Abstract:
Esta investigación surge como resultado del trabajo acumulado desde la DINEM en cuanto a evaluación de programas sociolaborales del Mides. En las mismas se han constatado ciertos resultados, en general en dimensiones actitudinales y vinculares de los participantes, pero éstos no han sido claros en cuanto a cantidad de personas que se integran a un trabajo formal y pueden mantener en el tiempo la relación de trabajo. Teniendo en consideración esto, se evidenciaba la necesidad de una investigación que permita responder, no ya desde las características de la oferta (población de los programas) sino desde la demanda, a dos preguntas: Aún cuando algunos programas sociolaborales incluyen beneficios monetarios para contratar a esta población, así como capacitación y promoción de distintas competencias: ¿Cuáles son los obstáculos que persisten en la inserción laboral de la población de estos programas?, y ¿cuáles son las razones que hacen que un trabajador y un empleador no logren sostener un contrato laboral? Se utilizó un enfoque metodológico de corte cualitativo, con entrevistas en profundidad a una muestra teórica de actores, que incluyó: Cámaras empresariales, Empresas, Organizaciones de la Sociedad Civil, y referentes de programas de inclusión laboral. Entre los resultados obtenidos se destaca que existe consenso en cuanto a que no ha habido espacios de trabajo conjuntos entre quienes implementan las políticas y representantes del sector empresarial. Desde las cámaras empresariales se reclama que los diseños de los Programas reflejan un énfasis en la oferta en detrimento de las necesidades de la demanda de trabajo. Por otro lado, en un contexto de bajo desempleo (2012-2014), la mano de obra desocupada, está integrada por personas en las cuales se evidencian con más fuerza las consecuencias de la pobreza y la vulnerabilidad. Paralelamente se constata que las competencias transversales que habiliten a las personas a sostener la relación laboral en condiciones de buen relacionamiento y productividad, son las buscadas por el sector empresarial. Para las empresas incentivos económicos a la contratación no alcanza a compensar otro tipo de costos asociados a contratar población de sectores vulnerables. Desde los representantes de los programas sociales y OSCs se reconoce esta situación, pero se cuestiona la calidad de los puestos de trabajo disponibles: éstos ofrecen condiciones precarias, bajo salario, y requieren soluciones de cuidados. Más allá de que no fue la motivación inicial del estudio, estos resultados ofrecen la oportunidad de discutir sobre las ideas de empleabilidad y de competencias en el mundo del trabajo, y cómo operan al momento de entender las problemática de los trabajadores de estratos más bajos.  

Abstract:
La escasa articulación entre las políticas del reconocimiento a la diferencia y el diseño de políticas sociales en México, contraviene y violenta los derechos colectivos de los pueblos indígenas, además de profundizar la desigualdad existente. Esto imposibilita pensar en el ejercicio real de una ciudadanía étnica y dificulta incluso poder hablar de una ciudadanía universal en condiciones de justicia. A la luz de estas ideas, se analiza el caso de la política pública de Ciudad Rural Sustentable (CRS) en el municipio indígena de Santiago El Pinar, Chiapas, como una acción de gobierno que ejemplifica el modelo de desarrollo en que se basan las políticas aplicadas a los pueblos indígenas y su desarticulación. Estas políticas se realizan quebrantado el derecho a la consulta previa e informada incurriendo en simulación, ignorando las formas de organización social y política de los tsotsiles del municipio, pero sobre todo no consideran las causas reales de la pobreza. Este caso pretende mostrar cómo las políticas públicas tipo CRS que se implementan en México, a pesar del discurso de derechos indígenas, se basan en enfoques neoliberales, universalistas y homogeneizantes del desarrollo, que finalmente reproducen las desigualdades económicas, sociopolíticas y culturales.

