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Tuesday 05/12 - Fac. Derecho / Sala 17
10:30 - 12:30 Presentación de PONENCIAS
 
20. Sociología de la Religión |
Tuesday 05/12 | 10:30 - 12:30 | Fac. Derecho | 17 |
Mercado religioso e reconfiguração de gênero: a oferta de uma igreja Batista e os novos sensos de pertencimento de sua clientela. (#2290)
Andréa Laís Barros Santos 1
1 - PPGS - Universidade Federal de Alagoas.
Abstract:
Neste trabalho me concentro na investigação do processo de reconfiguração religiosa expressa na mudança dos sensos de pertencimento de gênero de membros da Igreja Batista do Pinheiro, situada em Maceió – Alagoas. Coloco em evidência as transformações na oferta de serviços e mensagens e, assim, problematizo como estas mudanças se relacionam com lutas concorrenciais em um mercado de crenças no qual a igreja está inserida, especialmente às relacionadas as dinâmicas com outras igrejas e instituições batistas em âmbito estadual e nacional. O intuito é compreender a relação entre a emergência de novas ofertas de serviços e mensagens na IBP, a partir dos anos 2000, com novas carências pastorais e da clientela. De outra forma, compreender como as adaptações das narrativas e interpretações bíblicas que valoram o “ser mulher” e o “ser homossexual” como indicadores de baixa reputação social, as estratégias de ação para diminuição dos preconceitos e dos índices de violência contra mulheres e homossexuais, a desconstrução da homossexualidade e da vida erótica-sexual da mulher como transgressões da mensagem religiosa passaram a constranger mudanças nas posições do mercado e nas interdependências funcionais e sócio psíquicas das relações religiosas. A principal transformação que me chamou atenção e que pretendo ressaltar tem a ver com o surgimento de novas carências sócio afetivas relacionadas a construção de espaços de diálogos e convivência na igreja direcionada para mulheres, a demanda por novas mensagens, interpretações e narrativas bíblicas que recuperassem personagens femininas, dando visibilidade e relevância histórica as suas trajetórias, a abordagem pastoral dos dilemas da vida cotidiana feminina nos ambientes domésticos, familiares, de trabalho, na igreja, a justificação do exercício das mulheres em cargos de liderança na igreja e no corpo sacerdotal, a aceitação na membresia da igreja de pessoas homoafetivas, bem como o direito e o incentivo a estes também exercerem funções de liderança na comunidade, a busca por novas hermenêuticas bíblicas que contribuam para a desconstrução da homoafetividade como pecado, etc. associadas a novas formas de evangelização expressas pelos grupos “Bíblia e Gênero” e “Flor de Manacá”. O foco está no processo de emergência dessas novas carências que culmina com a recente decisão da Igreja em aceitar homossexuais na sua membresia por meio do batismo e as implicações e fatos consequentes dessa decisão. A aceitação de novas teologias e a implantação de um novo método de interpretação bíblica por parte de seus líderes compõe a análise dos processos de reconfigurações da Igreja e do mercado religioso na qual ela pode ser posicionada. Com isso, proponho o seguinte problema de pesquisa: Como se deu o processo de reconfiguração religiosa de gênero a partir das mudanças dos sensos de pertencimento pastorais e da clientela na Igreja Batista do Pinheiro, e como estas mudanças se relacionam com lutas concorrenciais em um mercado de crenças de igrejas e instituições batistas?

 
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Tuesday 05/12 | 10:30 - 12:30 | Fac. Derecho | 17 |
Activismo religioso y Derechos sexuales y reproductivos en barrios populares de Área Metropolitana de Buenos Aires en la actualidad. (#2679)
Leonel Salomón Tribilsi 1
1 - UBA.
