Abstract:
O presente trabalho problematiza fundamentalmente a intricada relação estabelecida entre a propagação do movimento anarquista, na passagem do século XIX para o século XX na América Latina, densamente articulada à divulgação da imprensa alternativa e às diversas ações educativas que se desdobram deste movimento. Propõe-se como emblema desse processo, a comparação entre dois países latino-americanos: Brasil e Argentina. Trata-se, portanto, de uma proposta de pesquisa que visa a compreensão, mediante a análise de periódicos publicados nas duas décadas finais do século XIX e duas décadas iniciais do século XX, do como se deu o processo de propagação do movimento anarquista por meio da imprensa anarquista e pela constituição de espaços educativos, tais como bibliotecas populares, escolas (Modernas/Racionais), festas etc. O referencial teórico apresentado refere-se ao levantamento da produção dos estudos relacionados ao processo social, histórico e pedagógico em que insere ao movimento anarquista nos contextos mencionados. Com a intenção de realizar um estudo calcado em uma perspectiva crítica de análise, será realizada a busca do aparato conceitual que melhor delimite o problema e o contextualize dentro das especificidades sociais e históricas, mediante a leitura das obras fundamentais que abordam a especificidade dos conceitos e categorias de análise do problema, bem como a leitura atenta das narrativas dos sujeitos envolvidos com este processo. Desse modo, a fonte primária os estudos dos seguintes periódicos: “A Lanterna”, “Terra Livre” e “La Battaglia” no contexto brasileiro; “La Protesta” / “La Protesta Humana”, “El Oprimido” e “La voz de la mujer” no contexto argentino. O suporte teórico e metodológico serão voltados ao pensamento social, histórico e político em uma perspectiva comparada buscando apreciar em profundidade e criticidade. Espera-se com esta pesquisa contribuir para a produção pertinente aos estudos acerca da relação do movimento anarquista, a imprensa operária e as ações educativas dentro do período citado, e com isso a retomada de alguns conceitos importantes para análise do processo educativo que se constitui na América Latina, bem como a compreensão dos processos sociais e históricos que constituíram o anarquismo como importante movimento social desse período.

Abstract:
Las prácticas políticas de los jóvenes -al menos en el contexto latinoamericano- toman canales expresivos y organizativos, no siempre vinculados con la política tradicional institucionalizada. En este sentido, las expresiones culturales cobran protagonismo en la participación de los jóvenes en el espacio público. Anidando en ellas sentidos políticos, en tanto se configuran como producciones propias que los jóvenes motorizan, y que inciden en el espacio público. Particularmente, en la provincia de Córdoba (Argentina), una de las movilizaciones que expresa de manera contundente esas particularidades de la politización juvenil, es la Marcha de la Gorra (en adelante MDG). La misma puede pensarse como una acción colectiva juvenil, en tanto es una expresión pública y polemizante, que se despliega en las calles céntricas de la ciudad. Se realiza desde el 2007, convocando a un amplio conjunto de organizaciones (territoriales, sociales, partidarias) y colectivos; articulando y visibilizando un nutrido conjunto de demandas. Las formas expresivas de protesta que la componen, encuentran una manera particular de visibilizar los conflictos sociales; poniendo en juego un trabajo político de disputa e impugnación de imágenes y sentidos construidos hegemónicamente en torno a las juventudes de sectores populares. Así, la cultura popular adquiere protagonismo, en tanto se busca reivindicar y recrear aspectos de la identidad juvenil popular, otorgándole a la MDG unos rasgos específicos y locales, que la hacen única en el territorio argentino. En esta comunicación, nos centraremos en los grupos de música que participan de la MDG, pensando que la producción musical de estos grupos, se constituye como un modo, un canal de denuncia, y para testimoniar una(s) forma(s) de vivir. Así, nos interesa discutir respecto de los sentidos que los jóvenes que integran dichos grupos de música, construyen en torno a su experiencia de participación en la MDG. También, buscamos explorar las modalidades particulares en que cada grupo de música se apropia de las demandas que se expresan en la Marcha. Y además, analizar los aportes específicos que estas expresiones culturales hacen a la MDG, en torno a sus demandas y estrategias expresivas y simbólicas; preguntándonos por la relación entre estas formas de expresividad de los jóvenes y los impactos políticos de la MDG. Metodológicamente, realizamos una etnografía de eventos – en el sentido de Borges-, de la 10 edición de la MDG, de la cual resulta un nutrido corpus integrado por: observaciones y registros in situ, “conversaciones-en-marcha”, registro fotográfico y audiovisual, y entrevistas “post-marcha”.

