10:30 - 12:30 Presentación de PONENCIAS
14. Medio Ambiente, Sociedad y Desarrrollo Sustentable | Agricultura familiar y agroecologia |
Monday 04/12 | 10:30 - 12:30 | Fac. Derecho | 09 |
Agricultura de Conservación y Por Contrato como alternativa para el desarrollo sostenible (#4667)
Fabiola Yzatiu Aguilar Morales 11 - Universidad Autónoma Chapingo.
Abstract:
Actualmente la sociedad se encuentra hundida en una compleja crisis ambiental, con múltiples manifestaciones de disminución y colapso, fruto de una interacción del hombre con la naturaleza y su medio. Presidida por un enfoque antropocéntrico y devastador, que lo lleva a explotar desmedidamente su entorno natural, sin tomar en cuenta que él también depende de los complejos procesos naturales para sobrevivir en el planeta. En un escenario donde el deterioro y agotamiento de los recursos naturales tienen efectos devastadores en la producción agrícola mundial. La agricultura de conservación como una alternativa para frenar y reducir la crisis ambiental toma relevancia y pertinencia social (Novelo, 2000). Es urgente modificar las actitudes destructivas, para asegurar para las generaciones venideras un mundo hospitalario, o al menos, no totalmente hostil. La agricultura de conservación representa una alternativa viable de producción para la agricultura mexicana. Sin embargo, la adopción de estas prácticas se ha ido desarrollado muy lentamente en el país. Uno de los modos de propagación más exitosos ha sido implementado a través de la agricultura por contrato. La Agricultura por contrato no es algo nuevo en México, sin embargo hoy en día se ha convertido en una alternativa real al problema de la crisis en el sector agrícola. La agricultura por contrato les da una opción para en conjunto competir dentro de un mercado mayor al que no podrían aspirar en solitario y les ofrece la posibilidad de organización entre productores en diversos ámbitos, como la conservación del suelo, agua y diversidad biológica en la zona. Impulsora agrícola es la principal proveedora de cebada en la industria cervecera en México y ha desarrollado una fuerte presencia en los principales centros de producción de cebada en el país, su presencia ha sido promovida por los centros impulsores que se han creado en las más importantes regiones productoras de cebada en México. Impulsora agrícola desarrolla estos servicios trabajando simultáneamente con instituciones como CIMMYT-MASAGRO, SAGARPA y FIRA las cuales conjuntamente representan un beneficio solido hacia la coordinación de las asociaciones público-privadas en el sector agroalimentario para el mejoramiento del campo mexicano y el desarrollo de alternativas para una agricultura sostenible. OBJETIVOS Ubicar a la agricultura de conservación como una alternativa sostenible de los recursos naturales. Describir cómo Impulsora Agrícola, a través de la agricultura por contrato, representa una alternativa de conservación de los recursos naturales al promover entre sus socios la agricultura de conservación.
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Veredas epistemológicas: A agroecologia como chave de conhecimentos alternativos (#4699)
Kauê Pessoa 1; Felipe Amaral
11 - Universidade Federal do Paraná.
Abstract:
Os conhecimentos tradicionais têm recebido reconhecimento nas recentes décadas, em virtude das recorrentes críticas as ciências convencionais, atreladas a racionalidade instrumental das sociedades modernas, constituídas com novas estruturas e dinâmicas. Têm sido constituídos caminhos críticos e com isso, criam-se mecanismos e ferramentas alternativas como uma forma de saída. Acentuam-se assim, as novas racionalidades vinculadas aos conhecimentos tradicionais. Os elementos ambientais se tornam um caminho fundamental nesse sentido, sendo um alicerce ao processo emancipatório do conhecimento para além do agente humano. Neste sentido, foram estabelecidas assim alternativas durante as décadas, através de mecanismos e ferramentas articuladas com distintos âmbitos. Desta forma, este artigo persegue a agroecologia enquanto uma prática e um discurso que está no centro desse encaminhamento, por conservar e promover elementos socioambientais, já que desde seu lócus epistemológico, é possível pensar o processo de criação e reprodução de conhecimentos. Desde aí é possível questionar se a produção agroecológica remonta uma interpretação moderna de saberes ou se se descola a prática alternativa produzindo sujeitos e territórios de forma sinérgica, em uma transformação e deslocamento de lugar dos atores humanos e não humanos, seguindo o rastro da teoria pós-colonial de Arturo Escobar.
