14:00 - 16:00 Presentación de PONENCIAS
11. Género, Feminismos y sus aportes a las Ciencias Sociales | 4. Movimientos sociales, acciones colectivas y participación políticas |
Tuesday 05/12 | 14:00 - 16:00 | Ciencias Sociales | A2 |
Representações de gênero e práticas culturais nos coletivos juvenis urbanos: construções e expressões da diversidade. (#4595)
Cláudia Maria Inácio Costa 11 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ.
Abstract:
A pesquisa que ora se apresenta busca compreender como são construídas e estabelecidas as relações de gênero(s) no contexto das práticas culturais vivenciadas pelos coletivos de juventudes de um bairro da cidade de Fortaleza-CE. A pesquisa é resultado do trabalho realizado pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Afrobrasilidade, Gênero e Família (NUAFRO) com o financiamento da Universidade Estadual do Ceará na modalidade Iniciação Científica. A pesquisa buscou entender como as relações de gênero são construídas e significadas nos espaços dos coletivos de juventudes e como isso acaba por se configurar nas práticas culturais estabelecidas por esses coletivos. A construção metodológica inicialmente com o mapeamento dos coletivos existentes no território investigado, a partir do mapeamento iniciou-se o processo de contato e inserção nos espaços, a partir desse momento imprimiu-se um caráter etnográfico, com vistas a uma pesquisa de cunho qualitativo onde são utilizadas técnicas de coleta de dados como a observação simples e como instrumento de coleta das informações os diários de campo, que serão analisados discursivamente ao final da coleta, que ainda encontra-se em curso. Preliminarmente, com o mapeamento e as primeiras aproximações, observou-se a íntima ligação entre representação e construção de identidade de gênero(s) e o tipo de coletivo a que os e as jovens se agregam. São coletivos de skatistas, de jovens feministas, de jovens de religiões afro-brasileiras que apresentam singularidades quanto as suas representações e significações quanto ao gênero e a diversidade sexual. É neste que compreendemos a categoria gênero, como elemento que constitui as relações sociais a partir das diferenças entre os sexos, como aponta Scott, além de ser ele uma primeira forma de significar as relações de poder entre os indivíduos na sociedade. Essa constituição das relações sociais através do gênero resulta de elementos que se relacionam entre si. Trata-se da constituição de símbolos culturais que constroem múltiplas e contraditórias representações dos sexos; conceitos normativos que tentam interpretar o sentido dos símbolos; a construção binária (masculino e feminino) dos gêneros, construída historicamente e disseminada com a chancela das instituições e organizações sociais; e, por fim, o gênero enquanto identidade subjetiva. Desta forma, gênero apresenta-se como uma construção social. Essas construções sociais são resultantes de sociabilidades podem ser inscritas no âmbito das práticas culturais que se configuram como sendo padrões de comportamento com conteúdos semelhantes que resultam das aproximações de ambientes que são vivenciados, grupos de comportamentos correlatos e significações de vida próximas. Assim, pretendemos evidenciar uma importante reflexão para contribuir com o diálogo e possível construção de políticas culturais e de gênero, que devem levar em consideração toda a diversidade apresentada nos espaços urbanos e os significados atribuídos a eles por esses coletivos.
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Mães de Maio e feminismo negro no Brasil: perspectivas teórico-políticas (#4597)
Gonçalves Renata 11 - Universidade Federal de São Paulo.
