14:00 - 16:00 Presentación de PONENCIAS
13. Teoría Social y Pensamiento Latinoamericano |
Monday 04/12 | 14:00 - 16:00 | Fac. Derecho | 06 |
Desenvolvendo um novo método: o uso de metáforas na teoria sociológica. (#0106)
Ana Beatriz Martins Neves11 - UERJ.
Abstract:
O presente paper a ser apresentado no ALAS 2017 é fruto de uma tese em curso, cujo objetivo é pensar em como a concepção de temporalidade influencia a produção sociológica. Nossa hipótese é de que a concepção de temporalidade influencia tanto nossa produção, que ela pode ser pensada como um aspecto epistemológico da sociologia, que deveria muito da sua constituição a temporalidades específicas que a definiriam como campo do conhecimento. Logo, a busca pela investigação temporal levar-nos-á a uma rediscussão acerca dos principais aspectos da própria disciplina. Nossa tese é composta por 3 partes. Na primeira conceituamos o que é temporalidade, na segunda definimos nossa metodologia, que centra-se na ideia de metáforas sobre a questão temporal, e na última discutimos as metáforas presentes em 3 autores representativos de 3 tipos de temporalidades (Parsons, Schutz e Giddens). Especificamente nesse paper, focamos na segunda parte, pensando como a ideia (interdisciplinar) de metáfora (mais do que recurso retórico, mas como linguagem, pensamento e ação) pode nos trazer ganhos metodológicos para a teoria sociológica, instrumentalizando nossa discussão.
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Teoria Social Hoje: reflexões sobre cultura, diferenças e a desracialização da experiência afro-brasileira (#0164)
Priscila Martins Medeiros Martins11 - Universidade Federal de São Carlos.
Abstract:
Neste trabalho apresento resultados parciais da pesquisa intitulada “A Sociologia Brasileira e os estudos diaspóricos”, na qual busco analisar as transformações teórico-conceituais que ocorreram no interior da Sociologia Brasileira ao abordar um dos seus temas mais recorrentes: as relações étnico-raciais no Brasil. Meu interesse em especial é compreender de que maneira a produção intelectual brasileira, ao longo do século XX, passou a rearticular os dilemas da modernização, realizando conexões com o debate transnacional a respeito da diáspora africana, das lutas antirracistas e da agenda pós-colonial. A compreensão das transformações teórico-conceituais na Sociologia Brasileira, com foco no tema étnico-racial, depende de pelo menos três aspectos, quais sejam: a) o debate em torno do ethos nacional e dos códigos culturais presentes no país. As avaliações dos autores variam desde a compreensão de um ethos marcado negativamente pela cordialidade, até as leituras sobre as “retenções” africanas que emolduraram nosso ser brasileiro; b) um segundo aspecto a ser considerado é como que os autores da Sociologia Brasileira compreendem a modernidade e como que localizam nela os diferentes seguimentos da população. A modernidade e o progresso como projetos para o país, e os dilemas e desafios para sua consolidação são temas que atravessam toda a nossa literatura sociológica. E as diferentes compreensões sobre a “modernidade” (periférica, seletiva, revolução passiva, modernidade negra, entre outras leituras) nos traz resultados muito díspares quanto à interpretação das nossas relações raciais e do processo de diáspora; c) as reflexões em torno do que alguns autores chamam de “problema do negro” na Sociologia: a situação paradoxal na qual o negro torna-se um dos “objetos” de estudo mais presentes na nossa literatura sociológica, ao mesmo tempo em que continua não pertencendo completamente à sociedade em que vive, na medida em que ainda é tratado como abjeto. Entendo que esses três aspectos mediam não apenas a produção sociológica sobre nossa formação social, como também podem lançar luz sobre os processos históricos que racializaram a experiência negra no país. Algumas agendas contemporâneas têm insistido na recusa do lugar social de negação estabelecido historicamente aos negros no país, apontando possibilidades de desracialização. Diante disso, apresento um texto que relaciona autores brasileiros, tais como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Roger, Florestan Fernandes e Guerreiro Ramos com as contribuições dos estudos pós-coloniais (e seus antecessores), em especial através de Du Bois, Frantz Fanon, Stuart Hall e Paul Gilroy. Essas relações teóricas contribuem no esforço sociológico de compreensão dos processos que racializaram a experiência afro-brasileira no país, e na análise de aspectos discursivos, subjetivos e de estratégias de ação coletiva.