Abstract:
O aprofundamento das desigualdades sociais e da situação de pobreza de milhares de famílias no Brasil, e em particular no Estado do Tocantins, tem posto desafios às políticas educacionais e sua concretização nas escolas públicas, que sugere uma alteração do significado da organização do trabalho pedagógico da escola pública, bem como ampliam os objetivos e as finalidades da educação. A presente pesquisa tem como objeto de estudo a relação Educação, Pobreza e Desigualdade Social, a partir de uma perspectiva sócio histórica. O objetivo geral que se propõe é o de apreender essa relação no planejamento das políticas educacionais desenvolvidas no sistema público de ensino do Estado do Tocantins, tomando como referencia o acompanhamento escolar dos alunos beneficiários do Programa Bolsa Família, política de transferência de renda às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza desenvolvida pelo governo federal desde o ano de 2003. Essa política social possui condicionalidades para o recebimento do benefício, dentre elas o acompanhamento da frequência escolar das crianças beneficiárias. Nossos objetivos específicos passam, portanto, pela investigação das políticas educacionais desenvolvidas no Estado do Tocantins, no período de 2010 a 2015, direcionadas aos alunos em situação de pobreza e extrema pobreza, considerando as crianças beneficiadas pelo Programa Bolsa Família (PBF), no intuito de, a partir da caracterização da realidade socioeconômica e educacional do Estado do Tocantins, conhecer o perfil socioeconômico e educacional dos alunos beneficiários do Bolsa Família matriculados na escola pública do Tocantins; identificar e analisar no Plano Estadual de Educação (2016-2026) e nos Planos Municipais de Educação das cidades com maior número de alunos beneficiários, como são tratadas as questões relacionadas à pobreza e desigualdade social, e por fim, investigar nos Projetos Político-Pedagógicos das escolas selecionadas as orientações e ações direcionadas ao tratamento educacional dos alunos em situação de pobreza e extrema pobreza. A pesquisa é de natureza qualitativa e quantitativa, pois serão utilizados dados estatísticos disponibilizados em bases de dados oficiais, tais como IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e Censo Escolar, entre outras. Além disso, serão cotejados os documentos referentes aos Planos de Educação estadual e municipais e os Projetos Político-Pedagógicos das Escolas com maior número de alunos vinculados ao Programa Bolsa Família. O conjunto de dados apreendidos será analisado a partir dos fundamentos sócio históricos dos condicionantes da produção e reprodução das desigualdades sociais e da pobreza e da luta pela ampliação do Direito à Educação no Brasil.

Abstract:
Este estudo se insere no GT 8 – “Desigualdad, Pobreza y Exclusión social”. Discute a criação do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural – PNDTR, que se caracteriza como uma ação fundamental para o desenvolvimento de estratégias de inclusão das mulheres trabalhadoras rurais, seja na Reforma Agrária ou na agricultura familiar. O Programa garante a emissão de documentos para quem ainda não os tem através de Mutirões itinerantes nas áreas rurais ou nas sedes de municípios em todo o país a fim de fornecer gratuitamente documentos civis, trabalhistas e previdenciários. Atende as mulheres trabalhadoras da Agricultura Familiar, assentadas da Reforma Agrária, acampadas, ribeirinhas, quilombolas, extrativistas, indígenas e pescadoras. O trabalho discute a inserção das mulheres do campo na luta pelas suas organizações, no sentido de serem reconhecidas como sujeitos de seus direitos sociais e políticos para que suas cidadanias sejam reconhecidas. Nas estatísticas oficiais brasileiras, as mulheres agricultoras são maioria entre os membros não remunerados da família. Essa forma de organização leva a um comprometimento da autonomia pessoal e financeira dessas mulheres, dificultando acesso ao crédito, bem como a comercialização da produção agrícola. Em face de tais limitações, geradas também pela ausência de documentação civil, trabalhista e previdenciário os Movimentos Sociais junto ao Movimento de Mulheres do Rio Grande do Norte, empreenderam lutas no sentido de construírem alternativas que garantissem a aquisição de documentação civil, como forma de superar não somente as desigualdades sociais, mas, também, as desigualdades de gênero. O estudo apresenta depoimentos de mulheres que participaram dos mutirões realizados em alguns municípios do Território da Cidadania do Mato Grande, ocasião em que afirmam “sem documento não se é nada, não se consegue trabalho”, “não é possível acessar políticas públicas” - “cadastrar-se no Bolsa Família”, acessar o salário-maternidade”, “solicitar aposentadoria” “para ter acesso a assistência e procedimentos médicos”, “matricular as crianças na escola” e, ainda locomover-se de uma cidade para outra. Os documentos são fundamentais para que as mulheres do campo sejam reconhecidas como sujeitos de direito e para que possam, finalmente, acessar políticas públicas, créditos específicos para agricultura familiar e reforma agrária.