Abstract:
Na noite de 12 de maio de 2006 teve início uma série de ataques a agentes e prédios públicos (especialmente postos policiais), ao mesmo tempo em que começavam rebeliões nos presídios de várias cidades paulistas, no Brasil. Os sincronizados ataques e simultâneas rebeliões foram atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma organização criminosa. Postos militares depredados, policiais assassinados, ônibus incendiados. Estas ações desencadearam uma resposta das forças policiais do estado de São Paulo. Instalou-se naqueles dias uma espécie de “guerra urbana”. Num único final de semana de maio, foram assassinados mais de 600 jovens nas periferias de São Paulo. O caso estaria resolvido ou seria apenas uma manchete policial, não fosse a existência das mães que tiveram seus filhos assassinados ironicamente no dia das mães. Neste trabalho, procuramos examinar a constituição do Movimento Social Mães de Maio. Quem são as mulheres que compõem o Movimento Mães de Maio? Como se tornaram um movimento? Como as Madres de Plaza de Mayo, tiveram a alma ferida, as entranhas arrancadas, o sonho decepado. Loucas, também saíram à procura de seus filhos. Menos letradas que as homônimas argentinas, não sabiam por onde começar a busca. Neste processo, foram se constituindo enquanto grupo, enquanto movimento. Para analisar o movimento Mães de Maio, teremos como ponto de partida as conceptualizações que integram a unidade indissociavel sexo, raça e classe. Faremos uma análise crítica do conceito de interseccionalidade, proposto por Kimberlé Crenchaw, e de consubstancialidade das relações de poder, tal como propõem as feministas francesas Danièle Kergoat e Jules Falquet. E, por fim indagaremos, em que medida a experiência das Mães de Maio se inserem na perspectiva do feminismo negro brasileiro.
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Encontro do governo com o movimento feminista no Brasil: quais são os projetos políticos envolvidos? (#4651)
Gabriela Maria Farias Falcão De Almeida 11 - Universidade Federal de Pernambuco.
Abstract:
Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, como dois teóricos inseridos na tradição pós-estruturalista, têm como ponto inicial de suas ideias o pressuposto de que a realidade é discursivamente construída. Isso está ligado diretamente à concepção de sujeito que, diante dessa ideia, não pode ser constituído por uma única identidade, dada antes do discurso. Na concepção dos autores, estamos diante de identidades discursivamente construídas frutos de práticas articulatórias, portanto, puramente relacionais e contingentes. A partir da abordagem dos autores, podemos perceber críticas à visão moderna do sujeito unificado e coerente e passamos a encará-lo como constituído por identidades distintas. No caso, por exemplo, do sujeito do feminismo, a estudiosa Silvana Mariano observa que, na concepção não apenas de Mouffe, mas da também filósofa pós-estruturalista Judith Butler, passa a ser compreendido discursivamente a partir de contextos políticos distintos, por meio de articulações, coalizões e alianças, caracterizando a compreensão das posições de sujeito abordadas também por Laclau como contingentes (MARIANO, 2012, p. 142). Mariano afirma que, além de Butler e Mouffe, a historiadora norte-americana Joan Scott, ao abordar a questão da discussão em torno do termo “mulher” como algo único, homogêneo (como muitas feministas defendem), está convencida de que não é necessário ter uma unidade para que haja uma ação política efetiva: “[...] Ao contrário de fragilizar a prática política feminista, a crítica ao essencialismo e a defesa da diferença podem contribuir para seu revigoramento” (MARIANO, 2012, p. 144-145). Essa discussão se deve ao fato de a teoria feminista, pautada nas abordagens pós-estruturalistas, questionar a categoria “mulher” como algo único. Na perspectiva de Mouffe, as questões centrais para o feminismo já não são mais relacionadas a como descobrir a essência ou características unidificadoras da categoria mulher, mas sim entender como se constrói a categoria “mulher” dentro de diferentes discursos (MOUFFE, 1999, p. 34). Neste trabalho, promovemos uma reflexão sobre uma experiência de democracia participativa no Brasil: as Conferências de Políticas para as Mulheres. Junto com o Orçamento Participativo e os Conselhos Nacionais, compõem os principais mecanismos da política participativa no país e se tornaram um importante instrumento tanto para o Estado quanto para a sociedade civil. Convocadas pelo Presidente da República, contam com a participação dos três níveis da federação e de representantes dos grupos sociais ligados à área da conferência. É um espaço que agrega sujeitos oriundos de esferas distintas e com uma pluralidade de identidades. Realizamos uma pesquisa empírica em setembro de 2015, no Recife, passando pela etapa estadual, de Pernambuco, em dezembro até chegar à nacional, em Brasília, em maio de 2016. A partir do diário de campo e dos relatórios, questionamos o que levou à convergência ou não desses diversos sujeitos no espaço de formulação de propostas de políticas públicas.
