Abstract:
O presente artigo tem como objeto de pesquisa a segregação espacial na área periférica da cidade de Juazeiro do Norte vista a partir da Política de Desenvolvimento Urbano – PDU; para isto confrontamos as estruturas socioespaciais de dois bairros limítrofes: Lagoa Seca (classe média alta) e João Cabral (classe baixa) no período de 2010 a 2016. As ações da PDU e seus instrumentos de gestão da cidade estudada passam a ser as bases das análises de segregação espacial entre as periferias. A abordagem considera o Estado como principal promotor da segregação, ao passo que através dos instrumentos legais, como plano diretor, estatuto da cidade e zoneamento da cidade, o mesmo escolhe entre a ação e a inação diante das demandas político-institucionais que lhes são direcionadas. Simultaneamente, a cidade é problematizada enquanto um território de gestão que possui particularidades e ações políticas específicas. Existem coalizões fomentadas pelo Estado que reconfiguram o território da cidade; tais coalizões tratam-se de promotores imobiliários, comerciantes e políticas públicas (representante do próprio Estado) que promoverem a valorização do solo urbano e lhe traz identidade socioespacial, neste caso em particular as periferias, lugares de moradias de classes sociais distintas. Desse modo, conceitos referenciais como Política de Desenvolvimento Urbano, território urbano e periferia são satélites discursivos para tal objeto de pesquisa, onde desenvolvemos os seguintes pontos: a política de desenvolvimento urbano como agente promotora de desenvolvimento territorial; os instrumentos de gestão e execução da política de desenvolvimento urbano no município de Juazeiro do Norte e um estudo comparativo entre os bairros Lagoa Seca e João Cabral entre os anos de 2010 a 2016. O método dialético se fez necessário com abordagem exploratória; instrumentos: pesquisa bibliográfica com autores principais: Bitoun; Rolnik; Miricato, Lefebvre, Corrêa e Harvey, documental: instrumentos legais de gestão e como técnica: observação direta nas periferias estudadas e fotografias de suas paisagens urbanas ligadas aos eixos estruturais espacial e social, bem como, mapa especifico das áreas. As considerações finais mostraram-nos que diante da PDU e seus instrumentos de gestão o Estado estabelece coalizões que permitem a valorização e todos os aportes estruturais do solo periférico da classe média alta, que tem por características: pouca criminalidade, infraestrutura, áreas de lazer e alta especulação imobiliária. Ao mesmo tempo se coloca omisso ao local de moradia da classe baixa, no caso bairro João Cabral, uma periferia que possui infraestrutura e saneamento insustentável, ocupações irregulares, áreas de recreação, esporte e lazer insuficientes para a quantidade de jovens e adolescentes, dos quais, muitos estão envolvidos com criminalidades. Palavras Chaves: PDU. Periferia. Segregação espacial.

Abstract:
Examinam-se os processos de segregação residencial no quadro da organização socioespacial de Salvador. Em um primeiro momento, a dinâmica de expansão da cidade deve ser compreendida a partir dos processos da industrialização, iniciada pela Petrobras em 1954 que atraiu um desproporcionado afluxo de migrantes procedentes do interior do Estado ocupando as regiões periféricas da cidade com precárias condições de habitação e infraestrutura. Com o fim do padrão desenvolvimentista e o deslocamento dos investimentos para o Sudeste, instalam-se na década de 90 mecanismos de reestruturação produtiva de cunho neoliberalista que se traduzem na crescente terceirização e flexibilização das relações de trabalho, engrossando o já expressivo contingente da classe do subproletariado excluído do mercado imobiliário formal. Em um segundo momento, a assimétrica distribuição socioespacial da cidade pode ser visualizada como resultado da atuação hegemonial de grupos imobiliários em aliança com as políticas urbanas, produzindo uma engrenagem segregadora obediente à lógica mercantilista de valorização fundiária por meio dos dispositivos de planejamento urbano, da provisão de infraestrutura, dos programas públicos de habitação e da criação de empregos. A distribuição espacial de Salvador correlata com a repartição de renda da sua população, consolidando a configuração de três vetores de expansão: a Orla Atlântica Norte, o Subúrbio Ferroviário e o Miolo Urbano. Esboçam-se tendências de dualização a escala macro-urbana no município-sede que se perpetuam na sua região metropolitana a base de significantes discrepâncias entre o que pode ser visualizado como a “cidade formal” – (Orla Atlântica Norte) dominada por áreas altamente