Abstract:
En esta presentación se dan a conocer avances y consideraciones de una investigación en proceso cuyos objetivos generales implican una aproximación a la relación entre activismo religioso (católico) y acceso universal a derechos sexuales y reproductivos en barrios y villas del área metropolitana de Buenos Aires en la actualidad. A partir de la bibliografía existente y de los primeros acercamientos al campo se ha optado por trabajar un caso específico utilizando diversas herramientas de la investigación cualitativa (entrevistas en profundidad, etnografía, observación participante) en el marco de un diseño de investigación flexible. El caso escogido es el activismo en torno a una parroquia católica ubicada en la zona sur del Conurbano Bonaerense. En torno a dicha parroquia se reúnen diversas actividades sociales del barrio en el que está inserta. En este sentido, los objetivos específicos de la investigación proponen, por una parte, abordar el entramado institucional religioso, político, profesional, médico y estatal que funciona como plataforma para impulsar u obstaculizar esta forma de activismo en el barrio. La producción pretende analizar las prácticas sociales en torno al trabajo barrial, a las formas de la organización, y a las trayectorias de los activistas. En segundo término, se propone un abordaje a dichas prácticas atendiendo específicamente a la promoción y a la defensa del acceso universal a los derechos sexuales y reproductivos. Este objetivo plantea vislumbrar los enlaces entre las prácticas religiosas y el trabajo barrial haciendo foco especialmente en la temática del aborto para examinar la relación entre el activismo y el acceso a los derechos de las personas. Se intenta tener en cuenta tanto el punto de vista de las prácticas concretas como el de las prácticas discursivas (atendiendo a posibles disputas por la legitimidad dentro del discurso religioso y al uso de herramientas discursivas de otras disciplinas como la médica o la política).

 
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Pastorais sexuais - ciência, política e religião na produção narrativa do "ex-gay”"  (#6372)
Alexandre Oviedo Goncalves 1
1 - Universidade Estadual de Campinas.
Abstract:
O objetivo geral deste paper consiste em mapear e analisar o posicionamento de determinados agentes que despontam como lideranças religiosas e/ou política envolvidas na produção da controvérsia pública conhecida pela alcunha "cura Gay". Pressupõe-se que controvérsias como esta geram disputas e associações visando a produção e consolidação de sujeitos e saberes.  Como caso específico, propomos reconstruir e analisar narrativas públicas de três atores, tendo como escopo compreender o modo como manejam argumentos em defesa do tratamento psicoterapêutico visando a “restauração da identidade sexual”. Antes, porém, faz-se necessário mapear o que aqui denominamos como Rede Pastoral da Sexualidade, uma vez que entendemos a rede como um importante aglutinador de agentes e organizações que atuam como articuladores de trabalhos pastorais direcionados àqueles que “desejam voluntariamente abandonar o estilo de vida homossexual”. Seguimos aqui com a hipótese de que as práticas discursivas que configuram a produção de sujeitos e saberes e que integram formas de se falar e se perceber a sexualidade perpassam por uma reconfiguração contemporânea dos fluxos discursivos que constituem esses sujeitos. Tal reconfiguração diz respeito ao uso discursivo de gramáticas que conjugam transversalmente categorias religiosas (homossexualidade como pecado), políticas (quais práticas devem ou não ser reconhecidas pelo Estado) e científicas (homossexualidade como distúrbios psicológicos) e que constituem, numa perspectiva analítica, enunciados performativos de uma nova forma de poder pastoral.

 
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REPRESENTAÇÕES SOBRE O FEMINISMO NO GRUPO DE TEOLOGIA FEMINISTA AGAR (#8310)
Jonas Santos Cruz 1; Antônio George Lopes Paulino 1
1 - Universidade Federal do Ceará.
