Loading…


Monday 04/12 - Ciencias Sociales / Sala E2
08:00 - 10:00 Presentación de PONENCIAS
 
17. Trabajo y Restructuración Productiva |
Monday 04/12 | 08:00 - 10:00 | Ciencias Sociales | E2 |
Pejotização: o ardil jurídico do empresário de si mesmo no novo espírito do capitalismo (#0199)
Attila Barbosa Magno E Silva1; Juliani Orbem Veronesi1
1 - Universidade Federal de Pelotas.
Abstract:
No Brasil, o Direito do Trabalho, a partir das décadas de 1980 e 1990, passou a sofrer os efeitos de uma disputa entre duas ideologias que estão associadas aos modos de justificação das atividades econômicas capitalistas. Em outras palavras, trata-se de uma disputa entre dois modos de justificação moral que tentam impor-se como espíritos do capitalismo, isto é, trata-se do estabelecimento dos motivos éticos que justificam para o indivíduo o seu engajamento no capitalismo. Nesse sentido, consideramos aqui que a pejotização teve sua (re)construção nas três últimas décadas do século XX e o seu espraiamento para os mais variados ramos de atividade nos anos 90 e anos 2000. Com isto em vista, o objetivo deste artigo é analisá-la enquanto uma modalidade de externalização que se insere no terceiro espírito do capitalismo e se apresenta como uma expressão jurídica do discurso do empresário de si mesmo. Aqui, demonstraremos que na Justiça do Trabalho brasileira existe uma disputa jurídica que gira em torno de dois institutos: a relação de emprego e o trabalho autônomo. No que diz respeito à metodologia da pesquisa, foram analisadas 123 jurisprudências do TRT da 4ª Região /RS e do TST, correspondentes ao período de 01/01/2008 até 15/07/2014. Também foram realizadas sete entrevistas semiestruturadas com magistrados do TRT da 4ª Região/RS, entre agosto e dezembro de 2014, visando compreender as suas percepções sobre o papel da Justiça do Trabalho, sobre a pejotização e sobre o enquadramento desta nas fronteiras entre o Direito Civil e o Direito do Trabalho. A pejotização encontra-se em estreita consonância com o modo de justificação moral do terceiro espírito do capitalismo, pois, ela é apresentada como uma expressão da autonomia do trabalhador diante do poder patronal e de um estímulo ao desenvolvimento de um espírito empreendedor. A estratégia que tenta lhe conferir suporte legal procura descaracterizar o status jurídico do empregado subordinado e, por conseguinte, demonstrar a sua conversão ao status jurídico de empresário de si mesmo. É possível dizer que a pejotização norteia-se, enquanto estratégia empresarial de redução de custos, pelo discurso do empresário de si mesmo, conferindo materialidade a este. Todavia, quando se considera a realidade histórica do mercado de trabalho brasileiro, o que se vê é a pejotização apresentando-se mais como um ardil jurídico para mascarar a relação de emprego do que como um instrumento de efetivação da autonomia individual do trabalhador.

 
17. Trabajo y Restructuración Productiva |
Monday 04/12 | 08:00 - 10:00 | Ciencias Sociales | E2 |
Heterogeneidades sociolaborales en contextos de desigualdad. El caso del Polo Productivo de José C. Paz. Argentina. (#1929)
Nora Goren 1;
Nicolas Dzembrowski 2; Diego Newman 2
1 - Universidad Nacional de José C. Paz-CIC-. 2 - Universidad Nacional de José C. Paz.
Abstract:
El propósito del trabajo es ccaracterizar y analizar las formas de organización del trabajo en un enclave asociativo producto de una iniciativa pública. A tales efectos se considerará el caso del Polo productivo de José C. Paz. Se buscará dar cuenta de las prácticas laborales que se estructuran en el predio pero que lo exceden -relaciones intra y extramuros-. A partir de la observación de las actividades que se desarrollan en el Polo y teniendo en cuenta las interacciones que se dan entre las distintas unidades que lo conforman y las relaciones que entablan con otras unidades radicadas en otros espacios, consideramos que podremos dar un panorama de las distintas expresiones socio laborales que allí se suceden. A su vez, al estar ésta encuadrada en una política pública socio-productiva, el abordaje desde su implementación, nos permitirá abordar la problemática desde una visión integral. La experiencia del Polo productivo de José C. Paz articula capacidades del sector público con saberes y prácticas de los sujetos (trabajadoras/es) que lo conforman con el fin de integrar una comunidad productiva que, a través de la fabricación de diversos bienes den respuesta a las necesidades de ingresos y empleo de los sectores más vulnerables de la localidad.