Abstract:
En el año 2015, en el Valle de San Quintín ubicado en la península de Baja California, muy cerca de la frontera con Estados Unidos, estalló sorpresivamente uno de los movimientos sociales más beligerantes y amplios de México (20 mil personas fue el cálculo más conservador). La base social del movimiento estuvo constituida por jornaleros y jornaleras que trabajan en el modernísimo enclave agroexportador del Valle, pero el movimiento no fue convocado por ningún sindicato sino por una alianza de organizaciones sociales; exigían aumento salarial y cumplimiento de derechos laborales pero también incluyeron demandas sociales para las comunidades donde habitan, cese al hostigamiento sexual que padecen las jornaleras y fin a la discriminación étnica, pues la población del Valle es inmigrante indígena y mestiza del Sur rural del país, cuyo origen étnico-cultural ha sido motivo de segmentación en el mercado laboral y de trato racista en los espacios social y político. La ponencia que ahora presento, proviene de un proceso de investigación participativa realizado, por un lado, con un grupo de exjornaleras (Mujeres en defensa de la mujer) que difunden y defienden derechos laborales, sexuales y reproductivos, y por una vida libre de violencia para las mujeres del Valle de San Quintín, y por otro, de entrevistas a diversos actores que participaron en el movimiento de 2015 y que continúan su labora organizativa. Al centro de mi reflexión coloco la intersección de desigualdades de clase, género y pertenencia étnica, en la producción del orden social en enclaves agroexportadores como el del Valle de San Quintín; pero también reflexiono sobre la conformación de sujetos sociales que politizan sus malestares y gestan movimientos articulando una perspectiva de clase (más allá de las relaciones laborales y económicas), al tiempo en que afirman sus pertenencias étnicas y de género, integrando y disputando espacios sociales, laborales y políticos. La experiencia del Valle de San Quintín permite cuestionar visiones rígidas o restringidas del sindicalismo rural y de los movimientos sociales.

Abstract:
  Nas últimas três décadas do século XX, o cenário de crise do Estado de Bem-Estar Social foi acompanhado por processo de disseminação do neoliberalismo, marcando nova fase de acumulação capitalista. Tal mudança de eixo e a flexibilização da produção contribuíram para minar o poder de organização dos trabalhadores, colocando ao movimento operário desafio extraordinário de lidar com a nova lógica e resistir às transformações (WEBSTER e LAMBERT, 2005, p. 81-100). No Brasil, o ano de 2013, diante da conjuntura local e da influência do contexto internacional (GOHN, 2015), foi marcado pela maior sequência de protestos desde 1992 (GRIPP, 2013). Entre junho e dezembro, uma marola de 4 a 6 mil pessoas se converteu numa onda de 1,5 milhão em mais de 120 cidades (ARANTES, 2014, p. 276) e foram realizadas diversas manifestações, marcadas pela ação direta, autônoma, pelo choque direto, confrontos “sem mediações”, num processo onde as pessoas assumiram coletivamente as rédeas da organização de seu próprio cotidiano (ARANTES, 2014, p. 281). “Emergiram novos espaços e atores que levaram a um aumento da conflitualidade no espaço público e a um questionamento dos códigos, sujeitos e ações tradicionais que primaram no país durante as últimas duas décadas” (BRINGEL e PLEYERS, 2015). Reflexo a tal conjuntura, em março de 2014, os garis cariocas deflagraram greve fora do sindicato oficial. Os efeitos da ausência de recolhimento de milhares de toneladas de lixo foram piorados pelas chuvas de março e alcançaram repercussão internacional. Somando-se à paralisação das atividades, o movimento realizou grandes marchas de protestos no Centro do Rio de Janeiro, com participação e apoio de demais movimentos sociais e da sociedade civil. Diante da irredutibilidade do movimento, sua representatividade e legitimidade foram institucionalmente reconhecidas, passando a integrar mesas de negociação coletiva e alcançando o maior reajuste salarial da história da categoria, além da reversão das demissões de trabalhadores grevistas. O caso desperta especial atenção pois o movimento trouxe novidade ao cenário institucional, marcado pela ação direta, autônoma e pelo reconhecimento da legitimidade do movimento de trabalhadores formado à margem do sindicato oficial. O trabalho, então, se propõe analisar o movimento dos garis cariocas desde a greve de 2014 e a sua continuação através do movimento “Círculo Laranja” para refletir se pode ser inserido na categoria do "sindicalismo tipo movimento social" (MOODY, 1997) e no contexto dos "novos movimentos sociais" (GOHN, 2013), revelando-se um possível indicador de revitalização da atividade sindical brasileira. A pesquisa se utilizará de estudo de caso, combinando métodos qualitativos e quantitativos para coleta de dados, realizando-se levantamento de dados históricos sobre a organização e negociações coletivas dos garis cariocas, visitas a campo para entrevistas com os atores envolvidos – trabalhadores, sindicalistas, juristas e Poder Público, além de pesquisas bibliográfica e jurisprudencial.