Abstract:
O surgimento do feminismo no século XX produziu várias manifestações no campo religioso, por um lado, discursos de rejeição, e por outro, a incorporação desse movimento por organizações religiosas. Vários autores constataram a presença de mulheres feministas no judaísmo, no islamismo e no cristianismo. Este trabalho pretende analisar a articulação entre feminismo e religião no contexto do grupo de teologia feminista Agar. Esta organização tem como objetivo fazer uma releitura dos textos bíblicos e da tradição cristã a partir da ótica da teologia feminista. A metodologia empregada na pesquisa tem caráter qualitativo, incluindo a realização de entrevistas semiestruturadas com mulheres que atuam no grupo Agar, além de observação das reuniões e dos eventos realizados por elas. Dentre os aportes teóricos utilizados na construção do objeto de estudo, destaca-se a noção de campo, de Pierre Bourdieu. Para este sociólogo, as instituições, os agentes, os atores e os discursos produzidos ganham sentido apenas relacionalmente, ou seja, por estarem inseridos na disputa entre visões opostas. E a partir de uma análise relacional pretende-se observar as relações que grupo estabelece com outros indivíduos, organizações e correntes de pensamento. O surgimento do Agar está relacionado ao desenvolvimento da teologia feminista, um movimento teológico plural que está presente em vários continentes. A teologia feminista tem origem com a publicação da obra “A bíblia das mulheres”, em 1895, por Elizabeth Cady Stanton. Mas o desenvolvimento dessa teologia só ocorrerá na década de 1960, inicialmente nos EUA e na Europa. A teologia feminista consiste em um movimento com diversas ramificações, assim como o feminismo laico que foi apropriado por diferentes grupos de mulheres, que por sua vez refletiram sobre as especificidades que não eram enfatizadas por outros grupos de mulheres. Verifica-se que há mulheres feministas que não possuem vinculação institucional com alguma igreja, mas outras já são bem atuantes, isso repercute na questão de existirem teólogas que buscam legitimação por parte da igreja católica, mas para que isso ocorra negociam suas pautas para que sejam aceitas. No Brasil, o surgimento da teologia feminista tem sua especificidade por emergir da teologia da libertação. Muitas mulheres atuaram neste movimento, para logo em seguida construírem um espaço teológico feminista próprio. Leva-se em consideração a forte vinculação entre o Agar e o Centro de Estudos Bíblicos (CEBI). O Agar foi criado em 1999, em Fortaleza – Ceará, por mulheres que já integravam o CEBI e também por estudantes de teologia da Faculdade Católica de Fortaleza – Seminário da Prainha. O grupo Agar reúne-se bimestralmente para realizar debates sobre questões relacionadas às mulheres, para aprofundar a reflexão teológica feminista e também para organizar eventos próprios ou em parceria com outras organizações feministas, além de organizar um grupo de estudo semanal sobre teologia feminista. A pesquisa de campo revela que o Agar surgiu a partir da incorporação da dimensão de gênero e da leitura feminista aos estudos de leitura popular da Bíblia.

 
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Antifeminismo e lgbtfobia nos discursos dos movimentos cristãos conservadores no Brasil (#8873)
Gustavo Gilson Oliveira 1
1 - UFPE.
Abstract:
Ao longo da última década lideranças religiosas e parlamentares evangélicas e católicas conservadoras, no Brasil, tem adotado como principais bandeiras de sua agenda social e política o combate direto aos movimentos feminista e lgbt, a luta contra os direitos defendidos por esses movimentos e a defesa do caráter normativo dos padrões tradicionais de gênero e sexualidade. Essas bandeiras têm encontrado significativa ressonância no imaginário dominante de grande parte da população brasileira – não somente nos grupos religiosos – e tem servido como plataforma para a projeção de vários líderes e, principalmente, para a eleição de diversos candidatos cristãos no país. A partir da análise de hipertextos publicados em sites e blogs associados a grupos/movimentos evangélicos e católicos conservadores brasileiros, este trabalho busca investigar como se configuram as lógicas discursivas patriarcais, heterossexistas, antifeministas e lgbtfóbicas nos discursos desses movimentos. Como essas lógicas articulam-se com e a partir de outros elementos dos discursos religiosos cristãos, como articulam-se com outros elementos do imaginário cultural e político brasileiro e, especialmente, quais as fantasias – ou lógicas fantasmáticas – que mobilizam e estabilizam a identificação dos sujeitos religiosos e/ou políticos com esses discursos. O estudo indica que o patriarcalismo e o heterossexismo não são características naturais, intrínsecas e/ou necessárias dos discursos religiosos cristãos, mas, que são lógicas constituídas a partir de articulações contingentes e parciais fortemente moduladas pelos cenários culturais e políticos contemporâneos. Indica também que o antifeminismo e a lgbtfobia que estruturam o discurso sociopolítico hegemônico no campo cristão brasileiro, na atualidade, são mobilizados e sustentados por fantasias sociais que tem desempenhado um papel crucial na formação dos novos movimentos de direita no país.