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ZERO HORA E A CONSTRUÇÃO DO CONSENSO SOBRE A MONOCULTURA DE SOJA NO RIO GRANDE DO SUL: uma Análise Crítica de Discurso
(#7170)
Fernando Nichterwitz Scherer 1;
Rafael Kruter Flores
11 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Abstract:
Em 2016, somente no Rio Grande do Sul (Brasil), foram produzidas mais de 15 milhões de toneladas de soja, em uma área plantada de aproximadamente 5,1 milhões de hectares. Voltadas para o mercado externo, as monoculturas de soja avançam sobre áreas antes destinadas ao cultivo de milho e arroz, destinados ao mercado interno. Para além de seu aparente êxito econômico, a expansão do modelo agroexportador da soja no estado do Rio Grande do Sul vem enfrentando questionamentos e críticas de diversos setores da sociedade que denunciam suas controversas consequências sociais, ambientais e para a saúde humana. Entre os aspectos denunciados, merecem destaque: a concentração da propriedade da terra e a expulsão dos trabalhadores do campo; a extinção das lavouras de soja crioula e dos bancos de sementes crioulas no estado; a estreita relação entre o modelo agroexportador, o emprego de biotecnologia, e a utilização deliberada de agrotóxicos. A legitimidade dos incentivos econômicos concedidos ao modelo, entretanto, vem sendo defendida através da construção de um consenso que é reforçado pelo discurso da mídia corporativa e das instâncias representativas do Governo Federal. Este artigo visa compreender aspectos da atuação da mídia corporativa, representada pelo jornal Zero Hora, na construção deste consenso. O trabalho adota a proposta teórico-metodológica da Análise Crítica de Discurso, considerando as ações discursivas como fundamentais na constituição e na sustentação das relações de poder. A proposta assume três níveis complementares de análise de discurso: micro, macro e da prática social. Descrevemos o cenário da agricultura da soja no estado e o campo dos estudos do discurso e apresentamos as principais referências utilizadas. Os procedimentos metodológicos consistem no processo de seleção do corpus, na contextualização dos recortes estabelecidos e na descrição dos procedimentos de análise. A análise indica uma atuação por parte da mídia corporativa em prol dos interesses das grandes multinacionais do setor agrícola e dos grandes proprietários de terra na construção do consenso do agronegócio da soja. Identificamos que essa construção é pautada, entre outros aspectos: pela tecnicização do discurso; pela mitificação do emprego de tecnologia nas lavouras de soja; pela supressão ou exclusão das vozes que denunciam as controvérsias do modelo agroexportador; pela atribuição da soja como grande riqueza do estado; e, pela construção metafórica de uma suposta união dos interesses da sociedade na expansão do agronegócio da soja. Finalmente, indicamos que a análise da construção do consenso do agronegócio precisa ser relacionada a uma explicação teórica que contextualize e dimensione as relações de dependência dos países periféricos e que ofereça um aporte conceitual para a articulação dos focos de resistência ao modelo hegemônico, inseridos em um contexto de luta pela propriedade da terra.
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O resultado da participação da juventude no projeto de formação agroecológica, implantado pela Universidade Federal de Rondônia, segundo a visão das famílias (#4839)
Eliane Silva Leite 1; Clodoaldo De Oliveira Freitas
1; Thais Magalhães Silva
1; Heidiane Nascimento Feitosa
1; Tania Olinda Lima
1; Maria Irenilda De Souza Dias
21 - Universidade Federal de Rondônia - UNIR. 2 - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia - EMATER.
