Loading…


Tuesday 05/12 - Fac. Derecho / Sala 06
14:00 - 16:00 Presentación de PONENCIAS
 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
Producción epistémica de(sde) el Sur. Críticas y resistencias al pensamiento occidental. (#0753)
Eleder Piñeiro Aguiar 1
1 - Universidad San Gregorio de Portoviejo.
Abstract:
Producción epistémica de(sde) el Sur. Críticas y resistencias al pensamiento occidental. Los Epistemicidios (Grosfoguel), el Globocentrismo (Fernández Coronil) y la Nordomanía (Leopoldo Zea) son constituyentes del conocimiento occidental proveniente de la modernidad eurocéntrica y anglosajona. Desde los años 70 se está produciendo en Latinoamérica todo un movimiento de resistencia epistémica a esa imposición del conocimiento exógeno que, sin reflexión ni crítica, se había venido introduciendo en universidades y políticas desarrollistas. En concreto, cuatro teorías han sabido traspasar las fronteras e imponer diversidad epistémica desde el Sur al Norte. Estas son: teoría de la dependencia, filosofía de la liberación, pedagogía del oprimido y teoría decolonial. Esto tiene su reflejo en la producción científica de la región, en donde en la última década han aumentado exponencialmente el número de revistas académicas, al punto que bases de indexación como ISI Web Of Knowledge se han visto en la necesidad de elaborar un catálogo de fuentes emergentes que publiciten los logros académicos locales en repositorios de alto impacto. En estas líneas utilizaremos la producción regional en revistas de sociología en catálogo en Latindex como materia prima para el análisis de contenido. El objetivo será conocer qué está produciendo académicamente la región, las sinergias, conflictos, hibridaciones y mestizajes con teorías provenientes del Norte y posibles críticas a saberes impuestos. Por otra parte, se trata de elaborar un índice comparativo por países en cuanto a las temáticas más actuales de la ciencia sociológica que pueda servir de base a futuros investigadores de Latinoamérica. Para nuestro objetivo principal, rescataremos los conceptos de ethos barroco de Bolívar Echeverría, la ecología de saberes de Boaventura de Sousa y la crítica al sonambulismo académico, de Edgardo Lander, con el fin de avanzar una propuesta que sirva para cambiar las asimetrías del debate académico en Latinoamérica, elevando la calidad del mismo. Las repercusiones de esta producción de conocimiento, diversa, plural, heterogénea, otra, son de vital importancia dada el avance reciente que el neoliberalismo ha tenido en Latinoamérica en la última fase política. Con este texto queremos contribuir a la visibilidad de unos conocimientos heterogéneos, pero no desde el subdesarrollo, lo subalterno (Spivak) o los condenados (Fanon) sino desde lo plurinacional, lo pluriétnico, y lo intercultural como verdaderos constitutivos de la ciencia actual, la cual demanda en la región una mayor vinculación con las brechas socioeconómicas, con los saberes locales y con la vinculación comunitaria.

 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
Pensamento latino-americano: a contribuição de Josué de Castro e seus estudos sobre os problemas da fome na América Latina (#1067)
Tania Elias Magno Da Silva 1
1 - Universidade Federal de Sergipe.
Abstract:
A presente comunicação analisa a contribuição do médico e sociólogo brasileiro Josué Apolônio de Castro (1908-1973) para o pensamento sociológico brasileiro e latino-americano a partir de seus trabalhos sobre a fome e suas causas, bem como na busca de soluções para os principais problemas decorrentes da pobreza, exclusão e desigualdades sociais que marcavam a realidade brasileira e da maioria dos países da América Latina. Josué manteve um diálogo constante com os principais representantes das ciências sociais latino-americana e foi, não só um intelectual preocupado com o drama da fome, mas um ativista na luta para acabar com a fome no mundo. E nesta linha de atuação empreendeu várias lutas e fundou junto com outras personalidades a ASCOFAM – Associação Mundial de Luta contra a Fome, uma entidade sem fins lucrativos que tinha sua sede no Brasil e manteve-se ativa até o golpe militar de 1964 que cassou os direitos políticos de Josué de Castro. Josué de Castro é considerado pioneiro nos estudos sociológicos sobre a Fome e o arcabouço teórico de suas pesquisas e estudos foi a base para o surgimento o que hoje temos como uma Sociologia da Fome. A partir de uma análise do presente e dos desafios colocados frente o quadro de desigualdades sociais que marca a realidade de vários países latino-americanos, em especial o Brasil, a comunicação apresenta uma releitura critica das obras marcos do autor: Geografia da Fome, Geopolítica da Fome, Sete Palmos de Terra e um Caixão e o Livro Negro da Fome, destacando seus principais aportes teóricos. A fome, segundo Castro, era o problema crucial que desafiava os governantes e que necessitava de uma solução urgente, bem como deveria ser visto como a ponta de um iceberg a denunciar as causas da sua existência. Sua vasta obra continua atual e sintonizada com os principais problemas que desafiam o mundo moderno, como é o caso dos problemas ambientais.  

