10:30 - 12:30 Presentación de PONENCIAS
17. Trabajo y Restructuración Productiva |
Monday 04/12 | 10:30 - 12:30 | Ciencias Sociales | E2 |
Tensiones y posiciones éticas en torno al trabajo y la acción pública, los límites del New Public Management. (#2357)
Alvaro Soto Roy 11 - Universidad Alberto Hurtado, Chile..
Abstract:
La ponencia analiza las vivencias subjetivas asociadas a la instalación de las nuevas formas de trabajo flexible, a partir del lugar y las formas en que se manifiestan las tensiones éticas en el trabajo en la experiencia de múltiples actores que confluyen en Redes surgidas de Alianza público-privadas (Redes APP) del Estado Chileno. Las redes flexibles buscan ser gobernadas a partir de sofisticados instrumentos técnicos como contratos, licitaciones o rendiciones de cuentas (Arellano-Gault, Demortain, Rouillard & Thoenig, 2013), los cuales prescriben resultados, portan discursos e interpretaciones acerca de la acción pública, cumpliendo un rol de mediación entre principios de gestión y las prácticas de trabajo (Canto Sáenz, 2012; Halpern, Lascoumes & Le Gales, 2014; Kooiman & Bavinck, 2013; Salamon, 2000). Los instrumentos se fundan sobre los principios de la lógica del New Public Management (NPM) (Hood, 1991, 1995; Ramírez, 2009), tales como la eficiencia y eficacia, la racionalidad económica centrada en la relación costo/beneficio, el traspaso de recursos y subsidios, el control, la probidad, la eficiencia, la efectividad, el accountability y la transparencia en la gestión (Araya & Cerpa, 2008; Fernández & Martín, 2014; Salamon, 2000; Thoenig, 2006). Complementariamente, múltiples iniciativas orientadas a la profesionalización del aparato público resaltan el ámbito ético (CLAD, 2016), ya sea desde el desarrollo de nuevas competencias, (Oszlak, 2003), la regulación del mérito (Guerrero, 2007; Martínez Puón, 2008), o del desarrollo de una ética profesional específica y actualizada del trabajador público (Bozeman, 1987, 2007; Bryson, Crosby & Bloomberg, 2014). Los principios del NPM portados por los instrumentos pueden entran en tensión con los valores orientados al impacto social (los propósitos) de la política pública especifica (Arellano-Gault et al, 2013; Guadamarra, 2003; Larrañaga, 2007; Raczynski, 1994; Thoenig, 2006), así como con los valores que portan las profesiones de origen respecto de la actividad y de la relación con el usuario (Ahlbäck et al, 2016; Evetts, 2011, 2013; Gorman, 2014). Los arreglos cotidianos a las prácticas de trabajo en el marco de los instrumentos exigen posicionamientos éticos frente a principios y propósitos en conflicto, a través de los cuales se pone en juego la construcción del trabajador de lo público (Du Gay, 2015; Sisto, 2012). A partir de una investigación empírica, se analiza cómo los trabajadores de las Redes APP dirimen subjetiva e identitariamente esos posicionamientos éticos y cómo las interpelaciones socio estructurales del trabajo modulan diferentes posicionamientos éticos en el trabajo: adaptación-escepticismo de terreno, gestión instrumentada, ajuste permanente en torno al usuario, resistencia y atomización. GT – 17. Trabajo y Restructuración Productiva. Descriptor IV. Procesos sociales de trabajo, poder y subjetividades, modelos y metabolismo del sistema.
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Vigilância e Controle: Implicações dos sistemas de monitoramento na prática cotidiana em empresa de Rio Grande/RS. (#3293)
Bruna Siqueira De Almeida 11 - Universidade Federal de Pelotas.