 
17. Trabajo y Restructuración Productiva |
Monday 04/12 | 08:00 - 10:00 | Ciencias Sociales | E2 |
Los efectos laborales y sindicales de la modernización portuaria en Chile (1998-2015) (#2160)
Pablo Seguel Gutiérrez 1
1 - Universidad de Chile.
Abstract:
Desde finales de la década de 1980, en el contexto de reestructuración de las estrategias de desarrollo internacional, diversas instituciones han impulsado una agenda de reforma de los sectores portuario con el objetivo de impulsar cadenas logísticas de exportación que permitan la integración de las economías nacionales a la economía internacional.   Diversos procesos como la unitarización de las cargas, la estandarización de la información y la ‘racionalización’ de las operaciones portuarias con la consiguiente reestructuración del modelo de relaciones laborales del sector  se han constituido como referentes de este proceso en curso. En América Latina dicho proceso se ha impulsado con fuerza en Chile, Brasil y Argentina, siendo el caso chileno uno de los referentes regionales del proceso de modernización a través de privatización que nos  permite delinear algunos escenarios regionales. En este país, las transformaciones estructurales de la década de 1980 implicaron una redefinición de la estrategia de desarrollo y de la inserción de la economía nacional  en el sistema económico internacional, constituyendo al sector marítimo y portuario como un pilar central. Los efectos de estas transformaciones implicaron un cambio en las condiciones del sindicalismo histórico, modificando sus escenarios de desarrollo, de la negociación y de las estrategias de acción. Durante la década de 1990, el panorama desfavorable supuso  una pérdida de protagonismo para el sindicalismo que marcó un punto más bajo en 1998, año en que se implementan la Ley de Modernización Portuaria y se inició la segunda etapa de la privatización portuaria.  Siguiendo esa orientación general, este trabajo presenta una propuesta de análisis  con una estrategia de triangulación de técnicas cuantitativas y cualitativas, para introducirnos en el análisis de los efectos laborales de la Modernización Portuaria en Chile y de la respuesta sindical de los trabajadores del sector. Al analizar los efectos de la modernización portuaria en la fuerza de trabajo se observan importantes modificaciones en las condiciones de trabajo, en la utilización de fuerza de trabajo, calificación e intensidad de la misma, que muestran un deterioro de las condiciones de trabajo en el sector. Análisis que al ser contrastado desde una perspectiva histórica, muestra el impacto de la organización sindical como una estrategia de un sector de trabajadores marítimo portuario para revertir las condiciones del sector, permitiendo una redistribución más equitativa de la renta portuaria, mayor fiscalización de las condiciones de seguridad e higienes del trabajo y una mayor preocupación por la generación de un sistema de pensiones específico  a las característica del trabajo del sector. En definitiva, la organización sindical del sector se constituye como una alternativa para revertir los efectos precarizadores del trabajo de un sector en proceso de modernización.  

 
17. Trabajo y Restructuración Productiva |
Monday 04/12 | 08:00 - 10:00 | Ciencias Sociales | E2 |
O que significa ser trabalhador hoje? (#3103)
Eliane De Moura Martins 1
1 - Doutoranda.
Abstract:
O presente resumo trata da relação entre a estruturação e o reconhecimento social da identidade individual e coletiva da condição de trabalhador assalariado, com proteções sociais, do gênero masculino, no Brasil no período do modelo de acumulação fordista periférico, onde era perceptível de um sentir-se participante e integrado na promessa da sociedade salarial universal. Porém o atual modelo de reestruturação da produção e acumulação flexível tornou frágil ou até mesmo inviável aquele modelo de referência de identidade baseada no trabalho, pelo nível de rotatividade, terceirizações, contratos temporários, etc. Diante disso podemos interpretar que estaria colocado um cenário de crise da identidade subjetiva e tradicional do sujeito trabalhador, enquanto a perspectiva de esta categoria, o trabalho, ser o, ou um pilar estruturador de processos sociais e identitários comuns, não só de trabalhadores, mas também como pilar de organização política em torno de estratégias de poder, através de sindicatos e partidos políticos. Esta leitura, apesar de suas contradições e talvez equívocos, nos coloca diante de um conjunto de desafios teóricos e metodológicos, nesse artigo, queremos elencar alguns aspectos teóricos e empíricos, sobretudo, a parti de nossa pesquisa de campo, capazes de contribuir com leituras de possíveis conexões entre as mudanças nas relações de trabalho ao longo do período de 1950 até a atualidade no Brasil e os mecanismos de construção e reconhecimento social de identidades masculinas individuais e coletivas de trabalhadores. Destacamos o aspecto do gênero masculino, identificado culturalmente e simbolicamente como um gênero poderoso, senhor de si, provedor de sua família, capaz de impor respeito e autoridade, porém nestas condições de precarização das relações de trabalho, reforça ainda mais a dinâmica da crise identitária, associada à crise do modelo ou esteriótipo do homem, do pai, chefe de família. Debruçamo-nos sobre esta teia complexa de significados e relações sociais, atuais no mundo do trabalho, objetivando jogar luz sob o atual metabolismo das relações sociais neste meio, poderemos encontrar apenas a concorrência absoluta, a competição individualizada por melhores condições e postos de trabalho, ou seja, os ovos prenhes de barbárie social, na forma de ausência de perspectivas, de um futuro comum sendo gestacionado. Ou poderemos encontrar possíveis formas alternativas de participação individual, sobretudo nas novas gerações de trabalhadores, com possíveis pontos de articulações coletivas, com algum tipo e níveis de sentido de pertença, escrutinando assim

