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Tuesday 05/12 - Fac. Derecho / Sala 16
10:30 - 12:30 Presentación de PONENCIAS
 
19. Acciones Colectivas y Movimientos Sociales |
Tuesday 05/12 | 10:30 - 12:30 | Fac. Derecho | 16 |
Ação coletiva e demandas sociais no Mercosul e Chile: o caso do Conselho de Educação Popular da América Latina e Caribe (#4715)
Patricia Lessa Santos Costa 1; Carla Liane Nascimento Dos Santos 1
1 - Universidade do Estado da Bahia.
Abstract:
 A ação coletiva tem tido um papel contínuo nas lutas sociais por reconhecimento de direitos e justiça na América Latina. Nesta pesquisa abordou-se a ação coletiva de atores não estatais em um nível transnacional e o impacto de sua atuação para as políticas sociais. O pressuposto foi de que movimentos sociais atuantes com articulação regional contribuem para a integração dos países do bloco do MERCOSUL. O objeto empírico deste estudo foi a participação dos países do MERCOSUL (e do Chile) na entidade civil Conselho de Educação Popular da América Latina e Caribe – CEAAL que agrega 195 organizações e tem sede itinerante. Ela está presente em 21 países da América Latina y Caribe, sendo considerada “uno de los polos dinâmicos de la sociedade civil em América Latina”. A partir da década de 70 é possível observar uma enérgica atuação da sociedade civil e com capacidade de mobilizar recursos (TILLY, 2010), permitindo o surgimento de novas oportunidades políticas e coalizões de diferentes atores e demandas sociais (TARROW, 2009; MacADAM, 2009). Para além da capacidade de mobilizar recursos e recrutar membros, percebe-se um alinhamento de quadros de referências das lutas sociais (VALOCCHI, 1996), processo pelo qual interesses, crenças e valores de indivíduos tornam-se congruentes com bandeiras e objetivos coletivos organizados em torno de movimentos. Nesse sentido, Castells (2006) infere que as formas de resistência que se contrapõem às formas de dominação da nova ordem mundial consolidam uma identidade coletiva de tipo heterogêneo. Ademais, lutas políticas paulatinamente incorporaram também demandas distributivas e identitárias (GOHN, 1995). A teoria crítica busca dar conta das novas motivações ou reivindicações da sociedade civil por reconhecimento e redistribuição, caracterizando inúmeros movimentos sociais em diferentes países e também com caráter transnacional. As desigualdades advindas das questões crônicas em termos educacionais são a marca constante dos problemas das assimetrias nos países do MERCOSUL. O objetivo geral do CEAAL, é: “atuar em rede para acompanhar processos emancipatórios de transformação educativa, social, política, cultural e econômica a partir da educação” (www.acaoeducativa.org.br). Tem como linhas de ação a democracia participativa e novas relações com o governo, igualdade e equidade de gênero, juventudes e movimentos sociais. O estudo demostrou, em uma primeira fase de análise documental e entrevistas, que a interdependência e interconexão de atores da sociedade civil por meio do Conselho oportunizam maior cooperação e influência em políticas públicas sociais, ampliando também a luta por direitos humanos em temos regionais. A pesquisa enfocou o CEAAL enquanto rede de ação coletiva na região realizando: levantamento de dados em sítios especializados; programa de entrevistas com participantes no Brasil, Chile, Argentina e Uruguai; análise dos recursos normativos e legais que institucionalizam os resultados da ação da entidade.

 
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A Burocracia como entrave à luta social: um debate necessário (#4734)
Natália Perdomo Dos Santos 1
1 - UFRJ.