 
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O papel da matriarca na preservação e manutenção das tradições africanas no terreiro Manzo Kaiango (#0277)
Ana Beatriz Marques Silva 1
1 - UFMG.
Abstract:
O PAPEL DA MATRIARCA NA PRESERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS TRADIÇÕES AFRICANAS NO TERREIRO MANZO KAIANGO Ana Beatriz Marques Jornalista e Pesquisadora da Cultura Quilombola no programa de formação de Conselheiros Nacionais do Curso de Extensão, modalidade Atualização “Democracia, políticas públicas e participação II”, em 28/09/2009.   PALAVRAS CHAVES: Tradição, Preservação, Matriarca, Matriz Africana, Valorização RESUMO: ‘’ As religiões de matrizes africanas são parte da diversidade religiosa do Brasil, dentre algumas destas manifestações, que tem como referência a cultura trazida pelos africanos durante mais de 300 anos de escravidão estão: catimbó, cabula e principalmente umbanda e candomblé, que se propagaram com mais intensidade pelo Brasil ‘’ ( ONU, 2015) Sabendo de tal importância o trabalho se propôs a entender a grandeza de tais religiões na região metropolitana de Belo Horizonte em Minas Gerais, tendo como estudo de caso o Terreiro do Manzo Kalango que tem Dona Efigênia como Matriarca. A mãe Efigênia e tutora de 192 filhos de santo, e conserva a cultura Africana e preserva a religião por meio da cultura oral, dessa forma ela passa seus ensinamentos da medicina da floresta, dos valores espirituais e por meio da sensibilidade e sabedoria seus filhos e amigos vão reproduzindo essa cultura impedindo que ela se perca. ‘’ A história dos povos africanos era transmitida oralmente. Era pacientemente passada de boca a ouvido, de mestre a discípulo ao longo do tempo. De modo geral, a importância maior da fala sobre a escrita está presente ainda hoje na cultura de muitos povos, nos vários cantos do planeta. (...)A oralidade dessas sociedades desenvolve a memória e fortalece a ligação entre homem e palavra. A fala é considerada divina, pois é a força criadora. E tradição oral africana não se limita a narrativas lendárias ou mitológicas. Ela está ligada ao comportamento cotidiano das pessoas e da comunidade, aos fatos históricos que marcam a vida de um povo. Ela é ao mesmo tempo religião, conhecimento, ciência natural, iniciação a arte, história, divertimento e recreação. ‘’ ( SOARES, S.D) Compreende-se assim que é de vital importância para entender a cultura e a história religiosa do Brasil a realização de um estudo empírico-teórico por meio de entrevistas e leituras, demonstrar a importância da matriarca na manutenção de tal cultura, tendo como hipótese que as tradições orais se tornaram um elemento fundamental para que a fé e cultura não se perca na modernidade. BIBLIOGRAFIA: SOARES, Patricia, S.D. Tradição oral africana – Universidade federal de goiás ONU, 2015 . Especial: A intolerância contra as religiões de matrizes africanas no Brasil. Acessado em: 13 de maio de 2016

 
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La Umbanda y el candomblé como la meta: la violencia cristiana contra las religiones de origen africano como una manifestación socio-histórica de la disputa étnica-racial (#0630)
Illyushin Zaak Saraiva 1;
Maurício Tavares Pereira 2
1 - Instituto Federal Catarinense - Campus Luzerna. 2 - Instituto Federal Rio Grande do Sul - Campus Alvorada.