 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
O giro descolonial Latino-americano: perspectivas no Brasil (#1112)
João Alberto Steffen Munsberg 1;
Gilberto Ferreira Da Silva 1
1 - UNILASALLE - Canoas/RS.
Abstract:
Este texto aborda o tema giro descolonial latino-americano, analisando as perspectivas desse pensamento no Brasil. O assunto se insere na tendência contemporânea de investigações e reflexões sobre um “pensamento outro”, realizado desde um lugar outro, com pretensão e abordagem distintas do que é defendido pela modernidade eurocêntrica. A partir de reflexões e debates realizados no Grupo de Pesquisa em Educação Intercultural do PPGEdu Unilasalle – Canoas/RS, objetiva-se compreender melhor as causas da dificuldade de inserção efetiva do Brasil na América Latina e apontar possíveis caminhos para a aproximação das nações. Metodologicamente, este texto resulta de um estudo de cunho bibliográfico exploratório, com reflexões a partir de aportes teóricos de pensadores do Grupo Modernidade/Colonialidade e afins. Uma imersão na literatura permitiu vislumbrar a complexidade teórica da produção existente e da diversidade de experiências formativas desencadeadas nas diferentes nações latino-americanas, dinamizando epistemologicamente o trabalho proposto. Para onde olha o Brasil? De onde olham os demais países latino-americanos, especialmente os hispano-americanos? É sabido que o Brasil se volta – política, econômica e culturalmente – para o Atlântico Norte, de costas para a América Hispânica. De outra parte, os países hispano-americanos olham desde a América Latina e como tal se identificam. Eis a grande diferença. Evidentemente, a América Latina abarca grande diversidade histórica e cultural. Não obstante, apresenta muitas semelhanças no processo de formação e constituição das nações latino-americanas, como um longo período de colonização ibérica, as influências de outras metrópoles europeias e a intervenção dos Estados Unidos. Apesar dessas semelhanças, persiste um forte estranhamento da sociedade brasileira de modo geral – e das elites de modo especial – em relação às demais nações latino-americanas, o que é evidenciado pela negação do sentimento de pertencimento e da inserção identitária. Fundamentalmente, o tipo de colonização implementado por Portugal e os processos de independência, com suas especificidades, contribuíram para que o Brasil ficasse de costas para os seus vizinhos. Entende-se que a aproximação entre as nações seja possível mediante um reposicionamento da intelectualidade brasileira, especialmente com a atuação da academia na busca de uma efetiva integração no campo educacional e na consolidação de uma “episteme outra”. Alguns avanços nesse sentido já são percebidos. Pensa-se que a educação intercultural, de modo especial, constitua-se em possível fator propulsor da descolonização, remetendo para a construção de uma “sociedade outra” mediante a superação de velhos discursos, de estruturas excludentes e de posturas discriminatórias. Nessa perspectiva, a interculturalidade propicia a convivência de sujeitos e de sociedades plurais, de culturas múltiplas. Assim sendo, a educação intercultural pode ser o caminho para um “outro mundo possível”. Palavras-chave: Descolonialidade. Interculturalidade. Educação intercultural. Pensamento outro.