valorizadas dos grupos médio-superiores, dotadas de ampla infraestrutura e de oportunidades empregatícias – e, por outro lado, a “cidade informal” (Subúrbio Ferroviário e Miolo Urbano) – marcada por invasões sucessivas, loteamentos populares e conjuntos habitacionais ocupados maioritariamente pelo segmento popular(-inferior), com atrofia em ofertas de emprego e de investimentos estatais em infraestrutura e bens públicos. A exemplo de Novos Algados, complexo de palafitas localizado no Subúrbio Ferroviário, serão criticamente examinadas as intervenções habitacionais implementadas pelo governo estadual entre 1990 e 2005. O estudo ressalta a responsabilidade das políticas urbanas na consolidação de mecanismos de segregação ao perpetuar situações de pobreza resilientes no tempo que prejudicam a integração socioeconômica de seus moradores, inseridos em contextos residenciais de forte homogeneidade social. A sua limitação à recuperação física do habitat, desvinculada de investimentos flanqueadores em equipamentos urbanos e infraestrutura, remete pelo caráter paliativo-minimalista das intervenções que “programam” o confinamento da classe baixa em áreas isoladas, logo abandonadas pelo poder público. O corrosivo efeito de externalidades negativas, como altas taxas de desemprego e de pobreza, é potenciado em áreas desassistidas, bloqueando a mobilidade econômica e arriscando de tornar o local socialmente invisível e territorialmente estigmatizado já que desvinculado dos outros estratos sociais da cidade.

Abstract:
A realização da Copa do Mundo FIFA 2014, no Brasil, justificou intensas transformações urbanas nas 12 cidades-sede. Durante a preparação do megaevento, o poder público, nas diferentes esferas, descumpriu marcos internacionais devido aos inúmeros casos de violações de direitos humanos das populações atingidas por obras e remoções habitacionais, além das políticas de “pacificação” de favelas. Milhares de famílias foram reassentadas em outros bairros para dar lugar a algum projeto urbano. Com efeito, habitavam áreas pouco valorizadas pelo capital imobiliário no passado, mas que em função da própria expansão urbana passaram a ser objeto da cobiça do mercado. As alegações oficiais para as remoções foram projetos de mobilidade urbana, questões ambientais, ou mesmo a ‘preservação’ de famílias em situações de risco. Os direitos à informação, à transparência e à participação dos segmentos atingidos não foram respeitados; informações acerca da quantidade de famílias removidas, indenizações, locais para reassentamento permaneceram inacessíveis ao longo do processo. A crescente articulação entre o setor imobiliário e o financeiro fez uma visão de urbanismo ganhar centralidade nas últimas décadas. Estabeleceu-se uma trinca entre o capital financeiro, o capital imobiliário e o Estado para alavancar megaprojetos de (re)qualificação do espaço urbano. Desse modo, áreas negligenciadas adquirirem novos usos, periferias são valorizadas, a urbanização é expandida, centros históricos são “revitalizados”, e, principalmente, habitações “irregulares” são removidas. Em geral, a lógica que rege a preparação de cidades para megaeventos esportivos segue tais preceitos. O megaevento fornece oportunidade – e “consenso” – para que remodelações desejadas há tempos pelas camadas dirigentes locais fossem realizadas sob aparência de indiscutível necessidade, encobrindo o enorme custo social para milhares de famílias. A violência que permeia as sociedades colonizadas, tão bem desnudada por Frantz Fanon (1968), dá-se sob forte viés de hierarquização social. O silenciamento e demais violações de direitos dessas populações removidas ilustra bem como se desenrola a produção da subalternidade na sociedade brasileira, através de uma velada, embora notória, hierarquização e seletividade na distribuição de capitais, nesse caso, concernindo a direitos básicos de cidadania, resultando numa deterioração da dignidade pessoal de uma ampla camada de indivíduos, culpabilizados pelo próprio destino. A proposta deste trabalho é oferecer uma interpretação a respeito da edificação das fronteiras, simbólicas ou não, que separam espacialmente as classes sociais e suas frações no interior das cidades a partir da disputa territorial expressa através das remoções habitacionais. O enfoque são as populações diretamente atingidas, visando compreender a interação dialética entre as percepções daqueles que vivenciaram o infortúnio de serem deslocados de suas antigas moradias e a edificação de uma nova geografia da reprodução do capital na cidade, observado a partir do caso de Fortaleza, capital do Ceará, no nordeste brasileiro.