Abstract:
El proceso de planeación en Colombia está reglamentado por la Ley 152 de Planeación Nacional de 1994. Los planes de desarrollo, como parte de este proceso, son instrumentos de política pública que dan cuenta del quehacer del gobierno en los distintos niveles territoriales (nacional, distrital, departamental, municipal o comunal). Estos planes se elaboran a partir del análisis de la situación socio-económica de cada territorio de injerencia del gobernante y se supone que entre los distintos niveles debe haber articulación. En últimas, los planes de desarrollo dan cuenta de la orientación del gobierno y de su actuación e intereses con respecto a los grupos poblacionales que habitan en los territorios.   Cali es una de las ciudades de las Américas que concentra el mayor número de población afro. De hecho, 26,2% de los residentes en Cali se auto-reconocieron como afrodescendientes en el último censo nacional (2010). Vale la pena resaltar que la ciudad de Cali presenta el fenómeno de segmentación residencial por condición étnico-racial como consecuencia o, mejor, articulado a orígenes y trayectorias históricas de migración de poblaciones negras a Cali, así como a procesos de discriminación racial propios de una estructura racista implantada en la ciudad y que se relaciona con el inequitativo acceso a bienes y servicios, tales como vivienda o tierra (Barbary, 2004).   Entendiendo que el gobierno local tiene responsabilidad en saldar las brechas sociales basadas en la condición étnico-racial, en este texto se presenta cómo se construye el asunto étnico-racial, en particular lo referido a la población afro, en los Planes de Desarrollo de la ciudad de Cali (Colombia) desde 1994 hasta 2016 y las implicaciones que ello tiene en la inequidad social.   Tres asuntos fueron considerados centrales en este análisis. Primero, se identifica cómo se nombra a la población afro y se discuten las implicaciones que conlleva dicha designación. Segundo, se analiza la línea o componente donde se privilegia a los afros en el Plan. Tercero, se examinan las estrategias planteadas para atender lo que se ha considerado como problemático sobre la situación social y económica de los afros en Cali. Finalmente, se concluye que el caso Cali muestra que aunque existen variaciones con respecto al tratamiento que recibe lo étnico-racial en cada período de gobierno, lo planteado en estos Planes de Desarrollo contribuye a fortalecer la persistente estructura social racista existen en la ciudad de Cali.

Abstract:
A questão habitacional sempre se constituiu um problema na realidade urbana brasileira; todavia, foi com o processo de urbanização a partir da década de 1930 que se evidenciou a crise da moradia nas metrópoles. Essa problemática, assim como outras que cingiram a questão urbana em meados do século XX, derivara-se do caráter da urbanização, mais especificamente das relações entre o Estado e o urbano no Brasil, que deram base a um novo padrão de produção capitalista no país, o urbano-industrial (OLIVEIRA, 1982). O urbano era, naquele momento, a criação e reprodução do espaço das classes médias no Brasil, em primeiro lugar, e, pela sua negação, da ausência das classes populares na estrutura política do país e no aparelho de Estado.           Dos anos de 1970 aos de 1990 as intervenções urbanas foram marcadas pela regressividade, pois privilegiaram os interesses do capital imobiliário e das classes média e alta. Nos anos 2000 tinha-se um quadro urbano complexo diante do aumento da violência, da pobreza urbana e dos assentamentos precários, um parâmetro importante para a Política Nacional de Habitação, implantada em 2004, pelo governo de Luís Inácio Lula da Silva, a qual sinalizava para a garantia da função social da propriedade urbana, como prevê o Estatuto da Cidade (BRASIL, 2001).  Porém, com a crise da economia brasileira o governo brasileiro anuncia, em 2009, o PMCMV, que surge como uma ação emergencial de apoio ao setor privado para evitar o aprofundamento do desemprego (BONDUKI, 2010). Conforme Maricato (2009), o programa avançava quanto à regularização fundiária, mas, ao limitar-se à produção de habitações e ao setor privado, não enfrentava a questão fundiária, raiz das desigualdades urbanas, com efeitos imprevisíveis não apenas no aspecto socioespacial, mas também nas demais dimensões da vida urbana. Este artigo discute resultados de uma pesquisa sobre os impactos sociais do PMCMV na vida dos beneficiários, tomando como base empírica duas cidades conurbadas, Teresina (PI) e Timon (MA). Os dados preliminares apontam para graves problemas enfrentados pelas famílias no novo processo de reassentamento espacial, que passam pela localização dos empreendimentos, a maioria situada nas franjas urbanas, pela completa ausência de infraestrutura urbana, sem mencionar os problemas relacionados ao trabalho, ao lazer e à sociabilidade familiar e local, afetados pela distância dos vínculos socioespaciais anteriores. Do sonho da casa própria resta a perspectiva de territorialização definitiva e a certeza de que as condições de vida não serão modificadas.