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Estrategias de referentes mujeres en la construcción de la política en el Alto Valle de Río Negro y Neuquén en el siglo XXI. (#4654)
Daniela Isasi 1; Sandro Huinca
21 - Universidad Nacional del Comahue. 2 - Instituto de Formación Docente Continua - Luis Beltrán.
Abstract:
En los últimos tiempos ver o hablar de las mujeres en el ámbito de la política resulta una cuestión recurrente. Su presencia podemos relacionarla con el avance de los feminismos desde “la segunda ola” en adelante cuando lo personal es político trastoco la comprensión de lo público y lo privado, sobre todo en los grupos o partidos de izquierda. En la actualidad el feminismo como posicionamiento político es parte de muchas organizaciones sociales y partidos políticos, por convicción o necesidad, los mismos plantean agendas donde las mujeres parecen ganar relevancia en el espacio público de referentes políticas. En este trabajo partimos de identificar que, a pesar de los avances señalados históricamente las mujeres se han encargado de la reproducción material de las organizaciones sociales. Sumado a esto, en los partidos políticos, han ocupado un lugar secundario en la referencia política y en la toma de decisiones. De esta manera, toman cierta relevancia solo a través de la puesta en práctica de actitudes, formas y generolectos masculinos internalizados. La posesión de cierto capital político y simbólico condiciona las relaciones de poder al interior de estos espacios que a su vez se cimientan sobre la producción y reproducción del capitalismo y del patriarcado. Partir de lo anteriormente señalado nos invita indagar en las estrategias que han desarrollado las mujeres en el Alto Valle de Río Negro para alcanzar referencia política en un ambiente legitimado por las relaciones de poder entre los hombres y garantizadas por las teorías y estructuras de los Estados Liberales. En esta línea, nuestra metodología se ubicará dentro del enfoque cualitativo, utilizando fuentes primarias, con técnicas tales como entrevistas en profundidad, ya que la riqueza de nuestra investigación se basa en las auto-percepciones de estas mujeres. El tipo de estudio será exploratorio ya que buscará describir y reconstruir las vivencias, experiencias, y sentires de las personas investigadas en un proceso de reconocimiento de la propia humanidad, desde un análisis que dé cuenta de la complejidad de la realidad social, así como desde una contextualización histórica y local permanente.
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Mujeres en la Guerra: ¿transgredir o conservar el género? (#4674)
Mònica Yulieth Parra Ovalle
1;
Jennifer Paola Ortega Moreno 1; Carolina Salamanca Acosta
21 - Universidad Nacional de Colombia. 2 - Universidad del Cauca.
Abstract:
Las mujeres en Colombia que se adhieren a grupos guerrilleros como las FARC-EP,EPL, ELN y M19, entran a formar parte de un sistema que está configurado por representaciones masculinas que han sido hegemónicas desde siempre, este asunto se hace problemático en el caso de las mujeres en la guerra, cuando éstas ocupan un espacio que no ha sido designado originariamente para ellas, cuando las disposiciones del cuerpo y la organización social de roles tradicionales son inadecuadas para ciertas condiciones, en este caso, un cuerpo dócil y sensible en un lugar que demanda rigidez según las clasificaciones definidas por el patriarcado. Esta ruptura del orden simbólico y social conlleva a considerar las mujeres guerrilleras como desviadas al no cumplir con la normatividad del sistema. Desde la mirada del estructural funcionalismo de Talcott Parsons y Robert Merton particularmente las mujeres desviadas son aquellas que des-equilibran y des-integran la estructural social. Además Merton aporta una mayor comprensión de la resistencia a la conformidad que es una de las motivaciones principales de adherencia a la guerrilla y formación de la desviación como fenómeno social, este análisis está complementado por conceptos tales como : desviación, rebelión, grupos de referencia y movilidad social, también aportes teóricos y empiricos que brinda la socióloga María Ibarra en su libro Mujeres e insurrección (1984) La desviación más allá de ser un incumplimiento de la normatividad, es un fenómeno