Abstract:
Transcurridos más de 68 años de aprobada la Declaración Universal de Derechos Humanos, en la histórica Asamblea General de Las Naciones Unidas, hubo en el 2015 un total de 252 registros de eventos violentos relacionados a la intolerancia religiosa en Brasil, 69% más que en el año 2014 (AMORIM, 2016). Los datos oficiales muestran que el foco de la intolerancia son las religiones de origen africano típicamente brasileñas, la Umbanda y el Candomblé, con un 70% dentro de los 1014 casos de delitos, abusos y violencia registrados entre 2012 y 2015 en el estado de Río de Janeiro (PUFF, 2016). Desde el punto de vista socio-histórico el prejuicio racial y religioso va en contra del mito de Brasil como un "paraíso racial", donde todas las razas pueden vivir bien juntas (SKIDMORE, 1976; WINANT, 1994), y como una perfecta y verdadera "democracia racial" (WAGLEY, 1952). Brasil fue el último país del mundo en abolir la esclavitud, y es la segunda población negra más grande en el mundo, después de Nigeria. La vieja idea de la democracia racial ha evolucionado – sobre todo después de el proyecto de la UNESCO –para una nueva conformación que da cuenta de Brasil como un país en el que las relaciones raciales son notablemente armónicas en comparación con otras naciones, pero donde aún existe una fuerte desigualdad racial en términos de ingresos y empleo (MÉTRAUX, 1988), pero los datos de la creciente intolerancia contra las religiones de origen africano muestra un cambio en la sociedad en las dos últimas décadas, que necesita nuevos modelos para describir a la disputa étnica racial. Este trabajo se justifica ya que busca construir parámetros de análisis y estudio de la relación histórica entre la religión pentecostal instalada en Brasil a partir de la segunda mitad del siglo XX originada de iglesias norteamericanas, en relación con la percepción de la práctica religiosa de los negros como un acto clandestino de reafirmación cultural de las culturas africanas traídas por los esclavos y mantenidas por sus descendientes durante un largo periodo de la colonización de Brasil.

 
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O Candomblé e a Umbanda como formas de resistência da identidade cultural negra no Brasil (#1679)
Giulliano Placeres 1;
Breno Minelli Batista 1;
Fernando Augusto De Souza Guimarães 1
1 - Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Abstract:
  O presente artigo tem como objetivo discutir aspectos da resistência do Candomblé e da Umbanda a partir do processo de afirmação da identidade dos negros no Brasil. Ambas religiões têm representado ao longo de sua história uma espécie de resistência cultural. Primeiro com os africanos, e depois dos grupos afro-descendentes, enfrentando a escravidão ocorrem mecanismos de dominação da sociedade branca e cristã, causando a ainda presente marginalização da população negra e mestiça. Parte-se da análise de um episódio específico de intolerância religiosa e racismo, ocorrido no município de São Carlos-SP, quando uma carta anônima contendo graves ameaças fora deixada em frente a uma casa de candomblé dedicada a Oxalá. Posteriormente, analisa-se a relação entre racismo e intolerância religiosa como mecanismo de subalternização dos negros e mestiços, e a interpretação das práticas religiosas enquanto posicionamentos políticos de resistência cultural.   Palavras-chave: Religiões afro-brasileiras, intolerância, identidade, racismo, resistência.    

 
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A tradição religiosa dos Ijexás no Sul da Bahia. (#2240)
Valéria Amim 1
1 - Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC.