Abstract:
A tentativa inconclusa de democratização do Estado iniciada no Brasil na década de 70 do século XX protagonizou a erosão do regime autocrático financiada pelo Imperialismo.Deixou, contudo, hiatos que impõem desafios ao movimento dos trabalhadores, hoje gravemente acirramentos.A objetivação das transformações societárias gestadas em meados de 70, sobre uma classe em estado de superexploração sufocaria as utopias da disputa de hegemonia do Estado antes da materialização da efêmera constituição de 1988.Concomitantemente, a restauração capitalista açulava reorientações oportunistas dos partidos operários internacionalmente. No transcurso brasileiro, a adoção da conciliação de classes pelo Partido dos Trabalhadores(PT), e o transformismo político que culminou na sua integração absoluta ao Estado com eleição de Lula obstaculizou a construção de uma genuína consciência anticapitalista.Dialeticamente, um novo e complexo processo de reorganização social iniciou-se. Construída por organizações heterogêneas, mas obscurecido pela tendência relativista dos segmentos refratários à ação revolucionária; fortemente marcado pelo personalismo e pela burocratização de suas direções. A degradação das condições de vida e trabalho consequêntes à lógica de uma sociedade Sui generis, cujas forças produtivas disponíveis já não mais favorecem a manutenção de suas bases sustentadoras é intensificada pela abertura da onda longa recessiva em curso e coloca, demandas urgentes: como construir organizações capazes de enfrentar a subsunção do conjunto da vida social ao capital, tendo como norte a superação de sua estremadura? Essa tarefa hercúlea é ainda incontornável.Entretanto, experiências fecundas dos trabalhadores trazem a necessidade de retomar aspetos originários da insurgência, como a introjeção da luta nos espaços onde se dá a exploração e a retomada de organizações de base, para além da luta superestrutural, garantindo o controle das direções pelos trabalhadores. Essas táticas que teriam o intento de combater a degeneração histórica das organizações classistas – a burocracia e sua necessidade de conservar uma minoria aristocrática no seio da classe – eram postas em prática pelo movimento sindical metalúrgico de São José dos Campos-SP, na construção das organizações por local de trabalho(OLT). As reivindicações cotidianas no chão de fábrica deram início à oposição metalúrgica de São Paulo e ao soerguimento de uma consciência de classe para si, iniciada no debate das condições de vida e trabalho. A organização histórica das OLTs permitiu a manutenção na cidade de direitos perdidos pelo conjunto dos trabalhadores brasileiros. Esse trabalho, entretanto, sofreu injúrias graves com o desmantelamento do departamento de saúde do trabalhador, em 2015.O seguimento, responsável pela disputa política das comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA), era reconhecido pelo criação de fileiras de novos ativistas pelos próprios diretores sindicais que a findaram.Tal lástima vale ser investigadas, mas desde já sugere a crise de direção sobre a qual flutua a luta dos trabalhadores e que carece ser debatida em sua totalidade.

 
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Resistencia a los proyecto mineros e hidroeléctricos en la Sierra Nororiental de Puebla, México. Aproximación desde los conceptos de campo de poder y habitus (#4788)
Valentina Campos Cabral 1
1 - BUAP/SEP.
Abstract:
El trabajo analiza la resistencia de diferentes pueblos de la Sierra Nororiental del estado de Puebla, a partir del impulso por el Estado y empresas con capital nacional y/o trasnacional, de megaproyectos mineros e hidroeléctricos. Se revisan, a partir de los conceptos de campo de poder y habitus, la red de actores involucrados en el conflicto, sus relaciones, los elementos en disputa y las acciones contenciosas. Así, se ubicaron a los promotores y opositores a los proyectos, la configuración de las acciones por la defensa del territorio, el desarrollo de alianzas, la disposición de diferentes tipos de capitales y la modificación o permanencia de posiciones y habitus. Los resultados son producto la revisión de hemerografía, realización de entrevistas, la asistencia a foros y su sistematización en el programa Atlas ti. Se concluye que los conceptos de campo de poder y habitus son una herramienta analítica útil para dar cuenta de las características y particularidades de este conjunto de acciones colectivas y conflictos sociales como un espacio con actores y relaciones de poder a partir de contenidos diferenciales de capital y la expresión de posiciones, cuyo desenlace está en función tanto de la estructura del campo y el significado otorgado por los habitus.

 
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Mapeamento dos agrupamentos LBGTS na cidade do Natal/RN (#4794)
Rylanneive Leonardo Pontes Teixeira 1; Andreza Dos Santos Souza 2; Paola Katherine Fernandes Moura Da Silva 1;
David Barbalho Pereira 3
1 - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2 - Universidad Nacional de La Plata. 3 - Universidade Federal da Paraíba.