que expresa inconformidad, tensión emocional, política, cultural, es un deseo de resistencia, rebelión,etc., lo más significativo es que es una resistencia a conformarse con las desigualdades sociales que afectan a las mujeres. Según entrevistas realizadas por Maria Ibarra a guerrilleras, la mayoría provienen de lugares rurales en donde las dinámicas culturales, sociales y políticas giran en torno a la domesticidad como valor cultural normativo. Esto implica que la vida de las mujeres sea expuesta a limitaciones que impiden ocupar espacios públicos que les permitan adquirir autonomía, bien sea a través de la movilidad social y autonomía política. El modo de vida rural motiva a las mujeres a resistir en contra de la conformidad, de manera que adherirse a los grupos guerrilleros es una forma de salirse de las dinámicas que las oprimen. Lo anterior nos lleva a pensar que las mujeres guerrilleras logran encontrar cierto grado de autonomìa al trastocar los valores culturales impuestos y cambiarlos por otros totalmente diferentes, sin embargo hay que profundizar en que las mujeres una vez se adhieren a los grupos guerrilleros se insertan en otras dinàmicas que si bien se diferencian de la domesticidad, el rol de guerrero y guerrera exige en las mujeres la reproducciòn de pràcticas y saberes acuñados solamente con la masculinidad. Por consiguiente, esta situaciòn nos lleva a indagar sobre la ambivalencia entre: ¿ trastocar o conservar el gènero?
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Criação do comitê de mulheres do territórios da planície litorânea e território dos Cocais, Parnaiba-PI, Brasil (#4680)
Marisa Dos Santos Ferreira 1; Josenildo De Sousa E Silva
1; Jussara Gonçalves
1; Isadora Sousa De Oliveira
11 - UFPI.
Abstract:
As mulheres rurais apresentam uma diversidade de lugares sociais - mulheres do campo, das florestas e das águas, ribeirinhas, pescadoras, quilombolas, extrativistas, indígenas, jovens, dentre outras, a compreensão de que a dificuldade de acesso aos serviços públicos é um problema crucial e a desigualdade entre mulheres e homens no Brasil no meio rural vem sendo cada vez mais abordada e na luta por politicas públicas que favorecem-se as mulheres do campo, o Centro do Saberes Delta EcoCais através do Projeto Gestão dos Territórios dos Cocais e da Planície Litorânea (UFPI/CNpq/MDA), criou o no dia 11 de Novembro de 2015 os comitês de mulheres dos dois Territórios, sendo o Território da Planície Litorânea e Território dos Cocais, fazendo parte do núcleo do colegiado dos Territórios. Tendo como objetivo discutir serviços e politicas públicas, enfrentamento à violência contra a mulher, combate aos altíssimos índices de violência contra as mulheres, estimulada pela impunidade dos agressores, desenvolvimento rural sustentável com igualdade de gênero, autonomia econômica, com acesso a financiamentos em geral, melhor divisão sexual do trabalho, sem imposição de sobrecarga de atividades à mulher, direito à terra e acesso à posse e ao título da terra por parte das mulheres, direitos e Legislação, os comitês de mulheres são composto por mulheres rurais, representantes de sindicatos, poder público, Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica de Parnaíba (NEV), artesãs, entre outros, as atividades realizada pela assessoria Territorial de Gênero que é a responsável pela mobilização e participação das mulheres nos Colegiados Territoriais, executam junto com os comitês reuniões de institucionalidade equivalem a 05 reuniões anuais, totalizando 10 reuniões de promoção da participação de mulheres rurais nos Colegiado nos respectivos territórios ao final dos 24 meses de projeto, 01 atividade em nível estadual (Seminário/Encontro dos Comitês de Mulheres dos Territórios da Cidadania no Estado – totalizando 02 ações ao final do projeto. Os comitês estão buscando garantir direitos à cidadania e ao desenvolvimento econômico, bem como, promover a autonomia das mulheres do campo através de ações e atividades feitas nas reuniões, houve uma mudança significativa nas lutas e movimentos feito pelas mulheres depois da implantação dos comitês, sendo assim observado a grande relevância e atuação do comitê em cada território. (Palavras-chave: Comitê de Mulheres, Autonomia, Territórios, Campo , Políticas públicas ).