Abstract:
Esta ponencia tiene como objetivo reconstruir los procesos de transformación de las antiguas periferias de la Ciudad de Buenos Aires en relación al contexto metropolitano. La integración de las antiguas periferias no se dio de manera homogénea en el territorio, como consecuencia actualmente podemos observar una “corona” de barrios porteños que limitan con su conurbación y que pese a compartir la integración tardía a la ciudad central, han adoptado dinámicas y lógicas particulares.  Podemos identificar diferencias considerables entre dos grupos de barrios que integran la antigua periferia: por un lado los barrios del eje norte  y por otro lado los barrios del eje sur.  En la actualidad estas dos áreas ocupan diferentes posiciones en la estructura territorial de la Ciudad de Buenos Aires y presentan especializaciones en los usos territoriales y dinámicas demográficas  particulares.  El presente estudio tiene como propósito desentrañar mediante un análisis sociológico e histórico los factores que han influido en la actual configuración de estos barrios. Consideramos que los usos particulares que presentan en la actualidad son tributarios de sus procesos de configuración, en los cuales se han priorizado diferentes modos de producción de ciudad. Mediante el análisis del devenir de variables estructurales como la estructura territorial vigente, las dinámicas del mercado de tierra y vivienda, las actividades económicas y productivas que han acompañado el desarrollo del territorio, las características socio-económicas de su población, entre otras, reconstruiremos el proceso de integración de las antiguas periferias y sus transformaciones o resistencias a través del tiempo para comprender sus dinámicas actuales.   

Abstract:
La falta de vivienda digna en ciudad Juárez es un problema común en especial para algunos sectores de la población que cuentan con bajos recursos económicos. La migración de personas del interior de la república hacia las ciudades fronterizas con la intención de cruzar a los Estados Unidos o en algunos casos de instalarse en la ciudad para trabajar en las maquiladoras es un factor que ha determinado ciertas características en la estructura urbana ya que el aumento desproporcionado de la población ha generado de manera drástica la expansión territorial de las zonas urbanas. Este es precisamente el caso que vive Ciudad Juárez, ha estado inmerso en este proceso desde la década de los sesentas en el cual la migración de personas de otros estados ha generado que se instalen viviendas en lugares inseguros, con dificultad para llevar servicios básicos y con espacios muy reducidos. El des abasto de lugares con los servicios necesarios para que una familia pueda habitar de manera adecuada y segura en esta frontera será analizado en los siguientes apartados de esta investigación. Todo esto con el fin de comprender como es que los asentamientos irregulares tienen un impacto en la estructura urbana y en los procesos de urbanización de la ciudad. Los asentamientos irregulares son una problemática grave debido a que los espacios que habitan algunos pobladores son de alto riesgo, tanto por cuestiones sanitarias o por la mala condición de las estructuras en las cuales se ponen los cimientos de algunas construcciones, en algunos casos llegan ocupar espacios como canales naturales y las zonas colindantes con la sierra, en la cual habita fauna peligrosa para los humanos como lo son: insectos ponzoñosos, serpientes y coyotes. Sin mencionar el desabasto de centros educativos para todos los sectores del municipio. Aun en la actualidad se desconocen las características de los asentamientos irregulares en Ciudad Juárez. Chihuahua. México. En el presente trabajo se proponen seis causas que explican la formación de los asentamientos irregulares y los factores que permiten su crecimiento: 1. Movimientos de población.2. Imposibilidad económica de la población.3. Uso de suelo.4. Falta de planificación urbana. 5. Actitud permisiva de pobladores y autoridades.6. Violación de Normatividad.  