Abstract:
Na busca por alternativas para garantir a permanência do(a) jovem como agricultor familiar no meio rural, várias estratégias devem ser lançadas, que prioritariamente atendam as deficiências mais relevantes no campo. Os jovens estão presentes no trabalho familiar agrícola participando do processo produtivo e cultural desde muito cedo. Todavia, com as diversas mudanças e dificuldades apresentadas na atividade, muitos jovens acabam partindo para cidade em busca de melhorias. Desta forma o jovem da agricultura familiar nos assentamentos tem encontrado dificuldades para evidenciar seu protagonismo no meio rural levando em consideração a falta de autonomia e estratégias. Diante disto, o presente trabalho é resultado da pesquisa realizada junto aos familiares dos jovens participantes do Projeto Agroecológico e Cidadão da Juventude dos Assentamentos da Amazônia, desenvolvido pelos professores do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal de Rondônia em parceria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia – FETAGRO, cujo objetivo é a formação agroecológica e cidadã para fortalecer a inclusão social e produtiva de jovens da agricultura familiar oriundos dos assentamentos, a valorização do espaço rural e familiar, além de acesso às políticas públicas oportunizando melhoria da qualidade de vida dos jovens nos assentamentos, em harmonia com os recursos naturais disponíveis em cada unidade familiar e que estabeleçam equilíbrios coerentes com os princípios do desenvolvimento sustentável, pois a agroecologia é uma ciência multidisciplinar que proporciona as bases científicas para a promoção de estilos de agriculturas mais sustentáveis e está vinculada com mudanças de paradigmas no processo produtivo e que por isso mesmo técnicos e produtores carecem de processos educacionais e de pesquisa constante e rotineira. Para a pesquisa foi utilizada a metodologia fundamentada na pesquisa-ação participativa empregando aplicação de entrevista semiestruturada aos pais, responsáveis e cônjuges dos jovens participantes do projeto. Sabendo da importância do apoio e incentivo dos familiares para a permanência dos jovens no campo, objetivou-se avaliar a percepção dos pais, responsáveis e cônjuges quanto à participação dos jovens agricultores no projeto da universidade desenvolvido nos assentamentos dos municípios de Presidente Médici e Nova Brasilândia D’Oeste, estado de Rondônia, Brasil, bem como, destacar as mudanças notadas no convívio familiar, comunitário e no fortalecimento da permanência da juventude no campo. Notou-se que os pais e cônjuges têm opinião positiva sobre a participação dos jovens no projeto e que o mesmo tem gerado muitas melhorias para as vidas dos jovens e consequentemente para toda a família. Tem gerado melhorias de renda e garantido a continuidade da atividade produtiva e o fortalecimento da permanência da juventude no campo.
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Agricultura Urbana como expresión de Nuevas Ruralidades en el Valle de México. (#5429)
Silvia Iveth Moreno Gaytan 1; Mercedes A Jiménez Velázquez
11 - COLEGIO DE POSTGRADUADOS.
Abstract:
La ponencia expone los resultados obtenidos de la investigación doctoral “Agricultura Urbana: Caracterización de sus Sistemas Productivos y Sociales” en la cual se estudian las estrategias que los grupos organizados de la sociedad civil llevan a cabo en el ámbito urbano cuya finalidad es generar alternativas orientadas a crear ciudades sustentables con un doble propósito: promover la agricultura en la ciudad que facilite el acceso a alimentos sanos a la población en mayor vulnerabilidad y la mejora ecológica. El estudio se realiza con dos casos de estudio. El primero es en el municipio de Valle de Chalco Solidaridad, Estado de México, que pertenece a la Zona Metropolitana del Valle de México. El segundo caso en El Molino, Delegación Iztapalpa, Ciudad de México. Se analiza una red de producción de alimentos que obtiene hortalizas en huertos en la ciudad.
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As comunidades que sustentam a agricultura (CSA): impactos de novos modelos socioeconômicos em torno da agricultura familiar (#5971)
Flavia Torunsky 11 - ESALQ - USP.