Abstract:
Objetiva caracterizar os agrupamentos voltados para o público de Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) em atividade no município do Natal - capital do estado do Rio Grande do Norte (RN), Brasil. Compreende como objeto de estudo as associações, grupos de estudo, coletivos organizados e demais formações inseridas voltadas para o ativismo e, em menor medida, estudos LGBT. Trata de aspectos inerentes à diversidade de arranjos institucionais dos agrupamentos mapeados, atores e instituições envolvidos, escopos de atuação, públicos-alvo, bem como interação entre eles e com o Poder Público municipal. Se apropria de aporte conceitual das áreas de participação social e movimentos sociais (GOHN, 2008), Burocracia do Nível da Rua, bem como do estudo de agenda dos modelos analíticos de ciclo/processo de políticas públicas (SARAVIA, 2006; SECCHI, 2007), no que se refere à multiplicidade de atores sociais e grupos de interesse no apontamento de questões para ocupação da agenda governamental e implementação de políticas públicas. Caracteriza-se como um estudo de abordagem qualitativa descritiva, ao passo que apresenta como principal contribuição um panorama geral da atuação dos agrupamentos, adotando como instrumentos metodológicos a pesquisa bibliográfica (temáticas consideradas no referencial teórico), análise documental (estatutos e regimentos dos referidos agrupamentos) e entrevistas semiestruturadas realizadas junto aos representantes dos grupos mapeados. Em caráter conclusivo, destaca a diversidade de arranjos inerentes aos agrupamentos LBGTs, evidenciando suas potencialidades e desafios de atuação, linhas comuns de atuação, apontando ainda questões pertinentes para o desenvolvimento de pesquisas futuras na área.

 
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O "Ativismo.com": reflexões sobre as petições online - o exemplo da plataforma Change.org (#4795)
Vilma Felix 1;
Aloizio Lima 1
1 - Universidade Federal de Pernambuco.
Abstract:
A Change.org é uma plataforma de petições on-line que traz em suas definições e objetivos, valores que se mostram fundamentais para o entendimento de um tipo específico de ativismo, onde a perspectiva de mudança parece ser o caminho para entender a sua forma de organização e funcionamento. Nossa proposta neste trabalho é compreender que tipo de ativismo está presente nesta plataforma e como ele se orienta transnacionalmente ou globalmente. Pretendemos mostrar como uma relação singular, presente na plataforma, passa a fazer parte de uma ideia mais ampla de ativismo e que indica uma relação entre o modelo das ONGs, da organização empresarial e tecnológica e um tipo de ativismo que depende da vontade individual. Iniciaremos com algumas considerações metodológicas sobre a operacionalização, seleção e construção dos dados que levantamos no período entre 20 de novembro de 2016 e 03 de fevereiro de 2017. Em seguida faremos uma contextualização mais geral, que engloba as transformações do capitalismo, em seu sentido moral, que legitimou determinados valores e como eles podem estar presentes na plataforma. Também faremos uma análise dos dados recolhidos, levantando as principais características encontradas na plataforma e em algumas petições e como elas se relacionam com alguns aspectos encontrados no ativismo de uma maneira geral. Por fim faremos algumas considerações, na tentativa de alcançar nosso objetivo inicial, que é compreender a noção de ativismo disseminada na plataforma, levando em consideração se ela lida com a ideia da trasnacionalização ou com as ações direcionadas globalmente.