Abstract:
Sistemas de videovigilancia policial en algunos barrios; nuevas luminarias en “la principal avenida”; edificios en construcción que se alzan viralmente en varias zonas; “revitalización”, “reciclaje” y “restauración” de espacios; desalojo y reubicación de comerciantes informales y ocupantes ilegales, etc., son algunas de las postales del proceso actual de gentrificación que está viviendo Montevideo. El concepto de gentrificación remite a las dinámicas contemporáneas de cambio urbano, caracterizadas por la reestructuración de espacios públicos y privados y un recambio poblacional orientado a satisfacer nuevas demandas y funcionalidades sociopolíticas. Este trabajo pretende estudiar la conformación de procesos de gentrificación en Montevideo, enfocado en la producción de una subjetividad por parte de las instituciones que promueven este modelo y el tratamiento mediático que la prensa hace de ellas. Para ello se analizan las políticas públicas, programa y proyectos institucionales y artículos de prensa escrita digital. El enfoque metodológico es cualitativo-comprensivista, utilizando como técnicas de investigación el análisis documental y el análisis crítico del discurso de las políticas públicas pertinentes y artículos de prensa seleccionados. La motivación para esta investigación parte del interés de comprender los recientes y radicales cambios urbanos, explorando sus causas y consecuencias en las relaciones sociales. Conceptos clave: gentrificación, segregación urbana, análisis crítico del discurso.

Abstract:
El presente trabajo se enfoca en el estudio del análisis del fenómeno de urbanización incontrolada de la ciudad de Cancún, la cual se caracteriza por haberse constituido a partir de los grandes flujos de migración que ha experimentado desde su creación como Centro Turístico Integral en 1970 como parte de una política de Estado enfocada a fortalecer el turismo como actividad económica.  La planeación original de esta ciudad se hizo tomando en cuenta las necesidades de la industria turística y los funcionarios del gobierno federal encargados del proyecto esperaban que la población trabajadora se mantuviera contenida en el espacio destinado para su residencia: la ciudad de Cancún, la cual creció de manera desmedida y sin estructuración debido, por un lado, a la llegada masiva de migrantes laborales –cuyo flujo no se ha detenido en cuarenta y seis años– que no podían obtener por los medios legales un predio para establecer su casa y comenzaron a asentarse en los espacios desocupados contiguos a la incipiente ciudad, y por otro, a la incapacidad de las autoridades de planear una urbanización integral que cubriera las necesidades de servicios públicos e incluyera en la dinámica social y de mercado a la creciente población. La expansión urbana incontrolada de la ciudad de Cancún y la consecuente aparición de asentamientos humanos irregulares ha sido una constante desde los primeros años de su construcción (1970-1974); se trata de un fenómeno que se ha incrementado en las dos últimas décadas y que se vincula al tratamiento que dan los gobiernos de los tres niveles a las políticas de urbanización y de propiedad de la tierra y al aumento de población que vive en condiciones de marginalidad y debe acceder por su cuenta a los servicios básicos que requieren las viviendas de tipo urbano. Hasta el momento se ha trabajado en tres asentamientos irregulares –Invasión La Jungla, El Milagro y Tres Reyes– los cuales se eligieron a partir de su condición de irregularidad, su ubicación y las posibilidades de acceso y de contacto con sus habitantes. Para conocer la forma en la que sus habitantes se han establecido en cada uno de ellos se ha empleado el método etnográfico en la investigación empírica, por ser de gran utilidad para conocer de manera directa los aspectos que se pretenden indagar dentro de dichos lugares, por lo que se han realizados diversas observaciones y entablado conversaciones en distintos ámbitos de convivencia con varios de los habitantes de estos espacios de población para recopilar información mediante relatos de vida. En la continuación de este estudio se pretende analizar otros aspectos fundamentales de la vida dentro de los asentamientos irregulares.   [1] Este texto forma parte de la investigación que actualmente se desarrolla en el programa de doctorado en Antropología Social.