Abstract:
O significado e a atuação dos grupos de esquerda armada no estado de Pernambuco (Brasil) durante a ditadura brasileira, de sua gênese a sua desintegração, perfazendo o período de 1968 a 1973, valendo-se para tanto da análise das organizações que operaram no estado, a saber: Aliança Libertadora Nacional (ALN), Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Partido Comunista Revolucionário (PCR), Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares (VAR - Palmares) e a Frente de Libertação do Nordeste (FLNe). Este é fundamentalmente o tema de minha pesquisa de doutorado em andamento. O recorte cronológico (1968-1973) justifica-se por compreender o período de realização das atividades da Esquerda Armada no estado. O Estado brasileiro tentou durante muitos anos “apagar” os rastros do passado recente sobre o que foi a última ditadura brasileira (1964-1985), inclusive sem sequer nominá-la como tal e, por conseguinte, impossibilitando uma elaboração do passado e a “redenção” dos vencidos da História, tarefa tão cara ao Historiador na visão filosofo e crítico alemão Walter Benjamin o historiador tem a tarefa revolucionária de cumprir um papel messiânico de salvação. Não do futuro, mas sim do passado. Instaurando o tempo do agora (jetztzeit), na certeza de que a história é matéria de uma edificação onde o tempo não é homogêneo e vazio; contrariamente está impregnado de “agoras” e traz consigo apelos incógnitos do passado, e estes apelos não podem, nem devem ser recusados, adversamente, devem sim, ser canalizadores para que desempenhem a tarefa fundamental de escovar a História a contrapelo. Num modus operandi crítico, que se mune como principal ferramenta do materialismo histórico, cujo cânone essencial é a atualização e não o progresso. Porquanto, o historiador teria o dever de não portar-se como um legista cadavérico da história, como fazia a corrente positivista. Assim, pois -valendo-me de processos judiciais, fontes orais e jornais de principal circulação da época -, para analisar o processo sócio-histórico da Luta Armada em Pernambuco, ao passo que tento reconstruir, a partir dos comportamentos dos membros dos grupos da esquerda armada, sua identidade social compartida e o funcionamento das modalidades de agregação e desagregação social no período de 1968 a 1973, mobilizarei categorias analíticas da História vista de baixo (Christopher Hill, Edward Thompson, Walter Benjamim, etc), entrecruzadas com as da micro-história, por se salientarem não antagônicas, mas, contrariamente, complementares. Como disse Edoardo Grendi, um de seus protagonistas e fundadores, a micro-análise histórica representou uma espécie de "via italiana" para uma história social mais elaborada e mais bem fundamentada teoricamente, seria, no fundo o velho sonho de uma história total, mas desta vez construída a partir de baixo. Também utilizamos as contribuições da teoria de ação coletiva de Charles Tilly, um dos representantes da sociologia histórica.