Abstract:
A compreensão acerca da tradição religiosa Ijexá passa, necessariamente, pelo descortinar de um contexto marcado por dualidades, a saber: a universalização de um modelo religioso reconhecido como tradicional, construído a partir de fluxos migratórios, de expansões e independências políticas em África; e as diferenças locais, responsáveis pela forja de identidades étnicas “primordialis” e suas cosmogonias. No Brasil, especialmente na Bahia, este aspecto contribuiu para a generalização dos grupos étnicos que se autoidentificavam como de origem Yorubá, e que se reagruparam em duas “nações”: nagô e quêto. O desenvolvimento de uma abordagem criteriosa sobre a nação Ijexá remete, portanto, à formação das nações de Candomblé no Brasil, cuja composição comportou rearranjos híbridos de práticas, símbolos e sistemas religiosos. Consequentemente, exige uma metodologia que envolva o confronto da tradição oral com os fatos históricos fornecidos pelos estudos no âmbito das ciências sociais e antropológicas, indicados sobre a África, como uma condição necessária para o entendimento das rotas e raízes dos Ijexás no Sul da Bahia. Até o século XIX, aproximadamente, foi à tradição religiosa, marcadamente oral, que vigorou entre os povos africanos. No caso iorubá, os mitos e a memória coletiva desenvolveram um papel vital na explicação e compreensão de suas realidades e histórias.

 
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“Fluxos e refluxos”: trocas estabelecidas entre sujeitos pertencentes as religiosidades de matrizes africanas no Brasil e na Nigéria na atualidade (#2466)
Jaqueline Talga 1
1 - UNESP e UFG.
Abstract:
Compartilhamos neste trabalho os fluxos e refluxos estabelecidos entre sujeitos pertencentes as religiosidades de matrizes africanas no Brasil e na Nigéria, na atualidade. Apoiadas nos referenciais bibliográficos, nas pesquisas em páginas da internet, na observação e na observação participante buscamos, a partir das trocas efetivadas por esses sujeitos, traçar um panorama das distintas relações estabelecidas, como também dos reflexos dessas trocas nas comunidades envolvidas dos dois lados do Atlântico. As trocas estabelecidas entre os sujeitos pertencentes as religiosidades de matrizes africanas esteve presente desde o início da segunda diáspora africana (o tráfico de africanos para fins escravistas, do século XVI ao XIX) e permaneceu com diferentes nuances ao longo da história, como podemos constatar nos estudos de Manuela Carneiro da Cunha e Vivaldo da Costa Lima. Tudo aquilo que compreendia todo um modo de ser e estar no mundo em África passa cada vez mais a se caracterizar enquanto religiosidade no Brasil. Preliminarmente observamos que as trocas atuais envolvem distintos significados e motivações. Entre elas observamos trocas religiosas, prioritariamente nigerianos cuidando espiritualmente de brasileiros; comercialização de artefatos e produtos africanos ligados a religiosidades vendidos no Brasil por brasileiros e africanos; trocas “diplomáticas”, que envolvem compromissos dos dois lados do Atlântico no intuito de fortalecer os cultos tradicionais africanos em África e de matrizes africanas no Brasil; concessões de títulos, cargos e diplomas de reconhecimento pelas ações prestadas as comunidades religiosas entre outros.

 
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Religiões de matriz africana no Ceará: ocupações de espaços sociais e públicos (#5974)
Ivan Lima 1; Nico Augusto Có 1
1 - UNILAB.
