Abstract:
Las luchas y tensiones emergentes en el “mundo del trabajo”, se nos presentan como un archipiélago de situaciones conflictivas. A primera vista esta imagen parece contradecir la vieja sentencia de Marx  y Engels en el manifiesto comunista que ve a “la historia de la humanidad hasta nuestros días es la historia de la lucha de clases”. No todo conflicto o protesta social conlleva necesariamente un carácter “clasista”, y aún cuando esto sucede, no hay motivos para suponer que la lucha entre las clases deba expresarse abiertamente. Esta constatación, en principio incontrovertible, constituye la base sobre la que han prosperado los más diversos intentos por desterrar -o al menos desplazar- al antagonismo de clase como núcleo central del análisis tanto de la reproducción social como del conflicto en las sociedades capitalistas. Si el antagonismo entre capital y trabajo resulta clave para comprender el movimiento histórico, no podemos admitir su desplazamiento como principio de explicación efectiva, mas alla del uso del término “clase” como saludo formal o profesión de fe.  Sin embargo, es preciso reconocer que el antagonismo entre capital y trabajo tomado en sentido estrecho, resulta insuficiente en términos inmediatos para explicar el desarrollo histórico.  Esta contradicción aparente, supone un desafío para la teoría. Nos proponemos problematizar esta relación y aportar elementos para abordar el análisis de la conflictividad laboral como expresión del conflicto entre las clases.

Abstract:
Os sentidos do trabalho na reabilitação psicossocial: A percepção dos participantes do Projeto Geração de Renda do Município de Camaragibe/PE Os movimentos das reformas psiquiátricas, em especial a italiana e a brasileira, concebem a pessoa em sofrimento psíquico como sujeito desejante, que participa politicamente e constrói projetos, sujeito capaz de se inserir na sociedade e no mundo do trabalho. Entretanto, o trabalho como possibilidade de inserção do louco no mundo do intercâmbio, ou seja, das trocas simbólicas que produzem e reproduzem sua vida é recente, tanto nos documentos relacionados à reforma psiquiátrica como no cotidiano da maioria dos serviços de saúde mental no Brasil (ANDRADE et al., 2013). Além disso, as transformações em curso no mundo do trabalho desde o final do século XX colocaram uma grande parte da população economicamente ativa em situação de des(sub)emprego promovendo profundos impactos na saúde mental dos trabalhadores assalariados, portadores ou não de sofrimento psíquico. É nesse contexto brasileiro, que o movimento de ruptura com o modo de produção capitalista, denominado economia solidária, pautado por valores de autogestão e de solidariedade nas relações de trabalho tem como centralidade o ser humano, a natureza e a relação de sustentabilidade entre ambos (ANDRADE et al., 2013). Neste trabalho, será encontrado os sentidos do trabalho para pessoas que tiveram algum sofrimento psíquico e participam do Projeto Geração de Renda – “Mentes que Fazem” oferecido pelo município de Camaragibe/PE. A proposta é compreender o resgaste dos sentidos do trabalho para os portadores de sofrimento psíquico admitindo-se que, com base na prática de Economia Solidária, é possível (re)construir esses sentidos apoiando-se na categoria ‘trabalho’ como conformadora do ser social na perspectiva lukacsiana.  Na busca de querer compreender as perspectivas dos usuários de saúde mental que frequentam um serviço voltado para o trabalho e geração de renda, essa pesquisa tem como pergunta problema: Quais os sentidos do trabalho para os/as participantes do Projeto Geração de Renda do município de Camaragibe/PE? Como estes sujeitos percebem as ações desenvolvidas pelo projeto e sua coerência com a proposta de inserção social e reabilitação psicossocial através do trabalho e geração de renda?          Trata-se de uma pesquisa qualitativa e tem como objetivo analisar os sentidos do trabalho para os(as) participantes do Projeto Geração de Renda, à luz do conceito de ser social em Lukács, dos princípios da Economia Solidária e da atual política de Saúde Mental. Os resultados desta investigação podem propiciar a construção de referenciais teóricos-metodológicos que valorizem a sinergia de suas proposições ético-político, dando lugar ao diálogo entre suas práticas como atividade de potência.   Referências Bibliográficas ANDRADE, Márcia Campos et al . Loucura e trabalho no encontro entre saúde mental e economia solidária. Psicol. cienc. prof.,  Brasília ,  v. 33, n.1, p.174-191, 2013. Disponível em<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141498932013000100014&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em  20  fev.  2016.