 
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Economia solidária e sociabilidades: o caso de empreendimentos de Reciclagem na região centro-sul do Paraná/Brasil (#4817)
Lillian Cristina Cruvinel Torres 1; Camila Sopko 1; Jessica Gislaine Das Neves 1; Reidy de Moura Rolim 2
1 - Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG. 2 - Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Abstract:
No Brasil, as organizações coletivas de trabalhadores que executam a triagem e separação de materiais recicláveis têm se destacado como um dos maiores segmentos produtivos inseridos no movimento da economia solidária. Esses empreendimentos, compostos por catadores de materiais recicláveis que, anteriormente, buscavam o seu sustento nas ruas e lugares públicos, passaram, em grande maioria, a formar grupos que se constituíram através das mais variadas disposições sociais e jurídicas. No entanto, a multiplicidade dos sujeitos que as compõe também demonstra as tensões e diferentes formas de apropriação na implementação desses princípios (autogestão, trabalho cooperativo, solidariedade, dentre outros) nessa estrutura. Dessa forma, esse trabalho busca compreender como os trabalhadores de dois empreendimentos econômicos solidários, situados na região centro-sul do Paraná – Brasil e acompanhados pela Incubadora de Empreendimentos Solidários (IESOL), ressignificaram as práticas de economia solidária nos seus respectivos espaços produtivos. Para tanto, são analisados os contextos em que cada empreendimento fora criado, o perfil socioeconômico dos grupos, narrativas de história de vida dos trabalhadores e um questionário estruturado que aborda o ordenamento da produção e as impressões que os respondentes possuem dessa forma de trabalho. Percebe-se que as entidades se assemelham e convergem, afinal, são norteadas pelas diretrizes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCMR) e pela proposta alternativa de se trabalhar com economia solidária. Entretanto, vários fatores contribuem para o estabelecimento de divergências, influenciando, por exemplo, no arranjo da produção, na adequação de ações coletivas ou individualizadas e a repartição das sobras que se dá de forma distinta em ambos os lugares. A partir dos resultados, considera-se que a sustentabilidade de empreendimentos econômico solidários não está determinada por disposições internas ou adequações a maneiras de se produzir. A economia solidária é vivenciada de forma mais ampla, ausente de normas inflexíveis e caracterizada por práticas de sociabilidade (re)inventadas pelos seus integrantes.

 
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Estudo sobre dinâmicas de participação dos movimentos de mulheres no Brasil (#4818)
Conceição Costa 1;
Tiago Jacaúna 1
1 - Universidade Federal do Amazonas.
Abstract:
O trabalho apresenta as possibilidades e limitações da participação política da mulher, para isso torna-se necessário identificar o campo de atuação desse movimento, as conexões entre os vários movimentos de mulheres no Brasil e sua relação com o Estado. Assim, apresenta-se uma revisão teórica sobre as ações dos movimentos de mulheres desde a década de 70 no Brasil até o período atual. São analisadas produções científicas sobre movimentos de mulheres na perspectiva da categoria de gênero que tem a mulher como protagonista política. Além disso, observam-se as participações institucionalizadas a partir da sociologia relacional. Por fim, é possível compreender as dinâmicas dos movimentos de mulheres, suas múltiplas ações coletivas que criam novos sujeitos e novas relações sociais.

 
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Juventude e formas contemporâneas de mobilizações sociais: o caso das ocupações de escolas no Rio de Janeiro (#4834)
Rafael Bastos 1;
Viviane Marinho 2
1 - UERJ. 2 - UFRJ.
Abstract:
Nesse estudo nos dedicamos a fazer uma análise sobre as recentes formas de atuação dos movimentos sociais protagonizadas pela juventude brasileira, a saber, as ocupações de escolas públicas. Especificamente, analisamos o caso das ocupações estudantis da rede de educação básica do estado do Rio de Janeiro, ocorridas entre março de 2016 até junho do mesmo ano.  As pautas centrais enunciadas pelos discentes foram às seguintes:  Eleição direta para diretor e gestão democrática imediata; Fim da prova do Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro  (SAERJ);  Passe livre irrestrito, pelo direito à cidade; Reformulação do ensino, por uma escola com a cara dos estudante; E Pagamento imediato dos professores ativos e aposentados. As ocupações aconteceram em um contexto de greve de servidores estaduais, incluindo os profissionais da educação, e em um cenário de forte crise           econômica do governo do estado. Contudo, verificamos que é essencial nessa reflexão o fato da juventude que se manifestou dessa forma, construiu formas de mobilizações que desafiam a análise sobre os movimentos sociais contemporâneos. As práticas militantes dos jovens tinham como aspectos mais relevantes: o feminismo; a construção da pauta da diversidade sexual e respeito às minorias; o protagonismo feminino na organização do espaço; a autogestão da escola; questionamento do modelo de gestão escolar atual; identificação com a participação política direta; crítica ao sistema político partidário vigente; revisão do currículo escolar, ampliando a possibilidade de se debater temas transversais e contemporâneos; crítica aos partidos (inclusive os de esquerda) e entidades políticas historicamente constituídas. Temos como hipótese a ideia de que os jovens que investigamos demonstram formas de confronto e indignação com o status quo que tem significativas diferenças em relação às mobilizações do século XX, sobretudo da organização sindical do Brasil dos anos 1980. O referencial teórico metodológico é voltado para uma reflexão sobre a teoria dos movimentos sociais, assim como dedicamos atenção à categoria juventude. Esta investigação é oriunda de observações participantes que fizemos ao longo da duração das ocupações das escolas do Rio de Janeiro. O mergulho em campo sobre os acontecimentos estudados nos permitiu apontar que é fundamental uma investigação mais profunda a respeito das características das mobilizações juvenis contemporâneas, pois revelam aspectos específicos que desafiam nosso entendimento sobre mobilização social e juventude contemporânea.       