Abstract:
Estudos mostram que vivemos uma crise socioambiental sem precedentes. Apesar de ser considerada uma crise sistêmica, a agricultura convencional vem se apresentando como uma das atividades que mais contribui para os impactos tanto ambientais como sociais da atualidade. No mundo, as relações socioeconômicas estão estabelecidas segundo uma ordem de valores, na qual justificações mercantis e industriais possuem uma grande aceitação e legitimidade; e a economia é considerada, para alguns autores, como o coração das ações humanas. No entanto, tal ordenamento fundado em justiça industrial-mercantil impacta negativamente diversas dimensões da vida em sociedade. Neste quadro, movimentos de contestação desta ordem emergem buscando legitimidade com vistas a profundas transformações sociais e ambientais. É assim que ocorre a multiplicação das CSAs (Comunidade que Sustenta a Agricultura), representando uma experiência inovadora de associativismo, aproximando consumidores e agricultores. Seu crescimento é exponencial no Brasil e no mundo. Trata-se de uma perspectiva de busca de uma nova estrutura de relação socioeconômica, baseada na revalorização contemporânea da atividade agrícola agroecológica e da sua principal figura: a família agricultora. Nosso estudo aspira traçar seus potenciais e limitações em termos de aceitação social com o apoio de análises inspiradas na teoria das justificações, considerando a emergência de uma nova ordem de justiça, a justiça ecológica.
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Mercado de bens agroecológicos e feiras da agricultura familiar (#6356)
Isabel Oliveira 11 - UFRPE.
Abstract:
O objetivo do trabalho foi analisar o mercado de bens agroecológicos nas feiras da agricultura familiar do território rural da Mata Sul de Pernambuco. O território é composto por 19 municípios com histórico na produção de cana de açúcar. Após a crise financeira do setor na década de 1990, novas alternativas de geração de emprego e renda são criadas. O setor de serviços e industrial se destacam, mas também no setor primário, vai se estabelecendo a agricultura familiar para fins de comercialização (excedente da produção). A partir dos investimentos feitos ao longo dos últimos anos, através de programas de fortalecimento desse setor via Governo Federal, os resultados se apresentam como significativos para o desenvolvimento sustentável do campo com a produção de produtos de origem agroecológica e necessidade de implantação de feiras específicas para a comercialização desses bens. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação através da obtenção de dados junto à gestão social do Colegiado de Desenvolvimento Territorial da Mata Sul - CODETER e aplicação de questionários, com perguntas abertas e fechadas, junto aos produtores e comerciantes das feiras da agricultura familiar no território. Para isso, foram mapeadas as feiras da região, com seus respectivos dias e horários de funcionamento. Foram analisados a participação dos produtores dos programas institucionais de aquisição de alimentos do Governo Federal (Programa de Aquisição de Alimentos - PAA e Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE) e este torna-se um forte segmento para a comercialização dos produtos, segundo os produtores. Também foram apresentadas as dificuldades apresentadas pelos produtores no que tange à logística necessária para o escoamento dos produtos e comercialização nas feiras. Outro ponto que merece destaque é a participação das mulheres rurais nas feiras com o beneficiamento dos produtos. Elas entendem que sua participação apenas como coadjuvante do sistema de produção e comercialização vai além da "ajuda" e que sua participação precisa ser mais valorizada. Essa análise surgiu a partir da organização de um grupo de mulheres rurais dentro do território. Nas feiras, também foi possível observar a presença significativa dos jovens rurais no processo de comercialização e destaca-se sua participação como referência da permanência do jovem no campo, mas com mais e melhores expectativas de ganhos econômicos, evitando assim o êxodo rural das populações mais jovens. Os principais resultados mostram que a demanda por alimentos mais saudáveis foi fundamental para pressionar os produtores para esse nicho de mercado contemporâneo. Além disso, há uma tendência de mudança no perfil dos produtores rurais, antes apenas especializados na cana, e por isso, precisaram se adaptar ao mercado de produtos agroecológicos. O fato de ter dias diferenciados para estas feiras indicam o seu potencial como estratégia de escoamento da produção e a necessidade de organização social dos produtores rurais.
