08:00 - 10:00 Presentación de PONENCIAS
05. Desarrollo Rural y cuestión agraria | Tema Juventudes |
Tuesday 05/12 | 08:00 - 10:00 | Fac. Derecho | 28 |
Jóvenes y juventudes en contextos rurales: relaciones intergeneracionales, normativa y desarrollo agroindustrial (#2444)
Luisina Castelli Rodríguez 11 - Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, UdelaR.
Abstract:
En el transcurso de las últimas décadas los jóvenes que habitan escenarios rurales han captado el interés de los estudiosos del mundo rural. Los efectos en las tramas sociales de las políticas neoliberales de los años '90, la tecnificación de los modos de producción, la expansión de los complejos agroindustriales y las transformaciones de las dinámicas temporales, territoriales y socio-culturales acarreadas por las tecnologías de comunicación, no son aspectos ajenos a la introducción de variantes en las valoraciones sociales en torno a la juventud. En los contextos rurales los jóvenes ocupan una posición social controversial, pues ellos experimentan en primera línea los cambios del mundo del trabajo e incorporan las pautas de consumo, pero también heredan los valores y conocimientos de las generaciones anteriores. Cabe preguntarse entonces ¿cómo es ser joven en los escenarios rurales contemporáneos? ¿qué relaciones existen entre los cambios devenidos de la esfera económica y de producción y las vidas concretas de los jóvenes? ¿en qué planos aparecen continuidades y rupturas entre las distintas generaciones? ¿cuáles son, en estos espacios, los atributos que adquiere la juventud? En suma ¿cómo se configuran las relaciones entre generaciones con respecto a los cambios de las matrices productivas del medio rural? Interesados en estas cuestiones, esta ponencia propone explorar las vidas de los jóvenes de una localidad rural del litoral uruguayo, presentando hallazgos de un estudio etnográfico desarrollado entre 2014 y 2015. Se analizará cómo incide en las trayectorias de vida de estos sujetos la trama construida en las últimas décadas por el desarrollo de las agroindustrias citrícola y forestal en la zona, la incorporación de normativa sobre empleo juvenil y los cambios generacionales en los valores y los modos de vida de los habitantes del centro poblado. Se busca aportar al debate teórico sobre la construcción social de las juventudes, poniendo el foco en los cambiantes escenarios rurales contemporáneos, privilegiando las conexiones entre territorios y sujetos sociales.
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Juventude rural e permanência: ruralidades e urbanidades representadas no Extremo Oeste de Santa Catarina (#2824)
Rodrigo Kummer 11 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Abstract:
Considerando as metamorfoses pelas quais os espaços rurais brasileiros têm passado no último século – e continuam neste – é premente interpor análises acerca de suas novas feições. O suposto esvaziamento do meio rural, alardeado também como “fim do rural”, melhor pode ser lido como a formação de novas organizações sociais. Verificam-se no país novos arranjos no meio rural. São eles os mais diversos, sejam eles capitaneados por movimentos migratórios; pela reforma agrária; tecnificação; agronegócio; agroecologia; pluriatividade; etc. Porém, uma das variáveis muito recorrentes é a que envolve os jovens do meio rural. Oscilantes entre a migração e a permanência se tornam objeto prioritário para pensar a “nova ruralidade brasileira” a partir das representações que tecem em torno da ruralidade e da urbanidade. Historicamente verificou-se um movimento tendencial de saída de jovens do meio rural para às cidades. Esse processo tem sido robustamente discutido e mapeado. Todavia, na última década parece que o ritmo dessa saída tem diminuído e o número de jovens que permanece no meio rural tem aumentado. Considerando essa conjuntura é pertinente questionar os fatores que influenciam esse processo de permanência. A questão central aqui é, portanto, discutir e problematizar por que os jovens rurais do Extremo Oeste de Santa Catarina, a partir da década de 2000, parecem manifestar uma disposição para permanência no campo, contra uma tendência ainda recente de migração. Analisar as representações tecidas em relação a esses cenários e refletir sobre os imaginários e percepções acionadas é uma ferramenta profícua para melhor compreender que ruralidade e que sociedade se está gestando na contemporaneidade. Nesse sentido, lança-se mão de uma abordagem de pesquisa qualitativa, vinculada a coleta de entrevistas e análise discursiva.