Abstract:
El concepto de “sociedad del conocimiento”[1], equiparable al de “economía de la información” y “sociedad red”, entre otros, intenta dar repuestas a las complejas conexiones entre el nuevo paradigma tecnológico-productivo, las nuevas tecnologías (en especial las de la información), la economía global y las pautas socioculturales de la sociedad postmoderna. Se trata de una nueva estructura social dominante, un fenómeno global con amplias repercusiones para América Latina y Argentina en particular, dadas las modificaciones de la base material de la sociedad expresadas en la flexibilidad en la gestión, la descentralización e interconexión de las empresas, el creciente aumento del poder del capital y, paralelamente, los procesos de  híper-individualización y diversificación en el trabajo. La Sociología del Trabajo ha reforzado, en las últimas dos décadas, la reflexión en torno a las consecuencias del creciente lugar que el conocimiento ocupa en el proceso productivo, en articulación con los procesos de globalización e integración, dadas las estrategias de reestructuración implementadas dentro del sistema capitalista en el ámbito mundial, buscando una salida a la profunda crisis iniciada en los años sesenta y setenta, la cual se agudizó en la década siguiente para llegar a ser una crisis estructural que afecta no sólo a sus aspectos económicos  sino también a los políticos e ideológicos (Bialakowsky y Hermo, 2015). Uno de sus núcleos centrales de la mencionada reestructuración sistémica radica en  la transformación radical de la estructura económica de la ‘sociedad industrial’, de un sistema productivo basado en factores materiales hacia un sistema económico en que los factores simbólicos y basados en conocimiento son dominantes. Factores cognitivos, creatividad, conocimiento e información contribuyen cada vez más a la riqueza de las empresas. Es de esta manera, y concordando con Stehr (2000),  se constata todo un conjunto de tendencias: a) la sustitución de otros formas de conocimiento por la ciencia; b) las tendencias hacia la constitución de la ciencia como fuerza productiva directa; c) la constitución de un sector político especifico (política de educación y ciencia); d) la transformación de las estructuras de poder; e) la tendencia hacia que el conocimiento se constituya como factor básico de la desigualdad social y de la solidaridad social.  

Abstract:
En el presente trabajo reflexionaremos sobre los actuales procesos de autogestión que se dan en la lo que podemos denominar como Economía Popular. Lo haremos desde la perspectiva de la Antropología Económica con el objeto de vincular dichos procesos a los contextos históricos y políticos que le dan forma , así como al impacto que los mismos tienen en la subjetividad de los trabajadores y en la organización de la producción y la reproducción de los mismos.

Abstract:
Na história da humanidade, o trabalho é visto como uma prática transformadora da realidade que viabiliza a sobrevivência e a realização do ser humano. No entanto, a relação do homem com o trabalho passou por diferentes configurações principalmente ao longo dos últimos 30 anos, período de grandes mudanças no cenário social, político e econômico e no qual se observa uma grande reestruturação produtiva que vem repercutindo na estrutura do trabalho. O novo contexto dos sistemas produtivos aponta para um reconhecimento generalizado de uma construção do trabalho/emprego cada vez mais precarizado e demarcado por vínculos frágeis de inserção e permanência no mundo do trabalho. É fato que as variáveis presentes no contexto do mundo do trabalho são reconhecidamente parte de uma realidade multidimensional que impacta na saúde do indivíduo. Dessa forma, o trabalho também deve ser levado em consideração ao se propor analisar as potenciais fontes de riscos e adoecimento do sujeito. O processo de flexibilização na organização da vida social do indivíduo demonstra que seus efeitos nocivos não se restringem apenas ao ambiente físico do trabalho. Dentre as mais abusivas pode ser mencionada a perda do gerenciamento da vida do sujeito, que passa a estar condicionada ao seu ritmo de trabalho, e os valores adquiridos no seu contexto de trabalho, que serão propagados para além da organização. O campo teórico da Saúde do Trabalhador tenta superar a concepção hegemônica do vínculo causal entre doença e agente específico, que desconsidera a subjetividade do indivíduo, e passa a entender o processo de trabalho como elemento organizador da vida social, em que se tem consciência da realidade de dominação e submissão do trabalhador ao capital, mas que, ao mesmo tempo, há uma história de luta e resistência por melhores condições laborais. O presente trabalho teve por objetivo promover reflexões acerca da atual conjuntura de uma sociedade pautada no consumo, no avanço do capital e nas estratégias para alcançar uma economia equilibrada que terminam gerando impactos significativos na saúde do trabalhador. Concluiu-se que a ampliação do diálogo entre a Saúde Mental e a Saúde do Trabalhador aparece como um caminho possível para o fortalecimento da contribuição da Psicologia como aparato preventivo de adoecimento psíquico dentro das instituições.