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O modelo agroecológico aplicado à agricultura familiar, às margens do “Canal do Sertão Alagoano”– Um caminho para a transformação ética e o desenvolvimento sustentável (#6717)
Eugênio Dantas Gomes Lima 1; Ricardo Luiz Rocha Ramalho Cavalcanti
21 - Universidade Aberta – Uab-Portugal. 2 - Instituto Terra Viva - ITVIVA.
Abstract:
A pesquisa busca debater e compreender a aplicação do modelo agroecológico aos agricultores familiares, no município de Água Branca, situado no Território do Alto Sertão de Alagoas (Brasil), após impacto da construção de uma importante obra de infraestrutura hídrica – “Canal do Sertão”. Este canal transporta água do rio São Francisco a locais mais distantes, levando condições estruturais para o enfrentamento da seca. Contudo, além da água, o que mais pode levar aos agricultores familiares? Para buscar respostas, esta pesquisa-ação testará tecnologias sociais, oriundas das práticas agroecológicas, com famílias de agricultores que residem às margens do canal. Stephen Gliessman, Miguel Altieri, bem como, Vandana Shiva, referências no tema, apontam para a necessidade da constituição de uma nova ética, baseada em valores que contraponham ao modelo concentrador do agronegócio e da cultura individualista e excludente que marca o mundo contemporâneo – “Modernidade Líquida”, na contundente tese de Zigmunt Bauman. Afirmam a importância do modelo agroecológico familiar, que pode ser a ponte dessa transformação, impulsionando ao alcance dos objetivos do desenvolvimento sustentável – Agenda 2030. A agroecologia utiliza a terra, com plantações diversificadas, favorecendo a biodiversidade, ao contrário dos monocultivos e do uso intensivo de agrotóxicos, etc. Essa opção, naturalmente, forma um ambiente, físico e social, propício ao desenvolvimento de novas práticas econômicas, como pode ser o caso da economia solidária, alternativa de organização produtiva que reforça esses “novos” valores. Desse modo, podemos destacar quatro objetivos que serão trabalhados nesta metodologia de intervenção social: a) compreender a dinâmica que permeia as cinco dimensões (Elimar Nascimento) do desenvolvimento sustentável – DS nestes territórios; b) elencar as políticas públicas que podem viabilizar a integração do DS; c) levantar as ações estruturantes e de inovação nestes lugares; e d) compreender como os agricultores familiares estão participando na construção de práticas agroecológicas em rede. Assim, a pesquisa se dá por meio de uma intervenção social participante. Durante o processo, também, será usado, como técnica de pesquisa, o “diagnóstico rural participativo – DRP”. As interpretações, ainda, devem levar em consideração, como pensam, necessidades e anseios, os jovens que são, hoje, “filhos” do programa bolsa família – PBF, ou seja, aqueles que foram beneficiados com a “renda básica” por meio dos seus pais. Parte desses jovens, são estudantes do campus Sertão da Universidade Federal de Alagoas – Ufal, construído neste mesmo período. Neste contexto, as conclusões deverão ponderar sobre os impactos das obras supracitadas, aliado ao modelo agroecológico, aplicado aos agricultores familiares, mensurando o resultado, nas cinco dimensões do DS – ambiental, econômica, social, política e cultural.
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Reciprocidade como estratégia de reprodução social: as práticas da Cooperafloresta na construção de Sistemas Agroflorestais e Agroecológicos (#7315)
Almir Sandro RODRIGUES 1; Angela Duarte Damasceno FERREIRA
21 - Faculdade Padre João Bagozzi. 2 - Universidade Federal do Paraná - UFPR.