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Da invisibilidade da juventude rural à invisibilidade do contexto rural: relações entre educação e projetos de vida de filhos de agricultores (#3711)
Flavia Mendes De Andrade E Peres 1; Ezequiel Alves Barbosa
21 - Universidade Federal Rural de Pernambuco. 2 - Universidade Federeral Rural de Peernambuco.
Abstract:
A categoria juventude rural vem despertando interesse de diversos pesquisadores, como eixo norteador a partir do qual as vivências dos jovens conferem sentido a outras categorias, como analisadas neste estudo - projeto de vida e educação. Esta pesquisa objetivou compreender algumas contradições nas condições materiais de existência de jovens rurais que se refletem em seus projetos de vida. Ancora-se em uma abordagem histórico-cultural, cuja visão de sujeito não se fixa em um marcador geracional, pois considera as múltiplas situações dos jovens e os determinantes históricos de sua condição. Para a pesquisa aqui apresentada, essa abordagem permite entender a diversidade de juventudes, a flexibilização das subjetividades e os diferentes caminhos advindos de combinações não dicotômicas, como estudo-trabalho, rural-urbano. Convergente com esse enfoque, o conceito de projetos de vida é amplamente discutido, estendendo-se para além dos aspectos profissionais. Portanto, tais projetos se fundam em planejamentos sobre o futuro pautados por escolhas e metas, como as presentes nos dilemas sobre permanecer ou não no campo. 80 alunos do 3º ano do ensino médio responderam ao questionário estruturado para a pesquisa. Sua escola situa-se na zona urbana do município de Orobó, no estado de Pernambuco, nordeste do Brasil. O contexto analisado configura um campo de possibilidades típico de territórios rurais brasileiros, pois são raras as escolas de ensino médio, e os jovens filhos de agricultores necessitam diariamente deslocar-se para a zona urbana, onde devem concluir a educação básica. Por meio da análise de conteúdo e do cruzamento dos dados sob um olhar eminentemente qualitativo, constata-se que os jovens rurais participantes indicam os contextos urbanos como o lugar em que seus projetos de vida podem ser realizados, demandando esforços para uma migração da zona rural para as cidades, às vezes situadas em outras regiões. Eles já não identificam na profissão de agricultor o seu futuro profissional, e a continuidade dos estudos na cidade, juntamente com as oportunidades de emprego e lazer são destacadas como as principais motivações para a migração. A invisibilidade do jovem rural, que culmina na precariedade ou ausência de políticas públicas contextualizadas para os territórios campesinos, acaba por tornar o próprio campo em que nasceram e se desenvolveram invisível para esses sujeitos. Mediados por significados urbanos, a saída do campo parece ser o único caminho possível. As relações estabelecidas nas análises parecem convergir com a ideia de que a migração não é um problema em si, pois há legitimidade e posicionamento dos jovens em suas ações, mas torna-se categoria interpretativa neste estudo, pois além do projeto de vida, os jovens orientam-se para um projeto de sociedade, internalizado sem reflexão crítica. E, nesses projetos, o território rural não é valorizado como lugar de vida.
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Desenvolvimento rural em área de conservação: a “não identidade” ausência da juventude na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, Estado do Pará - Brasil. (#4516)
Maria Do Carmo Da Silva Dias 11 - Universidade de Coimbra.
Abstract:
A Resex Tapajós-Arapiuns é uma unidade de conservação de uso sustentável, criada em 1998 (decreto s/n de 06 de novembro de 1998) como o propósito garantir os meios e formas de vidas das populações tradicionais que vivem do extrativismo e da agricultura de subsistência. Localizada na Região Amazônica, Estado do Pará – Brasil, municípios de Santarém (453.327ha, 66%), e Aveiro (194.283ha – 34%), possui área de 647.610ha pertencente à União. A gestão dar-se pelo Plano de Manejo, construído pelas 72 comunidades da RESEX, sobre a coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com a Organização das Associações da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (TAPAJOARA). A identidade da RESEX e com a agricultura familiar e com o meio ambiente. Entretanto o avanço das tecnologias asseguram conhecimentos que possibilitam questionas aquela realidade de trabalho. Apresentam possibilidades de vida e trabalho com a tecnologia serviço dos homens, pois o extrativismo, a agricultura familiar não dispõe de recursos tecnológicos capazes de tornar a atividade mais rentável e amena para as populações locais. Não dispõe de estradas e meios de transporte tendo “baixar a produção da floresta para a beira dos rios nas costas”, declaram. Isso tem afastado os jovens da RESEX e diminuído a produção, o mais velhos já não dão conta do trabalho pesado. Podendo se afirmar a existência um vaco de jovens de 20 a 30 anos. Eles preferem buscar emprego nas cidades (geralmente empregos precários ou assalariados), que trabalhar nas roças com tecnologias rudimentares. Estes são elementos parciais da pesquisa de campo em fase de realização, para monografia de obtenção do título de pós-doutora, pela Universidade de Coimbra – Portugal.