Abstract:
Com a crescente dificuldade pela qual atravessa o modelo fordista de produção, decorrente das frequentes greves, conflitos entre trabalhadores e gestores e a grande rotatividade de mão-de-obra, surge a necessidade cada vez maior por flexibilidade. A acumulação flexível, marcada pela oposição à rigidez dos processos de produção e da organização do trabalho fordista, significa uma flexibilidade nos processos de trabalho, de produção e de consumo. As transformações do mundo trabalho, decorrentes da flexibilização produtiva e das relações de trabalho, exigem que o trabalhador esteja continuamente se adaptando e se moldando às exigências do mercado de trabalho e das próprias empresas, também exigem que estes trabalhadores sejam multifuncionais em suas tarefas, buscando continuamente o próprio aperfeiçoamento para o trabalho. Por outro lado, há uma necessidade de reconhecimento ao desempenho dos trabalhadores, gerando disputa pelas possibilidades de ascensão funcional. A imagem que se dissemina em nossa sociedade é a do indivíduo responsável por si mesmo e pelo seu sucesso profissional e pessoal. É também em meio a este contexto que ocorre a passagem da sociedade disciplinar, caracterizada pelo confinamento e pela contínua vigilância de modo anônimo no interior das instituições, para a sociedade de controle, onde a vigilância passa a ocorrer de modo fluído, disseminada por todos os ambientes. A vigilância e controle exercidos no ambiente de trabalho modificam-se por meio de diversos mecanismos utilizados pelas empresas para assegurar o controle sobre os trabalhadores e sobre os processos de trabalho. Enquanto as técnicas disciplinares produzem um estado de ininterrupta consciência sobre a vigilância, traduzida a partir de um corpo gerencial dentro das instituições, as técnicas de controle promovem uma fluidificação dos mecanismos de controle, fomentando o engajamento subjetivo dos trabalhadores para que cada um seja o vigia de si mesmo. Busca-se compreender de que forma o uso de novas formas de controle e vigilância implantados na empresa possibilitam ressignificações de práticas cotidianas e dos níveis de engajamento dos trabalhadores aos processos organizacionais. Este trabalho é parte de um estudo realizado por meio de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores e com o corpo gerencial de uma empresa multinacional de fertilizantes na cidade de Rio Grande/ Rio Grande do Sul, tornando possível analisar estas mudanças nos mecanismos de controle e vigilância. Se faz necessário compreender como e quais implicações este modelo flexível e suas novas formas de controle trazem para a vida cotidiana e quais os possíveis impactos na subjetividade dos indivíduos.
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Sujeito Histórico e Lutas de classes (#3415)
Luiz Alexandre Pinto Jr 11 - Unicamp.
Abstract:
Esse artigo introduz o debate sobre as possibilidades e os limites da recolocação da problemática do "sujeito histórico" no horizonte das lutas sociais, atualmente. Se a partir de 1970, por meio de uma crítica à teoria marxista, a perspectiva de um "sujeito histórico" unitário, portador de um projeto de superação da ordem capitalista, passa a ser questionada, a realidade da luta social no século XXI parece cada vez mais apontar para a necessidade do resgate desse "sujeito", como forma de conseguir fazer face às diferentes ramificações de dominação e reprodução da ordem capitalista atual. Pretendemos, ao longo desse artigo, debater com as principais expressões teóricas em torno dessa questão - como J. Holloway, Hardt & Negri, E. Laclau, S. Zizek, I. Meszáros, entre outros - as problemáticas que tal resgate subentende, bem como os desafios para a teoria social do tempo presente. Para isso o foco do debate centra-se principalmente em três aspectos. Em primeiro lugar resgatamos a discussão presente na tradição marxista em torno das possibilidades de constituição das classes como "sujeitos históricos" da transformação social. A forma como os autores supracitados reagem a tal concepção indica as saídas que dão à problemática em tela, de forma geral. Em segundo lugar, debatemos as determinações da realidade atual do mundo do trabalho e as consequências em torno da questão do "sujeito histórico". O processo de reestruturação produtiva resulta em uma fragmentação e em uma heterogeneização das condições de inserção nas relações sociais capitalistas que modificam sensivelmente as possibilidades de constituição de alternativas sistêmicas de transformação social. A