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El hombre de hoy (#0189)
Marcela Dillon Villamayor1;
Fernando López Gil Fernández
21 - Universidad Austral. 2 - Universidad Nacional del Noroeste de la Provincia de Buenos Aires.
Abstract:
El hombre de hoy, sujeto de contradicción e incertidumbre, se presenta como “un animal en cuya política está en entredicho su vida de ser viviente”. La vida le plantea ahora al hombre el desafío de vivir en común: la vida es una instancia de intervención política. La política comienza allí donde la vida fracasa en sus intentos productivos y reproductivos y se vale del auxilio del Estado para poder cumplir sus fines. Cuando debatimos acerca de las problemáticas sociales, que son bien diversas, y en función del tipo de Estado y de la cultura reinante en un sistema político, no podemos dejar de reconocer la interdependencia múltiple y jerarquizada del intercambio cultural que es la globalización. Saúl Taborda plantea la vida del hombre como fuerza impulsora, como flujo de lo irracional, como caos creativo que busca sin éxito darse una forma. Esta fuerza impulsora, decidida a emancipar a una sociedad demasiado estancada y demasiado resistente a los cambios, ha buscado lograrlo “derritiendo los sólidos”, es decir disolviendo todo aquello que persiste en el tiempo y que es indiferente a su paso e inmune a su fluir. De hecho la modernidad ha sido un proceso de licuación constante de nuestros valores más humanos a través de la desautorización, la negación del pasado, y de la tradición . Los primeros sólidos que deberán disolverse y las primeras pautas sagradas que deberán profanarse serán las lealtades tradicionales, los derechos y obligaciones acostumbrados que ataban de pies y manos. Esta “disolución de los sólidos” se proponía a destrabar toda la compleja trama de las relaciones sociales, dejándola desnuda, desprotegida, desarmada y expuesta para hacer espacio a “nuevos y mejores sólidos”; para reemplazar el conjunto heredado de sólidos que no satisfacen las expectativas del hombre moderno por otros, mejores o incluso perfectos e inalterables. La liquidez no puede ser el estado permanente de una sociedad, y sin embargo, actualmente nos encontramos en la situación de haber derretido todos los sólidos y no encontramos el modo de solidificar los vínculos entre las personas, volviéndose la cohesión social muy inestable, con familias líquidas, amor líquido y sociedades líquidas sin cohesión, conflictivas, volatilidad, relaciones impersonales y virtuales en los que el valor de la vida no tiene más medida que el de la utilidad en pro de la satisfacción personal. Este artículo intenta buscar un camino firme por donde pueda avanzar nuestra sociedad que está sumida en la incertidumbre, la superficialidad y el relativismo, planteando una concepción científica para la ética, valorando el conocimiento en la vida social del hombre, puesto que el saber está destinado a la preservación y al mejoramiento de la sociedad.
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As conexões viventes entre a perspectiva Vianniana de corporativismo e o primeiro govrerno Vargas (1930-1945) - Statemakers, intelectualidade e modernização do Brasil (#0384)
Felipe Fontana 1; Vera Alves Cepêda
11 - Programa de Pós Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos (PPG-Pol/UFSCar).