 
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Pós-jornada de 2013 no Brasil, o que fica? A experiência dos movimentos sociais em Natal-Brasil (#4875)
Lindijane De Souza Bento Almeida 1; Glenda Dantas Ferreira 1; Raquel Maria Da Costa Silveira 1;
Thaysa Taianne Belo Costa 1
1 - UFRN.
Abstract:
As Ciências Sociais há tempos chamam a atenção para o papel dos movimentos sociais na contemporaneidade, ressaltando a sua posição chave enquanto um dos atores centrais nos processos reivindicatórios que buscam alcançar transformações relacionadas à ideia da concretização de direitos e da efetivação da justiça social. Ao longo das últimas décadas, uma onda de manifestações reivindicatórias por parte da sociedade civil ganhou força no Brasil, evidenciando uma insatisfação atrelada, entre outras razões, a dificuldades na prestação de serviços básicos, à crise de credibilidade da democracia representativa e aos elevados níveis de corrupção na administração pública. Conforme Vainer (2013), essas manifestações foram uma resposta da sociedade em relação ao desafio imposto pela cidade de exceção, pela cidade-empresa e pela democracia direta do capital. A busca, agora, é pela construção de outra cidade, outro espaço público.  Nesse contexto, após as manifestações ocorridas em junho de 2013, no Brasil, o padrão de organização da sociedade civil sofreu modificações. Embora os novos movimentos sociais sejam caracterizados, em geral, por possuírem inúmeras motivações - como saúde; educação; direito à moradia; mobilidade urbana e defesa do meio ambiente, conferindo maior coesão entre tais grupos - entende-se que eles demonstram especificidades que merecem ser analisadas, principalmente no que tange ao seu modo de atuação no espaço urbano. Nesse sentido, o presente artigo objetiva traçar um panorama dos movimentos sociais urbanos na cidade do Natal/RN, entre 2013 e 2016. Como base teórica e metodológica, optou-se por utilizar Castells (2013), Gohn (2010 e 2012) e Pinto (2012), os quais possibilitam problematizar e compreender os movimentos sociais na contemporaneidade, suas características e principais resultantes. Nesse contexto, para realizar o estudo proposto, o caminho metodológico foi dividido em dois momentos. No primeiro, realizou-se uma pesquisa de mídia em dois jornais de circulação nacional, buscando conhecer as duas temáticas principais da pauta de reivindicações dos movimentos sociais no Brasil em junho de 2013. Com base nos resultados obtidos nessa etapa, conferiu-se destaque aos movimentos sociais que se relacionam à luta pela garantia do direito à moradia e à mobilidade urbana em Natal. No segundo momento, as análises tiveram como base as entrevistas semiestruturadas com representantes locais dos movimentos sociais. Nesse sentido, mais do que uma simples discussão acerca dos movimentos sociais, busca-se iluminar o debate sobre a teoria e a prática estabelecida pelos atores sociais presentes no cenário político, uma vez que, conforme exposto, ocorreram consideráveis mudanças no perfil dos movimentos sociais no Brasil a partir de 2013.