sofisticação dos sistemas de controle objetivo e subjetivo dos indivíduos, grupos e classes, tanto nas relações de trabalho quanto nas mais variadas esferas da vida, delineiam as novas condições da luta social, tal como a da formação de seus "sujeitos". Isso é bem patente nas teorias de alguns dos autores mencionados, principalmente de Hardt & Negri, de Holloway e de Zizek. O que nos leva ao terceiro aspecto, de como esse processo social pós-1970 também condiciona o surgimento de diversos "sujeitos políticos" que não necessariamente confluem em termos de projeto societário, ou seja, na prática não se constroem como "sujeitos históricos". A tendência das lutas sociais desde então é de que esses sujeitos fragmentados confrontem-se com seus objetos específicos de maneira contraditória, mas sempre se deparando com os limites da estrutura das relações sociais capitalistas. O debate atual, expresso na teoria dos autores citados acima, busca formular novas possibilidades de forjar essa unificação sem sacrificar o caráter heterogêneo das lutas. A importância do tema para as lutas sociais contemporâneas justifica sua abordagem, mas sua amplitude limita o alcance das discussões desse artigo. Nossa pretensão é de somente introduzí-las visando desenvolve-las no próximo período.
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Gubernamentalidad y Políticas de empleo: la construcción discursiva del joven trabajador en Chile (#3442)
Guillermo Rivera 11 - Pontificia Universidad Catolica de Valparaiso.
Abstract:
El presente artículo describe cómo las políticas de empleo construyen al joven trabajador en Chile. Para esto se realiza un análisis de discurso que toma como referencia documentos públicos de políticas de empleo juvenil elaboradas entre los años 2008-2015. Los resultados dan cuenta que a partir de los lineamientos del Consejo Asesor para el Trabajo y la Equidad (2008), los énfasis están puestos en una serie de prescripciones normativas centradas en la regulación social del empleo juvenil. Desde la perspectiva de los Estudios de la Gubernamentalidad se discute cómo se gobierna a la ‘juventud vulnerable’ desde un discurso centrado en el Management, la empleabilidad y la autoestima.
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Literatura de autoayuda, ideología del Emprendimiento y control del proceso trabajo: aproximación a una crítica marxista (#5467)
Santiago Garcés Correa 11 - Universidad Autónoma Metropolitana - Unidad Iztapalapa.
Abstract:
La cultura de la autoayuda y la ideología del emprendimiento se han vuelto elementos omnipresentes en nuestra contemporaneidad. En el transporte público es extraño no encontrar algún lector ávido de esta literatura en medio del hacinamiento matutino. Las estanterías delanteras de las librerías del mundo se encuentran saturadas de estos pequeños libros parsimoniosamente repetitivos y orientados a la mercantilización masiva. Por su parte, el discurso del emprendimiento, también omnipresente, constituye uno de los temas fundamentales (y como veremos, no el único) de la literatura de autoayuda dirigida al mundo laboral.Ante el fin de las grandes utopías del siglo XX y en el marco de la generalización de la incertidumbre bajo el neoliberalismo, estos libros parecieran ofrecer a sus lectores una solución temporal ante la ansiedad y la frustración propias de las distintas dimensiones de sus vidas. La literatura de autoayuda, como dice Vania Papalini en su tesis doctoral sobre esta problemática, prescribe recetas de auto-transformación subjetiva con las consignas de mejorar las habilidades de comunicación, de cambio y adaptación, de autosuperación y afirmación, de mayor eficacia, de manejo del estrés y de control del tiempo. Esto en el marco de grandes significaciones sociales como el éxito, la competencia, la flexibilidad y la velocidad. A la luz de este contexto, me interesa destacar la manera como la literatura de autoayuda y el discurso del emprendimiento han cobrado relevancia bajo el neoliberalismo como componentes importantes del control y de la gestión de la fuerza de trabajo. Lo anterior en el contexto latinoamericano. La presente ponencia, que se inscribe en mi investigación para mi tesis de maestría, pretende avanzar en dos asuntos tres asuntos teóricos necesarios para abordar esta problemática: 1) La manera como se inscribe la literatura de autoayuda en el debate marxista del control del proceso de trabajo; ¿Fin del control gerencial? ¿"Sumión voluntaria" como plantea Jean Pierre Durand? ¿Control como efecto de una configuración concreta entre estructuras económicas y culturales, subjetividades acciones? 