Abstract:
Esta comunicação analisa as argumentações viannianas, produzidas durante o Primeiro Governo Vargas (1930-1945), que tratam de temas relativos à regulamentação do Trabalho no Brasil, ao problema da organização/representação e da pacificação das classes trabalhadoras e ao papel destinado ao Estado no processo de constituição da nação brasileira considerando um viés corporativista de compreensão da realidade social, política e econômica do Brasil daquele período. Este conjunto de temas reflete o processo aberto com a crise da Primeira República (1891-1930) e a transição da vocação agroexportadora para o projeto urbano-industrial, momento no qual emerge o papel político alcançado pelas interpretações do Brasil, a formulação teórica inicial do subdesenvolvimento e a influência do corporativismo. Oliveira Vianna foi um importante intelectual desse período, tendo produzido teses que alinharam o problema da formação nacional autóctone e a tarefa de construção nacional com os problemas do mundo do trabalho. Aqui direitos, sindicalização, representação e profissionalização aparecem alinhadas aos problemas da formação nacional e superação do atraso, encontrando, nas condições da periferia de legado colonial, arranjos e funções muito distintas da original experiência europeia. Destaca-se em 1930 – momento ímpar para constituição de um Brasil Moderno – o processo de crise estrutural da economia brasileira com a consequente necessidade de superá-lo; a crescente valorização do papel do Estado enquanto instrumento de transformação social e alcance da autonomia/soberania nacional; o impacto das teses sobre a formação do Brasil; e a emergência de novos tipos de conflitos sociais que expressam a modernização em curso. Nesse sentido e considerando a presença maciça de intelectuais no Estado Brasileiro Varguista, é necessário revisitar/examinar em profundidade a visão vianniana de corporativismo, afinal, o pensador brasileiro exerceu o cargo de consultor jurídico do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (1932/1940) nesse período e formulou/revisou inúmeras leis, projetos, anteprojetos e pareceres técnico-jurídicos que tratavam, de diferentes formas, do mundo do trabalho no Brasil. Assim, analisaremos – em relação ao papel e à função da regulamentação do trabalho no amplo espectro da obra vianniana – os trabalhos Problemas do Direito Corporativo, 1938; As Novas Diretrizes da Política Social, 1939; Os Grandes Problemas Sociais, 1942; Problemas de Organização e Problemas de Direção, 1952; alguns dos os pareceres técnicos emitidos por Vianna enquanto consultor do MTIC; e, como tela de fundo, as obras que tratam da ontologia social brasileira (sua Teoria Social) e sobre o papel do Estado (com destaque para O Idealismo da Constituição, 1939). Além da apresentação do papel que a reorganização do mundo do trabalho assume no pensamento do autor, será levado em conta, também, o impacto do paradigma corporativista no período, balizador de outra forma de compreensão da vida social e da configuração da representação política.
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Nuevas tematicas sociologicas en america latina (#0452)
Jaime Illanes Silva11 - INE.
Abstract:
Los procesos de crisis y conflictos sobre ciertas dimensiones del hombre y la sociedad en nuestro continente, han devenido en nuevas preocupaciones y desafíos, para el Estado, la sociedad civil y los grupos de interés que tienen opinión sobre dichos fenómenos - Universidades y centros de estudios - por consiguiente para los profesionales de la disciplina sociológica. Este estado de situación manifiesta, nos interpela a pensar una descripción comprensiva de los nuevos y no tan nuevos temas de preocupación sociológica que pueden estar siendo emplazados para su estudio y tratamiento metodológico. Por lo mismo, ellos adquieren significación y relevancia a la hora de hacer una agenda, privilegiar recursos y promoverlos, ya sea como temas interés en tesis de grado, post-grado e investigaciones, así mismo, como insumos en las emergentes preocupaciones de políticas sociales de los Gobiernos Latinoamericanos, cómo también en el ámbito privado para acoplarse con una realidad que emerge con otros códigos y actores que estuvieron invisibilizados por la primera oleada de globalización neoliberal. Por otro lado, las agencias internacionales que contribuyen con recursos para la investigación y la asignación de becas para profesionales de la disciplina, colocan sobre la mesa nuevos temas que estén en sintonía con una modernidad desgarrada y excluyente en el concierto de los países de la región. En torno a dicha preocupaciones que la ponencia propuesta a este congreso - bajo el paradigma comprensivo - pretende dar cuenta de una manera descriptiva, las nuevas temáticas de análisis sociológico en algunos países del continente particularmente en Chile y como estos estudios despliegan estrategias para visibilizar a los actores en juego, su trama de relaciones sociales y la emancipación de los mismos, en la perspectiva de pensar un orden social alternativo, basado en derechos y su consecuente reconocimiento jurídico. En síntesis, nos abocaremos a una compilación descriptiva que incluya los temas de mayor preocupación y relevancia, que están dando vuelta en foros, seminarios, tesis de investigación y por supuesto en los proyectos académicos de las escuelas de sociología en las universidades chilenas.