Abstract:
A meta deste trabalho é analisar as práticas de reprodução social das famílias associadas da Cooperafloresta (associação de agrofloresta organizada em Barra do Turvo/SP, Adrianópolis/PR e Bocaiúva do Sul/PR), buscando compreender as diversas dinâmicas de ações recíprocas tanto no âmbito produtivo quanto nos espaços da gestão dos grupos e organização das comunidades de agricultores. Dessa forma, foi importante compreender como a adoção da agroecologia e dos Sistemas Agroflorestais (SAFs) tornam-se estratégias de reprodução social dos agricultores associados da Cooperafloresta, transformando-os ao mesmo tempo em agentes de um projeto de vida e projeto comunitário que se pretendem alternativos em múltiplas dimensões (produtiva, social, econômica, ambiental, cultural). E analisar as estratégias que potencializaram a revitalização da cultura camponesa, alicerçada nos processos de solidariedade e reciprocidade, base da viabilização de modelo alternativo produtivo e organizativo desenvolvido pela Cooperafloresta. O arcabouço teórico para a construção da categoria reprodução social neste trabalho, assim como de estratégia, é realizado a partir das elaborações do materialismo dialético marxista, das contribuições de Pierre Bourdieu e, não mais nem menos importante, nas elaborações e reflexões de Claude Raynaut. Numa visão que enfatiza as múltiplas dimensões do processo de reprodução, Raynaut o compreende como dinâmico, uma síntese entre permanência e mudança. Seu conceito de reprodução inclui diferentes dimensões e busca constituir um quadro analítico para ser confrontado em avaliações empíricas, destacando a reprodução social, reprodução biodemográfica, reprodução econômica e reprodução ecológica. Nessa perspectiva, a multidimensionalidade da reprodução dos agricultores familiares da Cooperafloresta, em nosso caso, verifica-se pelos diversos elementos que tornam esse processo dinâmico e complexo. Este processo de reprodução implica contradições internas, conflitos e solidariedades, além de construir interfaces com elementos externos (nos sentidos tanto de dentro para fora quanto de fora para dentro – das suas comunidades); elementos estes que podem representar aproximações e distanciamentos, equilíbrios e desequilíbrios, tensões e conflitos, assim como transformações e adaptações que possibilitam sua reprodução social, cultural, econômica, ambiental. Os avanços em um domínio podem muitas vezes representar os limites e as barreiras em outros domínios. Os processos de reciprocidade e solidariedade são parte constitutiva das estratégias de reprodução social dos agricultores camponeses e familiares, sobre os quais se percebe sua relevância na Cooperafloresta, dadas suas especificidades produtivas e organizativas. Destaca-se ainda que este trabalho foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPR (linha: Ruralidades e Meio Ambiente), mas integrou-se, no que diz respeito à pesquisa, ao Grupo de Pesquisa sobre a Questão Agroalimentar do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR (MADE-UFPR). Nesse contexto, esse grupo investigava os processos de desenvolvimento e organização da Rede Ecovida de Agroecologia, considerando-a, como hipótese, portadora de alternatividades socioambientais para o enfrentamento dos limites e potenciais da questão alimentar. Palavras-chave: reciprocidade; estratégias de reprodução social; sistemas agroflorestais e agroecológicos.
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A VIRTUOSIDADE NAS RELAÇÕES ENTRE AGRICULTORES E CONSUMIORES NAS FEIRAS AGROECOLÓGICAS: A EXPERIÊNCIA DE MOSSORÓ (RN) (#7549)
Joaquim Pinheiro de Araujo 1; Paulo Sidney Gomes Silva
2; Zildenice Matias
31 - UFERSA. 2 - IFRN. 3 - UFRN.