2) La manera más adecuada para elaborar una crítica a esta realidad, desde un interés de conocimiento solidario con las y los trabajadores. Algunos gramscianos toman el camino rápido de solventar el asunto a partir del concepto de hegemonía. Los foucaultianos, por su parte, a partir de los conceptos de gubernamentalidad y de “empresario de sí mismo” resuelven el problema afirmando que esta literatura en el mundo laboral promueve una individualización aparente, que en realidad es la expresión biopolítica de una socialización neoliberal intensificada. Esto puede ser cierto, pero es unilateral por lo estructuralista. Ambas perspectivas, a mi modo de ver, subsumen a los sujetos en lo que Eva Illouz denominada “conceptos aplanadora”. Ella desarrolla un enfoque alternativo, que denomina “crítica inmanente”; en vez de investigar para terminar concluyendo al final lo que ya se sabía (quese trata de construcciones culturales favorables al capital), es preciso, al decir de Hegel y Adorno “mirar atentamente el objeto” en aras de lograr que la investigación empírica “presione” por utilizar nuevas mediaciones que legítimamente lleven hacia conceptualizaciones más abarcadoras.
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Proceso de trabajo y salud, una dimensión específica de las condiciones y medio ambiente de trabajo (CyMAT): los factores de riesgos psicosociales en los trabajadores de una institución privada de salud de la ciudad de La Plata, Buenos Aires, Argentina. (#0893)
Sofía Malleville 11 - Universidad Nacional de La Plata Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación.
Abstract:
El análisis de una dimensión específica de las condiciones y medio ambiente de trabajo (CyMAT) como son los factores de riesgos psicosociales en el trabajo (FRPST) implica un desafío no sólo para los investigadores sino también para los distintos actores involucrados en el mundo laboral: trabajadores, empleadores, sindicatos y organismos públicos. En la Argentina debido a la dificultad para visibilizarlos la legislación preventiva, al igual que en otros países de Latinoamérica, suele no reconocerlos y se desestiman sus consecuencias. En las últimas décadas, la carga global de trabajo deja de ser esencialmente física, como lo era en la industria fordista/taylorista y adquieren especial relevancia los riesgos ocupacionales ligados a las dimensiones psicosociales fruto del detraimiento del sector industrial y el crecimiento del sector servicios (Neffa 1989; 2003). Los riesgos psicosociales en el trabajo (RPST) pueden ser definidos como aquellos riesgos para la salud en un sentido integral, generados por los determinantes socioeconómicos y, esencialmente, las condiciones del proceso de trabajo, su contenido y organización, susceptibles a interactuar con el funcionamiento físico, mental y social de los trabajadores e impactar en la empresa u organización. Teniendo en cuenta las múltiples variables que interfieren en la conformación de los riesgos en el trabajo podemos identificar seis factores para su análisis: intensidad y tiempo de trabajo, exigencias emocionales, autonomía y margen de maniobra, conflicto de valores, inseguridad en el puesto de trabajo y relaciones sociales en el trabajo (Coutrot, 2013; Gollac, 2013 y Neffa, 2015). En este marco el objetivo de esta ponencia será comprender dichos factores presentes en la actividad laboral de los trabajadores de la sanidad a la luz de las características que asume el proceso de trabajo en una institución privada de salud de la ciudad de La Plata, provincia de Buenos Aires, Argentina. Para ello me serviré del material construido mediante el trabajo de campo. Por un lado las 81 encuestas realizadas a una muestra de trabajadores y trabajadoras de dicha institución. La selección de la muestra se construyó atendiendo a las características y particularidades presentes en el proceso de trabajo buscando representar a las distintas categorías profesionales (enfermeros/as, administrativos/as, servicio de limpieza, técnicos, camilleros, servicio de mantenimiento y personal de cocina). Cabe resaltar que este formulario ya ha sido aplicado en diversos establecimientos y colectivos de trabajadores a nivel nacional. Asimismo se realizaran observaciones cualitativas durante la situación de encuesta en el lugar de trabajo y entrevistas en profundidad a trabajadores/as y delegados del sindicato Asociación de Trabajadores de la Sanidad (ATSA) que nuclea a este colectivo.