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Diálogos pertinentes: neoestructuralismo, neodesarrollismo, social desarrollismo y teoría marxista de la dependencia (#0578)
Monika Meireles 11 - IIEc-UNAM.
Abstract:
Diálogos pertinentes: neoestructuralismo, neodesarrollismo, social desarrollismo y teoría marxista de la dependencia Monika Meireles*[1] Resumen Entre los años cincuenta y setenta del siglo pasado, el pensamiento económico latinoamericano vivió su periodo más fructífero. Este auge creativo se dio al ver surgir en el seno de las ciencias sociales de la región la discusión sobre el desarrollo y la dependencia. En ese entonces el diálogo entre los autores de la Comisión Económica para la América Latina y el Caribe (CEPAL) y de la Teoría Marxista de la Dependencia (TMD) se dio bajo un sinfín de mutuas acusaciones. Entre los escasos momentos en los cuales esos autores se permitieron leer de manera cruzada, prevaleció un puntiagudo monologo entre las partes más que propiamente un dialogo entre los representantes de cada uno de esos paradigmas. Contemporáneamente, ambas tradiciones han sido retomadas con entusiasmo en la reflexión crítica sobre el desarrollo de la región, el fortalecimiento del neoestructuralismo y el creciente interés por los dependentistas marxistas son muestra del vigor de este legado. Además, inspirados en los planteamientos de la CEPAL original, podemos enlistar las actuales aportaciones de autores vinculados tanto al neodesarrollismo como al social desarrollismo. Así, la presente ponencia tiene por objetivo discurrir sobre la forma en la que se está dando la apreciación del neoestructuralismo – y las otras corrientes que se reivindican herederas de la CEPAL – por parte de la TMD y viceversa. Así, se busca demostrar que a partir de la posibilidad de un diálogo más generoso entre las dos corrientes se revela puntos comunicantes neurálgicos para que se sigua en la construcción de la teoría social latinoamericana. Palabras clave: pensamiento económico latinoamericano, neoestructuralismo, neodesarrollismo, social desarrollismo, teoría marxista de la dependencia. * Investigadora del Instituto de Investigaciones Económicas de la Universidad Nacional Autónoma de México (IIEc-UNAM), perteneciente al Sistema Nacional de Investigadores de CONACYT (SNI-1). E-mail: momeireles@iiec.unam.mx.
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Movimento da Educação do Campo no Brasil: um olhar a partir da Teoria do Discurso. (#0899)
Janini Silva 1; Kátia Cunha
11 - UFPE/CAA.
Abstract:
A partir da perspectiva teórica pós-estruturalista, o presente trabalho faz uso da Teoria do Discurso como ferramenta teórico-analítica para uma melhor compreensão das concepções que envolvem o termo Educação do Campo. Esse movimento se firma enquanto proposta, não apenas numa mudança ideológica e discursiva, mais também de posicionamentos políticos que lhe confere representar coletivos e colocar-se na categoria de significante vazio, agregando demandas e articulações discursivas, a fim de encontrar lugar nas fissuras da hegemonia estabelecida. Para analisarmos a Educação do Campo à luz da Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, faremos uso de categorias essenciais à compreensão do tema, como articulações, formações discursivas, demandas, equivalência e diferença, significante vazio e hegemonia. Nossos estudos e análises nos levam ao entendimento de que os processos articulatórios originam as formações discursivas e no caso do tema em estudo - Educação do Campo - articulações que também são políticas e que se constituem no esforço de várias lutas para que uma nova hegemonia possa ser constituída. Por entendermos que os espaços políticos e sociais sofrem contínuas redefinições não existe a possibilidade de fechamento, tornando a abertura do social condição essencial a toda prática hegemônica. E mesmo que o espaço social atinja um ponto de sutura, esse fechamento será sempre contingente, provisório, parcial e precário. Palavras-chave: Educação do Campo; Teoria do Discurso; Hegemonia.