Abstract:
As feiras agroecológicas se inserem em um movimento que abrange produtores e consumidores que buscam a construção da agroecologia como alternativa através de uma ação prática em que questionam o sistema agroalimentar dominante e a crescente artificialização da produção e do consumo. O presente trabalho objetiva analisar o significado dessas experiências notadamente sob a ótica dos consumidores envolvidos, identificando além de seus diferentes perfis, suas percepções sobre a importância para a evolução e consolidação dessa feira, bem como os problemas e desafios por eles identificados nessa experiência de uma década. A fundamentação teórica que alicerçou esse estudo foi o que os autores denominaram de “Enlace da Sustentabilidade”. Uma proposição segundo a qual a transição agroecológica deve entrelaçar de forma virtuosa as dimensões da agricultura de base ecológica, a soberania alimentar e a economia solidária, a partir da inter-relação entre essas dimensões que potencialize o avanço mútuo dessas três dimensões, assim como para produtores-feirantes e consumidores desses espaços. Para tanto, além das constantes observações na dinâmica da feira e como se dão as relações entre os seus frequentadores, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com sessenta consumidores. As análises estão referenciadas nas categorias que realçam a emergência de um novo consumidor, mais reflexivo em termos de preocupações socioambientais e que concebe o ato do consumo como uma ação política que deve ser feita com consciência para alcançar o patamar capaz de intervir e modificar a realidade vigente nas dimensões sociais e ambientais, além do econômico-produtivo. Entretanto, a pesquisa revelou a inexistência desse “tipo ideal” de consumidor. Na prática, são múltiplas e entrelaçadas as motivações que os levam a frequentar a feira agroecológica, dentre elas, as principais são a busca de qualidade de vida a partir da alimentação orgânica, a preocupação com a crise ambiental e os impactos da agricultura artificializada, baseadas nos monocultivos e pacotes agroquímicos e uma sensibilidade social em defesa do segmento da agricultura familiar camponesa. Percebeu-se também que os consumidores podem adquirir novos sentidos à medida que frequentam esse espaço e convivem com os agricultores. Esse trabalho integra um estudo mais amplo, desenvolvido por um grupo de pesquisa e extensão da Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA e colaboradores de outras instituições, que vem acompanhando e analisando, entre outras ações da produção e do consumo alimentar, a trajetória das Feiras Agroecológicas na perspectiva mais ampla da transição de uma sistema agroalimentar distinto do atualmente vigente e predominante.
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El poder del mercado y la RSC en las dinamicas de consumo: un análisis exploratorio (#5947)
Stella Maldonado García 1; Diego Hernán Varón Rojas
2; Faride Crespo Razeg
31 - Universidad Icesi. 2 - Universidad del Valle. 3 - Universidad Cooperativa de Colombia.
Abstract:
A partir de la reunión del conocido Club de Roma en 1968 se acuña el concepto de desarrollo sostenible, motivado por el acelerado deterioro social y medioambiental que se vivió en la primera mitad del Siglo XX. Desde este momento, y motivadas por las fuertes presiones sociales, las organizaciones de la esfera del mercado inician un proceso de reconfiguración de su imagen, utilizando diferentes mecanismos de mercadeo y publicidad hacia los grupos de interés. La dirección del cambio no es clara, en tanto la presión de estos grupos pueden generar transformaciones en los productos y servicios ofrecidos. A su vez, las empresas, tratando de fungir como ciudadanos corporativos responsables, innovan productos que promueven nuevos estilos de vida, estableciendo una relación bidireccional. Sin embargo, en la literatura falta precisar esta dependencia, ya que se percibe que existe una simbiosis entre la esfera del mercado y la sociedad civil, la cual puede ser uni o bi direccional. Un estudio exploratorio sobre una muestra de organizaciones representativas del mercado permitirá hacer una observación de las dinámicas empresariales y los cambios de los estilos de vida. A través de un análisis cronológico de las campañas publicitarias y los nuevos productos ofertados por las empresas de la muestra se espera aclarar esta relación y, adicionalmente, se realizará una triangulación con encuestas y entrevistas a diferentes grupos etarios. De manera preliminar se observa que las organizaciones que componen la esfera del mercado generan nuevas dinámicas de consumo a partir del discurso de la Responsabilidad Social Corporativa, donde a la vez los consumidores presionan por cambios en las organizaciones del mercado.