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A saúde do trabalhador do transporte coletivo de Florianópolis (SC) (#1012)
Leandro Nunes 1;
Ricardo Lara
11 - Universidade Federal de Santa Catarina.
Abstract:
Esta comunicação tem como objetivo analisar o processo de adoecimento dos/as motoristas do transporte coletivo da cidade de Florianópolis. No primeiro momento, entendemos a cidade e a mobilidade urbana a partir de um processo histórico e cumulativo estruturada a atender a lógica do capital. A partir desta premissa, evidenciamos que a política de mobilidade urbana hoje, prioriza o transporte individual em detrimento do coletivo. Isso influência os constantes congestionamentos e acidentes que interferem no adoecimento psíquico e físico destes/destas profissionais do volante. Para realizar a atividade laboral, os/as motoristas de ônibus se utilizam de um banco “ajustável”, câmbio de marcha, acelerador, embreagem, freio e botões acionadores da porta. Não obstante, é necessário mencionar que os/as motoristas materializam suas atividades laborais não entre quatro muros de concreto, mas num espaço rodeado de fibra e lata em movimento. A particularidade da condição de trabalho dos/das motoristas é um tanto quanto complexa, uma vez que, deverão ser observadas não apenas o espaço e instrumentos de trabalho, mas também, as condições de trânsito, condições dos ônibus, condições do tempo e entre outras intempéries. O/a motorista exerce sua atividade laboral sob rígido controle: de horário (tempo/viagem), postura profissional em relação a empresa e os usuários do transporte coletivo e preservação dos veículos. De acordo com as análises realizadas, evidencia-se que a atividade de dirigir numa jornada de trabalho de no mínimo seis horas/dia se mostra demasiadamente desgastante, causadora de fadiga, problemas na audição, dores de cabeça, dores lombares, distúrbios na visão, queimaduras na pele, LER (Lesão por esforços repetitivos) e DORT (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho). Este cotidiano laboral que causa processos de adoecimento é decorrente de movimentos repetitivos, local de trabalho apertado, postura forçada, falta de segurança (no caso de assaltos e violência) e exposição direta a radiações solares. Entendemos que a saúde do trabalhador do transporte coletivo é o requisito primário para a produção e reprodução destas/destes profissionais, bem como, afirmamos que a saúde deve ser entendida a partir de todo um contexto de relações sociais e de trabalho.
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A via do ofício como caminho de saúde no trabalho (#1528)
Mariana Brito 1;
Cássio Aquino
2; Veriana Colaço
21 - Universidade de Fortaleza. 2 - Universidade Federal do Ceará.