 
17. Trabajo y Restructuración Productiva |
Monday 04/12 | 08:00 - 10:00 | Ciencias Sociales | E2 |
Cambio estructural en México: Transformaciones en la vida cotidiana del proletariado obrero minero guanajuatense. (#3110)
Jessica Nohemi Alvarez Paz 1
1 - Universidad de Guanajuato, Campus León.
Abstract:
La minería fue un elemento esencial en la integración de México al sistema económico mundial, tal como señala Ángel Palerm, es imposible comprender el papel de este país durante el periodo colonia en la escena internacional sin remitirse a las exportaciones de plata que salían de Guanajuato, Zacatecas y San Luis Potosí hacia el mercado europeo.Este sector ha sufrido muchos cambios, sin embargo, los que derivaron del proceso de reconfiguración económica a partir del término del modelo de Industrialización por Sustitución de Importaciones implicaron la privatización de las empresas que se encontraban en manos del estado y la entrada del capital trasnacional, esto trajo consigo la instrucción de nueva tecnología y una nueva organización en el proceso de trabajo. Lo que en esta ponencia se propone es presentar algunos de los avances de la investigación que se presenta como proyecto de tesis para la obtención de grado en Sociología, titulada “Cambio estructural en México. Transformaciones en la vida cotidiana de la clase obrera minera guanajuatense a partir de la reconfiguración del sector productivo minero”. A partir del proceso de cambio estructural, la compañía minera Santa Fe de Guanajuato, la más importante de en el estado de Guanajuato en la segunda mitad del siglo XIX entra en un periodo de crisis, el cual inicia a mediados de los 80 y culmina en 2005 con el cierre de ésta y la trasnacionalización de algunos de sus activos con el capital canadiense. Lo que la investigación se propone es estudiar cuáles fueron los cabios que se dieron en la vida cotidiana proletaria una vez que muchos de los obreros perdieron sus fuentes de trabajo para lo cual se plantean cuatro preguntas de investigación:¿Cómo se modificó el modo de vida de los sujetos ligados a la actividad minera una vez cerradas sus fuentes de trabajo?• ¿Cuáles fueron las estrategias económicas generadas por los (ex) obreros mineros guanajuatenses?• ¿Cómo se desarrolló su trayectoria laboral a partir del su desplazamiento de la actividad minera?• ¿De qué manera se dio el cambio generacional entre (ex) trabajadores mineros y sus descendientes?• ¿Se dio un proceso de movilidad social entre los actores ligados a la minería?• ¿qué tipo de movilidad social?Con la investigación se pretende comprender los procesos de reconfiguración económica tanto en su dimensión estructural-histórica, como en la particularidad cultural y biográfica de los obreros mineros. Se parte de la teoría del cambio estructural y de los aportes de Agnes Heller y Bourdieu para comprender la relación vida cotidiana-estructura social.