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Tempos de mudanças: tempos de utopia? (#1299)
Manuela Brasil 11 - Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Abstract:
A criação da palavra “utopia” data de 1516, quando Thomas Morus divulgou seu livro: “Utopia ou o tratado da melhor forma de Governo”. A obra está dividida em duas partes: na primeira o autor denuncia a realidade da sociedade inglesa de sua época, e na outra, revela as virtudes de sua ilha imaginária, a ilha de Utopia. A utopia seria, então, a imagem de uma sociedade contraposta àquela da realidade criticada, adquirindo estatuto de uma sociedade perfeita, uma espécie de ilha da fantasia. De gênero literário, a utopia se deslocou para outras áreas, se expandiu para outros estudos, mas parece que a concepção original se sobrepôs sobre as demais. Portanto, o uso da palavra é associado às ideias de perfeição, ilusão, impossibilidade. Esta associação ultrapassa o campo do senso comum, uma vez que na academia tal visão igualmente é majoritária. Exemplo disso foi a necessidade de distinguir o Socialismo utópico do Socialismo científico, revelando a forma como a utopia está presa à acepção original. Nesta comunicação, propõe-se debater sobre uma perspectiva distinta, em que a utopia adquire centralidade a ponto de tornar-se um campo de estudos específico do pensamento social. Tal compreensão contemplaria diversos desafios, cujo principal aspecto seria aliar a dimensão crítica a uma dimensão propositiva sobre a realidade social. Neste sentido, há vários desafios a serem enfrentados, a começar por uma reinterpretação do conceito de utopia. Há uma espécie de consenso sobre a identificação do socialismo como única expressão utópica, e a experiência malsucedida funcionaria como justificativa para desqualificar qualquer iniciativa de estudos sobre utopia. É preciso, portanto, identificar utopias sociais latentes em nossos tempos, bem como aquelas possíveis de realização. Para isso, outras categorias devem ser revisitadas, como o de realidade e o de possibilidade, buscando uma racionalidade compatível com a utopia como categoria sociológica. Nesta empreitada, nos apoiaremos na perspectiva teórica de Ernst Bloch, autor que ao propor a distinção entre as utopias concretas e abstratas abre um campo em que as utopias podem ser inseridas no campo dos estudos sobre a sociedade. Em tempos como os atuais, de um presente perverso, as utopias ganham relevância, numa aposta de um futuro melhor.
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Dependência, autoritarismo e transição democrática no Brasil – anos 1970. (#1544)
José Lindozo 11 - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Abstract:
Nesse trabalho investigo a contribuição de um grupo de intelectuais oriundos da Universidade de São Paulo (USP) ao Jornal Opinião, publicado no Rio de Janeiro entre 1972 e 1977. Esses intelectuais escreveram regularmente no periódico tratando da conjuntura política, abordando em particular as perspectivas de uma transição do regime ditatorial vigente (que eles chamavam de autoritarismo ou autoritarismo burocrático) para um regime democrático. A pesquisa mapeia essa contribuição, investiga as categorias conceituais que os autores mobilizaram, discute as temáticas que animaram suas reflexões, confronta suas posições sociológicas e teórico-políticas com as de suas próprias obras contemporâneas do período, avalia sua abordagem frente à dos autores clássicos e contemporâneos, incluindo-se aqueles citados em seus artigos, e faz um balanço crítico de sua démarche no que diz respeito ao tema central de suas discussões: o da construção, a partir de um “regime autoritário”, de uma ordem democrática autêntica, capaz de expressar a vontade do corpo de cidadãos. Nesse sentido, vamos identificar nas matérias coletadas a problemática de cada articulista e verificar seu substrato teórico e as categorias analíticas que utilizam, dando relevo a categorias estratégicas para a análise e interpretação da realidade brasileira e latino-americana, como capitalismo dependente, democracia liberal, democracia participativa, ditadura, autoritarismo, autoritarismo-burocrático e outros. Nossa hipótese central é que esses intelectuais travaram um combate teórico-político e ideológico contra a estratégia liberal-conservadora e elitista do regime e propuseram uma saída que apelava tanto às elites (empresários, militares, dirigentes partidários) como aos segmentos populares e de classe média para arquitetar um novo bloco de poder com uma base social mais alargada, com protagonismo popular mais direto, porém sem romper decididamente com a pauta do liberalismo político. Nesse sentido, independentemente de suas intenções, seus aportes contribuem para a continuidade da hegemonia burguesa em nosso país sob bases intelectuais renovadas. Obviamente há diferenças marcantes mesmo entre o pequeno grupo de articulistas uspianos aqui selecionados no recorte da pesquisa: desde um F. H. Cardoso que defende uma pauta liberal de corte mais clássico; um Weffort, que assinala a necessidade de incorporar a classe trabalhadora urbana organizada nos processos de formação da vontade coletiva; um José Álvaro Moisés, que propõe de forma mais clara a adoção dos princípios da democracia participativa; e finalmente um José Augusto Guilhon Albuquerque, que se preocupa com a representatividade social dos partidos políticos então existentes (Arena e MDB, tolerados pelo regime). Os autores mencionados fazem as exéquias solenes do ideário de esquerda dos anos 1950/1960 (“populismo”, nacionalismo, anti-imperialismo, revolução democrático-burguesa, socialismo) sem apontar a possibilidade de ir além da democracia liberal, retirando do horizonte o espectro incômodo da revolução socialista.