Abstract:
Este artigo objetiva investigar as possíveis vias de saúde no trabalho; discutir a categoria ofício e suas dimensões e articular a relação do ofício com a saúde do trabalhador. Para isso foi realizada uma revisão de literatura a partir de pesquisas em livros relacionados ao tema e em artigos alocados no portal de periódicos da Capes com os descritores saúde do trabalhador e ofício e ofício e clinica da atividade. Como resultados, discute-se o sentido psicológico atribuído pela Clínica da Atividade à categoria ofício e o desenvolvimento e mobilidade de suas dimensões: impessoal no que concernem as regras, normas e demais prescrições da tarefa formuladas pela organização do trabalho; dimensão transpessoal que representa a história e memória coletiva compondo o gênero profissional através do prescrito implícito estabelecido por uma coletividade; interpessoal através das trocas e diálogos entre os pares e a dimensão pessoal com o desenvolvimento do estilo profissional. A saúde nessa perspectiva é compreendida como um poder de ação sobre si e sobre o mundo a partir da interação com os outros. O desenvolvimento e a apropriação do ofício pelo trabalhador amplia seu potencial de saúde e o capacita a criar novas formas de trabalho e de vida. Conclui-se que o manejo do ofício é uma das vias mestras do poder de agir do trabalhador e, portanto, um operador de saúde a ser resgatado na nova morfologia do trabalho.
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Solidão e adoecimento entre professores da rede pública de ensino de São Paulo (#1543)
Luci Praun 1;
Chizlene Martins Batista
2;
Simone De Jesus Machado
21 - Unicamp / UMESP. 2 - UMESP.
Abstract:
Este artigo tem por objetivo apresentar resultados de pesquisa realizada junto aos professores da rede pública estadual de São Paulo, Brasil, durante os anos de 2015 e 2016. A pesquisa, de natureza descritiva e explicativa, foi desenvolvida por meio de duas vertentes concomitantes de investigação: pesquisa documental e pesquisa de campo. Seu principal objetivo foi discutir como um conjunto de medidas, que tem como marco disparador a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e o fortalecimento de políticas públicas fundadas em diretrizes neoliberais, alterou as formas de organização e gestão do sistema de educação brasileiro, desdobrando-se em projetos e programas específicos desenvolvidos pelo governo do estado de São Paulo em sua respectiva rede de ensino. Estas iniciativas, desencadeadas no âmbito da rede pública de educação do estado de São Paulo, têm, ao longo de mais de duas décadas, impactado o cotidiano escolar e o trabalho real de cada professor, incidindo fortemente tanto no sentido da docência como em sua configuração coletiva, de categoria profissional. Partindo destes pressupostos, a pesquisa buscou também, ao tratar dessas mudanças, verificar a relação entre as alterações ocorridas e o crescimento da incidência de processos de adoecimento com nexo laboral entre os professores da rede. No artigo ora proposto pretende-se, ao destacar programas e projetos específicos desenvolvidos junto à rede pública de educação do estado de São Paulo, cotejando-os com os depoimentos colhidos por meio de entrevistas realizadas junto aos docentes da rede, discutir a articulação das referidas medidas com o projeto educacional nacional e seu impacto no trabalho e saúde destes professores.
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Monday 04/12 | 10:30 - 12:30 | Ciencias Sociales | E2 |
Reestruturação produtiva e o processo de adoecimento dos bancários do Estado do Ceará (#1892)
Marselle Fernandes Fontenelle 1;
Cássio Adriano Braz De Aquino
2; Walberto Silva Dos Santos
21 - Universidade de Fortaleza. 2 - Universidade Federal do Ceará.