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Juventudes y agro extrapampeano argentino. Búsqueda de nuevas dimensiones para su abordaje. (#4821)
María Virginia Nessi 11 - Área de Estudios Rurales. IIGG- UBA.
Abstract:
El concepto de la juventud, como segmento específico de la población, empieza a problematizarse en la modernidad, desde distintas disciplinas, aportando perspectivas disimiles para abordar este sector de la población. Principalmente, en sus inicios, se vinculaba fuertemente a los procesos de urbanización que impactaba en las trayectorias de los individuos. De esta forma, partiendo de la base de que la dicotomía rural-urbano (y su consecuente asimilación de los pares rural–agrario y urbano-industrial) no tiene capacidad explicativa para la realidad argentina, este trabajo se propone reconstruir los abordajes existentes que brinden herramientas para estudiar el agro extrapampeano argentino. Así, se trabajará en una revisión teórica crítica de la bibliografía y documentos que han analizado esta temática desde distintas ciencias sociales y humanas, en pos de sistematizar elementos para definir quiénes son y qué características tienen estos jóvenes, cuya inserción laboral se halla vinculada al agro extrapampeano argentino. Especialmente, se tomarán en consideración aquellos estudios que vinculen el trabajo con la educación. Este trabajo se orienta a sentar los antecedentes de una investigación de posgrado en curso acerca de los proyectos de vida de jóvenes trabajadores en la fruticultura del Valle Medio del Río Negro en Argentina, en relación a sus trayectorias y estrategias laborales y educativas. De este modo, a partir de este recorrido, se busca clarificar y perfeccionar las preguntas de investigación y conceptualizar nociones centrales para este tema de estudio.
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Jóvenes y empleo rural en México (#5297)
Felipe Contreras Molotla 11 - UNAM.
Abstract:
La juventud rural en América Latina vive procesos sociales y económicos que les ha restringido la posibilidad de insertarse en el mercado de trabajo en empleos estables y bien remunerados, por el contrario, son los que viven un mayor desempleo en comparación con la población rural adulta y son los que cuentan con una mayor escolaridad en comparación con sus padres. La escolaridad que han adquirido no ha sido suficiente para que los jóvenes rurales compitan en el mercado laboral. Aunado a ello se ha restringido su participación en el acceso a las tierras de cultivo, en gran parte de los casos, han sido fragmentadas y son insuficiente para retenerlos en sus lugares de origen, por lo que se ha estimulado un proceso de movilidad escolar y laboral. Existe un conjunto de desventajas en el acceso y la calidad de la infraestructura entre los jóvenes rurales en comparación con los jóvenes urbanos, por ejemplo, el acceso a las instituciones educativa de nivel superior, en la mayoría de los casos, se encuentra fuera de la localidad de origen, por lo tanto, las familias establecen estrategias migratorias acompañada del apoyo del paisanaje en los lugares de destino. El objetivo de este trabajo es presentar las características sociodemográficas y ocupacionales de la población joven rural de México entre 1990 y 2015. Realizar un balance sobre la evolución de las características que marcan la transición a la vida adulta, considerando los procesos de exclusión y desigualdad que se han afianzado en las últimas décadas. Se considera a la población rural como aquélla que se encuentra residiendo en localidades menores de 2 mil 500 habitantes. Se utiliza como fuente de información los microdatos de las muestras Censales de Población de 1990, 2000 y la Encuesta Intercensal 2015. La población considerada como joven es la que se encuentra entre los 15 y 29 años de edad. Entre los resultados destaca el cambio en la estructura de la población rural en estos 25 años, se muestra una mayor presencia de personas en edad de trabajar, que continuaran ejerciendo presión en el mercado de trabajo, a pesar de que en él prevalece una demanda limitada de mano de obra. La escolaridad y la capacitación son factores que se deben promover con mayor intensidad entre la población rural, sobre todo entre los jóvenes que son los que se encuentran en una etapa de vulnerabilidad y de exposición frente a las actividades ilícitas como una alternativa en la generación de recursos. La escolaridad entre los jóvenes rurales es insuficiente para competir en el mercado laboral por empleos estables y bien remunerados.