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Visões da América Latina em Gilberto Freyre: Uma perspectiva contra-hegemônica? (#1594)
Sergio B F Tavolaro 11 - Universidade de Brasília.
Abstract:
Embora mais conhecida (e amplamente criticada) por suas lucubrações a respeito da formação social brasileira, a vasta obra de Gilberto Freyre (1900-1987) também oferece uma série de imagens a respeito da América Latina. De fato, não foram poucas as ocasiões em que o autor deteve-se sobre a questão latino-americana, abordando-a a partir de diversos ângulos e preocupações: sua história, sua composição étnico-racial, sua cultura, as qualidades de seu ambiente natural, sua política, seu padrão de sociabilidade específico, suas relações com outras regiões do globo, sua religiosidade, sua própria temporalidade, sua entrada peculiar na modernidade. Este paper almeja revisitar essa parcela da vasta produção intelectual de Freyre com o propósito de compreender o teor de suas propostas analíticas e interpretativas acerca dessa configuração societária. Interessa-me, em particular, identificar os parâmetros sociológicos que, de maneira implícita ou explícita, auxiliam-no a retratar a América Latina como uma experiência única no quadro da modernidade: até onde Gilberto Freyre abraça noções caras às ciências sociais praticadas mormente na Europa e nos Estados Unidos? Quais os critérios de que lança mão o autor para abordar a modernidade experimentada pelas sociedades latino-americanas? Que elementos, a seu ver, são indicativos de sua identidade em relação à América anglo-saxônica? Após realizar uma revisão da fortuna crítica de tal temática inscrita na obra desse intérprete brasileiro, o trabalho dedicará atenção especial a suas formulações devotadas às sociedades latino-americanas. Conforme minha hipótese de trabalho, as visões da América Latina oferecidas por Freyre guardam alguns parentescos com formulações da teoria social contemporânea que ambicionam desprovincianizar e descentrar o imaginário da modernidade: era sua intenção projetar um olhar contra-hegemônico sobre o subcontinente latino-americano, atento aos estigmas e estereótipos cultivados dentro e fora das ciências sociais de seu tempo. A fim de avaliar o alcance e impacto atual dessas reflexões de Freyre, pretendo cotejá-las com alguns pontos das agendas de reflexão de Walter Mignolo (em especial aquelas apresentadas em The Idea of Latin America).
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Dos estilos teórico-analíticos “fundacionales” de la sociología argentina: multitudes y clasificaciones en Ramos Mejía y Quesada (#1646)
Alejandro Bialakowsky 11 - Conicet - Instituto de Investigaciones Gino Germani, Universidad de Buenos Aires..