Abstract:
A presente investigação objetivou compreender como se configura o processo de adoecimento de bancários do Estado de Ceará, considerando a reestruturação produtiva e as mudanças no contexto laboral. O mundo do trabalho sofreu mudanças significativas decorrentes do processo de reestruturação produtiva que se consolidou na década de 1990. O setor bancário foi um dos campos da economia que incorporou de forma abrangente diversos elementos da reestruturação produtiva, vivenciando alterações que afetaram de forma substancial a natureza do seu produto, o mercado e a organização do trabalho. Especificamente, foram implantadas estratégias que operaram mudanças no sentido do incremento da automação, flexibilização das relações de trabalho, aumento da cobrança por metas e resultados financeiros, diversificação de produtos e serviços, terceirização dos serviços e redesenho das tarefas e atividades dos bancários, com ênfase no perfil “bancário-vendedor”. As mudanças introduzidas afetaram as formas do trabalho bancário, assim como a saúde dos trabalhadores dessa categoria profissional. Pressão para o cumprimento de metas, ritmo laboral intenso, sobrecarga de tarefas, competição entre os pares, medo de perder o emprego e redefinição do perfil profissional, são alguns dos fatores geradores de sofrimento, que contribuíram para a fragilização da subjetividade dos bancários e para o surgimento de um quadro crescente de adoecimento entre os profissionais. Foi efetuado um levantamento com os trabalhadores filiados ao Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará sobre as percepções acerca do contexto de trabalho e dos danos e agravos à saude relacionados com a atividade laboral, bem como, foram realizados grupos focais com os bancários participantes do Grupo de Apoio à Saúde dos Bancários. Os dados foram analisados por meio de análise de conteúdo construtivo-interpretativa. Intentou-se com essa investigação contribuir com subsídios para as negociações sindicais, colaborar com a prevenção e promoção de saúde e reformulação de políticas públicas de saúde que tratam desse assunto.
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Monday 04/12 | 10:30 - 12:30 | Ciencias Sociales | E2 |
Loucos por trabalho: a permanência de indivíduos diagnosticados com transtorno mental no mercado de trabalho: caso do setor bancário (#2829)
Ana Christina Guimaraes Pereira 11 - PUC Minas.
Abstract:
O presente estudo tem como objetivo analisar os fatores que contribuem para que indivíduos diagnosticados com transtorno mental permaneçam no mercado de trabalho. Desejou-se conhecer seus principais desafios; o significado do trabalho, a relação que estabelecem com o mesmo e as formas de superação encontradas no sentido de permanecerem ativos e levarem adiante suas carreiras profissionais. O título “Loucos por trabalho” refere-se aos indivíduos que, a despeito das dificuldades vivenciadas, encontram no ato de trabalhar a motivação e a satisfação necessárias para dar prosseguimento às suas vidas, mesmo após o adoecimento. Optou-se por analisar o setor bancário visto que esse setor da economia sofreu nas últimas décadas grandes transformações na concepção e organização do trabalho oriundas do processo de reestruturação produtiva, principalmente nas últimas décadas, além de apresentar inúmeros casos de afastamento do trabalho por adoecimento, cuja consequência imediata é um processo vigoroso de medicalização do sofrimento psíquico. O ambiente profissional nos bancos é permeado por desafios tais como o quadro de pessoal cada vez mais reduzido; o perfil de vendedor exigido aos bancários para além do desempenho de suas atividades técnicas; a competitividade entre as pessoas, muitas vezes estimulada pelos próprios gestores e a pressão por resultados que se traduzam em lucratividade para os bancos. A pesquisa realizada por meio de entrevistas possibilita analisar a experiência do adoecimento no trabalho e, ao mesmo tempo, a importância do trabalho na vida dos indivíduos. Apesar das dificuldades encontradas por quem trabalha nesse setor e a despeito de se levar adiante a carreira bancária, há em todos os relatos um traço marcante: o valor que os indivíduos dão ao trabalho. Trabalhar representa a oportunidade de se colocar a serviço de algo, a forma pela qual é possível se sentir útil. Além disso, o trabalho é também um motivador para o restabelecimento da saúde. Enfim, esse estudo expressa o receio a que o trabalho desmedido e estressante seja visto não como uma doença da sociedade contemporânea, e sim como um problema do indivíduo, logo, estigmatizado. Há nas histórias narradas a nítida resistência a que o adoecimento do indivíduo ganhe proporções maiores que o descompasso estrutural da organização do trabalho. Palavras-chave: Setor bancário. Trabalho. Reestruturação produtiva. Adoecimento mental. Medicalização.