 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
A ideia de Roberto Simonsen para desenvolver a América Latina: um “Direito Internacional Social” para elevar as condições de vida (#1440)
Moacir De Freitas Junior Moacir 1
1 - Universidade Federal de Uberlândia - Instituto de Ciências Sociais.
Abstract:
O presente trabalho debate a ideia do empresário e intelectual brasileiro Roberto Simonsen da criação de um “direito internacional social” que propunha o redirecionamento dos recursos financeiros alocados no esforço da II Guerra para a elevação dos padrões de vida dos países subdesenvolvidos. Roberto Simonsen foi a principal liderança política e ideológica dos industriais brasileiros da primeira metade do século XX e suas ideias anteciparam em parte e com os limites de sua atuação as teorias explicativas do subdesenvolvimento do Brasil e da América Latina, especialmente as da CEPAL. Em sua visão, a pobreza impedia o desenvolvimento do capitalismo latino-americano e condenava a região a viver em condições de vida piores que as dos países desenvolvidos. Para que o padrão de vida se elevasse, seria preciso que a produção econômica mudasse de patamar, deixando o estágio agrícola e passando para os de maior complexidade. Em suma, a América Latina precisa se industrializar se quisesse alcançar o grau de desenvolvimento dos países centrais. Ocorre que, na visão de Simonsen, a proposta de recuperação da Europa proposta pelos EUA após o fim da Segunda Guerra Mundial teria como consequência paralela a acentuação da pobreza e da miséria latino-americanas, uma vez que a reconstrução econômica da Europa se daria às custas dos países subdesenvolvidos – cujo parque industrial havia ganhado fôlego no período de guerra – retomando a divisão internacional do trabalho anterior à II Guerra na qual cabia aos países latino-americanos a função de fornecedores de matéria-prima e não de países industrializados. Para evitar tal retrocesso, sua ideia era criar uma estratégia de desenvolvimento que, ao mesmo tempo em que elevaria as condições gerais de vida dos povos latino-americanos, diminuiria as desigualdades sociais. Era, a seu ver, uma “política social internacional”, que nada tinha de filantrópica, mas sim de planejamento econômico com o objetivo de aumentar o nível de desenvolvimento econômico e social da América Latina. Nestes termos, os investimentos feitos para o esforço de guerra seriam redirecionados para o combate à pobreza e para a elevação dos padrões de vida dos países menos desenvolvidos, ampliando o investimento na industrialização, bem como para elevar a capitalização e o nível de vida da população. Com isso, a um só tempo a América Latina poderia sair de sua condição periférica, alçando o patamar de desenvolvimento dos países centrais, bem como a estabilidade econômica traria consigo a estabilidade política. Assim, a ideia do trabalho é debater estas ideias e seu lugar na obra deste pensador econômico.

 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
A sociologia histórica de Fausto Cardoso: a história como narrativas de lutas e revoltas (#1452)
Ivan Fontes Barbosa 1
1 - UFS.
Abstract:
A obra de Fausto Cardoso (1864-1906) é um capítulo esquecido nos estudos sobre a história e a recepção da Sociologia na América Latina durante a passagem dos séculos XIX/XX. Proveniente da Faculdade de Direito do Recife e comumente associado à Escola do Recife, as suas trajetórias política e intelectual refletem um dos axiomas da sociologia contemporânea que indica que os estilos de pensamento, ideologias e discursos devem ser compreendidos a luz dos interesses que orientam os seus portadores. Neste sentido, os discursos políticos e os trabalhos de Fausto Cardoso aqui estudados – Cosmogonia política e americana (1892), Concepção monística do universo (1894) e Taxonomia social (1898) –, analisados em função de sua biografia, demarcam o estratégico e singular uso das teorias sociológicas vigentes com vistas à necessidade fundamentar politicamente o controle sobre o processo de modernização da sociedade brasileira e, no caso específico de sua atuação, do estado de Sergipe. Partindo do paradigma hegemônico que indicava que os fenômenos históricos e sociais deveriam ser compreendidos a partir dos princípios das ciências naturais e que estes estariam sujeitos às mesmas leis da natureza, Fausto Cardoso, na busca pela compreensão científica dos fenômenos históricos, traz para o campo das relações sociais a luta entre os grupos humanos como fator dinâmico e fundamental para a compreensão da mecânica geral da história e da natureza. As suas conclusões indicam que a explicação e descrição dos fenômenos históricos devem levar em consideração a narração das sucessivas revoltas da massa escrava contra o terror, religioso e militar, a qual vai assim, através das gerações que se sucedem, conquistando, pela delimitação crescente da coação exterior, a sua liberdade. Em uma palavra: a história é a luta das sociedades. O episódio conhecido ora como Tragédia, ora como a Revolta de Fausto Cardoso ilustra as intuições sociológicas defendidas por este autor acerca da história. Ele foi assassinado no paço da Assembleia Legislativa tentando destituir o governo conservador que perpetuava a herança imobilizadora do século XIX brasileiro, endossando a sua assertiva sociológica que sugeria que o crime é a arma com que a natureza escreve a história.