 
17. Trabajo y Restructuración Productiva |
Monday 04/12 | 08:00 - 10:00 | Ciencias Sociales | E2 |
Transformaciones identitarias del Trabajo Social en tiempos Manageriales.   (#0548)
Raúl Octavio Hozven Valenzuela 1
1 - Universidad Santo Tomás.
Abstract:
Los escenarios tanto a escala de empleabilidad como de formacion son complejos para los Trabajadores Sociales en Chile. Lo anterior amerita preguntarse por la Ley Nº20.054 de 2005, que implico la recuperacion del rango académico para el Trabajo Social, pero a la vez una plataforma que posibilita el acceso a la profesion en Universidades publicas o privadas y en Institutos profesionales (IP). Cabe hacer presente que en las Universidades se obtiene el titulo profesional de Trabajador Social y la Licenciatura en Trabajo Social. En los IP es posible acceder a la carrera de Servicio Social, pero solamente al titulo profesional de Asistente Social. Por último una posibilidad intermedia para quienes solo portan el titulo profesional, esta es adherirse a una Universidad que imparta la Licenciatura en Trabajo Social. Las disposiciones establecidas por este dispositivo, conciben un escenario laboral confuso y con efectos en la identidad profesional y disciplinar para esta profesion. En atención a lo anterior, en un contexto de formación Doctoral en Psicología por parte del Trabajador Social autor de esta ponencia, se dan a conocer los resultados de una investigacion cualitativa, con base en la técnica de análisis de discurso pragmático de los autores Jonathan Potter y Margaret Wheterell. Por tanto, se examinan diferentes narrativas, posiciones en disputa, sujetos, retórica y repertorios interpretativos que emanan de Trabajadores Sociales que fueron parte de las entrevistas en profundidad y grupos de discusion. Los referenciales teóricos que guian esta ponencia a nivel general, se sitúan en el construccionismo social de Kenneth Gergen. A nivel sustantivo, en la teoria general de identidad de Henry Tajfel, y para finalizar, proposiciones teóricas de investigadores especialistas en el campo laboral en Chile, especialmente Vicente Sisto. Desde el Trabajo Social, resultan importantes las traducciones a la profesión establecidas por las autoras Patricia Castañeda y Ana María Salamé, especialmente su trabajo respecto a los ámbitos de intervención directa, gestión social, académico y politico decisional. En estos contornos se sitúan los Trabajadores Sociales que fueron parte de las técnicas de produccion de datos antes señaladas. Los resultados dan cuenta del impacto de las politicas sociales en materia educacional terciaria, que tributarias del Managerialismo, dan cuenta de las consecuencias que implica la performatividad de los discursos neoliberales sobre una profesión, cuya realidad resulta extrapolable a las circunstancias que experimentan otras profesiones de las ciencias humanas, lo que amerita una profunda comprensión para las rutas futuras orientadas a la transformación en lo social y laboral en Chile y Latinoamérica.  

 
17. Trabajo y Restructuración Productiva |
Monday 04/12 | 08:00 - 10:00 | Ciencias Sociales | E2 |
Subjetividade no mundo do trabalho: indivíduo, neoliberalismo e resistência a partir da ressignificação da Bioeconomia (#1903)
Tainã Alcantara De Carvalho 1;
Cássio Adriano Braz De Aquino 1
1 - Universidade Federal do Ceará.
Abstract:
Este trabalho parte da indagação acerca da subjetividade no trabalho sob o contexto da dinâmica econômica enquanto bioeconômica, relacionada à Bioeconomia. A proposta está constituída como uma análise teórica sobre os princípios do trabalho na contemporaneidade, vislumbrando a ressignificação de Bioeconomia, inicialmente apreendida a partir das contribuições de Andrea Fumagalli. Pontua-se, para tanto, críticas, reflexões e proposições constitutivas, além de discussões sobre o mundo do trabalho a partir das condições nas quais se encontram os trabalhadores e os tratamentos concedidos aos mesmos, sobremaneira às possibilidades de resistência mediante situações cada vez mais sutis de controle e exploração. Assim, a presente produção foi desenvolvida sobre um método de base bibliográfica, indicando a necessidade de ressignificação de conceitos e exploração e diálogo de conteúdos ligados ao âmbito do mundo do trabalho. Em correspondência às contribuições de Andrea Fumagalli e à exposição de suas bases teóricas, empreendeu-se uma revisão do conceito de Bioeconomia inicialmente por meio de um aporte da Economia através de Nicholas Georgescu-Roegen – e sua defesa de um “programa bioeconômico mínimo” – para, posteriormente, seguir caminho por meio de Foucault e seu estudo sobre biopolítica, Marx e sua crítica à Economia Política, e, em retorno, Andrea Fumagalli e outros autores contemporâneos, visando prover o conceito de Bioeconomia de substância à análise, em seguida, das condições de inserção da subjetividade no mundo do trabalho e das estratégias de resistência empregadas pelos indivíduos nesse contexto. Com este percurso teórico, assim, demonstramos proximidade às considerações da via marxista do pós-operaísmo italiano, perspectiva que nos servirá de lente para o melhor vislumbre sobre as transformações do mundo do trabalho. À vista disso, as considerações iniciais apontam que os “indivíduos que trabalham” se inserem sob uma miríade de estratégias de resistência que seguem as formas de controle e os processos de reestruturação produtiva nas quais se veem imersos em relação ao mercado de trabalho, uma ilustração do conjunto dos empregadores e das empresas como um todo. Estabelecendo-se não como dicotômicas, as ideias de resistência ou resiliência passam a ser apontadas como amálgamas destes mesmos posicionamentos, com primazia na contemporaneidade de situações de “resiliência-resistência" em contraposição a uma “resistência-resiliência”, situação aquela na qual se busca sobretudo um equilíbrio pessoal dentro do espaço de trabalho e um afastamento a situações que possam causar adoecimento. Nessa seara, os entendimentos sobre a Bioeconomia e, em seu cerne, de acumulação bioeconômica, mostram-se de importância para o tratamento sobre as formas de controle do bios humano ao alcance dos objetivos de valorização do capital, desde a mais básica concepção de bios, ligada aos aspectos fisiológicos do indivíduo, às concepções mais refinadas, relacionadas, por exemplo, aos aspectos da memória e da atenção dos indivíduos.