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Apuestas y necesidades de la Juventud Rural en Colombia (#6367)
MARIA CAROLINA MARTINEZ RODRIGUEZ 11 - Universidad El Bosque (Colombia). Universidade Federal Rio Grande do Sul (Brasil)..
Abstract:
La juventud como problema de estudio ha sido objeto de múltiples miradas a través de un gran número de investigaciones en Colombia y el mundo. De hecho, se ha producido un fenómeno de especialización en la planeación de la política pública de juventud expresada en la creación de entidades dedicadas exclusivamente al tema. No obstante, ha sido la juventud urbana la que ha acaparado en gran parte la atención, tanto de la investigación académica como de la política pública. La categoría "joven" o "juventud" va más allá de ser una definición para explicar las condiciones de un grupo social, cuya característica común es pertenecer a un determinado rango de edad. Nuestro esfuerzo es más bien tratar de comprender el concepto de juventud atado a las dinámicas de reproducción de los grupos sociales, tal como lo problematizó Pierre Bourdieu. Definir a los jóvenes rurales lleva a la pregunta sobre cuáles relaciones sociales pugnan por cambiar o mantenerse en la sociedad rural y cómo los jóvenes de las zonas rurales de Colombia desarrollan estrategias de cambio o reproducción. Esto obliga a analizar la juventud a partir de un marco de referencia más amplio que el usual (la vida en la ciudad, los espacios de socialización en la escuela, la moratoria social, la pertenencia a subculturas específicas), para comprender otras posibles juventudes, que incluyan a las jóvenes y a los jóvenes que han desarrollado sus proyectos de vida en territorios rurales. Esta ponencia aborda la descripción sobre quiénes son los jóvenes rurales en Colombia y se formula una propuesta interpretativa sobre los cambios y continuidades que los interpelan. La información analizada en este documento fue obtenida de primera mano en visitas realizadas en Bogotá, en el departamento de Boyacá (región andina) y en el departamento de Putumayo (región amazónica). Todo ello en el marco de una consultoría realizada para el Programa de Naciones Unidas para el Desarrollo- PNUD Colombia en el año 2014.
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Cultivos flexibles y explotación laboral de jóvenes rurales en dos países de América Latina (#7535)
Robinzon Piñeros Lizarazo 11 - FCT/UNESP.
Abstract:
La expansión territorial del agrohidronegócio en América Latina en las últimas décadas ha sido potenciada por la exportación de commodities agrícolas como soya, banano, flores, azúcar y aceite de palma, entre otros, así mismo, para la producción de agrocombustibles extraídos de la caña de azúcar, soya y palma de aceite. Esta fase está relacionada con la reestructuración del capital y la agroindustria, la cual ha profundizado la movilidad del trabajo de campesinos, comunidades indígenas y de afrodescendientes, los cuales son despojados de su tierra y/o territorio encontrando en el asalariamiento rural una posibilidad de subsistencia con condiciones de trabajo altamente precarias. Este trabajo presenta un análisis de la clase trabajadora joven, entendida etariamente entre los 18-29 años, y como una interseccionalidad de clase. El objetivo es debatir las condiciones de trabajo y la invisibilidad de estos sujetos sociales en América Latina, los cuales cuantitativamente se destacan entre los asalariados rurales y cualitativamente son el foco de atención del capital por sus condiciones físicas y sociales para ser explotados en ciertos monocultivos y procesos agroindustriales. Para ilustrar esta realidad son presentados datos cuantitativos agregados sobre trabajadores rurales y analizadas las trayectorias de jóvenes asalariados en la caña de azúcar en Brasil y en la Palma de Aceite en Colombia. La metodología utilizada se basa en análisis de bibliografía, bases de datos y entrevistas con trabajadores jóvenes y otros funcionarios de las empresas que actúan en las áreas de los casos estudiados.
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FICAR OU SAIR DO CAMPO, SER OU NÃO SER AGRICULTOR: DILEMAS DE JOVENS RURAIS DO SERTÃO SERGIPANO (#7967)
Isabela Gonçalves de Menezes 1; Paulo Sergio da Costa Neves
1; Natália Alves
21 - Universidade Federal de Sergipe. 2 - Universidade de Lisboa.