 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
Las ideas de Socialismo del Siglo XXI y Neodesarrollismo como propuestas para el desarrollo latinoamericano (#1468)
Paula Francisca Vidal Molina 1
1 - Universidad de Chile.
Abstract:
Desde la década del 2000 en adelante, algunos países de América Latina incursionaron en propuestas de desarrollo que intentaron romper radicalmente o medianamente, la hegemonía neoliberal, para entender el desarrollo de nuestros países. En ese sentido, las experiencias de Venezuela, Ecuador, Bolivia, Argentina y Brasil, paracen ser las que nutrieron una serie de expectativas de superación del neoliberalismo, a través del llamado Neodesarrollismo (para el caso Brasilero y Argentino) y Socialismo del Siglo XXI (Venezuela, y variaciones en Bolivia y Ecuador). Entender las matrices teórico-políticas, y económicas que están detrás, además de establecer las continuidades y rupturas con el desarrollismo cepaliano o el socialismo del siglo XX, parecen ser un ámbito que debe ser estudiado a la hora de poner la temática sobre el pensamiento latinoamericano. Identificar las fuentes teóricas, sus autores y la particularidad de esta, es preocupación central de esta ponencia. Lo anterior cobra absoluta relevancia, en la medida de que estas propuestas en los casos concretos de Brasil y Venezuela (debido a la crisis po la que atraviesan) han sido puestas bajo la crítica profunda, arrasando cualquier impulso de rescate y valoración de su aporte para comprender las tareas y desafíos que posee América Latina.   

 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
El pensamiento sociológico de Clorinda Matto y Soledad Acosta: indagaciones en torno a la familia y la sexualidad (#2966)
Maria Paula Schapochnik 1;
Verónica Andrea Ledo 2; Mercedes Gabriela Carrea 2
1 - Instituto de Cultura, Sociedad y Estado - Universidad Nacional de Tierra del Fuego. 2 - Instituto de Cultura, Sociedad y Estado, Universidad nacional de Tierra del Fuego.
Abstract:
Este trabajo forma parte de los avances de investigación de la contribución al pensamiento sociológico de mujeres latinoamericanas en el período desde 1830 a 1930. En él se buscan visibilizar los aportes locales silenciados del canon de la disciplina como productoras de teoría social en su tiempo (Arango Gaviria 2011), teniendo en cuenta que los tópicos abordados por estas mujeres pudieron haberse expresado respondiendo a una realidad fragmentada, subordinada y colonizada propia del contexto Latinoamericano (Salomone 1996).     Para ello, indagaremos en el pensamiento de la peruana Clorinda Matto y la colombiana Soledad Acosta, poniendo especial atención en sus contribuciones al pensamiento social clásico respecto a la familia y la sexualidad de la sociedad latinoamericana de su época, enfocándonos en sus obras literarias y en su participación como periodistas en la prensa escrita. Cabe resaltar aquí, que la forma en que han expresado su preocupación por las cuestiones sociales y sus teorizaciones sobre ello no ha sido realizada de forma, en la mayoría de los casos, sistemática, académica (Salomone, 1996) por ello se tomarán sus escritos literarios y periodísticos para rastrear estas dimensiones. Nos proponemos hacer un análisis situado del pensamiento y la visión de mundo de las autoras en torno a tales tópicos, siguiendo los aportes epistemológicos críticos de Figari 2010) en los cuales el cuerpo aparece tanto como una posición específica y opuesta al discurso objetivista dominante como a un territorio de disputa de poder. Si bien nuestro estudio es exploratorio, trataremos de establecer un diálogo y/o tensión con los tipos más distintivos de construcción de teoría feminista, según se ubique el centro de la visión de las autoras en la igualdad, la desigualdad o la opresión de los géneros. Palabras Clave: sociología clásica – Latinoamérica - sexualidad – familia – conocimiento situado.