Abstract:
Os megaeventos esportivos representam oportunidades de revitalização e de mudança de configuração das cidades-sede. Neste sentido, os preparativos para os jogos esportivos cumprem dupla agenda: ao mesmo tempo permitem a modernização da infraestrutura urbana enquanto mudam a aparência das cidades. As desapropriações e remoções de moradores são inevitáveis neste processo, pela necessidade de abrir novos espaços urbanizados. Este artigo discute o deslocamento de moradores da cidade do Rio de Janeiro em função das obras de preparação para os Jogos Olímpicos de 2016, mostrando as incongruências da política estatal, em que se evidencia a vinculação de algumas das obras a interesses econômicos. A desocupação de áreas anteriormente habitadas por moradores de baixa renda, sem a correspondente contrapartida, contribui para a desigualdade e privilegia grupos econômicos que passam a deter os direitos sobre os espaços subtraídos dos antigos moradores. O cotidiano da população de baixa renda se modifica radicalmente: vive longe de seus locais de trabalho, em áreas com risco de violência, e tendo sua mobilidade prejudicada. O estudo é fundamentado na coleta de dados empíricos a partir de notícias na mídia e em documentação de demandas judiciais envolvendo situações de desapropriação. Os resultados da pesquisa apontam para uma cidade reurbanizada, na qual a qualidade de vida de parte da população se deteriorou, especialmente a dos mais pobres, enquanto a cidade ficou mais bonita sem se preocupar com seus habitantes.

Abstract:
El crecimiento hacia la periferia ha conllevado a que se origine una ocupación por parte de personas de más fluencia económica a zonas cercanas al foco de la urbe que les permita acceder más fácilmente a los diferentes servicios debido a la centralización de la administración. Esto es lo que denominados Gentrificación, este concepto es de origen anglosajón construido por la socióloga marxista Ruth Glass desarrollado por Smith (2012) que incluye dentro del término el factor de la oferta en cuanto son los inversores los que generan las condiciones necesarias para que un espacio sea gentrificadoEn el caso del municipio de Valledupar en su comuna 2 este fenómeno se da a causa de la construcción del centro comercial Mayales Plaza lo que incidió en el crecimiento del margen económico de la zona con un 24% según informe de la cámara de comercio de Valledupar; esta inversión inmobiliaria al sur de la ciudad ha contribuido a la presencia de otros megaproyectos tanto del sector privado como del publico repercutiendo en el aumento de la valorización de suelo causando la movilización de ciertos hogares de recursos limitados que no logran sostener la nueva calidad de vida del lugar.Por lo que a partir de lo anterior se establece como objetivo principal el de determinar el grado de Gentrificación de los hogares de la zona de influencia del Centro Comercial Mayales Plaza en la ciudad de Valledupar. A su vez como objetivos específicos, primero el de Precisar geográficamente el área de influencia del Centro Comercial Mayales en la comuna 2 del municipio de Valledupar con el fin de limitar el área de estudio por medio del desarrollo de cartografía social para la aplicación del instrumento que permitirá alcanzar el segundo objetivo de Caracterizar al grupo social Gentry de la zona de influencia del Centro Comercial mostrando así una radiografía completa del fenómeno en la zona y por último, Identificar el grado de crecimiento económico de los predios aledaños al Centro Comercial y sus causas de movilidad económica todo esto con el fin de reconocer el principal promotor e inversor privado que ha gentrificado la zona.Esta es una investigación cuantitativa con alcance descriptivo en la cual se tomó un marco muestral de los hogares de la zona de influencia por medio de la construcción de una cartografía social de esta área logrando la obtención de una ubicación geográfica de la población total a través del manejo del tómbolo con el fin de obtener un marco muestral objetivo.