Abstract:
Durante los últimos años, las agendas gubernamentales de los países latinoamericanos han resaltado la importancia del desarrollo -añadiéndole los apellidos de social y humano- como estrategia para la construcción de sociedades más democráticas. Así, se han afianzado propuestas de corte neoliberal para la construcción de las políticas sociales. En Chile, podemos observar que las iniciativas públicas destinadas a disminuir las brechas de desigualdad, incorporan estrategias de asociatividad de los sectores con menos poder y recursos. En este contexto, el fenómeno del liderazgo ha captado la atención de los gobiernos al momento de desarrollar intervenciones focalizadas en la capacitación y entrenamiento de habilidades ligadas a la idea de liderazgo, desde diversos enfoques y áreas del conocimiento. A pesar de lo anterior, hasta el momento existe una escasa investigación que pueda dar cuenta de las características de estos programas y su impacto en la población. Esta ponencia se centra en los resultados parciales de la investigación Fondecyt n°11150443, en la cual se realiza un proceso de análisis documental de información encontrada en la web de los 23 ministerios del Gobierno de Chile. A partir de lo anterior, se construye un catastro que logra recopilar los planes, programas y proyectos sociales (PPPS) presentes en la oferta pública que consideren el concepto de liderazgo. Basado en la revisión de los 23 ministerios, se revisan un total 739 PPPS, con un total de 28 que consideran el concepto de liderazgo, y 12 de los cuales abordan temáticas de liderazgo en su carácter comunitario. Estos productos posibilitaron un análisis basado en criterios referentes a marcos conceptuales, metodología, duración, destinatarios, equipos técnicos, consideraciones éticas y uso del enfoque de género. Los resultados parciales indican la escasa existencia de programas con valores, conceptos y metodologías que promuevan las prácticas empoderadoras, que generen participación y cohesión social. Por el contario, al observar los PPPS que consideran el liderazgo, estos se basan en modelos de corte individual que se sustentan en una racionalidad neoliberal, fomentando la asociatividad instrumental. También se observa que este tipo de iniciativas promueven que las comunidades operen en un marco normativo basado en un estilo “empresarial” y que explota el sentido de las relaciones sociales bajo un contexto de “competitividad”. Se concluye reflexionando en torno al diseño y la implementación de PPPS, considerando observaciones emergentes como la relación entre Estado y Mercado en contextos de hibridación de los servicios, y sus aportes para la comprensión de las políticas públicas. Además, se problematiza en cómo el enfoque de las políticas de liderazgo se construye en una lógica de “bajada de conocimiento” que pretende per-formar sujetos a corto, mediano y largo plazo.

Abstract:
La ponencia presenta análisis de la tensión que existe entre el discurso legitimador de los programas focalizados y el principio de la cohesión social. Se define la cohesión social desde el enfoque republicano, que enfatiza el acceso igualitario a los derechos, bienes y servicios (estatus de ciudadano). Es también conceptualización que subraya la importancia de política públicas redistributivas como mecanismo de fortalecimiento de la cohesión social. Por otro lado, se analiza el discurso que legitima los programas focalizados, que descansa sobre el principio de merecimiento. La conclusión es que este discurso enmarca las políticas sociales en un discurso de compasión, no de derechos, de ahí que tiene impacto negativo en la cohesión social. El caso de estudio es Programa de Atención Integral para Madres Solas Jefas de Familia.

