto social sostenidas en la década de los noventa en la región, pese a la implementación de algunas reformas sociales, cuya expresión más emblemática supuso la transformación de un modelo de seguridad social sostenido en el principio de solidaridad intergeneracional a un modelo mixto de aportes individuales e intergeneracionales (Midaglia y Antía 2007). Entre las reformas impulsadas en los últimos quince años se encuentra la transformación de la matriz impositiva, la reforma del sistema de salud, la reinstalación de los Consejos de Salarios y la creación del Ministerio de Desarrollo Social (MIDES). La estrategia de acceso al bienestar implementado en este último período, prioriza líneas de universalización y focalización con pretensiones últimas de incorporación de la población que se encuentra en situación de extrema pobreza, a los dispositivos universales, específicos y al mercado formal de trabajo. Para ello, entre otras acciones, se han diseñado y puesto en práctica, propuestas programáticas, que despliegan una estrategia de intervención, que se califica de «proximidad», y a cuyo tratamiento y problematización se orienta este texto. La ponencia que aquí se presenta está basada en una investigación desarrollada en 2016, y financiada en el marco de un convenio de cooperación entre el DTS de la FCS de la UDELAR República y la DINEM del MIDES, que tuvo como objetivo el estudio de las estrategias de proximidad implementadas en los programas interinstitucionales Cercanías y Jóvenes en Red, la Dirección Uruguay Crece Contigo (UCC) y el Servicio de Abordaje Familiar (SAF) del MIDES. Desde el punto de vista metodológico, el trabajo se apoya en el análisis de fuentes documentales y del producto de 60 entrevistas realizadas en los departamentos de Montevideo y Salto a personas con distintos niveles de responsabilidad en cada propuesta (operadores y supervisores de todos los programas), así como a figuras específicas de cada estrategia: coordinadores (SAF), referentes temáticos (Jóvenes en Red) y facilitadores (UCC).
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Herramientas y perfil profesional en acompañamiento familiar en el caso del programa Cercanías (#5889)
Valeria Gradin 1; María Isabel Verstraete
21 - MIDES. 2 - UCUDAL.
Abstract:
La ponencia se basa en una investigación desarrollada en el marco de la elaboración de un trabajo final de posgrado sobre intervención familiar. Este trabajo se planteó como objetivo analizar, para el caso del programa Cercanías, la metodología desarrollada por los equipos técnicos (identificar herramientas con base en la teoría sistémica, y otras corrientes, y su utilización en la práctica del trabajo implementado por Equipos Territoriales de Atención Familiar -ETAF). Este programa estatal surge en 2012, junto con otros programas focalizados y de proximidad (Uruguay Crece Contigo y Jóvenes en Red), con el objetivo de restituir derechos a integrantes de familias en situación de extrema pobreza en el país. El diseño de investigación se centra en: entrevistas en profundidad de tipo abierto a informantes calificados; análisis de documentos institucionales del programa, así como de investigaciones y artículos publicados sobre el mismo, bibliografía vinculada a políticas públicas dirigidas a población en situación de extrema pobreza, publicaciones sobre intervención familiar y metodología de proximidad. El marco teórico integra elementos del desarrollo de las políticas públicas focalizadas en el país (y las críticas presentes hacia las mismas), así como del marco conceptual sobre metodología de intervención familiar (en particular de la corriente sistémica). El análisis profundiza en dos ejes: 1 – La organización del trabajo del equipo técnico (que refiere al encuadre en el trabajo con las familias y las instituciones en el territorio, los perfiles profesionales, la supervisión y el cuidado de equipos); 2 - Herramientas empleadas o que podrían ser utilizadas por los equipos (se distinguen herramientas por etapas de la intervención, herramientas por temáticas, y la realización de actividades multifamiliares como herramienta complementaria). En las conclusiones se plantea el aporte del instrumental analizado y la importancia de la sistematización de información y de la formación permanente para enriquecer la intervención del profesional que trabaja con familias en situación de extrema pobreza y los resultados de la misma; así como el necesario diálogo con la academia. También se plantean los límites del acompañamiento familiar en el marco de esta política asistencial ante los vacíos y desafíos en las políticas estructurales universales para la atención de la población en situación de extrema pobreza.
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Tensiones y contradicciones en las políticas sociales y su interacción con los/as beneficiarios/as. Un estudio de casos comparado etnográfico de programas sociales en Chile y Uruguay (#6106)
Florencia Picasso Risso 11 - UAH-UdelaR.
Abstract:
En el marco del trabajo de tesis doctoral en curso, mi foco de investigación busca comprender la interacción social entre las políticas sociales y los/as beneficiarios a partir de un análisis comparado entre los programas sociales de Chile y Uruguay, con la pretensión de problematizar y reflexionar sobre la formulación de nuevas políticas en el contexto Latinoamericano. Se trata de un estudio de casos comparado desde una perspectiva etnográfica, de dos programas dirigidos a las familias en situación de vulnerabilidad y pobreza extrema en Chile y Uruguay: el Programa Familias del sub componente Seguridades y Oportunidades, Chile y la Estrategia Nacional de Fortalecimiento de las Capacidades Familiares, Programa Cercanías, Uruguay. La importancia de estudiar ambos países radica en que se trata de dos contextos en los cuales, desde el punto de vista de la relación entre los regímenes de bienestar y las familias, son aparentemente disímiles: Chile con orientación mercadocéntrica o estatal productivista y en el caso de Uruguay estatal proteccionista (Martínez, 2007) o híbrida. Sin embargo, al mismo tiempo poseen similaridad en el abordaje de los programas sociales dirigidos a las familias en situación de pobreza y vulnerabilidad. En este contexto, la ponencia procura presentar algunos hallazgos del trabajo de campo realizado durante el año 2017. Resulta un claro desafío del presente trabajo, la comprensión de dicha interacción social entre los programas sociales y los/as beneficiarios entrelazados con tales regímenes de bienestar. Poniendo énfasis en el particular entramado que se genera en el escenario de la implementación de la política, donde las singularidades y significaciones resultan clave para comprender en profundidad los fenómenos sociales y retroalimentar los diseños de las políticas. Tal como subraya Fleury (2002) resulta claro considerar que: “...el resultado de las políticas sociales es profundamente determinado por las prácticas sociales de interacción entre usuario y profesional, la interacción humana que se establece en los servicios sociales, es al mismo tiempo, un coloquio singular y una actualización/dramatización de las relaciones y estructuras sociales prevalecientes” (Fleury, 2002:10). Referencias Bibliográficas FLEURY, S. (2002) Políticas Sociales y ciudadanía. Banco Interamericano de Desarrollo, Instituto Interamericano para el Desarrollo Social (INDES). MARTÍNEZ FRANZONI, J. (2007). Regímenes de Bienestar en América Latina, Fundación Carolina, Madrid.