Abstract:
Um grande dilema dos jovens rurais é se devem permanecer em suas comunidades onde certamente sacrificariam oportunidades educativas e econômicas ou migrar para centros urbanos com mais opções. Este artigo levanta essa discussão, tomando por base recorte de tese de doutorado em educação, fruto de pesquisa qualiquantitativa e compreensiva cujo objetivo foi investigar o sentido que jovens rurais dão à experiência de escolarização, que expectativas profissionais estão construindo e seus discursos sobre identidades e individualizações. O universo de estudo foi constituído de jovens rurais estudantes do último ano do ensino médio regular em escolas urbanas de Poço Redondo e Nossa Senhora da Glória, municípios do sertão sergipano. No ano letivo 2015, realizou-se a coleta de dados por meio de questionário, entrevistas e grupos focais a um total de 80 jovens rurais. Da análise das informações obtidas conclui-se que um percentual elevado afirma gostar do campo, mas fica dividido entre sair e permanecer. Os que tencionam ficar gostam da tranquilidade do campo, já os que pensam em sair se preocupam diante da pouca perspectiva de emprego no meio rural e alegam a busca de melhoria de vida. Entretanto, para eles, sair não significa rejeição ao meio rural e permanecer não significa ser agricultor, já que nenhum jovem espontaneamente indicou aspirar essa profissão. Quando perguntados se gostariam de ser agricultores a maioria respondeu “não”, não obstante parte considerável das jovens rurais estudantes em Nossa Senhora da Glória tenha se mostrado interessada em permanecer no campo e assumir a propriedade dos pais, bem como os rapazes de Poço Redondo. O meio rural do sertão sergipano tem mudado muito e já não absorve apenas o aspecto do trabalho agrícola. A maioria dos jovens pesquisados tem referências de identidade da produção rural, mas o fato de cursarem o ensino médio em escolas urbanas resultou em mudanças. Quanto a saber exatamente o que querem, foram bastante moderados e não foram poucos os que afirmaram ser inútil fazer projetos, embora a maioria tenha indicado que gostaria de ter um negócio próprio, ou seja, empreender.
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Trabalho e juventude: a produção de tabaco no Paraná/Brasil (#8515)
Tarcila Kuhn 1; Alfio Brandenburg
11 - Universidade Federal do Paraná.
Abstract:
Com mais de 150 mil famílias produtoras de tabaco no Brasil, o país ocupa a vice liderança em produção mundial da folha e é o maior exportador do produto. Os produtores de tabaco estão inseridos no que chamamos de agricultura familiar, ou seja, famílias rurais que tiram 80% (ou mais) de sua renda da agricultura e que contam com a mão de obra de todos os membros da família para desenvolverem serviços em suas propriedades. Os agricultores familiares que trabalham na fumicultura estão inseridos no sistema integrado de produção, isso significa que as empresas fornecem insumos, assistência técnica e garantem a compra da safra de tabaco produzido, enquanto os fumicultores por sua vez, devem produzir exclusivamente para a empresa a qual estabelecem contratos e produzir o montante de tabaco pré estipulado no contrato. Podemos definir esta relação de empresa e fumicultor como uma relação de interdependência, dessa forma, se faz necessário refletir sobre a representação social do trabalho na produção fumageira. É central destacar que conforme o tema vem sendo estudado desde 2013, se torna possível afirmarmos que a categoria trabalho tem representação social diferente para jovens e adultos pertencentes a mesma família de produtores de tabaco. Desta forma, o objetivo deste artigo é entender porque a representação social do trabalho na produção de tabaco para jovens e adultos pertencentes a agricultura familiar do estado no Paraná/Brasil é diferente; a maneira que esta categoria se constrói e o arcabouço de relações que envolvem a vida de jovens e adultos que os fazem perceber esta representação de maneira distinta, de forma que jovens entendem o trabalho na produção de tabaco como algo negativo e adultos como algo positivo, assim, buscamos entender os pormenores que cerceiam esta representação. Tendo na História Oral nossa principal ferramenta metodológica, através de um entendimento sociológico da categoria trabalho na produção de tabaco, procuramos entender os anseios, projetos de vida e expectativas dos jovens e adultos inseridos na agricultura familiar do Paraná. Como prisma teórico, olhamos para as questões adjacentes a esta temática a partir de autores como André Gorz, Celso Furtado, Ulrich Beck, Pierre Bourdieu, Joan Martínez Alier e Maria de Nazareth Baudel Wanderley e Valmir Luiz Stropasolas, alinhando-nos com suas discussões sobre trabalho, globalização, sociedade de risco, habitus, injustiça ambiental, intercambio ecologicamente desigual, agricultura familiar e juventude rural para então problematizar a representação social do trabalho na produção de tabaco para os jovens e adultos fumicultores do Paraná/BR.