Abstract:
O estudo relata a experiência do projeto intitulado “Ações Integradas de Pesquisa-Ação e Extensão Tecnológica para Inclusão Social no Meio Urbano e em Comunidades Ribeirinhas” vinculado ao Parque Científico e Tecnológico para Inclusão Social – PCTIS da Universidade Federal do Amazonas no desenvolvimento de ações integradas de pesquisa-ação e extensão tecnológica voltadas para a inclusão social dos povos amazônidas, ao mesmo tempo em que propicia aporte teórico fornece subsídios qualificados para a formulação de políticas públicas coerentes com as necessidades existentes. O debate centra-se sobre as potencialidades da rica biodiversidade a partir do manejo dos recursos naturais baseada na organização dos diversos povos que compões a região, que apresentam identidade sociocultural singular marcada pelo processo sociohistórico de constituição/ocupação da região. Em meio a riqueza da sociobiodiversidade local, grande parte da população enfrenta graves carências no atendimento a bens e serviço sociais (saúde, educação, habitação, assistência social, dentre outras). Dentre os desafios vigentes entende-se que urge a ampliação dos conhecimentos para superação das lacunas de pesquisas existentes sobre as condições de acesso a bens e serviços sociais junto a segmentos empobrecidos no meio rural e urbano da região para criação e usufruto de Tecnologias Sociais - TS, como produto do processo de associação entre saberes técnico científico e culturais, pelas potencialidades que possuem de contribuir para combater as desigualdades sociais e a condição de empobrecimento e vulnerabilidade social e ambiental, alicerçando princípios de combate à exclusão social. Mediante o forte dinamismo do desenvolvimento tecnológico vigente, que impõe padrões e avassala as formas de organizações tradicionais, o estudo apresenta-se como uma atualização necessária. O aporte teórico-metodológico, sob as premissa da Metodologia Inter-Ação, abrange um conjunto de princípios ético-político que apoiam a produção de Tecnologias Sociais, tais como: Meliponicultura; Hortas Domésticas Suspensas; Sistema Coletivo de Produção de Farinha; Galinheiro Agroecológico; Roçado; Reciclagem Solidária: Processos de Gestão e Beneficiamento de Resíduos Sólidos; Hortas Suspensas que visam a ampliação da produção para geração de renda, melhoria da qualidade de vida, assim como reconhecimento e resgate de práticas e técnicas tradicionais sustentáveis que são apreendidas, difundidas e replicadas por várias gerações, com destaque para criação de alternativas de acessibilidade aos serviços, a elaboração e implementação de políticas públicas para desenvolvimento sustentável.

Abstract:
O enfrentamento da pobreza envolve tanto a dimensão da proteção quanto a de promoção social. A integração das politicas de assistência social e trabalho é estratégica em um enfoque integral de proteção social, conforme desenvolvido conceitualmente pela Cepal. Este trabalho analisa a integração da Política de Assistência Social no Brasil com políticas de promoção laboral do governo brasileiro executadas em estados e municípios de forma descentralizada. São analisados o desenho, as instâncias e dinâmicas de articulação presentes e a concepção de integração que sustenta, conceitualmente, estratégias de intervenção nos dois campos de políticas. A análise do desenho das duas políticas é feita para identificar a convergência entre os públicos destinatários delas, o grau de coerência entre objetivos, metas e estratégias, e os mecanismos, canais de coordenação, processos e instrumentos de gestão existentes entre os dois campos, apontando os avanços e desafios de integração. O trabalho centra-se na revisão bibliográfica sobre o tema do enfoque integral da proteção social, sobre as dimensões e os níveis da intersetorialidade das políticas públicas, na análise de documentos oficiais e fontes secundárias e na utilização de dados secundários de pesquisas sobre os programas estudados. Será utilizado um banco de dados com informações de municípios e estados brasileiros, sobre a integração das políticas de assistência social e trabalho no âmbito do Bolsa Família. Os resultados mostram a incipiente integração da Política de Assistência Social com as de trabalho no Brasil. As políticas ora existentes não respondem às demandas do público mais vulnerável da assistência social.  