Abstract:
A finales del siglo XIX y principios del XX, en el emergente espacio argentino de reflexión “científica” sobre lo social, se desplegó un debate “fundacional” sobre el gobierno de Rosas y su relación con el problema de las masas o multitudes argentinas. Desde distintas posiciones, tal debate pretendía comprender las encrucijadas decisivas de la sociedad argentina, tales como la colonia, la guerra de independencia, la guerra civil, la “dictadura” de Rosas y aquel presente de principios de siglo XX atravesado por la inmigración y la conformación de una sociedad moderno-capitalista. Dos figuras se destacaron en ese escenario: la de Ramos Mejía y la de Quesada. Con sus producciones, la sociología argentina comenzó a formarse como una disciplina en disputa entre diferentes modos de concebir a lo social, a las metodologías de su estudio, al género de su escritura y a las relaciones posibles de intervención intelectual y política sobre lo analizado. A partir de ciertos textos claves (por caso, “Las multitudes argentinas” de Ramos Mejía y “La época de Rosas” de Quesada), este ponencia realiza un contrapunto entre estas dos miradas, con el objetivo de reconstruir sus presupuestos teóricos y analíticos que “fundan” dos estilos de conceptualizar lo social en general y la sociedad argentina en particular, en los cuales el problema de las masas tiene distintos lugares de importancia: para Ramos Mejía primordial, para Quesada secundario. Así, el estilo de Ramos Mejía se despliega mediante un fuerte tono romántico y metafórico ?tomado sobre todo de la medicina y la psiquiatría, pero también de otros espacios de saber ?, que le permite dar cuenta de la pluralidad, del dinamismo y de ciertos “misterios” y “ambigüedades” de lo social, de los tipos de individuos y de la maneras que adoptan las multitudes. En cambio, en su búsqueda de cierta especificidad sociológica para comprender los procesos históricos, Quesada reconstruye la configuración de la Argentina a partir de su violento conflicto fundamental, entre aquella forma social y política acorde a sus características (el federalismo) y la imposición externa y artificial de otra forma (el unitarismo); tal conflicto enmarca y define el papel secundario que juegan las masas. De esta manera, esta ponencia pretende captar también cómo ambos estilos implican la elaboración de formas divergentes de clasificación de la Argentina, sus “partes” o “instituciones”, sus individuos y sus masas o multitudes. Justamente, según cómo estas dos miradas desglosan los vínculos entre tales clasificaciones (con atributos y jerarquías singulares), se delinean los modos a través de los cuales comprenden las posibilidades y alcances de la propia reflexión teórica-analítica de sus obras para reconvertir e intervenir en las clasificaciones (por ejemplo, “unitarios” y “federales”) que circulaban en la encrucijada epocal en que estaban insertos.
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Actualidad de la Teoría Marxista de la Dependencia: consideraciones sobre el pensamiento de Ruy Mauro Marini (#1794)
Gabriela Roffinelli 11 - Instituto de Investigaciones Gino Germani,Facultad de Ciencias Sociales, UBA.
Abstract:
La revolución conservadora de los años 70-80 del siglo pasado impulsó la impugnación del dependentismo latinoamericano y el rechazo del (los) marxismo(s) del campo de la sociología, la ciencia política y las ciencias sociales en general. Los análisis centrados en la sociedad civil, la democracia, los movimientos sociales y las instituciones republicanas y parlamentarias cobraron protagonismo y se desvincularon, como objeto de estudio académico, de la historia del colonialismo, la dependencia, el sistema capitalista mundial y su polarización inherente. A comienzos del nuevo siglo, el declive del pensamiento único neoliberal en Nuestra América y la emergencia de la crisis global capitalista de carácter económico-financiera, ecológica- alimentaria y energética abrieron el espacio a los análisis transdisciplinarios relacionados con los cambios socio-históricos, la depredación socioambiental, el cambio climático, la flexibilidad del trabajo y la precarizacion del empleo, los flujos migratorios, la desigualdad social y el neocolonialismo entre muchos otros temas, así como, la cuestión de las alternativas para la conformación un proyecto plenamente humanista. El cambio de época desafió al pensamiento social latinoamericano a tomar distancia de los enfoques eurocéntricos y a recuperar propuestas teóricas originales del Sur. Entre otros, volvieron a discutirse y analizarse, los diversos análisis de los dependentistas, así como también las críticas recibidas por ellos no ya desde el desarrollismo o las heterodoxias neokeynesianas sino desde el marxismo, la perspectiva decolonial y la teoría del moderno sistema capitalista mundial. En otros campos y terrenos reaparecieron discursos “olvidados” u otros más novedosos pero que estaban hasta ese momento vedados o eran desconocidos en el ámbito local, como los estudios de la Teoría Crítica (desde Fredric Jameson y Alex Callinicos a Terry Eagleton y Raymond Williams), el pensamiento postcolonial, el paradigma de la complejidad y los estudios multidisciplinarios (aunque de origen geográfico y urbanístico) de David Harvey, solo por mencionar algunos altamente significativos. En este contexto el sociólogo brasileño Ruy Mauro Marini emerge como una de las más altas expresiones del pensamiento social latinoamericano iniciado a fines de los años 60. Nuestra hipótesis de trabajo sostiene que la teoría marxista de la dependencia, particularmente a través del análisis de Ruy Mauro Marini, conservó a través del tiempo la flexibilidad necesaria como para reactualizarse frente a los desafíos que imponen los cambios socio-históricos y las nuevas modalidades de la crisis global del capitalismo.