 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
A comunalidad como tradição de autonomia e resistência em Oaxaca (México) (#3267)
Clarissa Noronha Melo Tavares 1
1 - Laepi - Ceppac - Universidade de Brasília.
Abstract:
Em Oaxaca, no México, a forma indígena de organizar a vida social é denominada comunalidad. A ideia de comunalidad representa, enquanto conceito, a criação de um marco capaz de explicar realidades de comunidades indígenas de Oaxaca. Surgiu, inicialmente, como modelo explicativo das sociedades indígenas da Serra Norte de Oaxaca, pelas elaborações dos antropólogos indígenas Floriberto Díaz (ayuujk de Tlahuitoltepec) e Jaime Martínez Luna (zapoteco de Guelatao). No entanto, seu alcance explicativo estende-se a outras realidades indígenas de Oaxaca, visto que estas compartilham valores e modos de vida que são resultado do encontro entre as matrizes culturais mesoamericanas e os processos coloniais e indigenistas. Através da comunalidad os indígenas expressam sua vontade de ser parte da comunidade e fazê-lo não é só uma obrigação, mas uma questão de pertencimento. A ideia da comunalidad como princípio que regula a vida indígena surge e se desenvolve em meio à discussão e mobilização dos povos indígenas mexicanos, não apenas como uma ideologia de embate, mas também como uma ideologia de identidade, mostrando que a especificidade indígena é seu ser comunal com raízes históricas e culturais próprias e antigas, a partir das quais busca orientar a vida dos grupos indígenas enquanto povos etnicamente diferenciados (Maldonado, 2002). Os integrantes de uma comunidade exercem a coletividade por meio dos quatro elementos que definem a comunalidad: o poder comunal, o trabalho comunal, a festa comunal e a terra comunal. A partir de relatos, vivências e observações a serem descritas nesse trabalho, propomos refletir sobre a comunalidad como uma expressão de resistência e autonomia das comunidades indígenas de Oaxaca. Considerando a “colonialidade do poder” – descrita por Quijano (1997, 2005) como um conceito para pensar o padrão de poder em torno da ideia de raça, a qual constitui a forma mais eficaz de dominação social, material e intersubjetiva compondo a base universal da dominação político-econômica – pensamos as resistências indígenas como uma contrapartida à “colonialidade do poder”, isto é, uma espécie de “resistencialidade ao poder”. Quijano descreve como os europeus associaram o trabalho não remunerado aos povos dominados, considerados “raças inferiores”, obrigando-os à realização de trabalho escravo e forçado, ao pagamento dos tributos e outras formas de dominação, enquanto os europeus/brancos compunham uma classe privilegiada e merecedora de pagamento por seu trabalho. Esse ordenamento influenciou um novo padrão de poder mundial constituído pela articulação das configurações históricas de controle do trabalho em torno da relação capital-trabalho assalariado, determinando a distribuição geográfica das formas de trabalho integradas ao capitalismo mundial, em que a Europa encontrava-se no centro desse sistema. Assim, a resistência autonômica dos povos indígenas mexicanos pode ser vista como uma contraposição a esse ordenamento hegemônico, reivindicada através dos enfrentamentos diretos e alicerçada na comunalidad.

 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
A contribuição do Grupo Comuna para uma teoria latino-americana dos movimentos sociais (#3278)
David Junior De Souza Silva 1
1 - Universidade Federal do Amapá - UNIFAP.
Abstract:
O estado da arte da Sociologia dos Movimentos Sociais denota, de um lado, a necessidade de criação de uma teoria dos movimentos sociais latino-americana e, de outro lado, a necessidade de construção de uma teoria marxista dos movimentos sociais. A hipótese de trabalho desta pesquisa é a de que a elaboração teórica do Grupo Comuna pode contribuir para preencher estas lacunas. O Grupo Comuna, grupo de intelectuais bolivianos preocupados com a interpretação da realidade social e com a construção hegemônica anti-neoliberal, não produziu uma teoria dos movimentos sociais especificamente. Todavia é possível colher em suas obras os quadros conceituais pelos quais o grupo pensa a existência e modo de ser dos movimentos sociais no contexto específico da Bolívia e da América Latina, e esta é a metodologia posta em prática aqui. Tais quadros serão explicitados e comparados com as categorias básicas vigentes que dão existência aos movimentos sociais como categoria sociológica. A teoria dos movimentos sociais do Grupo Comuna se caracteriza pela validade restrita a determinados sujeitos sociais em movimento - sujeitos sociais subalternos -, pelo estabelecimento normativo de demanda e projeto político, pela definição racional e metódica de adversário e totalidade, pela valoração diferencial das ações coletivas e pela introdução da medida do potencial de transformação social anticapitalista na caracterização e análise das ações coletivas. Por ser uma teoria interessada na transformação social, a reflexão do grupo não se restringe ao âmbito da análise objetiva dos fenômenos, porém por caracteriza-se por colocar o trabalho intelectual do grupo a serviço dos movimentos populares e por participar e buscar influir nas lutas e no processo histórico. Carrega assim como especificidade de sociologia marxista dos movimentos sociais é o seu engajamento, é o fato fundante mesmo deste referencial de ser uma teoria interessada - na transformação da sociedade. Deste fato decorre uma abordagem e um posicionamento não apenas analítico-descritivo, porém fundamentalmente valorativo na construção e leitura das categorias que formam o conceito de movimento social. Não há apenas descrição dos elementos componentes do movimento social, há uma tomada de posição e valoração diferencial dentro do espectro variante e das miríades de possibilidades dentro de cada categoria. Como sociologia latino-americana dos movimentos sociais, introduz como metodologia a diferenciação de fatos históricos e fatos estruturais, sem deixar de considerar o poder estruturante das conjunturas históricas específicas. Para o caso da América Latina isto implica o fato estruturante – ainda que histórico – determinante da realidade latino-americana que é sua posição subordinada na divisão internacional do trabalho, herança do colonialismo e reproduzida no neocolonialismo.