Abstract:
Os  debates  sobre  economia  solidária estão inseridos em  contextos sociais  e  econômicos  diversos  e  alcançaram  visibilidade  internacional,  principalmente  no Início dos anos 2000. O tema adquiriu força em ambientes acadêmicos direcionados à pesquisa e  à  produção  teórica  e  também  em  espaços  da  sociedade  civil  e  dos  movimentos sociais. Embora  os  conceitos  sobre  esse  fenômeno  não  sejam  consensuais,  as circunstâncias  de  seu (re)surgimento  apresentam  algumas  convergências.  É  possível  afirmar  que  mudanças  no capitalismo mundial contribuíram para  a  reativação das discussões sobre formas alternativas de  desenvolvimento. Nessa  conjuntura,  destacam-se  a  ampliação  do  pensamento  neoliberal em  todo  o  mundo  e  a  crise  do  socialismo centralizado,  como  fatores  importantes  para  a reflexão sobre mudanças na organização da sociedade, segundo novos paradigmas. No  início  do  século  XXI,  movimentos  sociais  e  entidades  da  sociedade  civil  se mobilizaram  sob  o  lema  de  que  “outro  mundo  é  possível”.  Vários  autores  identificam  o Fórum Social Mundial -  FSM como um dos principais espaços de fortalecimento da ideia de uma globalização alternativa ou solidária. Apesar  das  contradições  que  podem  estar  presentes  nos  Fóruns,  considerando  os diferentes  posicionamentos  ideológicos  dos  atores  sociais  envolvidos, esses  espaços  foram  importantes  para  combater  a  crença  no  determinismo  econômico.  Além disso,  configuram-se  como  arenas  públicas  nas  quais  é  possível  a  manifestação  de pensamentos contra-hegemômicos. Tais iniciativas buscam propor novas formas de regulação democrática  da  economia  e  questionam  a  ideia  do  mercado  como  o  único  capaz  de  gerar riquezas  e  trabalho.  No Brasil, o “movimento” de economia solidária cresce a partir do início dos anos 2000 com forte mobilização a partir dos Fóruns Sociais Mundiais e, posteriormente, em articulação com as políticas públicas federais. Nesse contexto, tomando como ponto de análise a organização do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, o presente trabalho tem por objetivo analisar de que forma tal “movimento” configura-se em espaços locais e de que maneira se relaciona com estruturas nacionais ou internacionais. Parte-se da hipótese de que a mobilização de diferentes atores em âmbito local contribui para o debate da economia popular e solidária de forma ainda difusa, o que comprometeria sua caraterização como movimento social. O foco do estudo será o Estado de Minas Gerais, no Brasil, buscando compreender essa relação a partir do local/global e seus limites.  

Abstract:
La resistencia indígena en Costa Rica ha tenido una constancia en los últimos treinta años: la defensa territorial y la demanda de derechos colectivos. En este período de tiempo las protestas, acciones judiciales, demandas al Estado, recuperación de tierras y una constante denuncia por discriminación, han sido manifestaciones de la lucha de pueblos indígenas en el contexto del V centenario desde la conquista.   Con una agenda política propia y con acciones directas en el plano de la lucha legal y social, los pueblos indígenas de Costa Rica han protestado frente a una institucionalidad colonial aun operante en el Estado costarricense. Sus acciones en defensa del territorio, derechos colectivos y civiles, han llenado la practica política en denuncia de una sociedad racista en la aplicación de acceso a la justicia y en el (in)cumplimiento de la normativa internacional firmada por el país.   Esta ponencia hace un repaso documentado sobre diferentes acciones de lucha que entre los ocho pueblos indígenas de Costa Rica han llevado a cabo de forma ininterrumpida en las últimas décadas. Con resultados que en ocasiones les favorecen y en otras ocasiones profundizan la colonialidad institucional, la ponencia intenta ampliar en la divulgación sobre las luchas indígenas de un Estado que en la esfera internacional se presenta como ejemplo a seguir cuando hacia el interno continúa con practicas coloniales y de irrespeto por los derechos de los pueblos indígenas.   La ponencia es resultado de siete años de investigación en esta materia producto de la agenda académica intercultural que se sigue desde el Centro de Investigaciones en Cultura y Desarrollo (CICDE) de la Universidad Estatal a Distancia (UNED).   Descriptores: luchas indígenas, decolonialidad, defensa territorial, derechos colectivos, pueblos indígenas, demandas ciudadanas, Estado, institucionalidad.   Ponentes: Msc. Juan Antonio Gutiérrez Slon (sociólogo), juanguts@gmail.com,  Investigador del Centro de Investigaciones en Cultura y Desarrollo (CICDE) de la Universidad Estatal a Distancia (UNED).                        País: Costa Rica. Provincia de San José, cantón de Sabanilla.