Abstract:
La presentación se basa en dos investigaciones (una anterior y otra actual) en las que se analiza,  a partir del trabajo y la “juventud”, la construcción de subjetividades militantes. Se analizaron procesos seguidos por jóvenes militantes de sindicatos y movimientos sociales (sindicatos estatales, sindicatos de construcción, movimientos sociales sobre base de desocupados). Asimismo, se entrevistó a militantes sindicales que protagonizaron procesos de luchas y reivindicación de trabajadores y trabajadoras en los años 70. En ambos casos, el desarrollo de entrevistas y observación participante permitió apreciar cómo se construyó una subjetividad militante y qué desarrollo siguió, advertir continuidades, “cortes” y diferencias. Más allá de las denominaciones y las identidades políticas en diferentes momentos históricos, se constatan subjetividades con características definidas, marcos ideológicos que cuestionan el discurso hegemónico, rasgos culturales de militancia que integran los diversos ámbitos de la vida cotidiana. También resulta significativa la denominación asociada a la condición juvenil que provee un espacio político y su relación con una construcción subjetiva más amplia. En la exposición se considerarán, en comparación histórica, los procesos de subjetivación, los espacios de la participación, los caminos personales de inserción (a partir de la familia, el entorno social y la universidad) y las estrategias de lucha y acción colectiva. Se analizará la dinámica asamblearia y la resignificación de la lucha asociada al cuerpo y la sexualidad, las prácticas democratizadoras en los vínculos personales y la vida cotidiana.

Abstract:
O objetivo deste trabalho é avaliar a partir do estudo de caso em uma Fábrica de Sardinha enlatadas, localizada no município de São Gonçalo (RJ), como as mudanças ocorridas no mundo do trabalho a partir de 1990, debatidas por diversos teóricos marxistas, se apresentam na prática, afetando a realidade dos trabalhadores. São Gonçalo experimentou um período de forte industrialização durante a metade do século XX, chegando a ser apelidada de Manchester Fluminense. Nas últimas décadas, a ofensiva neoliberal e reestruturação produtiva ocasionaram um esvaziamento industrial da cidade, aumentando a precarização das relações de trabalho e do modo de vida dos trabalhadores. Neste contexto, formas de trabalho antes condenáveis foram sendo naturalizadas através do uso de ideologias que afetam a consciência dos explorados e interferem diretamente na subjetividade em escala coletiva. Através da observação participante este estudo buscará apreender o olhar dos trabalhadores sobre suas próprias relações trabalho em uma unidade produtiva, onde o trabalho manual é parte essencial do processo de produção e os almejados direitos trabalhistas e previdenciários não foram efetivados.

Abstract:
En esta ponencia analizo, desde una perspectiva socioantropológica, la organización del trabajo y la experiencia obrera de un grupo de trabajadores migrantes paraguayos en la industria de la construcción de Rosario, Argentina, en contextos de reconversión productiva. Durante las últimas décadas, la ciudad de Rosario protagonizó una reactivación sin precedentes de la producción edilicia, profundizándose en la última década producto del aumento del excedente en otros sectores, principalmente el agrícola. Históricamente la ciudad ha crecido al ritmo de los movimientos migratorios con fines laborales. La nueva dinámica socioeconómica regional ha generado patrones novedosos, sin embargo encontramos continuidades importantes en la configuración de las relaciones de hegemonía-subalternidad en el sector de la construcción.  Argumento que en el sector de la construcción de la estructura de hormigón, fase específica en la que labora el colectivo de trabajadores paraguayos, operan un conjunto de prácticas transaccionales basadas en redes de parentesco, amistad e identificación etnonacional, que fortalecen los procesos de creación de consenso al mismo tiempo que intensifican la explotación laboral bajo modalidades de organización flexible de la fuerza de trabajo (flexibilidad contractual –tercerización-, horaria, salarial, funcional, rotación). El análisis se basa en dos años de trabajo de campo, realizado en 2009 y 2010. El corpus documental lo obtuve a través de la utilización de herramientas de tipo cualitativo, fundamentalmente observaciones en el lugar de trabajo y entrevistas en profundidad.