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De mulheres para mulheres: campanhas das candidatas à presidência da América Latina Dilma Roussef, Michelle Bachelet e Cristina Kirchiner e seus direcionamentos ás políticas para o eleitorado feminino. (#4714)
Gabriela De Morais Santos 11 - Universidade Federal de Pelotas.
Abstract:
A discussão de gênero tem se acentuado em diversas áreas do conhecimento, têm-se observado como se estruturam as desigualdades de gênero em diversos espaços, como na vida política. A desvantagem em relação aos homens na vida pública persiste, mesmo com a conquista de alguns direitos para as mulheres, como o de votar, de ocupar cargos públicos e o acesso ao mercado de trabalho (Matos e Pinheiro, 2012). A associação da mulher como ligada ao espaço privado é um estigma que faz com que socialmente se questione a capacidade feminina de pertencer a carreira política, mesmo que em alguns países estejam em vigor leis de quotas de gênero, a equidade ainda é um plano distante a ser alcançado. O universo da política, como descrito por Panke e Iasulaitis (2016) é ainda eminentemente masculino, visto que as regras do jogo político são fundamentalmente masculinas. O aumento da presença de mulheres na presidência dos governos na América Latina, acompanhou o crescimento da inserção feminina também no Poder Judiciário e em outros âmbitos de tomada de decisões, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) avalia que tal conjuntura é alimentada pelo reconhecimento de novas demandas e sujeitos da política, gerando mudanças estruturais na noção de democracia nas regiões, o que modificou a imagem e a atividade dos espaços de poder, levando a derrubada da crença de que as mulheres eram incapazes de governar e tomar decisões. (CEPAL, 2013). A América Latina destacou-se nas últimas décadas por ter elegido pela primeira vez de forma direta representantes mulheres e de esquerda; são elas: Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores - Brasil), Michelle Bachelet (Partido Socialista - Chile) e Cristina Kirchner (Partido Justicialista - Argentina); propomos como objetivo desta investigação verificar como as presidentas latino-americanas construíram em suas campanhas televisivas o perfil de mulheres que seriam acolhidas em seus projetos de políticas públicas; assim como averiguar em seus spots de campanha como foi trabalhada a questão de serem, caso ganhassem nas urnas, as primeiras mulheres eleitas em tal cargo em seus países. Utilizaremos como fonte documental de análise os spots de campanha das três presidentas disponibilizados no Youtube, em suas primeiras candidaturas.
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Ideias de liberdade: questões de gênero no Curdistão no contexto da guerra no Oriente Médio. (#4754)
Flávia Paniz 11 - Universidade Estadual de Campinas.
Abstract:
Apresentarei com este trabalho minha pesquisa de doutorado na qual busco realizar uma análise do processo de constituição da nação curda com foco nas representações e categorizações de gênero que enformam sua narrativa, no contexto da guerra no Oriente Médio. A hipótese central desta investigação é de que o ativismo promovido pelas mulheres curdas, em suas múltiplas instâncias, reconfigurou a pauta política em torno do projeto nação, promovendo uma multiposicionalidade entre gênero e etnicidade como categorias que fundamentam sua luta. Esta mudança viabiliza a constituição recente de um projeto de nação que tem a liberdade das mulheres como um de seus pilares. O protagonismo desempenhado por elas pode ser compreendido a partir de distintas perspectivas: através a militância ativa no front da guerra, através da participação em organizações e associações políticas, através da participação em partidos políticos, através das artes, da produção acadêmica e também do agenciamento cotidiano. A partir da multiplicidade de experiências de vida destas mulheres, a ideia de liberdade a ser comportada no projeto de nação curda adquire múltiplos sentidos, a depender de onde são enunciadas. A partir de uma análise das produções acadêmicas das intelectuais curdas, sobretudo em diáspora, buscaremos apresentar como os fios que tecem as articulações em torno deste projeto de nação articulam a categoria gênero politicamente dentro e fora do Curdistão, seja como recurso de resistência, como estratégia e/ou como projeto político, sendo mediada pela dimensão subjetiva da ideia de liberdade. Este debate se insere no contexto mais amplo dos debates teóricos sobre feminismo pós-colonial, seus diálogos com as correntes do movimento chamado feminismo islâmico, e com discussões sobre gênero e etnicidade no Oriente Médio. Palavras-chave: gênero, nação, minorias étnicas, questão curda.