Abstract:
O estudo trata de uma investigação desenvolvida na Universidade Internacional da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), dentro do Instituto de Humanidades e Letras, na cidade de Redenção, estado do Ceará-Brasil. Objetiva-se discutir como se expressam as dinâmicas culturais, sociais e políticas das religiões de matriz africana no Ceará, em face não apenas de sua relação com o sagrado, mas como guardiães do patrimônio civilizatório dos descendentes de africanos no Brasil. Este debate torna-se relevante, na medida em que, se apresenta na realidade educacional como uma temática complexa e que enfrenta atitudes de intolerância, pela falta de conhecimentos e apropriação de suas bases epistemológicas por parte dos educadores(as). A pesquisa problematiza o imaginário construído sobre a população negra no estado, questionando sua invisibilidade e a falta de uma reflexão crítica sobre a cultura afro cearense. Assim, amplia-se o avanço sobre as políticas públicas para população negra na região, e os caminhos traçados para a implementação de igualdade racial, ao se evidenciar como se inscrevem as formas de participação dos sujeitos que pertencem as religiões de matriz africana no estado. Reconstitui-se os elementos que configuram as suas formas organizativas como parte dos valores civilizatórios produzidos pela população negra, para que o conhecimento desta cultura possa subsidiar, em especial a educação diminuindo a discriminação enfrentada. Neste sentido, aponta-se que a participação dos adeptos destas religiões em espaços de controle social pode contribuir com este enfrentamento. Bem como, a utilização dos espaços públicos para dar visibiidade e conhecimentos as suas práticas culturais. Para tanto, para alcançar este conhecimento metodologicamente utilizaremos da pesquisa participante (BRANDÃO, 1999) e da história oral (MORAES 1999) para captar as dinâmicas utilizadas por estes sujeitos, através da utilização do registro audiovisual de suas participações dentro e fora das comunidades de terreiros, evidenciando sua base social na introdução de conteúdos sobre história e cultura africana e afro-brasileira nos sistemas de ensino no Brasil. Espera-se contribuir na construção de conhecimentos, que deem maior importância à população negra neste estado, subsidiando a universidade e a sociedade abrangente com suas histórias, memórias, formas de agir e pensar sobre as relações raciais dentro da Educação brasileira.  

 
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relaciones umbilcales y espiritualidades afrodiaspòricas: estudios culturales en la costa pacìfica colombiana (#8314)
FANNY MILENA QUIÑONES RIASCOS 1; RUBÈN DARÌO CAICEDO BIUZA 1
1 - Universidad del Pacífico.
Abstract:
la manera en que los pueblos negros del Pacìfico colombiano e relacionan con el territorio, deja ver una especie de red que involucre tres momentos categoriales que vale la pena estudiar en investigaciones desde las ciencias sociales. la red asocia lo espiritual, los eco sistemas del pacìfico colombiano y la sociedad. en este sentido, esta investigaciòn se interesa por indagar la relaciòn que han establecido estos pueblos con su territorio, el sentido de dicha relaciòn y las apuestas en termins de desarrollo sostenible y alternatvas al desarrollo moderno empresarial. la propuesta involucra el estudio de la cosmo visiòn de los pueblos del pacìfico en tanto que su relaciòn con el territorio permite observar el despliegue de pràcticas ancestrales rutinarias que invlucran creencias solapadas con el catolicismo pero que pertenencen a otro tipo de apologìas religiosas, las cuales en nuestra investigaciòn hemos denominado de matriz africana, de ahì el termino espiritualidades afrodiaspòricas, pues indagamos su relaciò0n con culturas de matriz yoruba en el Àfrica y su aporte a las actuales realidades de los pueblos de la diàspora en Amèrica Latina. concebimos las relaciones como afrodiaspòricas para eludir una postura ambigua al respecto de la afrodescendencia de toda la humanidad, y para orientar nuestro debate hacia la afrodescendencia propia de la maafa, es decir la tragedia producto de la esclavizaciòn como sistema imperante desde el siglo XV y hasta el siglo XIX. en este sentido, nuestra propuesta quiere ofrecer un panorama de las relaciones entre los afros, el territorio y sus cosmoviciones, para ello se aprovecha un estudio de caso realizado en el rìo Anchicayà en el que se indagò la pràctica ancestral denominada ombligamiento. ademàs se describe el despliegue de las espiritualidades afrodiaspòricas a partir de una descripciòn en la casa del Ile Oggum y Yemayà.