Abstract:
O largo do Arouche, no centro da cidade de São Paulo, tem sido um dos espaços mais pesquisados em termos de diversas abordagens do lugar social da homossexualidade. Tais contribuições informam boa parte dos caminhos percorridos pela investigação em andamento e para a qual traço um recorte nesta apresentação. Minha pesquisa de doutorado toma o espaço urbano, e o espaço do Arouche, em especial, como lócus produzido socialmente e producente de sujeitos em termos de espacialidade e sexualidade. Parto de uma noção de espaço contingente, cujos resultados definidores, sempre parciais, são co-dependentes das relações sociais nas quais este pode ser desenhado ou definido.  Dessa forma, o presente recorte parte da praça Arouche como símbolo da centralidade paulistana relacionada à homossexualidade histórica e sociologicamente para, daí, traçar as fronteiras sociais e espaciais definidoras de centros e periferias num mesmo raio de distância. A pesquisa traça paralelos e cruzamentos entre duas regiões centrais produzidas no campo realizado e cujo recorte foi definido a fim de permitir a análise comparativa. São elas a República e a Augusta, termos escolhidos a partir do acionamento no campo e como meios mais amplos de reconhecimento de tais espacialidades. As maneiras de referência às localidades de ocupação, contudo, se modificam em cada situação observada. Tendo como vetor metodológico a observação e acompanhamento em trabalho de campo, como assinalado acima, é mister apontar que a análise dos dados produzidos tem se realizado desde o trânsito com interlocutores entre os espaços circunscritos e para além deste tomando o espaço como produzido continuamente, entrecortado por relações de poder e em constante disputa. A produção dos dados tem sido realizada também em estandes de venda imobiliária na região como meio de compreender as relações entre mercado, homossexualidade e cidade acompanhando a mudança das novas construções de uma região para outra; entrevistas com alguns empresários de empreendimentos de lazer direcionados a um público gay; entrevistas com militantes de diversos movimentos que circulam na região, como LGBT e de “direito à cidade”, por exemplo; análise documental de divulgação imobiliária e de eventos. O recorte nesta apresentação privilegia dois aspectos relativos a partes diferentes do trabalho: a ocupação coletiva da praça a partir das experiências de um interlocutor que maneja o pertencimento a uma militância “jovem LGBT periférica” e o sucesso de vendas do último empreendimento imobiliário da região da República, localizado no largo do Arouche, através de conversa com um dos principais responsáveis pelo negócio. Tais dinâmicas cruzam as diferentes nuances de um espaço em disputa, valorizado ou desvalorizado a partir de diferentes entradas da noção de "gay" e "homossexualidade". Com isso, problematizo a hegemonia cunhada a partir da noção de "gentrificação" como única explicação mercadológica dos processos urbanos.              

Abstract:
El trabajo tiene por objetivo identificar las transformaciones tanto morfológicas, espacios físicos del barrio, junto con la infraestructura de las casas, como las características de los habitantes del barrio, en los últimos  20 años.  La relevancia del trabajo investigativo consiste en reconocer los mecanismos diferenciadores y el poder simbólico que tiene poseer y habitar en una casa del barrio en los diferentes épocas, además de mostrar bajo que intereses se pretenden realizar estas modificaciones a la infraestructura de las viviendas y cómo repercute esto en los habitantes del sector así pues en qué medida se presenta un cambio en la estructura urbana como lo es la estratificaron y sectorización dentro de la ciudad.   La metodología, a partir de la cual se lleva a cabo el trabajo cuenta con un enfoque cualitativo, en donde se hará uso de la producción académica y no académica sobre la génesis del barrio, este trabajo sera apoyado por un trabajo de campo en donde se hara uso de las historias de vida de los habitantes de estos sectores, para evidenciar las transformaciones que ha tenido el barrio durante un periodo de 20 años, que va desde el año 1997 hasta el 2017.  El resultado esperado, o la hipótesis bajo la cual se trabaja, es que este proceso de gentrificación en el barrio La Candelaria se debe a un proceso de distinción entre los habitantes de este sector de la ciudad y el resto de la misma, esto denota un carácter simbólico ya que se presenta una cuestión de estatus no necesariamente por su posición social y capital económico, en lo que se refiere a los habitantes del barrio.