Abstract:
Desde hace 40 años, bajo la embestida del neoliberalismo en México, asistimos a profundas transformaciones en múltiples regiones rurales del país, éstas han concertado una aguda crisis en la produccón agrícola concitando nuevos esquemas de trabajo que se insertan en el rubro de los servicios. En la Sierra Norte de Puebla otrora región productora de café se ha configurado en el turismo una nueva veta de explotación del trabajo que recrea e “inventa tradiciones", reconfigura espacios para hacerlos atractivos al turismo de aventura, de paisaje, ecológico y étinco. En este último, la veta de explotación es corporada en los pueblos nahuatlatos y otomiés de la región, quienes para insertarse en este nuevo nicho laboral deben exaltar su "indianidad" así como su caracter de "originarios" sujetándose a un discurso que en nombre de la conservación de los espacios y las culturas, los hace representarse como piezas de museo, nuevos fetiches cuyo disfrute radica en la construcción de una "otredad" exotizada.   

Abstract:
Existen en la actualidad, dos instituciones abocadas al abordaje de problemáticas sociales mediante el aislamiento de los intercambios sociales: las cárceles y los hospitales monovalentes psiquiátricos. Los mismos se instrumentan en función del discurso del “tratamiento” para favorecer la “reinserción”, del imaginario de la peligrosidad y el ejercicio de una fuerza legítima que lo lleva al aislamiento y el encierro (Mari, 1986). Ana Fernández (2007) destaca, en esta línea, la relación entre imaginarios sociales, subjetividad y producción de transformaciones sociales, articulación conceptual y analítica que instala la dimensión de poder en la producción de subjetividad. Investigaciones realizadas destacan como recurrencia la incertidumbre del “chocarse con la calle” como la reinserción y “la externación como mala noticia cuando no tenés donde ir” al finalizar el tratamiento, donde la “la foto del inicio es la misma que la del final” (Correa & Perano, 2012). Esta es la problemática que se recorta en el proyecto de tesis doctoral “Subjetividad/es y trabajo en el proceso de externación de sujetos que atravesaron situaciones de encierro…”, el cual da marco a esta presentación, para indagar el trabajo como analizador en el proceso de externación de sujetos de los dispositivos de encierro. Desde las claves de la sociología clínica, y la psicosociología del trabajo se realiza una aproximación a la noción de trabajo como actividad: apropiación del acto, en la tentativa de ser sujeto del mismo, y no solo el operador de actos determinados por otros; es más amplio que el trabajo remunerado y sus vicisitudes en el neoliberalismo, pues implica experiencia subjetiva, procesos de subjetivación que se apoyan en el cuerpo y en lo social (Lhuilier, 2013; 2016). En este sentido, la sociología clínica invita a una práctica diferenciada respecto de la sociología,ya que integra la cuestión de la transferencia y contratrasferencia al reconsiderar problemas de la neutralidad y objetividad. Entiende que el estar adentro del proceso de investigación puede verse afectado y no constituirse en un sesgo, sino que puede construir un instrumento de conocimiento (Gaulejac, 2015). El objetivo del presente artículo reside en abrir la discusión sobre los desafíos de la inclusión de actividades-trabajo en la población mencionada, a fin de poner en evidencia el potencial de determinación de la subjetividad del dispositivo de encierro, el cual se extiende más allá de los “muros”. Se desarrollarán avances en relación a la discusión de las actividades de trabajo – en particular a partir de la experiencia de una cooperativa textil de personas en etapa de semilibertad del complejo penitenciario Montecristo- que trascienden la pura norma inhabilitante del encierro, para indagar las relaciones posibles entre el desarrollo de actividades que potencien capacidades y la producción de subjetividades que trasciendan la sombra del espacio carcelar.