 
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Quem está engajado? mulheres e jovens no acesso as políticas públicas em assentamentos rurais do Rio Grande do Norte/Brasil (#4886)
Irene Paiva 1; Melquisedeque Fernandes 2
1 - UFRN. 2 - UFPI.
Abstract:
Os assentamentos rurais se constituem num espaço de disputa e tensão em que os sujeitos – portadores de capital político distribuído de maneira muito assimétrica entre eles – tentam imprimir seus interesses individuais especialmente nas no que diz respeito ao acesso a recursos publicos. Isso faz do conflito um estado permanente das relações, o que confere papel central ao exercício de liderança capaz de garantir coesão e organicidade às ações. Diante desse quadro surgem algumas questões: Como os marcadores de geração e gênero influenciam os tipos de engajamentos nos problemas públicos? Quais as estratégias de participação utilizadas pelos atores para  acesso e permanência às políticas publicas? Que mudanças cognitivas e morais os engajamentos nas arenas publicas têm provocado nos sujeitos envolvidos? Em linhas gerais, as experiências de participação, direcionadas para as áreas assentadas, têm como objetivo o desenvolvimento das áreas, a integração dos assentados nas cadeias produtivos e a garantia de sua independência. Nesse sentido, a noção de integração, cooperação e participação estão presentes no horizonte das políticas públicas voltadas para território do Mato Grande dista cerca de 150, Km da cidade de Natal/Brasil. Essa pesquisa parte do pressuposto de que em razão do papel que assumem na produção e reprodução familiar, jovens e mulheres tendem a se engajarem e assumirem posições de liderança nos processos participativos, em virtude do favorecimento/facilitação do transito entre assentamento e cidade, assim como pelas experiências participativas acumuladas ao longo de suas trajetórias e aproximações com movimentos sociais, sindicatos, escolas e ambientes institucionais diversos. Os sujeitos descritos apresentam um grau de engajamento que reclama uma análise mais detalhada sobre as condições objetivas da ação, motivações pessoais, ganhos individuais e coletivos. Aos processos de constituição da ação coletiva agrega-se a sociabilidade, auto-realização dos sujeitos – a partir dos significados nutridos no âmbito dos movimentos sociais –, seu status diferencial no grupo de assentados, possibilidade de acesso aos recursos materiais e trânsito entre as arenas públicas. O estudo investiga  as interações, comportamentos e relações de poder que são estabelecidas no percurso das estratégias de ação coletiva, no marco das políticas publicas para agricultura familiar. Nossa atenção estará centrada nos compromissos assumidos com as agencias, nas lógicas e dinâmicas de interações locais – ao mobilizar adeptos, ao viabilizar recursos e acessos e conferir organicidade ao grupo. A observação, descrição e a compreensão como parte da pesquisa qualitativa, são acionadas  na analise das situações vivenciadas no interior dos espaços de participação, rotinas, procedimentos burocráticos, relações com as instituições, mercados (institucionais e não institucionais), associações; disposição nas reuniões, à operacionalização dos recursos (tempo, repertórios e capital simbólico), observando os marcadores de geração e gênero.

 
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Despojo, resistencias y movimientos socio-ambientales en México (#4887)
Jorge Ceja Martínez 1
1 - Universidad de Guadalajara.