Abstract:
Los ‘procesos de cambio’ político-estatal que se abrieron la década pasada en la región, específicamente en países como Bolivia y Ecuador, fueron en gran medida resultado de ‘movimientos societales’ en particular de movimientos territorializados y de matriz comunitaria que hicieron visible una crisis del Estado-nación, siendo referentes y generadores de procesos constituyentes e instalando imaginarios de construcción de ‘Estados Plurinacionales’ y de ‘alternativas al desarrollo’. Esos imaginarios desde hace algunos años se encuentran en crisis y fractura, ya que diversos conflictos socioterritoriales mostrarían una situación particularmente paradójica en dichos países, donde los “gobiernos progresistas” mostrarían señales de re-centralización monocultural y predominio de modelos económicos neoextractivistas y/o neodesarrollistas, lo que estaría implicando grandes retrocesos en los mandatos de transformación plurinacional y entorno al “Buen Vivir/Vivir Bien” presentes en los respectivos textos constituciones. Concretamente, el actual contexto en Bolivia,  estaría marcado entre otros aspectos por la re-activación de movimientos socio-territoriales, en particular de carácter indígena, frente a dinámicas de explotación de “recursos naturales” por parte del gobierno sobre áreas protegidas y/o territorios indígenas, con particular intensidad en las tierras bajas de este país, lo que estaría produciendo una serie conflictos de carácter socio-ambiental de frente a las recientes políticas gubernamentales dirigidas a profundizar y expandir la explotación/exportación energética sin el consentimiento previo de las comunidades indígenas, generando así la reactivación de la acción colectiva, de resistencia societal y defensa territorial por parte de sujetos comunitarios, los mismos que reivindican, entre otros derechos colectivos, el respeto del derecho de Consulta Previa establecido en la actual Constitución boliviana y en convenios internacionales. Esta situación de conflictos en territorios indígenas en las tierras bajas de Bolivia estaría recientemente acentuada con la decisión del gobierno boliviano de permitir y promover la exploración/explotación de recursos energéticos en “áreas protegidas”. Se plantea desarrollar una breve caracterización y problematización de los actuales movimientos sociales de matriz comunitaria, desde los sujetos políticos indígenas, que estarían reconfigurando y reactivando movimientos de carácter societal y anti-neocolonial en Bolivia. En ese sentido se plantea un abordaje del debate sobre el actual contexto sociopolítico en la región, problematizando la relación de esta temática con la discusión sobre los actuales conflictos socio-ambientales y los movimientos socio-territoriales indígenas en Bolivia, así como su relación con las disputas en torno a las condiciones de posibilidad de la plurinacionalidad, dentro de un contexto regional de expansión e intensificación del neo-extractivismo. En breve, se propone un análisis del actual proceso de re-emergencia de movimientos societales, la reactivación de la acción colectiva y reconfiguración de la protesta entorno a la defensa de territorios y de derechos colectivos y frente a políticas gubernamentales.   