Abstract:
Dentro de las dinámicas del trabajo en Chile, se aprecia un incremento de afecciones a la salud, entendida como riesgos psicosociales en el trabajo. Éstos, también se aprecian en el trabajo reproductivo, y con especial énfasis en el empleo doméstico: Pese a su importancia en el país -representando al 10% de la participación laboral femenina-, como también para el mantenimiento del sistema de producción, permanece invisibilizado y precarizado; siendo las mismas trabajadoras las que han querido denunciar las condiciones laborales y de salud adversas del empleo. Asimismo, el Estado ha querido mejorar y proteger a estas mujeres, primero acogiendo las recomendaciones del Convenio 189 de la OIT, para luego materializarlas el año 2014, promulgando la nueva normativa que rige el trabajo de casa particular. En este sentido, el presente estudio es parte de una investigación mayor desde el Instituto de Seguridad Laboral del Ministerio del Trabajo y Previsión Social, en conjunto con el Departamento de Sociología de la Universidad de Chile, que busca dar cuenta de la realidad de las trabajadoras de casa particular desde una perspectiva cualitativa, apreciando la percepción de éstas sobre los riesgos psicosociales asociados a su labor. Gracias a una adaptación de las dimensiones del cuestionario SUSESO-ISTAS 21, el cual mide riesgos derivados del entorno y medio ambiente de trabajo, se realizaron ocho entrevistas en profundidad y tres grupos focales a distintos actores de este mundo laboral, residentes en Santiago de Chile. El análisis se hizo en base a la grounded theory, codificando de manera abierta para ser luego sistematizados mediante un software cualitativo. Los resultados arrojan que el trabajo de casa, debido a su anclaje en lógicas patriarcales de la vida privada/reproductiva femenina, posee una devaluación e invisibilización tal que precariza a las mujeres que trabajan en él. Además, se aprecian diferencias a nivel interno que facilitan situaciones de abuso por las asimetrías mismas que caracterizan a este empleo, debido también a la indefinición de jornadas laborales, contractuales y salariales. Aún más complejo es para las trabajadoras inmigrantes, las cuales, en pos de obtener la residencia, dejan pasar situaciones de abuso laboral para mantener el vínculo contractual que permita asentarse en Chile. También se identifica que la monotonía de las trayectorias laborales ellas, sobre todo las que trabajan puertas adentro, perjudica directamente su bienestar psicosocial, porque consideran que este empleo es un sacrificio personal para un otro, sin poder realizarse personalmente en el mundo laboral. Por último, queda de manifiesto cómo aquellas trabajadoras que están sindicalizadas, al tener más herramientas de formación laboral y argumentativa, poseen una menor exposición a estos riesgos, en tanto son capaces de reducir las asimetrías con su empleador, defendiendo sus derechos en el trabajo. En conclusión, surge la idea de reforzar los mecanismos de protección de estas trabajadoras, apelando a incentivar herramientas de información laboral y sindical, con especial énfasis para aquellas trabajadoras puertas adentro e inmigrantes que, debido a las condiciones del trabajo, son las más propensas a la exposición de estos riesgos psicosociales.