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Relevo generacional en el sector rural: una experiencia co-construida Familia, Jovenes y asociaciones productoras. Departamento de Caldas- Colombia (#8652)
Zoraida Cardenas 11 - Universidad de Caldas.
Abstract:
La realidad del campo colombiano se caracteriza por el ausentismo de los jóvenes, a partir de lo cual se ha gestado una serie de iniciativas que buscan atraer los jóvenes al campo, el estudio Visión Social Colombia (2014) plantea que el relevo generacional depende de que los jóvenes decidan y quieran quedarse en el campo como agricultores o que mantengan una relación con la producción agropecuaria. Esa decisión es el resultado de la experiencia individual; si el joven considera que es posible satisfacer sus expectativas de bienestar manteniendo la relación con dicha producción, es posible que quiera quedarse. En el caso contrario, buscará irse y lo hará, aún en condiciones precarias. Este es el punto de partida para incorporar en las propuestas de acompañamiento social al sector rural, el trabajo de Educación – Acción con familias desde una perspectiva intergeneracional, que permita abordar la realidad particular de los jóvenes, según las oportunidades de acceso a recursos en sus familias y entornos cercanos, que posibiliten activar las oportunidades de construir mundos posibles en el sector rural, con las expectativas de las mujeres y los hombres jóvenes de hoy, a partir de abrir canales de escucha, encuentro e intercambio en los cuales se contemple la participación de las y los jóvenes, sus familias, al igual que actores locales como asociaciones- cooperativas como estrategias para visibilizar las capacidades y recursos de las mujeres y los hombres jóvenes en pro de fortalecer escenarios de relevo generacional y desarrollo local. Esta experiencia, se gesta en el trabajo articulado del centro de acompañamiento a las familias y la Facultad de Ingenierías de la Universidad de Caldas para proyectar desde los escenarios familiares acciones de fortalecimiento de las capacidades individuales y colectivas (familias y asociaciones) para promover el desarrollo de acciones en favor del relevo generacional a partir de la dinamización de espacios de encuentro, gestión cooperada, formación a través de ferias itinerantes y giras de aprendizaje como estrategia de sostenibilidad asociativa y desarrollo local.
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O ACESSO DOS JOVENS RURAIS AO ENSINO SUPERIOR E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO RURAL DO CARIRI PARAIBANO. (#8935)
PAULO Maria de Assunção Lima de 1; CLEMENTINO Jurani Oliveira
2; LEITE Carlos Edísio Torres
31 - Universidade Federal de Campina Grande- UFCG. 2 - Centro Universitário do Vale do Ipojuca - UNIFAVIP. 3 - Universidade Federal de Campina Grande - UFCG.
Abstract:
A pesquisa que deu origem a este trabalho teve como objetivo verificar a inserção de jovens rurais em três cursos do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido pertencente à Universidade Federal de Campina Grande, localizado no campus de Sumé, município da microrregião do Cariri Paraibano - Nordeste do Brasil, e buscou compreender os projetos profissionais e de vida desses jovens e sua relação com o desenvolvimento rural da região. O acesso à educação superior é uma das dificuldades para os jovens rurais dos pequenos municípios e dos seus meios rurais. Em 2006 o governo Federal lançou o programa de interiorização e reestruturação das Universidades Federais, o que levou muitos jovens dos pequenos municípios a terem acesso mais fácil à educação superior. Entendemos que o rural não pode mais ser entendido apenas como agrícola e que seu desenvolvimento depende de políticas territoriais que integrem rural e urbano. Neste sentido, a formação superior, mesmo em cursos que não são ligados a atividades agrícolas, podem contribuir com o desenvolvimento do meio rural. Utilizamos entrevistas com 12 jovens rurais estudantes dos cursos de Educação do Campo, Licenciatura em Ciências Sociais e Agroecologia, através das quais analisamos suas trajetórias de vida, relações familiares, condições das famílias, projetos profissionais e de vida buscando relacionar com a nossa compreensão de desenvolvimento rural. Como resultados, percebemos que os jovens rurais estudantes dos cursos reconhecem a importância da interiorização como uma revolução nas suas expectativas profissionais futuras e nas suas visões sobre o mundo e sobre a região.