 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
Soledad Acosta y la sociología latinoamericana del siglo XIX (#3440)
Eliana Debia 1;
Maximiliano Tagliapietra 1; Sabrina Lobato 1; Guillermina Nuñez 2
1 - ICSE-UNTDF. 2 - Instituto de Cultura, Sociedad y Estado.
Abstract:
El presente trabajo pretende visibilizar el pensamiento de algunas mujeres latinoamericanas que, como la colombiana Soledad Acosta (1883-1913), han contribuido a la conformación de la sociología como ciencia. Como sabemos, la disciplina tiene un origen e institucionalización de carácter androcéntrico y eurocéntrico, mediante el cual se reconoció a determinados autores y sus teorías como los únicos válidos y legítimos, excluyendo e invisibilizando el pensamiento y el aporte de las mujeres en la formación del canon científico de la sociología (Arango Gaviria, 2005). Si la práctica científica es producto de la relaciones de poder desatadas al interior de ciencia (Murillo, 2012) entendemos, entonces, que la formación de este canon fue el resultado del sometimiento de los saberes producidos por las mujeres mediante su exclusión e invisibilización. Estas mujeres analizaron la sociedad latinoamericana cuestionando las estructuras de dominación colonial y patriarcal, por ello resulta necesario visibilizar su pensamiento y su contribución a la formación sociológica. Siguiendo esto, entendemos que mujeres como Soledad Acosta han producido determinados saberes en términos sociológicos, más allá de que no hayan sido realizados bajo estrictos cánones científicos sino más bien literarios o, en muchos casos, mediante la prensa escrita, dado que éstos eran los canales de expresión permitidos por su condición de género en la sociedad de aquel entonces (Salomone, 1996). Nos proponemos realizar un abordaje exploratorio y descriptivo del pensamiento de Soledad Acosta con el fin de poder conocer y analizar cuáles han sido sus diagnósticos y concepciones en torno a la sociedad de su época, más específicamente, en relación a la participación política y ciudadana de las mujeres.   Palabras claves: teoría social – sociología clásica – Latinoamérica – participación política y ciudadana – género

 
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
A ética parasitária: o modelo de interpretação sociológica de Manoel Bomfim (#3603)
Hilton Costa 1
1 - Universidade Estadual de Maringá (PR).
Abstract:
Na virada do século XIX para o século XX a intelectualidade brasileira encontrava nas teorias raciais uma forma de manter o ordenamento social herdado do período colonial sob a nascente República. O racialismo era mobilizado para responsabilizar o povo pelo suposto atraso do país. Neste cenário surgiram algumas vozes discordantes uma delas foi a de Manoel Bomfim. Este autor formulou em 1903-5 uma tese sociológica para explicar a situação da América Latina que fugia completamente do racialismo, do economicismo. Em América Latina Males de Origem, Bomfim estabelece que um processo civilizador muito particular teria sido o responsável pela situação brasileira e latino-americana daquele momento – o parasitismo. Desta forma pretende-se discutir como Bomfim construiu o seu modelo de interpretação sociológica, bem como as possibilidades deste modelo para análises contemporâneas da realidade latino-americana. Esta segunda chave permite questionar, para o caso brasileiro, em especifico, como vários discursos de modernidade, transformação e mudança social foram e são, em grande medida, ações que não visão romper de fato com o antigo ordenamento social herdado do período colonial, mas sim configuram-se em estratégias para manter estas estruturas sob novos arranjos. Nesta direção os debates em torno da Constituição de 1891, a primeira do Brasil Republicano, são exemplares, pois todo o argumento do novo, da mudança, do rompimento com o passado colonial e imperial foram em muito artifícios para manter as premissas de estruturação social anteriores.