Abstract:
En México las comunidades rurales enfrentan diversas amenazas y formas concretas de despojo. Múltiples intereses de actores empresariales (legales, ilegales, nacionales y extranjeros) protegidos -por acción u omisión- por agentes gubernamentales y disposiciones normativas aquejan a cientos de miles de campesinos. Dentro de este marco de naturalización del pillaje, el territorio se ha convertido en botín y sus residentes en poblaciones sobrantes. Se estima que en poco más de una década, el Estado le ha concesionado a las compañías mineras, muchas de ellas extranjeras, entre el 25 y el 30% del territorio nacional. Sin embargo, el territorio en disputa es mucho mayor. A la par del interés por apropiarse de los minerales metálicos, no metálicos y los hidrocarburos, está el de asegurarse las zonas con potencial turístico (incluyendo bosques, selvas y costas), las fuentes de agua dulce, y, entre otros, la explotación de recursos bióticos. Sobre el territorio también ejercen presión y control los cárteles de la droga, como otros grupos delincuenciales que se disputan amplias zonas del país. Dentro de este contexto las  comunidades rurales enfrentan a poderosos adversarios. Sus luchas suelen ser silenciadas y criminalizadas y, en no pocas ocasiones, han padecido violaciones a sus derechos humanos, cometidas tanto por agentes estatales, como por grupos paramilitares. En diversas regiones y localidades se ha documentado que los empresarios actúan en connivencia con grupos delincuenciales con el fin de apaciguar las resistencias de los pobladores en contra de los proyectos extractivos, incluso acudiendo al desplazamiento forzado. En este clima de violencia, la impunidad reinante funciona como dispositivo para asegurar la reproducción de prácticas de acumulación por desposesión.             El trabajo da cuenta de la dimensión que ha adoptado el despojo territorial en el país, el papel que la clase política y el Estado neoliberal han desempeñado para hacerlo posible, así como las resistencias que los defensores del territorio han desplegado para evitar el pillaje de sus tierras, como para proteger la naturaleza. En sintonía con diversos autores que reconocen que enfrentamos una crisis civilizatoria, se busca demostrar –por medio de varios casos- cómo los defensores del territorio son, hoy por hoy, uno de los principales actores en defensa de la vida, no sólo por las acciones que emprenden para hacer frente al despojo, sino también por los valores de trabajo comunitario y de respeto por la naturaleza que practican y resguardan.

 
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Las luchas en contra de la acumulación por desposesión: el caso de los movimientos de resistencia a las presas hidroeléctricas en el centro de Veracruz (#4899)
Manuel Hernández Pérez 1; Jemyna Rueda Hernández 2
1 - Facultad de Sociología-SEA de la Universidad Veracruzana. 2 - Instituto de Investigaciones en Educación de la Universidad Veracruzana.
Abstract:
En la fase del capitalismo por despojo las regiones y sus recursos se ubican en el centro de los procesos de  acumulación por parte de grupos económicos dominantes. Desde el 2010 en la parte central del estado de Veracruz, México, se desarrollan proyectos hidroeléctricos con la finalidad de generar energía con fines privados. En este estudio se analizan tres casos representativos de dichos proyectos: la presa de Zongolica, que ya está en funcionamiento; y los proyectos de las presas de El Naranjal y Jalcomulco, que hasta el momento se encuentran detenidas ante el rechazo de las comunidades que se verán afectadas por su instalación. En el presente trabajo se analizan los pormenores de dichos proyectos hidroeléctricos y la acción colectiva que grupos de pobladores, miembros de ONGs y académicos han emprendido para alertar a la sociedad sobre los riesgos que conlleva que estos proyectos se concreticen: despojo de tierras, retención del agua para la generación de energía con fines privados y afectación del entorno ecológico. El método utilizado para esta investigación está enmarcado en un análisis cualitativo, las técnicas de recolección de datos son el análisis documental, la observación y la entrevista. La perspectiva teórica parte del análisis de la acción colectiva retomando los planteamientos de Alain Touraine y Alberto Melucci, quienes plantean que las acciones emprendidas por los actores sociales no deben ser vistas como un actor unificado y homogéneo. Desde la perspectiva teórica de estos autores, las acciones colectivas surgen y desaparecen y están constituidas por actores diversos que actúan de forma conjunta por ciertos objetivos, donde no todos participan de forma permanente. Las acciones colectivas no sólo existen porque se den a conocer públicamente, sino que también en los momentos de latencia en que refuerzan sus lazos, se construyen redes y se crean valores. Asimismo se retoman algunos elementos del enfoque ecopolítico para entender la complejidad de las relaciones territoriales y socio-ambientales, porque el territorio hay que concebirlo como el producto de un conflicto; el cual genera una redefinición constante de los principios de identidad y de praxis de los actores involucrados. Por último se retoman algunos planteamientos de David Harvey sobre cómo se reproduce el capital localmente; donde la producción de energía hidráulica en México es un buen ejemplo de cómo los diferentes niveles geográficos (escalas) de la producción y reproducción económica y social, se enfrentan en la construcción del paisaje y de sus formas de organización.