Abstract:
Después del “laureado” y errático programa de Oportunidades para disminuir la transferencia intergeneracional de la pobreza, que representó en México el eslabón último del fracasado modelo de política social por casi un cuarto de siglo, la administración política de Peña Nieto “inauguró” una política social denominada de “nueva generación” reconocida con el nombre de Prospera. Programa de Inclusión Social. Este programa estratégico, iniciado en 2014, añade a la propuesta asistencialista de transferencias monetarias condicionadas, destinadas a las familias en pobreza extrema, nuevos esquemas de corresponsabilidad, en“articulación y coordinación”con la oferta institucional de otros programas y acciones de política social, relacionadas con el fomento productivo, la generación de ingresos, el bienestar económico, la inclusión financiera y laboral, educación, alimentación y salud. Todo, en el objetivo de permitir a las familias mejorar sus condiciones de vida y asegurar el disfrute de sus derechos sociales y el acceso al desarrollo social con igualdad de oportunidades.   Esta ponencia dará cuenta críticamente de las premisas teórico –metodológicas del Prospera evidenciando que el modelo no constituye una alternativa a la política social asistencialista, compensatoria y economicista en cierne. Por el contrario, es una propuesta que da continuidad a la visión ortodoxa del libre mercado del modelo neoliberal, con novedosos tintes y apelativos, que la disfrazan, en la prédica, aunque no en los hechos, con epítetos extraídos de los discursos progresistas de la región latinoamericana como la inclusión social, participación, empoderamiento, cumplimiento de derechos, entre otros; mismos que primaron en los proyectos económico-político y sociales contrarios al neoliberalismo, hasta su derrota por gobiernos neo-conservadores. Estos matices se expresan al menos en tres aristas centrales de la actual política social mexicana: la naturalización de la pobreza como condición del fracaso de los individuos en el mercado, responsabilizándolos de su condición de fracasados; la legitimación de la incorporación de los pobres a los circuitos del mercado financiero, enmascarada por novedosos procesos de acceso crediticio para la inclusión productiva y; la desnaturalización de los derechos sociales ciudadanos y su reducción exclusiva al atributo, “técnicamente” definido, de pertenencia, a los umbrales y líneas de pobreza.   Persistir en este tipo de visión conlleva a que la pobreza, la desigualdad, y la exclusión social se conviertan en una real amenaza al proyecto democrático en México, por lo que en la última parte del trabajo planteo construir una capacidad distinta de interrogación y de tratamiento de lo social, disyuntiva a la hegemónica ideología neoliberal afianzada en la filosofía neopositivista del utilitarismo, la elección racional y el individualismo metodológico. Se busca recolocar a la política social como objeto de conocimiento y como marco de acción pública, abriendo la reflexión a la interrogación de su fundamentación epistemológica y al ámbito histórico-axiológico.

Abstract:
A exploração de crianças e adolescentes pela via do trabalho é um fenômeno pluridimensional. Marca dos tempos atuais – nos mais distantes e distintos territórios do planeta, tem, no entanto, um lastro histórico ininterrupto, a despeito de, no plano jurídico e político, seu combate vir, cada vez mais, integrando agendas de governos. Esta pesquisa foi realizada no município de Canindé-Ceará-Brasil, visando construir uma avaliação de um programa – Peti –, que é parte da política de assistência à criança e ao adolescente, e que afirma o propósito de erradicar a exploração da mão de obra das crianças e de adolescentes com idade inferior a 16 anos. Como sugere o título, este estudo identificou como a exploração de crianças e adolescentes, abriga uma diversidade de dimensões. No caso do município em estudo, um centro de romarias voltadas à fé no santo padroeiro – São Francisco das Chagas de Canindé –, foi desvelado o papel da Igreja católica na dinâmica da manutenção dessa forma de exploração de crianças e adolescentes. Identifiquei os consórcios de comércio e de fé que se instauram nas distintas expressões de poderes laicas e religiosas. O estudo explicita as razões, a despeito da existência do Peti neste município, crianças e adolescentes, especificamente, na faixa etária de 10 a 15 anos, permanecem, à vista de todos, realizando atividades laborais para sustento próprio e o de seus familiares, enquanto as estruturas que sustentam, utilizam e usufruem dessa forma de exploração desse segmento populacional. Na tentativa de explicar o que se desconhece sobre a essência desse fenômeno da exploração da mão de obra de crianças e adolescentes em Canindé, algumas indagações irrompem: seria a insuficiência ou ineficiência dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos disponibilizados pelos equipamentos de referência da assistência social que interferiria nas condições de permanência de crianças e adolescentes nessa situação de exploração? Seria a oferta do capital, encarnada nas estruturas sociais que sustentam e se utilizam da exploração de crianças e adolescentes pela via do trabalho, mais interessante que a oferta apresentada pela política de assistência social, via Peti? Ou ambas?  São questões que despontam e fazem configurar, por suas necessidades de respostas, o modo de realização deste estudo: uma pesquisa qualitativa, com uma abordagem de base etnográfica. Na construção de elementos de análise para a investigação proposta, foram realizadas as análises dos discursos através das entrevistas em profundidade com os agentes públicos, observação participante, registros fotográficos e da produção de um vídeo com depoimentos das famílias afetadas pelo mercado da fé, realizado nos dias 24 de setembro a 4 de outubro de 2013.