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Entre o corpo, as condições de vida e a resistência: práticas políticas e dinâmicas atuais do feminismo no Brasil (#4775)
Renata Faleiros Moreno 11 - USP.
Abstract:
O Brasil tem um movimento de mulheres forte e enraizado, produto de um processo complexo de construção marcada pela ação de forças de esquerda que ampliou o debate feminista e a auto-organização das mulheres em vários espaços da luta social, desde o período da redemocratização do país, na década de 1980. A forma de organização e dinâmica do movimento de mulheres no Brasil se alterou muito no bojo da radicalização do neoliberalismo do final dos anos 1990: o feminismo passou por um processo de reposicionamento e recomposição que marcou a plataforma política do movimento e a renovação geracional. Nos últimos anos houve um ascenso na capacidade de mobilização das mulheres no Brasil, uma ampliação do feminismo nas ruas e nas redes sociais. A luta pela legalização do aborto, como o enfrentamento e denúncia da violência contra as mulheres provocada pelos homens e pelo Estado fazem parte dos debates feministas que circulam cada vez mais na internet, mas também em âmbito local. Houve uma explosão de construção de coletivos nas cidades, nas periferias, nas universidades, nos movimentos culturais. Hoje, se reconhecer feminista passou a ser uma identidade de mulheres de diferentes espaços. Ao mesmo tempo, é comum a avaliação de que as mulheres ocuparam a linha de frente na defesa da democracia e seguem protagonizando a resistência as medidas neoliberais impulsionadas pelo Golpe parlamentar-jurídico-mídiatico que o país passou em 2016. Isso se refere tanto à presença das mulheres no conjunto das manifestações, como também a visibilidade e força da agenda feminista. Esse artigo organiza um olhar sobre a ampliação recente do feminismo no Brasil percorrendo 3 eixos de análise: os enlaces entre as mobilizações atuais e as trajetórias marcadas pela resistência ao neoliberalismo no final da década dos 1990; as tensões entre o feminismo como prática individual e coletiva; as formas pelas quais as lutas vinculadas ao corpo – como o enfrentamento à violência e pelo direito ao aborto – se articulam com as resistências aos ajustes econômicos que impactam as condições de vida das mulheres. Estes eixos de análise perseguem também as convergências entre as práticas políticas e organizativas das mulheres em movimento, discutindo os desafios da articulação entre as dimensões de gênero, raça e classe na conformação atual do feminismo no Brasil.
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O debate teórico do(s) feminismo(s) e a pertinência das lutas das mulheres (#4897)
Veronica Medeiros Alagoano 11 - Universidade Federal de Ouro Preto.
Abstract:
O movimento feminista emerge como sujeito político no século XIX com reivindicações acerca de direitos políticos, sociais e de igualdade entre os sexos. Desde de sua origem o movimento apresenta diversas concepções políticas e teorico-interventivas. A proposta de artigo que segue é apresentar o debate feminista presente na tradição marxista, na perspectiva liberal e na pós-moderna destacando as principais diferenças entre elas. Este estudo faz parte da dissertação de mestrado em Serviço Social finalizada em agosto de 2016, na qual investigamos o debate teórico contemporâneo do feminismo e como a referida profissão tem teorizado sobre esta mesma questão. No atual contexto de crise estrutural do capital e de ofensiva aos direitos dos trabalhadores, faz-se necessário trazer para o debate a condição de exploração/opressão das mulheres que se expressa no controle sobre seu corpo, trabalho e tempo. Neste sentido, elucidar que a classe trabalhadora não é homogênea, pois possui sexo e raça, é de suma importância para o enfretamento ao modo de produção vigente, que também se sustenta sob bases patriarcais. A partir dessa perspectiva sinalizamos a importância do(s) feminismo(s) para dar visibilidade à situação das mulheres principalmente na América Latina que possui peculiaridades que acentuam a questão das mulheres neste território, bem como as lutas necessárias para alcançar a igualdade de gênero e portanto a compreensão do(s) feminismo(s) e das diversas perspectivas que o direciona torna-se um debate necessário.