 
17. Trabajo y Restructuración Productiva |
Monday 04/12 | 08:00 - 10:00 | Ciencias Sociales | E2 |
O sequestro da subjetividade e a despersonalização do indivíduo nos trabalhadores de um banco comercial (#2403)
Ana Paula Gonçalves Doro 1;
Victor Cláudio Paradela Ferreira 1; Aretha Henrique M. Salomão 2; Vanessa De Castro Mendes 1
1 - Universidade Federal de Juiz de Fora. 2 - Faculdade Machado Sobrinho.
Abstract:
Este trabalho aborda o chamado “sequestro da subjetividade”, uma das características dos atuais arranjos produtivos que têm contribuído para a precarização do trabalho. Enfoca especificamente o caso de um banco comercial brasileiro, destacando os impactos que a forte pressão por metas produtivas tem gerado sobre os trabalhadores, envolvendo manipulações e renúncia de valores pessoais. A subjetividade pode ser entendida como a maneira como o sujeito cria e percebe a realidade, associando um conjunto de atividades psíquicas, emocionais e afetivas do sujeito individual ou coletivo que formam a sustentação de seus valores, interpretações, atitudes e ações. Seu sequestro consiste em fazer com que o sujeito não se perceba abusado, identificando-se com o seu sequestrador (no caso, a organização) e julgando-se como parte do capital. Como suporte teórico, foram selecionadas referências que discutem a manipulação da subjetividade como fator de a exploração do trabalhador no modo de produção capitalista. Estudos revelam que esse processo desempenha um papel fundamental no funcionamento do capitalismo e atua com base em dois movimentos: sujeição social e servidão maquínica. A sujeição é o processo por meio do qual é atribuída uma identidade, um gênero, um corpo ao indivíduo. Já a servidão maquínica opera na dessubjetivação, pela qual o sujeito é reduzido a uma mera engrenagem, uma peça de um sistema. Esses dois movimentos, apesar de aparentemente contraditórios, atuam conjuntamente no modelo capitalista. Os processos de precarização do trabalho, como o sequestro da subjetividade, estão inseridos em um contexto de forte pressão pelo aumento da lucratividade das empresas, o qual, em geral, se traduz em metas produtivas cada vez mais elevadas para seus empregados. Na chamada sociedade do conhecimento, os discursos organizacionais costumam enfatizar a importância da qualidade de vida no trabalho como fonte de vantagem competitiva, ao criar condições favoráveis para o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de inovação. A adoção de metas abusivas e a exigência de sujeição a práticas contrárias aos princípios dos trabalhadores atuam, porém, na direção contrária, causando a redução do entusiasmo com o trabalho desempenhado. Para alcançar esse propósito, o trabalho é desenvolvido sob a forma de uma pesquisa qualitativa, abrangendo entrevistas semiestruturadas, divididas em duas etapas. A primeira envolve a discussão sobre atitudes e posturas que as pessoas mais prezam, em comparação com aquelas estimuladas pela organização. Já a segunda, consiste em perguntas sobre a percepção do ambiente de trabalho e a ocorrência de indução de comportamentos indesejados, verificando os impactos que tais situações geram sobre o seu bem estar e sua relação com o trabalho.