Abstract:
Neste trabalho objetivamos discutir como as formas de cooptação de subjetividade foram se tornando mais complexas para dar conta de uma velha ordem: manter o sistema capitalista crescendo e se expandindo. O trabalhador polivalente, historicamente atrelado ao sistema toyotista de produção, tem seu saber intelectual do trabalho muitas vezes apropriado pela empresa. Para que isso ocorra, este trabalhador é envolvido no processo produtivo de forma imersiva, de maneira a dar a ilusão de autonomia (por meio de sua multifuncionalidade e da transferência de responsabilidade para ele) ao passo que requerem deste um aumento produtivo e qualitativo constante. A cooptação da subjetividade do trabalhador torna-se necessária neste contexto: com a fácil desterritorialização das empresas, e as demissões como um futuro possível a qualquer momento, é essencial que o trabalhador sinta-se parte da organização, maximizando assim seu potencial lucrativo (HARVEY, 2006). Contemporaneamente, podemos pensar em várias formas de cooptação desta subjetividade, tais como o coaching patrocinado pelas empresas, técnica que ajudaria o trabalhador a gerenciar a sua própria subjetividade. Outro propulsor deste fenômeno é a busca pelo sucesso pessoal, que faz com que o trabalhador seja possuído pelo tempo de trabalho - e não apenas se desapossando do tempo pessoal (GAULEJAC, 2007). Bernardo (2009) sugere que essa cooptação se dá, em parte, por meio da captura do discurso de emancipação de antigas reivindicações trabalhistas. Segundo Harvey (2006), a socialização do trabalhador "envolve o controle social bem amplo das capacidades físicas e mentais”. Se profere o discurso de que o trabalhador é emancipado da empresa a qual trabalha, discurso esse que confere legitimidade às demissões frequentes e à responsabilização individual, mas sem auferir autonomia de fato. O discurso da participação segue a mesma lógica: se possibilita a participação, mas desde que isso gere melhores resultados à empresa mantendo-se longe da discussão da distribuição do lucro ou do processo decisório de fato, outorgando aos empregados uma participação não mais que consultiva. Dessa forma, a empresa facilita a cooptação da subjetividade do trabalhador, instrumentalizando-a em seu benefício. A força desse sistema de captura e instrumentalização se enraíza em um sistema de valores que bene?cia o engajamento individual. O discurso gerencial prefere “a adesão voluntária à sanção disciplinar, a mobilização à obrigatoriedade, a incitação à imposição, a grati?cação à punição, a responsabilidade à vigilância” (GAULEJAC, 2007, p.115). Compartilhando os valores da empresa com trabalhador, esses modelos acabam, por muitas vezes, a substituir valores existentes na sociedade. Cada trabalhador deve comprometer-se a adotar estes valores desenvolvidos pelas organizações, buscando assim “compensar a lógica do lucro por meio de construções morais, destinadas a legitimá-la” (GAULEJAC, 2007, p.127). Porém, é relevante aqui ressaltar que esse câmbio de valores entre organização e sociedade tem consequências. Além de enaltecer o individualismo, contribui para a desvalorização das virtudes compartilhadas da sociedade.    BERNARDO, M. H. Trabalho duro, discurso ?exível. Editora Expressão Popular, 2009. GAULEJAC, V. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. São Paulo, 2007. HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo, 2006.

Abstract:
Este artigo pretende apresentar os resultados parciais de nossa pesquisa de doutoramento. Elegemos os autores György Lukács e Pierre Bourdieu, pois ambos enfrentaram em suas teorias sociais, cada um ao seu modo, a relação sujeito/objeto buscando pensa-la para além das oposições e trazendo a luz o lugar da consciência nessa relação, sem, com isso, conferir-lhe autonomia absoluta. Ambos trataram a subjetividade como um elemento imprescindível à compreensão das relações sociais, porém compreendendo-a a partir de uma perspectiva materialista. Ou seja, em seu caráter ativo, mas profundamente determinada pela objetividade. A duplicidade do momento exteriorização/interiorização a qual as categorias trabalhos e habitus parecem cristalizar é a totalidade que pretendemos apreender. Propomos estabelecer um diálogo crítico entre algumas obras de “juventude” e “maturidade” de György Lukács e Pierre Bourdieu com objetivo de fundamentar e colocar à prova nossa hipótese central: Desenvolvida parcialmente em nossa pesquisa de mestrado, a hipótese se pauta na evidencia de que trabalho e habitus constituem nas obras de “juventude” e “maturidade”, respectivamente de Lukács e Bourdieu em categorias ontológicas. Ou seja, enquanto categorias que concentram os momentos da exteriorização e interiorização, compreendidos por Marx e, posteriormente, por Lukács como momentos originários da forma ser social.Ao colocarmos à prova tal hipótese, temos como intuito apreender, sob uma perspectiva diferente – conferindo um lugar significativo ao caráter ativo da consciência –, elementos que nos possibilitem refletir sobre a gênese da relação sujeito/objeto, assim como o desdobramento dessa relação sob uma forma social determinada (o modo de produção do Capital), a forma estranhamento (MARX, 2004/1844). Isto é, queremos compreender a partir dos momentos da exteriorização e interiorização alguns elementos do que Lukács chamou por posições primárias e secundárias da constituição do ser social (LUKÁCS, 2013/ 1968). Ao pressupormos uma ontologia do ser social, buscamos compreendê-lo em sua processualidade concreta. Em uma contínua concreção temporal entre passado, presente e futuro. Isto é, para além de suas “entificações”. Em outras palavras, buscamos apreender o que Lukács chamou por “essência da realidade” (1968/2010), não enquanto essência imutável (muda), mas como resultado da relação dialética entre formas e conteúdos. Entre aqueles conteúdos permanentes da sociabilidade humana, todavia, sempre modificados por suas formas determinadas.