Abstract:
A lo largo de América Latina, principalmente desde la década del 80, se profundizaron diferentes respuestas colectivas ante la crisis social y política que se extendía en la región. Este proceso produjo la implementación de alternativas colectivas de participación ciudadana que buscaban generar construcciones territoriales de matriz comunitaria como respuesta a la crisis. Ante este contexto, principalmente luego del 2001, en Argentina se multiplicó el surgimiento de espacios socio culturales que, desde diferentes áreas, buscaron generar instancias de construcción participativa. En la actualidad, muchas de estas experiencias que aún continúan vigentes, fueron readaptando su accionar ante los cambios coyunturales en la implementación de políticas públicas en materia de cultura y desarrollo social. Esta ponencia tiene por objetivo analizar desde una perspectiva sociológica de la gestión cultural la relación entre las áreas sociales y culturales de la Asociación Civil El Transformador ubicada en el barrio de Haedo, en el conurbano de la provincia de Buenos Aires y las dependencias Estatales de la provincia de Buenos Aires en lo concerniente a la asginación de recursos. El Transformador supo configurar un esquema organizativo desde las premisas de horizontalidad y acción directa apuntando a un trabajo territorial. Estas premisas se entienden como características de las organizaciones nacidas de los Nuevos Movimientos Sociales. La institución, dividida en un área social y un área cultural, sostiene diferentes acuerdos de financiamiento con el Estado. El área social mantiene un convenio sostenido en el tiempo, mientras que el área cultural sostiene un contacto esporádico con financiamientos estatales. En este sentido, la presente ponencia pretende responder a los siguientes interrogantes: ¿Cómo se posicionan las organizaciones sociales del tipo socio cultural como El Transformador frente a las lógicas de acción estatales? ¿Cómo repercute esta relación en los modos de organización internos y en los niveles de autogestión? A partir de un trabajo empírico cualitativo (basado en la observación participante y entrevistas semi-estructuradas) y del concpeto de Marco Organizacional Autogestivo se construyen tipos ideales de autogestión que se configuran dentro de una organización socio cultural y que permiten entender los modos de relación con el Estado en materia de financiamiento. Como conclusión se afirma la existencia de dos tipos de autogestión: Abierta y Cerrada. Por Autogestión Abierta se entiende a las estrategias de financiamiento que apuntan a mantener una posición de apertura al diálogo con dependencias estatales, esto puede enmarcarse dentro del paradigma de los comunes urbanos. Por Autogestión Cerrada se entienden a las modalidades autogestiva que configuran un esquema de financiamiento que, fundamentalmente, se sustenta en la auto generación de recursos, este tipo de autogestión se enmarca en el paradigma de lo común.  

Abstract:
El objetivo de la presente ponencia es aportar al debate sobre movimientos sociales y acción colectiva en favor de la construcción de paz, en el marco de sociedades con conflicto armado como el caso de Colombia. Este objetivo se cumple con la realización de una reflexión histórica de lo que ha sido y lo que han significado las diferentes formas de acción colectiva en favor de la paz en los diferentes momentos históricos del conflicto armado en Colombia.  Este trabajo hace parte de un proyecto de investigación más amplio sobre “Acción Colectiva y Construcción de Paz en el Departamento de Nariño”, investigación que se encuentra en desarrollo. Las reflexiones desarrolladas en esta ponencia son producto de un ejercicio de revisión bibliográfica y de trabajo de entrevista con actores claves y expertos en el tema.  Entre los principales temas que se abordaran en la ponencia se encuentran: una reflexión teórica sobre movimiento social, acción colectiva y construcción de paz; una descripción y análisis de los procesos de paz entre gobierno y grupos insurgentes en Colombia; los tipos de acción colectiva y movilización social en favor de la paz en Colombia; repertorios de acción colectiva; demandas y actores; construcción de ciudadanías; estos entre otros temas que aportan al análisis sobre la acción colectiva y los movimientos sociales.      