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Mujeres en armas: rupturas y continuidades frente al ideal de naturaleza a partir del caso de la insurgencia de las FARC-EP en Colombia (#4937)
Maria Paula Buitrago Leguizamón 11 - Universidad Nacional de Colombia.
Abstract:
En un contexto donde las mujeres han sido principalmente asociadas a las actividades del trabajo del cuidado o de aquellas parte del mercado laboral “formal”, se han reproducido roles alrededor de un ideal ligado a lo biológico; por el hecho de tener un órgano reproductivo; con imaginarios de marianismo, de buena esposa, buena madre y/o de belleza ligada al consumo, donde otros trabajos como el armado y el uso de armas han estado asociados a lo masculino o a hombres biológicos; justificando aquellos roles como parte de un orden natural. Es entonces que en el marco de la globalización y modernidad tardía, donde los roles de género han tenido procesos de ruptura, de exaltación de las subjetividades y de nuevas dinámicas laborales, la participación de las mujeres no ha estado exenta en los procesos guerra, no sólo como víctimas sino como integrantes activas de los grupos armados en general. Sobre esto, se encuentra el caso de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia FARC-EP, que desde su proceso de consolidación en los años 40 y principalmente en su fundación en los años 60 con las resistencias a Marquetalia, contó con la participación de mujeres. A partir de lo anterior, se busca hacer una reflexión alrededor de las relaciones de genero en el trabajo armado en el caso de la insurgencia de las FARC-EP, principalmente a finales del siglo pasado (XX) e inicios del presente siglo (XXI), donde se logren identificar rupturas o no con el ideal de naturaleza. En ese sentido, a partir de identificar aquellas trayectorias e implicaciones identitarias y prácticas de las mujeres en la organización, se hará un análisis desde el feminismo materialista alrededor de sus aportes conceptuales de la clase social de las mujeres, de relaciones sociales entre sexos y división sexual del trabajo; que permitan evidenciar las rupturas y continuidades con relación a las nociones de naturaleza.
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Del poder individual al poder colectivo. Historia del Movimiento Civil Feminista en San Cristóbal de Las Casas Chiapas, México. (#4972)
Nashyelli Salazar Flores 11 - Universidade Federal do Paraná.
Abstract:
El presente trabajo tiene como objetivo rescatar la historia del Movimiento Civil Feminista en San Cristóbal de las Casas, Chiapas, México; para reflexionar sobre del poder individual y colectivo que genera en las mujeres su participación en frentes de lucha feminista. El movimiento civil feminista en Chiapas es relativamente joven1 surge en el 84 como parte de una demanda de justicia frente a una seria de agresiones sexuales ocurridas en uno de los barrios del centro de la ciudad, visibilizando la falta de sensibilidad del pueblo, pero sobre todo de sistema de justicia del estado. Al ser Chiapas uno de los estados con mayor índice de pobreza y analfabetismo la participación de la organización de mujeres citadinas contra la violencia sexual generó rechazo por parte del público en general, pero también de la iglesia católica y del gobierno del estado, con todo ese panorama negativo lejos de las mujeres desertar de sus demandas, se fortalecieron y organizaron primero en asambleas informales a las que asistían mujeres de los barrios populares, de las que devino el nacimiento de una Organización No Gubernamental y con ella un trabajo arduo de concientización de género, que demuestran no sólo el trabajo colectivo de las mujeres, sino también sus transformaciones como individuas. 1 Se tienen referencias de mujeres organizadas en grupo de profesoras de nivel básico para demandas laborales como los permisos por maternidad en los 70 en la capital del estado, pero no de carácter civil como el acontecido en San Cristóbal en los ochentas.