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Teoria Marxista e buen vivir: uma análise de duas concepções críticas ao capitalismo (#1978)
Lorrany Rodrigues Do Nascimento 11 - Universidade Federal de Goiás.
Abstract:
O objetivo da pesquisa é analisar as similitudes e as divergências entre duas concepções críticas ao capitalismo: a Teoria Marxista e o Buen Vivir, mais especificamente no que diz respeito às propostas de superação desse sistema e às condições para que elas se concretizem. As semelhanças evidenciam-se na oposição a um sistema caracterizado pela exploração do homem pelo homem e do homem pela natureza, pela produção exacerbada de mercadorias e pela ausência de sentido de um trabalho alienado. Ambas perspectivas propõem, seja através do comunismo ou da vida plena, uma mudança que propicie a construção de uma sociedade menos desigual. Partem, entretanto, de entendimentos diferentes das condições para que essa mudança se concretize. Na teoria marxista, em que se tem por base o materialismo histórico, o comunismo só seria viável quando as relações de produção características do capitalismo passassem a se constituir em um obstáculo ao desenvolvimento das forças produtivas e a exploração do proletariado pela burguesia atingisse o seu limite, havendo, assim, as condições materiais necessárias para a formação de uma consciência de caráter revolucionário. Já no caso do Buen Vivir, a história não seria vista de forma linear, mas cíclica; a transformação social não teria como pressuposto o antagonismo de classe e a exploração, mas a noção de complementariedade e equilíbrio; e a consciência não seria concebida como subordinada às condições materiais de existência, sendo o plano material e o plano simbólico vistos como parte de um todo. Por fim, no que diz respeito às referências teóricas a serem utilizadas, adotar-se-á, para a discussão dos fundamentos da Teoria Marxista e para a sua contextualização em relação à modernidade e à crença no progresso que lhe é característica, além de Marx e Engels, Marshall Berman e Gustavo Lins Ribeiro. Já para a discussão do Buen Vivir em sua acepção teórica e ideológica, que tem base a cosmovisão de povos andinos e teorias ocidentais que criticam a modernidade, utilizar-se-á as obras de Alberto Acosta, Eduardo Gudynas, Fernando Huanacuni e Aníbal Quijano. Palavras-chave: Buen Vivir; Teoria Marxista; Comunismo; Vida Plena; Modernidade.
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Teoría social crítica más allá de la modernidad (#2013)
Susana Raquel Barbosa 11 - CONICET.
Abstract:
Si acordamos acerca del punto de que los pensadores de la primera generación de la escuela de Frankfurt conforman un eje clásico de pensamiento y se desenvuelven entre la herencia del idealismo y la del marxismo postulando una crítica de la sociedad y la ciencia, acordaremos también en que es difícil separar su propuesta de la última modernidad. Nuestra intención es pensar de qué modo se puede establecer un continuismo no moderno de crítica de estos pensadores a partir de algunas preguntas sin respuestas en la polémica Habermas-Marcuse en torno de la tecnología. Pensar los límites y fronteras que vuelven (im)posible un diálogo entre la sociedad, la ciencia y la tecnología en torno a la persistente idea de dialéctica y tensión, presente en el interior de los problemas. Desde una historia crítica de las ideas filosóficas y asumiendo postulados básicos de la primera teoría crítica, intentamos ofrecer un estado de la cuestión, relevando los argumentos de Habermas y Marcuse pero especialmente la interpretación que Andrew Feenberg aporta casi dos décadas después y las suturas que ofrece desde su propuesta de racionalidades alternativas.