Abstract:
El Movimiento Campesino de Santiago del Estero es fundado el 4 de agosto de 1990 por diversas organizaciones zonales de la provincia. Durante esa década consolidará su accionar y hacia el final de la misma, en noviembre de 1999, organizará el Primer Congreso del MoCaSE mostrando la masividad del campesinado santiagueño. Dos años después, en una reunión convocada para renovar las autoridades de la comisión directiva, se produce la escicsión en dos. Ciertas/os intelectuales y grupos han escrito alrededor de esta ruptura, aunque ninguno hizo, una indagación específica y profunda sobre este proceso. Inicialmente los MoCaSEs no comentaron públicamente las razones de la división e incluso continuaron denominándose ambos de la misma forma. Dargoltz en 2003 y Agosto, Cafardo y Calí en 2004, son los primeros en mencionar en trabajos académicos dicha ruptura, aunque sin ahondar en causas y posicionamientos políticos. Ya hacia 2004, ambas organizaciones reconocían la ruptura. Una, se llamaría MoCaSE-Vía Campesina, por su integración a la Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo y a nivel mundial a la Vía Campesina. La otra, se autodenominaría MoCaSE histórico. En los años posteriores, habrá interpretaciones de la división sobre todo de cuatro investigadores: Durand (2006), profesora de la Facultad de Agronomía de la UBA que estudió procesos de reconversión productiva en comunidades MoCaSE-VC; Michi (2009), profesora de la UNLu, estudió procesos de formación y educación en el MoCaSE-VC; de Dios (2009), profesor de la UNSE, ha estudiado la trayectoria de movimientos sociales campesinos y ha sido técnico en distintos programas de desarrollo rural en Santiago del Estero. Y Desalvo (2014), becaria del CONICET en el Instituto Gino Germani de la UBA, estudia el grado de proletarización de las/os campesinas/os santiagueñas/os en distintos departamentos de la provincia. Sumamos a estas investigaciones la del grupo de Memoria Histórica del MoCaSE-VC (2012 y 2016), un grupo orgánico al movimiento, compuesto mayormente por personas provenientes del ámbito académico residentes en alrededores de Buenos Aires, que ha recuperado la memoria colectiva de las centrales que componen a este movimiento. En este trabajo indagamos los posicionamientos de distintos actores del campo académico al escribir sobre la división del MoCaSE, qué lugar ocupan en ese campo, sus relaciones con las organizaciones que surgen posterior a la ruptura, la metodología empleada para recolectar datos, analizarlos y producir una lectura sobre el proceso anterior y posterior a la ruptura. De este modo, intentamos ahondar en las formas en que producen visiones y sentidos hacia afuera (e incluso hacia adentro) sobre el MoCaSE, anterior a la ruptura y sobre los dos movimientos, posteriores a ella. Para esto realizamos un análisis del discurso de sus publicaciones y entrevistas a estas/os intelectuales.

Abstract:
O pressuposto da prática autogestionária envolve iniciativas de produção geridas democraticamente, em que os ganhos são repartidos proporcionalmente ao trabalho de cada cooperado (SINGER, 2013). Porém, na prática os desafios de gerirem o próprio trabalho perpassam a organização produtiva e financeira de um empreendimento, pois necessita da participação efetiva de todos. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é o de apresentar e refletir alguns desafios da prática autogestionária em um empreendimento econômico solidário no campo da reciclagem na cidade Canoas, localizada na região metropolitana do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, que conta com 20 cooperados em média. O corpus de dados foi construído com nove entrevistas semiestruturadas realizadas em fevereiro de 2015 (com seis cooperados e três técnicos da Incubadora de Empreendimentos Solidários do Unilasalle Canoas) e observação participante registradas em 28 diários de campo (no período de março a agosto de 2015). Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo, da qual emergiram as seguintes categorias a posteriori: a) As relações; b) A autogestão; c) O trabalho na cooperativa e d) O diálogo. Os dados coletados e analisados evidenciaram que no empreendimento estudado há pouca participação dos cooperados nos processos de tomada de decisão, bem como em outras atividades no que tange a gestão do empreendimento. Ao analisar a categoria diálogo, essencial para o desenvolvimento do grupo enquanto coletivo, os entrevistados o reconhecem como importante e necessário, porém as observações indicam que ele não acontece. É evidenciado que, práticas diárias de decisões conjuntas não acontecem, limitando ainda mais o desenvolvimento dos processos autogestionários. A maioria das decisões são tomadas por uma pessoa, que é o tesoureiro do empreendimento.  Outra evidência refere-se a compreensão cognitiva do que significa a autogestão por parte dos cooperados, como uma maneira de organização do trabalho coletivo. Porém, observou-se que o grupo não coloca a definição da autogestão em prática e por isso ela não ocorre como um processo educacional em constante (re) construção (CANÇADO; CANÇADO, 2009). Portanto, atenta-se que neste empreendimento, a autogestão não se efetiva, podendo ser explicada pelo não empoderamento dos cooperados na gestão de seu próprio trabalho, pois não se evidencia no grupo, na maior parte do tempo, práticas que diferenciem o trabalho dentro dos princípios capitalistas e do trabalho cooperativo e da economia solidária.